terça-feira, 24 de abril de 2007

PT quer mandato de "infiéis" em SP

O PT é mesmo um partido incoerente. É o maior patrocinador da cooptação de ex-oposicionistas para a base governista, fato que motivou inclusive a polêmica decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que o mandato é do partido, e não do parlamentar.

Mas na cartilha petista, o que vale para o Governo Lula não vale para o resto do Brasil. Na Câmara Municipal de São Paulo, o PT decidiu questionar a mudança de parlamentares eleitos em 2004 pela coligação PT/PTB, que deixaram o partido pelo qual se elegeram.

Por isso, quer tomar o mandato dos vereadores paulistanos Marta Costa (DEM), Mário Dias (DEM) e Atílio Francisco (PRB), que se elegeram pelo PTB na coligação que apoiou Marta Suplicy (PT) e agora apóiam o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Nestas três vagas assumiriam os suplentes petistas Alfredo Alves Cavalcanti, José Laurindo e Nilton Oliveira.

Ironia do destino: a decisão deverá ser tomada pelo presidente da Câmara Municipal paulistana, vereador Antonio Carlos Rodrigues, do PR (surgido da união do PL com o PRONA), justamente a legenda-destino da maioria dos cooptados para a base lulista. Dá para entender?