
Sem nenhuma realização neste início de segundo mandato (mas, afinal, qual a marca dos outros 1461 dias do primeiro mandato?), Lula festejou como grande vitória destes três meses e dez dias um feriado de Páscoa sem crise no tráfego aéreo.
Em seu programa de rádio, chegou a agradecer aos controladores de vôo por não promoverem outro ato de insubordinação e, consequentemente, não estragarem o feriadão dos viajantes, como se isso fosse papel digno de um Presidente da República.
Está aí a marca destes quatro anos e cem dias: um governo com esquizofrenia ideológica e incapacidade gerencial.
Reeleito em 29 de outubro de 2006, com 60,83% dos votos válidos, Lula levou longos cinco meses para definir o novo ministério e os lotes e sesmarias que caberiam a cada legenda aliada. Está aí, perdido para atender a todos.
Anunciou, em 22 de janeiro, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um tiro de festim na crise nacional. De resto, nada. Não há planejamento, não há estratégia, não há um rumo definido. É um salve-se quem puder. Será o princípio do fim?