segunda-feira, 30 de junho de 2008

Há mais de 400 casos de compra de voto em SP

A campanha eleitoral nem começou, mas segundo reportagem da Folha de S. Paulo de hoje já há mais de 400 casos de compra de voto registrados apenas em São Paulo.

Tudo vira moeda de troca - de dentaduras a dinheiro, leite e até casa - para candidatos que não medem esforços para obter um cargo público.

Para o procurador regional eleitoral Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, 44, responsável por garantir a licitude da disputa, São Paulo é "o Estado onde mais se compra e vende votos no país". A Justiça busca desvendar o motivo que levou os políticos a distribuir presentes em ano eleitoral.

Gonçalves diz que muitos estão em cargos públicos e alguns já se colocaram como pré-candidatos no pleito deste ano, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores. "Sempre que se pensa em compra de votos, imagina-se que isso só acontece pelos rincões afora do Brasil. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que isso acontece no Estado de São Paulo", afirma.

Segundo ele, o fato de o Estado conviver com uma camada muito grande de desfavorecidos, com intensa demanda por comida e pelos serviços mais básicos, é aproveitado por maus políticos. Os processos correm em sigilo no Estado.

Por falar em compra de votos...

O presidente Lula negou reajuste "eleitoreiro" do Bolsa Família e diz que críticos são "insensíveis".

O presidente garantiu que o reajuste de 8% no valor dos benefícios do programa Bolsa Família, programado para vigorar a partir do mês de julho, não é uma ação de cunho eleitoreiro ou uma forma de indexação e afirmou que os críticos da alta "perderam a sensibilidade".

Em seu programa semanal de rádio "Café com o presidente", Lula afirmou que o índice reflete a alta no preço geral dos alimentos em função da crise global e que "a parte mais pobre da população (...) merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária". Segundo ele, o cálculo do reajuste foi feito pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Fazenda.

"Aqueles que falaram que [o reajuste] era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade. Ou seja, como é que pode alguém imaginar que você fazer um reajuste [seja algo de cunho eleitoreiro] - e eu não queria fazer nada que pudesse indexar isso à inflação", afirmou Lula, que garantiu que o governo tem condições de arcar com pagamento dos novos valores dos benefícios.

Prêmio merenda

O presidente disse também que o governo irá premiar, pelo quinto ano, as prefeituras "que melhor geriram o programa de alimentação escolar" feito com base em repasses do governo federal.

Segundo o próprio Lula, a premiação servirá também como avaliação das ações das prefeituras para "divulgar as boas gestões públicas municipais do programa de alimentação escolar".

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Jacy Menucci recebe Título de Cidadã Paulistana

Na segunda-feira, dia 30 de junho, às 19h, a Câmara Municipal de São Paulo realiza sessão solene para a entrega do Título de Cidadã Paulistana à Professora Jacy de Biagi Mennucci, da coordenação estadual de mulheres do PPS.

Jacy é mulher do deputado estadual Palmiro Menucci (PPS), presidente do Centro do Professorado Paulista. A iniciativa da homenagem é do vereador Eliseu Gabriel (PSB), também professor.

Ela nasceu em Votuporanga, em 1947. Possui Licenciatura Plena no curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jales. É também licenciada em História pelas Faculdades Integradas Rui Barbosa, de Andradina.

Jacy Mennucci participou de ações culturais e eventos educacionais, como por exemplo a organização da Bienal do Livro e a coordenação da área de Educação Especial da Delegacia de Ensino de Ribeirão Preto.

Foi nomeada Diretora Regional de Centro do Professorado em 1993, onde atuou constantemente na valorização e respeito ao Magistério Paulista e por um ensino de qualidade gratuito para todos.

Ajude a construir o melhor programa para a cidade

Prosseguem as reuniões para a formulação das linhas gerais do programa de governo do PPS para a cidade de São Paulo. O Diretório Municipal do partido lançou na semana passada a chapa encabeçada pela vereadora Soninha Francine à Prefeitura, com 83 candidatos e candidatas à Câmara Municipal. A campanha eleitoral começa no dia 6 de julho.

A partir desta data e até o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, em agosto, o programa de governo do PPS será debatido diretamente com a população, em reuniões promovidas nas regiões das 31 subprefeituras, estabelecendo as prioridades dos cidadãos paulistanos.

Por enquanto estão sendo realizadas reuniões temáticas com especialistas nas diversas áreas da administração municipal, para fazer um diagnóstico inicial dos problemas da cidade e definir algumas metas e propostas de governo.

O PPS apresenta a candidatura da vereadora Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo como alternativa para qualificar o debate, resgatar princípios e ideais que parecem fora de moda na política, construir um programa de governo verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistanos e reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.

É a reafirmação da trajetória do PCB/PPS, que vem construindo um projeto alternativo viável e eficaz para a cidade, para o estado e para o país. Com a candidatura própria à Prefeitura de São Paulo e uma chapa completa de candidatos e candidatas à Câmara, o PPS se mantém coerente à sua história e une diversas gerações: além de resgatar a velha militância partidária está agregando jovens preocupados com o futuro e que entendem que podem interferir para melhorar o nosso dia-a-dia.

O PPS é a chance de concretizar de forma coerente os ideais democráticos, da cidadania plena e da justiça social. É o partido que disparou na frente em busca de novos modelos de desenvolvimento nacional e de soluções para a urgente necessidade de melhoria das condições de vida da grande maioria do povo brasileiro.

O PPS é um partido em expansão nacional, com um ideário renovado e melhor adaptado à nossa realidade, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos com a busca de novos caminhos para o desenvolvimento econômico, político e social de São Paulo e do Brasil.

Venha para o PPS! Ajude a construir o melhor programa de governo para a cidade de São Paulo. Participe do PROJETO SP!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ibope pesquisa cenários inexistentes em SP

Coisas estranhas acontecem: primeiro, a sondagem do Ibope é encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp). Nada contra, nem a favor. Só uma observação. Segundo, o levantamento é sobre cenários inexistentes, com os nomes de Luiza Erundina (PSB) e de Paulinho da Força (PDT), por exemplo, que não serão candidatos. Aí, sim, tudo contra.

Pode até ser que a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) estejam mesmo na frente na disputa pela Prefeitura de São Paulo, como apontam os números do Ibope divulgados nesta quarta-feira. Mas todos os cenários pesquisados são irreais. Isso é inexplicável e incompreensível.

Marta, cuja candidatura será oficializada no próximo domingo, tem 31%, tecnicamente empatada com Alckmin, que recebeu 25% das indicações dos entrevistados em São Paulo. Kassab teve 13% das indicações. Soninha (PPS) tem 2% das intenções de voto em todos os cenários.

"É provável que esses níveis se mantenham até o início da campanha eleitoral na TV em agosto, até porque o atual prefeito não tem uma marca personalista e os outros principais candidatos já são conhecidos", disse a jornalistas Hélio Gastaldi, diretor do Ibope.

Confusão do Ibope

Os problemas começam quando o Ibope inclui nomes de quem definitivamente está fora da disputa, como a deputada Luíza Erundina (PSB), com 7%, o deputado Paulinho da Força (PDT), com 2%, e Zulaiê Cobra (ex-PHS), que até já aderiu à campanha de Kassab.

Em dois cenários, o Ibope inexplicavelmente exclui Paulo Maluf, que já foi oficializado como candidato do PP. Em uma quarta e última possibilidade, o Ibope descarta acertadamente Erundina, mas mantém Paulinho e Zulaiê.

Segundo Turno

Em um eventual segundo turno, Alckmin bateria Marta por 49% a 41%. Se a disputa for com Kassab, a petista venceria por 50% a 36%. Se os adversários forem Alckmin e Kassab, o tucano teria 54%, enquanto o prefeito ficaria com 25%.

Dos três candidatos, Alckmin tem o menor índice de rejeição, com 14%. Kassab tem 27% e Marta, o nível mais alto, com 32%.

"O índice de rejeição do candidato Alckmin é muito abaixo da média de quem tem vida pública. Normalmente, para quem está nesta condição, o índice fica entre 20 e 30 pontos", comentou Gastaldi.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ouça Soninha e tire as suas próprias conclusões

A vereadora Soninha Francine (PPS) afirma que não pode deixar de cumprir seu papel de vereadora só porque é candidata à Prefeitura de São Paulo. Soninha propôs uma CPI para investigar uma suposta rede de influência do Legislativo na reabertura de uma casa de prostituição. A proposta foi rechaçada por seus colegas parlamentares. Entre outros ataques, Soninha foi acusada de tentar promover sua candidatura. Ouça aqui a entrevista à Rádio CBN e tire as suas próprias conclusões.

Heródoto: "Esse pessoal vai bater na sua porta"

O jornalista Heródoto Barbeiro, da Rádio CBN, comentou que a vereadora Soninha propôs, ontem, abrir uma CPI para apurar suspeitas de rede de influência no Legislativo.

O corregedor da Casa, Wadih Mutran, manifestou-se contra qualquer investigação. O apresentador afirma que, além dos ataques à imprensa, parlamentares transformaram a "CPI da Soninha" em alvo de chacota.

Ele considerou absurdas as falas ofensivas de Carlos Apolinário e Adilson Amadeu, que se referem à entrevista que Soninha deu no ano de 2001 sobre ter utilizado maconha.

Apolinário chamou jornalistas e a vereadora de "urubus em busca de carniça". Amadeu inovou ao fazer um discurso surreal contra "comedores de alfafa". Deve ter alguma fixação no assunto.

Heródoto termina o comentário lembrando: "Isso é para você ir formando sua própria opinião, porque esse pessoal vai bater na sua porta pedindo para ser reeleito".

Câmara Municipal do Reino do Faz-de-Conta

Podia ter acontecido em Tubiacanga, Sucupira, Saramandaia, Resplendor, Porto dos Milagres, Antares ou até no Arraial dos Tucanos. Mas não foi em nenhuma dessas cidades fictícias de novelas e séries da Globo (pela ordem: Fera Ferida, O Bem Amado, Saramandaia, Pedra Sobre Pedra, Porto dos Milagres, Incidente em Antares e Sítio do Picapau Amarelo) que se discutiu sobre casas de prostituição, censura à imprensa, descargas de banheiro ou "comedores de alfafa".

A Câmara Municipal de São Paulo gastou exatas duas horas e quarenta minutos desta terça-feira, 24 de junho, para prestar solidariedade a seu presidente, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), e - o mais espantoso - espinafrar a única vereadora que "ousou" defender publicamente a necessidade de haver transparência e rigor nas investigações: Soninha Francine (PPS).

Quis o destino (no rodízio em ordem alfabética em que se iniciam os pronunciamentos dos vereadores nas sessões) que a primeira a falar fosse exatamente Soninha: a vereadora fez um discurso absolutamente equilibrado, ponderado, sensato, baseado exclusivamente em preceitos democráticos e republicanos.

Soninha repetiu o que já havia manifestado na imprensa, e que traduz o pensamento do PPS e de qualquer cidadão de bem: que todas as denúncias que supostamente envolvem a participação de servidores da Prefeitura e da Câmara Municipal sejam apuradas. Fez mais: elogiou a disposição do presidente da Câmara, citado nas denúncias, em se colocar à disposição da Polícia e da Justiça para qualquer esclarecimento.

Mas, no entendimento dos vereadores que fazem da Câmara Municipal um mundo à parte, insensível aos sentimentos da sociedade e blindada à qualquer visão que fuja do espírito de corpo e do compadrio típico das organizações mafiosas, ela quebrou o código de honra implícito da Casa e merece ser execrada pelos seus pares.

E assim foi. Um a um, os vereadores subiram à tribuna, falando em nome de seus partidos, para inocentar o presidente da Câmara das suspeitas publicadas em toda a imprensa e condenar a única voz que, dentro do parlamento paulistano, fez ecoar minimamente o sentimento da população paulistana que clama por mais ética e transparência na política.

Esta sessão foi antológica: houve da pregação absurda da censura à imprensa à defesa da importância do político (que, segundo o folclórico Agnaldo Timóteo, deve ser lembrado por todo cidadão até quando dá a descarga de seu banheiro, pois aquilo - o saneamento básico - é obra de um político).

O ponto alto (ou baixo?) da sessão foi o discurso nonsense contra "comedores de alfafa", que por cinco minutos o vereador Adilson Amadeu (PTB), vice-presidente da Câmara, proferiu da tribuna (tão sutil quanto um mamute em uma loja de cristais), em que ele covarde e levianamente tentava imputar a defesa de mais transparência na Casa a "gente que come ou fuma alfafa" - numa alusão infeliz ao episódio em que Soninha, em 2001, foi capa da Revista Época ao admitir já ter fumado maconha (reveja aqui).

Todos seguiram o mesmo roteiro, solidários ao presidente da Câmara. Discursaram Adilson Amadeu (PTB), Agnaldo Timóteo (PP), Carlos Apolinário (DEM), Aurélio Miguel (PR), Wadih Mutran (PP), Farhat (PTB), Donato (PT), Arselino Tatto (PT), Roberto Trípoli (PV), Abou Anni (PV), Beto Custódio (PT), Claudete Alves (PT), Jooji Hato (PMDB), Myryam Athie (PDT), Netinho (PSDB) e Natalini (PSDB).

Detalhes assombrosos da Câmara do terror

O clima estava tão pesado - com tamanha energia negativa - na Casa que já leva a fama de ser assombrada por fantasmas (e nem me refiro aos funcionários de confiança), durante o pronunciamento da vereadora Soninha Francine na tribuna, enquanto o presidente Antonio Carlos Rodrigues e o vice Adilson Amadeu estavam lado a lado na Mesa da Câmara, que um copo de água espatifou do nada, na frente de ambos.

Enquanto o Padre Quevedo não explica o fenômeno, outras aberrações foram se sucedendo no plenário. Um dos momentos surreais foi quando o vereador Carlos Apolinário, líder do DEM, aformou que não defendia o "amigo pessoal" e xará Antonio Carlos Rodrigues como vereador, mas "como marido, pai, avô e filho - como todos nós somos". Brilhante dedução.

O petista Donato foi o único a se manifestar contra os ataques baixos à Soninha, ressaltando o direito da vereadora pedir investigação - mas reiterando que ele, pessoalmente, e a bancada do PT não assinariam o pedido de CPI por entenderem não haver necessidade de apurar as denúncias que envolvem o presidente e funcionários da Câmara e do Executivo.

O tucano Gilberto Natalini relatou a decisão da bancada do PSDB, tipicamente em cima do muro: vão esperar a "poeira baixar" para tomar uma decisão. Ou seja, se a "poeira baixar", nenhuma.

Leia a repercussão do caso no Estado de S. Paulo

Diário de S. Paulo comenta a baixaria da Câmara

terça-feira, 24 de junho de 2008

Soninha fala sobre candidatura na Bandeirantes

A vereadora Soninha Francine, candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, concedeu na manhã desta terça-feira longa entrevista ao "Jornal Gente", da Rádio Bandeirantes. Há 29 anos no ar, o programa é apresentado pelos jornalistas José Paulo de Andrade, Salomão Ésper e Joelmir Beting.

Soninha falou sobre o entusiasmo de ser candidata a prefeita, comparável à militância espontânea que fazia na adolescência. A vereadora também explicou os motivos de ter saído do PT, justificou a opção pelo PPS e listou uma série de prioridades para a cidade, resumidas nas questões da "mobilidade urbana" e da "redução de distâncias".

Ouça aqui a entrevista de Soninha na Rádio Bandeirantes.

Estadão destaca posicionamento de Soninha

Clique abaixo para ler na íntegra a matéria do jornal "O Estado de S. Paulo" desta terça-feira, que dá prosseguimento às denúncias que envolvem o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR). A vereadora Soninha Francine (PPS) foi a única a defender publicamente que os fatos sejam apurados, para que não pairem dúvidas sobre a atuação do Legislativo paulistano.

Centrão e PT dão atestado de idoneidade a ACR

Apesar das denúncias que envolvem o nome do vereador Antonio Carlos Rodrigues, também chamado de ACR ou Carlinhos (só para os íntimos), lideranças do PT e dos partidos que compõem o chamado "Centrão" na Casa se apressaram em prestar solidariedade ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Estranho o comportamento do PT, principalmente, que em casos similares sempre defendeu a transparência e uma rigorosa investigação, até para que não seja maculada a imagem do Legislativo paulistano como um todo, e para que os supostos envolvidos possam também se defender.

Há apenas oito anos, a então candidata Marta Suplicy, carregando consigo expressiva bancada petista, elegeu-se justamente na esteira do escândalo da "Máfia dos Fiscais" - naquela época o PT defendia as investigações e o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal.

Veja que curioso: o presidente era Fernando Henrique Cardoso, portanto o MP e a PF trabalhavam sob o comando de um governo tucano, e essas instituições mereciam a credibilidade do PT. Hoje o presidente é Lula, e os parlamentares do PT colocam em dúvida a ação de promotores e policiais federais.

No ano 2000, petistas preferiam ver o capeta a admitir que pudesse ser "inocente" qualquer vereador eleito por outros partidos, principalmente os identificados com a "direita" - como o PR (então PL) de Antonio Carlos Rodrigues ou o PP de Paulo Maluf. Por outro lado, qualquer promotor era tratado pelo PT como se fosse detentor das chaves do céu. Hoje, inimigos e aliados trocaram de lado. Vai entender...

Detalhes sórdidos revelam promiscuidade política

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Soninha defende apuração de denúncia contra ACR

A vereadora Soninha Francine (PPS) está conversando com representantes de outros partidos para propor a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com o objetivo de apurar o suposto envolvimento do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), também conhecido pelas iniciais ACR, na denúncia de tráfico de influência para manter em funcionamento uma casa de prostituição de luxo.

O nome do presidente da Câmara paulistana foi citado nas investigações de um esquema de fraudes no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), desmontado durante a operação Santa Teresa, da Polícia Federal.

É mais uma denúncia gravíssima envolvendo a Câmara Municipal que, segundo pesquisa do Ibope realizada para o "Movimento Nossa São Paulo", é a instituição que desperta menos confiança nos cidadãos paulistanos.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" desta segunda-feira, interceptações telefônicas da Polícia Federal demonstram a participação de fiscais da Prefeitura, policiais civis e assessores políticos da Câmara Municipal, que envolvem o nome do vereador Antonio Carlos Rodrigues em manobras que teriam permitido ao esquema manter aberto o prostíbulo.

As negociações, de acordo com a reportagem, ocorreram em março e abril. Fabiano Alonso, genro e homem de confiança de Rodrigues, teria dito ao lobista da organização criminosa, o coronel reformado da Polícia Militar Wilson Consani Júnior, que o presidente da Câmara o ajudaria.

Para entender o caso

Segundo reportagem publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", gravações da Polícia Federal teriam flagrado a ação de uma rede de tráfico de influência e corrupção que manteve aberto um prostíbulo de luxo de São Paulo, apontado como o principal elo da organização criminosa que mandava prostitutas para o exterior e lavava dinheiro desviado do BNDES.

Com a participação de fiscais da Prefeitura de São Paulo, policiais civis e assessores políticos da Câmara Municipal, que envolveriam o próprio presidente da Casa, vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), foi mantido aberto o prostíbulo, apesar de falta de alvará e irregularidades na construção do prédio que ocupava na Rua Peixoto Gomide, no bairro de Cerqueira César, na região central.

Durante as negociações, de acordo com a reportagem, um homem de confiança de Rodrigues disse ao lobista da organização criminosa que o presidente da Câmara iria "ajudar", afirmando inclusive que o vereador teria tratado do problema com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) nos dias 8 e 9 de abril.

O vereador nega ter despachado sobre o assunto com o prefeito. A assessoria de Kassab apresentou a agenda oficial nos dias 8 e 9 de abril. Nela não há despacho com o presidente da Câmara.

Um dos acusados de integrar a quadrilha disse ao proprietário do prédio que abrigava o prostíbulo que o "problema (com a Prefeitura) estava resolvido", mas que ia "ter um custo de campanha aí, mas arredondou até o final do ano".

Para a Polícia Federal, o diálogo se refere a pagamento de propina.

Clique abaixo para ler a matéria na íntegra:

Veja também:

O PR de ACR: Quem é Antonio Carlos Rodrigues?

A retaliação do Centrão à vereadora Soninha

"Desconheço a vereadora Soninha", provoca ACR

Câmara de SP elege Mesa Diretora

Enfim um "debate" na Câmara de São Paulo

Isso que é "pensar grande"...

Soninha é destaque na "Folha" e no "Agora"

Clique na reprodução das matérias para ampliar:

sábado, 21 de junho de 2008

Estadão: PSB pode apoiar Soninha em São Paulo

Veja abaixo a matéria de O Estado de S. Paulo. Clique para ampliar:
A proximidade do PPS com o vereador Eliseu Gabriel, presidente municipal do PSB, e com outra figura expressiva do partido, a deputada federal Luiza Erundina, vem de longa data. Ambos já manifestaram a afinidade que existe entre as duas siglas e, mais do que isso, a admiração recíproca.

Com a adesão do chamado "bloquinho" à candidatura de Marta Suplicy (PT), o PSB ficou à deriva - enquanto o PCdoB indicou Aldo Rebelo vice de Marta e o PDT espera poder livrar da cassação o deputado Paulinho da Força Sindical, que depende da base lulista (e da piedade petista) para salvar o próprio pescoço.

O que vai acontecer ainda não se sabe. A pressão nacional para o PSB não romper com o bloquinho é imensa. Mas a simples possibilidade de coligação com o PPS já revela a força latente da alternativa que é Soninha Francine para a Prefeitura de São Paulo.

Soninha participa de vídeo-chat no portal iG

A vereadora do PPS e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, participou de um vídeo-chat com internautas do iG - Último Segundo nesta sexta-feira. Veja aqui na íntegra.

A propaganda de Soninha já começou pelo YouTube, apesar de o Tribunal Superior Eleitoral ainda não ter definido regras claras para o uso da web nas campanhas. “A gente vai usar a internet tanto quanto for permitido. Ela é mais barata e mais viável para tratar assuntos com mais profundidade”, avisou.

Soninha ressalta ainda que a internet tem “maior velocidade de atualização” e é ecologicamente correto, pois não há desperdício de folhetos, “que resumem em três palavras a proposta de governo”. Para a pré-candidata, o objetivo de restrições da propaganda política na TV e no rádio é impedir o abuso de poder econômico por parte de candidatos, “mas na internet é onde todo mundo fica mais igual”.

A vereadora será a primeira candidata própria do PPS ao cargo. “O PPS sempre foi muito sondado para compor chapas com outros partidos, mas nunca lançou candidato próprio”, lembrou. O partido foi sondado por Kassab e por Alckmin.

Sobre a aproximação entre PT e PSDB, a vereadora, que já foi do PT, considera que os dois partidos são muito heterogêneos e que há muitos filiados que compartilham história de lutas pelas mesmas causas nas duas legendas. “Há uma intersecção, mas também há muita polarização”, destaca. (Da redação do iG)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Parem o mundo que eu quero descer...

Acho que está na hora de ressuscitar o personagem Stanislaw Ponte Preta, do impagável jornalista carioca Sérgio Porto (1923-1968), e duas de suas mais geniais criações: o Samba do Crioulo Doido e o Febeapá - Festival de Besteiras que Assola o País.

Nem precisamos fazer um exercício muito trabalhoso. Basta uma leitura nos jornais de hoje. Vejamos:

1) Maluf se revela comunista. O eterno candidato Paulo Maluf, que quer botar uma laje sobre o Rio Tietê e afirma que São Paulo precisa agora de um construtor, fechou assim a sua entrevista à Folha: "Do jeito que o PT defende banqueiro, me sinto comunista."

Maluf também se comparou a outros políticos, não por seus atributos, mas por outro motivo mais insólito: "Washington Luís foi prefeito, governador, presidente, foi preso e deportado. Getúlio Vargas, se não tivesse se suicidado, seria preso. Juscelino foi preso, deportado, exilado. Jânio Quadros preso 90 dias em Mato Grosso. Quem mais foi preso? (A repórter lembra: o senhor) O Lula não foi?".

2) Políticos caçados pelo TRE. Não é erro gramatical, não. O Tribunal Regional Eleitoral, não contente em cassar mandatos, resolveu caçar os candidatos e a imprensa pela publicação de entrevistas jornalísticas. Ora, ora. Que ranço autoritário é esse?

3) PSDB x PSDB. Está cada vez mais acirrada a disputa interna que opõe os idealizadores da candidatura de Geraldo Alckmin aos defensores da manutenção da aliança com o prefeito Gilberto Kassab, que tem pena de tucano, bico de tucano e faz o maior governo tucano do país, mas que não é bem aceito no ninho de águias, gaviões e urubus.

4) O bloquinho afunda. Era a crônica de uma morte anunciada (perdão Gabriel García Márquez, mas acho que está bem acompanhado nesta lembrança de Sérgio Porto). O tal bloco de esquerda que reune PCdoB, PDT e PSB (com alguns outros aliados de ocasião) jurava de pés-juntos (uai, mas juramento de ateu é pra valer?) que manteria a candidatura de Aldo Rebelo até o fim. Pois é. Mantiveram até o fim, porém antecipando-o. Apoiar o PT depois de tanto discurso antipetista é o fim da picada! É mais ou menos como se no choque entre o Titanic e o iceberg, afundasse o bloco de gelo.

5) A volta dos que não foram. Dois partidos dos considerados nanicos fizeram água no derretimento do tal "bloquinho": o PMN, que terá candidato próprio à Prefeitura de São Paulo, e o PHS, que depois de dar um passa-moleque na ex-quase candidata Zulaiê Cobra, resolveu aderir à quase-candidatura de Geraldo Alckmin.

6) Essas mulheres maravilhosas. Atitudes surpreendentes das mulheres nesta pré-campanha não faltam. Primeiro foi Zulaiê Cobra: namorou o PPS e casou com o PHS, mas já divorciou e se "amigou" com Kassab. Depois, Luiza Erundina: brigou com o PSB, namorou o PPS (deixou até um "filho" aqui), flertou com Marta e... qual será o fim da história?

PS. Ficamos sabendo também, pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, que Marta Suplicy ainda usa biquini.

A nota de hoje: Marta Suplicy (PT-SP) foi ao desfile da Cia. Marítima, quarta-feira, no São Paulo Fashion Week. "Eu também uso biquíni", disse. E moda ajuda a ganhar eleitores? "Sinceramente, não sei, mas na periferia elogiam bastante a minha pele".

Calma, Stanislaw, não trema no túmulo, por favor.

"Descabida", bom artigo sobre a polêmica do TRE

ELIANE CANTANHÊDE,
da Folha de S. Paulo


Nós, os leigos, somos uns tremendos ignorantes em direito e não conseguimos entender por que o juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Francisco Carlos Shintate, confunde entrevistas jornalísticas com peças promocionais de campanha.

Jornais e jornalistas vivem de notícias. Políticos devem satisfação do que fazem e do que pretendem fazer. Logo, jornais e jornalistas têm o dever, além do direito, de publicar entrevistas com líderes políticos, e os líderes políticos têm o direito, além do dever, de dar entrevistas a jornais e jornalistas. E tanto leitores de jornais e revistas como eleitores de todo o país têm o direito e o dever de se informarem sobre os candidatos. Parece simples assim.

Para o excelentíssimo juiz, não é nada simples. Tanto que ele acaba de impor uma multa a Marta Suplicy, à Empresa Folha da Manhã S.A. (que edita esta Folha) e à revista "Veja", porque a ex-ministra fez o que tinha de fazer, que era dar entrevistas, e os dois órgãos de imprensa também fizeram o que tinham de fazer, publicá-las.

A decisão do juiz é tão descabida, tão surpreendente, que é preciso um enorme esforço para discuti-la a sério, o que, obviamente, se faz aqui até em respeito ao juiz e a tudo o que ele representa. Mas, que não entra na cabeça, não entra.
Entre outras coisas, ele disse que preservava "a igualdade entre todas as pessoas". Sim, ok. Mas quem era ministra e estava migrando para a candidatura à mais importante capital do país não era a Joana, a Maria ou a Carminha. Era Marta Suplicy. Ela era, e é, um fato jornalístico relevante.

Já imaginou jornais e revistas que não possam entrevistar políticos, candidatos e candidatas, nem dizer o que eles fazem e pensam, nem o que eles propõem, nem seus acertos e erros? Sob o pretexto de evitar a propaganda eleitoral antecipada, o juiz atacou não só a liberdade de imprensa mas também a de expressão. E atingiu principalmente você, leitor e eleitor.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Os dilemas da campanha eleitoral na Internet

Campanha na Web cria dilemas para juizes e tribunais

Carlos Castilho,
Observatório da Imprensa


Quase 39 milhões de brasileiros, mais ou menos a quarta parte dos eleitores, devem usar a Web como uma das principais fontes de informação nas eleições de novembro. Será a primeira vez que a campanha eleitoral via internet chegará a um número tão grande de brasileiros.

Só isto já dá à votação municipal deste ano uma importância especial porque permitirá pela primeira vez descobrir um pouco do que se esconde nos meandros da internet tupiniquim, um território ainda amplamente desconhecido e que, potencialmente, pode de oferecer algumas surpresas, como mostra o fenômeno Barack Obama, nos Estados Unidos.

O eleitorado com acesso à internet vem crescendo a cada eleição, a um ritmo médio de quase 50% e colocando os tribunais eleitorais do país numa situação complicada. Como a Web ainda é uma grande incógnita para os magistrados, eles preferem adiar definições sobre propaganda eleitoral em ambiente virtual, como aconteceu com o Tribunal Superior Eleitoral, há pouco mais de uma semana, numa consulta feita pelo deputado federal José Fernando de Oliveira (PV-MG).

A justiça eleitoral é normativa, ou seja, fixa regras, mas a Web é um território onde a lógica das leis convencionais é de difícil aplicação, porque é quase impossível congelar situações dada a constante inovação e fluidez dos mecanismos e processos na rede mundial de computadores.

Apesar do crescimento vertiginoso da internet brasileira, a justiça eleitoral manteve as mesmas regras vigentes nos pleitos anteriores — o que abre a porta para questionamentos os mais diversos. O principal deles tem a ver com a veiculação de informações falsas na campanha eleitoral pela internet.

Se a justiça eleitoral brasileira for tão lenta quanto a nossa justiça comum, os processos sobre delitos eleitorais vão se espichar por vários anos, como mostrou o recente julgamento sobre a proibição do polêmico filme da modelo Daniela Cicarelli com seu namorado, que circula na Web desde 2006.

A internet é um espaço que desafia a justiça no mundo inteiro porque a rede criou processos e sistemas que não se encaixam nas normas jurídicas convencionais. A maior parte dos esforços de submetê-la às leis vigentes não funcionou. Por outro lado, a grande maioria dos magistrados prefere empurrar o problema com a barriga diante da complexidade da questão.

Na campanha eleitoral para as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, por exemplo, os candidatos estão criando suas próprias regras. O candidato democrata Barack Obama, apontado como o primeiro político norte-americano feito pela internet, criou um complexo sistema para lidar com informações falsas.

Obama montou o site Fight the Smears (Combata as Calúnias) operado por uma equipe de voluntários espalhada por todos os Estados Unidos, para desmontar rumores e boatos antes que eles provoquem danos irreparáveis à imagem do primeiro candidato negro à presidência do país. A decisão foi acelerada pelos boatos em torno do pastor da família de Obama, e dos rumores sobre a existência de um vídeo em que a mulher do candidato estaria insultando norte-americanos brancos.

A iniciativa sinaliza uma inevitável batalha informativa pela Web, na qual cada candidato buscará uma blindagem noticiosa na mídia norte-americana. Indica também uma possível nova estratégia a ser explorada por políticos interessados em usar a Web para conquistar corações e mentes.

No Brasil, os dados da eleição de 2006 mostram que 6% dos eleitores usam a Web como ferramenta eleitoral, superando as revistas semanais e perdendo para a TV (76%), jornais (29%) e rádios (28%). Nas classes A e B, a Web só perde para a TV e os jornais.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

PPS lança candidatura de 'vereador virtual' em SP

Do Diário do Grande ABC

O PPS (Partido Popular Socialista) anunciou nesta terça-feira uma novidade: pretende eleger, nas eleições municipais de São Paulo, um vereador e uma vereadora virtuais. A campanha terá custo zero, apenas com apoiadores voluntários e sem utilização de materiais que sujam a cidade (panfletos, faixas, pintura de muros, carros de som).

Após a eleição, a atuação do vereador e da vereadora virtual será pautada por consulta direta da população, em tempo real, por meio da rede mundial de computadores ou outros recursos tecnológicos.

"A proposta, apesar de causar um estranhamento inicial, é simples: o mandato não será individual, mas coletivo", afirma o secretário de Comunicação do PPS, Maurício Huertas. "Essencialmente, é um novo conceito de fazer política. É o aprofundamento e o aperfeiçoamento da democracia participativa na capital paulista. Seremos nós, cidadãos, atuando coletivamente, com poder real de decisão, e aí está o paradoxo do termo virtual."

Como a legislação eleitoral exige o registro nominal de candidatos, foram escolhidos pelo partido como vereador e vereadora virtuais, respectivamente, o ex-secretário municipal de Esportes, Heraldo Corrêa Ayrosa Galvão, e a advogada Rosana Chiavassa, especialista em Direito do Consumidor e primeira mulher candidata à presidência da OAB/SP.

A iniciativa do PPS em São Paulo possui um e-mail, vereadorvirtual@pps-sampa.org.br e o Blog do Vereador Virtual.

Jornal da Tarde destaca "vereador virtual" do PPS

terça-feira, 17 de junho de 2008

PPS inova e aposta na eleição de "vereador virtual"

O PPS, que acaba de oficializar a candidatura da vereadora Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo, anuncia mais uma novidade para estas eleições: pretende eleger um "vereador virtual".

O diferencial começa desde a campanha - terá custo zero, apenas com apoiadores voluntários e nenhuma utilização de material que suja a cidade (panfletos, faixas, pintura de muros, carros de som). Mas a grande revolução virá mesmo após a eleição: a atuação do vereador ou da vereadora virtual será toda pautada por consulta direta à população, em tempo real, através da Internet ou de outros recursos tecnológicos. É a essência da democracia participativa.

A ação do vereador ou da vereadora virtual eleitos pelo PPS será dirigida pelo eleitor paulistano, que será chamado a opinar diariamente sobre os vários temas em debate na Câmara Municipal, nas sessões, votações e comissões internas, na apresentação de projetos e na definição de prioridades para a cidade. A maioria ditará democraticamente a postura deste mandato popular e interativo.

"A proposta, apesar de causar um estranhamento inicial, é simples: o mandato não será individual, mas coletivo", afirma o secretário de Comunicação do PPS, Maurício Huertas. "Essencialmente, é um novo conceito de fazer política. É o aprofundamento e o aperfeiçoamento da democracia participativa na capital paulista. Seremos nós, cidadãos, atuando coletivamente com poder real de decisão - e aí está o paradoxo do termo virtual."

Leia a seguir uma série de questões explicativas sobre esta proposta inovadora do PPS. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail vereadorvirtual@pps-sampa.org.br e serão postadas diariamente no Blog do Vereador Virtual. Participe!

O que é um "vereador virtual"?

Essencialmente, é um novo conceito de fazer política. É o aprofundamento e o aperfeiçoamento da democracia participativa na capital paulista. Seremos nós, cidadãos, atuando coletivamente com poder real de decisão - e aí está o paradoxo do termo "virtual". Não vamos eleger um homem ou uma mulher para atuar individualmente, mas possibilitar que cada cidadão paulistano tenha efetivamente vez e voz na Câmara Municipal, dando transparência ao que hoje é uma caixa-preta blindada, inacessível e ininteligível à maioria da população.

Que novo conceito de fazer política é este que o PPS propõe?

Queremos a participação popular de fato e de direito. Porque estaremos todos e cada um de nós investidos do poder para o qual até hoje apenas escolhíamos um representante que atuava ao bel prazer, de acordo com as suas conveniências, escapando muitas vezes da fiscalização da sociedade e desviando dos compromissos da campanha, sem que o eleitor tivesse qualquer instrumento de cobrança ou correção de rumo, a não ser de quatro em quatro anos, na próxima eleição. A partir de agora a transparência será total e a fiscalização constante, sem trégua, em tempo real.

O que o PPS pretende com esta idéia do "vereador virtual"?

O que o PPS propõe é resgatar a essência da democracia e da cidadania: o eleitor vai poder desempenhar o seu papel político no dia-a-dia, sem intermediários, decidindo diretamente o que é melhor para si mesmo e para a coletividade.

Porque absolutamente nenhuma ação do mandato será tomada sem que haja uma consulta popular. Da vontade da maioria do eleitorado paulistano, chamado a opinar sobre cada tema que se coloca na Câmara, resultará a atuação do vereador ou da vereadora virtual.

Como vai ser essa participação direta do eleitor no mandato?

O público acompanhará em tempo real a atuação do vereador ou vereadora virtual, com transmissão ao vivo pela Internet de todas as atividades de plenário, comissões, votações etc. Em contrapartida, cada eleitor irá interferir diretamente no exercício do mandato, que deixará de ser individual, pessoal, personalista, e se tornará verdadeiramente popular, coletivo e interativo.

Por que a proposta de acompanhamento pela Internet?

Hoje em dia o mundo todo está online, funcionando em rede, e a política também tem que se adequar a esta ação participativa num ambiente colaborativo. O cidadão está mais alerta, mais exigente. Não dá para permanecer nesses moldes arcaicos da política representativa, em que o eleitor manifesta a sua vontade de quatro em quatro anos e, neste intervalo, não tem qualquer interferência sobre a atuação do político que ajudou a eleger. Com o uso da internet ou de outros recursos tecnológicos, o eleitorado paulistano - com acesso liberado pelo número do título de eleitor - manifestará constantemente o seu posicionamento sobre cada passo que será dado pelo vereador ou pela vereadora virtual.

O PPS é hoje representado na Câmara paulistana pela vereadora Soninha Francine. Com essa proposta, a população pode esperar uma "Soninha virtual" para o próximo mandato?

A idéia do vereador ou da vereadora virtual acaba sendo um modo de preservar a postura e a atitude imprescindível que a vereadora Soninha Francine tem hoje na Câmara Municipal. Não é por acaso que ela seja considerada uma das melhores e mais atuantes vereadoras paulistanas e tenha tamanha credibilidade.

Sendo candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha encerra o seu mandato em dezembro deste ano, mas a cidade perderia sem uma presença como a dela no parlamento. Com esta decisão do PPS, Soninha permanecerá virtualmente vereadora e vamos potencializar as qualidades do seu mandato, como a transparência absoluta e a prestação de contas diária da sua atuação, abrindo a caixa-preta que é o Legislativo paulistano, movido a conchavos e acertos de bastidores, e jogando um foco de luz nesta escuridão.

Esta proposta de "vereador virtual" é legalmente possível?

Sim, porque vamos atender todas as exigências da legislação eleitoral com o máximo rigor. Teremos o registro normal dos candidatos, inclusive do vereador e da vereadora virtual. A novidade estará no exercício do mandato, que não será uma atuação personalista, individualizada, como é hoje. Teremos um mandato popular, coletivo e participativo. Radicalizamos o entendimento do STF e do TSE, que determinou que os mandatos eletivos pertencem ao partido político, e não aos candidatos. Só que ampliamos este conceito: o mandato pertencerá não só ao partido, mas à sociedade como um todo. Cada um de nós ocupará conjuntamente uma cadeira na Câmara. Obviamente que é uma proposta diferenciada desde a campanha, mas absolutamente legal.

Por que será uma campanha diferenciada?

Porque faremos uma campanha com custo zero e limpa. Limpa em todos os sentidos: não usaremos papel, não vamos poluir a cidade com os tradicionais santinhos, panfletos, faixas, muros pintados, carros de som. É uma decisão do PPS para todos os seus candidatos fazer uma campanha dentro dos limites da Lei "Cidade Limpa". Mas que será ainda mais rigorosa e inovadora para o vereador e vereadora virtual.

Teremos custo zero. Não vamos arrecadar dinheiro. Será uma campanha toda feita de forma espontânea, com apoiadores voluntários, usando os recursos gratuitos da rede para a conquista e multiplicação dos votos: e-mails, sites pessoais, blogs, vídeos, comunicadores instantâneos. Tudo da forma que a lei permite, com a livre expressão e manifestação do próprio eleitorado.

O vereador e a vereadora virtual não terão um comitê fixo, não terão uma campanha eleitoral organizada nos moldes ortodoxos. Lançamos a proposta, e o sucesso ou o fracasso da idéia dependerá exclusivamente da aceitação do eleitorado, que será o responsável direto e solidário em todos os momentos, desde a campanha até o eventual exercício do mandato. Por isso é um conceito novo de fazer política.

Vocês não temem que a idéia do "vereador virtual" seja ridicularizada ou mal compreendida?

Toda proposta inovadora causa um certo estranhamento, isso é natural. Mas ridicularizado será quem não compreender a idéia. Não estamos reinventando a roda. A proposta é simplesmente resgatar a essência da democracia participativa e garantir um mandato ético e transparente, sob o olhar fiscalizador do cidadão paulistano. Tirar o poder das mãos desses políticos que envergonham a cidade e devolvê-lo à sociedade, à coletividade.

Não foi por acaso que a Câmara Municipal chegou ao atual patamar: ser considerada a instituição menos confiável pela população. Vamos mudar isso de que forma? Abrindo esta Casa para a população, arejando o ambiente, varrendo a sujeira, atuando com mãos limpas. Mas não acreditamos em um Super Homem ou uma Mulher Maravilha que, individualmente, resolverão o problema. Por isso precisamos da participação de todos nessa tarefa. Essa é a proposta: um vereador ou vereadora virtual - porque na prática todos nós seremos os vereadores - como instrumento para a participação direta da sociedade na decisão dos nossos destinos e das prioridades da cidade.

Por que são sempre mencionados um vereador e uma vereadora virtual? Quem são eles?

Porque a idéia é ter um recorte fiel da sociedade, e para tanto oferecemos um candidato e uma candidata para que toda a população se sinta representada nesta proposta do vereador ou da vereadora virtual. Na realidade, o vereador virtual não tem gênero masculino ou feminino. Seremos todos nós dentro da Câmara Municipal, com todas as nossas igualdades e divesidades.

O que propomos é justamente despersonalizar este vereador ou vereadora, tanto faz se é homem ou mulher, esquecer da sua individualidade. Vamos eleger alguém para agir coletivamente, de acordo com a vontade da maioria.

Por outro lado, a legislação eleitoral exige o registro nominal dos candidatos. O conceito de vereador ou vereadora virtual tem de ser personificado em alguém, fisicamente. Para tanto, precedendo a aplicação deste novo conceito de fazer política, o PPS teria de escolher pessoas com credibilidade, respeitabilidade e comprometidas com essa idéia de fazer uma campanha limpa e, posteriormente, desempenhar um mandato aberto, transparente, popular e coletivo.

Escolhemos então um candidato e uma candidata - dentro de uma chapa própria com 83 homens e mulheres que concorrem à Câmara pelo PPS - para encampar este conceito de vereador e vereadora virtual: o ex-secretário municipal de Esportes Heraldo Corrêa Ayrosa Galvão e a advogada Rosana Chiavassa, especialista em Direito do Consumidor e a primeira mulher candidata à presidência da OAB/SP.

Veja mais informações sobre Heraldo Corrêa e Rosana Chiavassa.

Partidos discutem "democracia participativa" em SP

Maurício Reimberg
UOL Notícias


O Movimento Nossa São Paulo reuniu líderes partidários para um debate sobre a "democracia participativa" na capital paulista. O encontro ocorreu nesta segunda-feira à noite no Tusp (Teatro da Universidade de São Paulo).

Dois postulantes à prefeitura de São Paulo aproveitaram a oportunidade para teorizar sobre o tema. A vereadora Soninha Francine, candidata do PPS, e o deputado federal Ivan Valente, que deve ser homologado candidato do PSOL no próximo sábado, quando será realizada a convenção do partido, participaram do debate. O PT, o PSDB, o DEM e o PCdoB enviaram representantes.

A descentralização administrativa, o aperfeiçoamento da participação popular e a transparência na gestão pública foram os principais eixos abordados. Houve consenso num ponto estratégico. Todos os partidos ressaltaram a importância da aplicação da "Lei do Programa de Metas".

Aprovada pela Câmara Municipal em fevereiro deste ano, a lei determina que o prefeito tem que apresentar, até 90 dias após a posse, metas quantitativas por áreas e subprefeituras. O texto foi elaborado por entidades como o Instituto Ethos e o Nossa São Paulo.

Para Ivan Valente, o país ainda não está "acostumado" a fazer planejamento de metas. Ele afirma que há "medo" quando a agenda é incluir a participação popular na política. "Se não tiver o povo organizado para fiscalizar é difícil cumprir metas", disse.

Na opinião de Soninha, começar a encarar os problemas de São Paulo através do diagnóstico da situação atual é o "óbvio".

"Quem é contra fazer mais metrô? Ninguém é contra", disse. "Mas o metrô é muito caro. Consome um montante de recursos monumental. E é muito demorado".

Ela sugeriu medidas "operacionais" para enfrentar o problema do trânsito. "Corredor de ônibus também é operação", afirmou.

"O corredor do M'Boi Mirim (zona sul), por exemplo, tem que ter menos ônibus para ter mais fluidez", sugeriu a candidata.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Estado de S. Paulo entrevista Soninha Francine

O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou neste domingo uma entrevista com a vereadora Soninha Francine, candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo. Clique na matéria para ampliar:

Folha: Criticar o trânsito virou moda, diz Soninha

Gazeta Mercantil: Soninha, os jovens e as mulheres

Estadão: Soninha quer mudar a vida urbana

Estadão: os desafios que tem tem 3% no Ibope

PPS confirma Soninha e 83 candidatos à Câmara

O PPS oficializou neste domingo, por aclamação durante a convenção eleitoral, a candidatura da vereadora Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo e uma chapa própria com 83 candidatos e candidatas à Câmara Municipal. A propaganda eleitoral estará liberada a partir de 5 de julho.

O PPS apresenta Soninha à Prefeitura como alternativa para qualificar o debate, resgatar princípios e ideais que parecem fora de moda na política, construir um programa de governo verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistanos e reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.

É a reafirmação da trajetória do PCB/PPS, que construiu um projeto alternativo viável e eficaz para a cidade, para o estado e para o país. Com a candidatura própria à Prefeitura de São Paulo e uma chapa completa de candidatos e candidatas à Câmara, o PPS se mantém coerente à sua história e une diversas gerações: além de resgatar a velha militância partidária está agregando jovens preocupados com o futuro e que entendem que podem interferir para melhorar o nosso dia-a-dia.

O PPS é a chance de concretizar de forma coerente os ideais democráticos, da cidadania plena e da justiça social. É o partido que disparou na frente em busca de novos modelos de desenvolvimento nacional e de soluções para a urgente necessidade de melhoria das condições de vida da grande maioria do povo brasileiro.

O PPS é um partido em expansão nacional, com um ideário renovado e melhor adaptado à nossa realidade, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos com a busca de novos caminhos para o desenvolvimento econômico, político e social de São Paulo e do Brasil.

Venha para o PPS! Ajude a construir o melhor programa de governo para a cidade de São Paulo. Participe!


PPS indica Soninha e João Batista de Andrade

A Convenção Eleitoral do PPS neste domingo oficializou a candidatura a prefeita de Sonia Francine Gaspar Marmo, a Soninha Francine, 40 anos, vereadora, jornalista, apresentadora de televisão e colunista de futebol da Folha de S. Paulo.

Paulistana do bairro de Santana, formada em Cinema pela ECA/USP, Soninha tornou-se nacionalmente conhecida como VJ da MTV Brasil, onde trabalhou por dez anos, tendo sido posteriormente apresentadora de um programa para jovens na TV Cultura, comentarista da ESPN Brasil e até recentemente uma das apresentadoras do programa Saia Justa, na GNT.

Em 2004, foi eleita vereadora pelo PT. Filiou-se ao PPS em setembro de 2007. Leia mais sobre a biografia de Soninha Francine. Veja aqui tudo sobre a campanha à Prefeitura.

Candidato a vice-prefeito

O candidato a vice na chapa de Soninha Francine é o escritor e cineasta João Batista de Andrade, 69 anos, ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo (governo Alckmin).

Nascido em Ituiutaba (MG), começou sua carreira de cineasta ainda estudante, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Como cineasta, tem uma carreira onde se alternam os documentários (como "Liberdade de Imprensa", "Migrantes", "Greve!" e "Céu Aberto"), diversos filmes para TV (exibidos no "Globo Repórter" e TV Cultura, por exemplo) e 11 longa-metragens, dos quais os mais conhecidos são "Doramundo", "O Homem que Virou Suco", "O País dos Tenentes" e "O Tronco".

Veja aqui a biografia de João Batista de Andrade.

domingo, 15 de junho de 2008

PPS lança Soninha candidata e aposta em "zebra"

Vagner Magalhães
Redação Terra


O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, afirmou durante a convenção do partido que lança o nome de Soninha Francine como candidata à Prefeitura de São Paulo, que "toda eleição têm uma surpresa, uma zebra ou um azarão".

"Se não tivermos aqui uma boa representatividade, nunca seremos um partido nacional. A campanha está começando agora e ela trará o partido para dentro do debate político na capital", disse Freire.

Questionada sobre as chances de vencer, Soninha disse que não são nulas. "Digamos que temos menos chances de vencer do que as candidaturas que estão aí. Porém, menos não é zero", afirmou a candidata do PPS.

"Temos uma vantagem em relação aos demais candidatos mais conhecidos. Vamos fazer uma campanha propositiva, não teremos problemas em utilizar idéias bem-sucedidas de administrações anteriores, o que não acontece com os candidatos que estão aí", disse Soninha.

A candidata foi à convenção de bicicleta, para simbolizar o tema foco de sua campanha, que é o problema do trânsito na capital paulista.

"Com o passeio de bicicleta estamos literalmente dando a largada na nossa candidatura. Em relação à mobilidade, queremos mostrar que a bicicleta é uma alternativa viável para a cidade, não apenas uma idéia de malucos", afirmou.

PPS oficializa candidatura de Soninha à Prefeitura

Como prometido, candidata foi à convenção de bicicleta; esta é a primeira candidatura própria da legenda à prefeitura da cidade

Do G1, em São Paulo

Uma convenção do Partido Popular Socialista (PPS) oficializou neste domingo (15) a candidatura da vereadora Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo.

Soninha, conforme havia prometido durante a semana, foi de bicicleta à Câmara Municipal, no Anhangabaú, onde o evento foi realizado, para incentivar a discussão de novas propostas para o trânsito da cidade.

Segundo o presidente do partido em São Paulo, Carlos Fernandes, é a primeira vez que o PPS, em sua curta história – o partido foi fundado em 1992 –, lança um candidato próprio à prefeitura da capital paulista.

Nas últimas duas eleições, o partido apoiou José Serra (PSDB) e Luiza Erundina (PSB). "Foi uma reafirmação do grito de guerra para a próxima etapa", disse Fernandes.

Propostas alternativas

Sobre a convenção, Fernandes afirmou ao G1 que a candidatura da ex-VJ da MTV - uma antiga militante do PT - tem o objetivo de "dialogar com a sociedade".

"Ela veio para dizer com uma candidatura que é para valer, para chegar no segundo turno", disse o presidente do PPS. "O objetivo é revigorar a política. Os problemas não são isolados, têm uma interligação entre o conjunto de problemas da cidade."

O fato de Soninha ir de bicicleta à convenção não quer dizer que o uso do veículo não-motorizado será um mote da campanha do partido.

"A Soninha é ciclista, não vamos fazer demagogia com isso. A questão do trânsito é um problema estrutural, há uma cultura que incentiva a venda de carros em 72 vezes. Há uma necessidade de deslocamento e uma necessidade de diminuir as distâncias", afirma.

De bicicleta, Soninha lança candidatura em SP

Hugo Cilo, do UOL
Em São Paulo


A vereadora Soninha Francine (PPS) oficializou neste domingo a pré-candidatura à prefeitura da capital de uma forma diferente. Para reforçar a proposta de resolver o caos do trânsito na cidade, principal bandeira da candidata, ela chegou à convenção, na Câmara Municipal, de bicicleta. Visivelmente empolgada, ela também sambou com militantes do partido antes de assumir o microfone.

Soninha estava acompanhada por uma comitiva em motos e bicicletas. A "carreata" saiu por volta das 11h do elevado Costa e Silva, na av. Francisco Matarazzo, passou pelo largo de Santa Cecília, largo do Arouche, praça da República e av. São Luís até a Câmara Municipal, 20 minutos depois.

"A maratona eleitoral começa agora. Quero lançar uma proposta diferente. Não vamos atacar os adversários, que se agridem no bate-boca e não debatem propostas", disse Soninha.

Além da concretização da campanha à prefeitura, a convenção do PPS apresentou os 83 nomes que disputarão as vagas na Câmara.

A oficialização de Soninha é a segunda na corrida pelo Executivo municipal. Neste sábado, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) consolidou a candidatura com apoio do PMDB, PR e PV, enquanto espera definição de um possível, mas improvável, apoio do PSDB, no próximo domingo (22).

Intenção de voto

A última pesquisa divulgada pelo Datafolha sobre a corrida eleitoral em São Paulo indicou Soninha com 2% das intenções de voto. A candidata do PPS apareceu à frente de nomes como Aldo Rebelo (PC do B) e Ivan Valente (PSOL), que têm menos de 1%. A pesquisa apontou Marta Suplicy (30%), Geraldo Alckmin (29%) e Gilberto Kassab (15%) nas três primeiras posições.

Soninha pode ser "grande surpresa"

Cristiane Carvalho,
do Último Segundo (IG)


O presidente do PPS, Roberto Freire, disse que a candidata do partido à prefeitura de São Paulo, a vereadora Soninha Francine, "pode ser uma grande surpresa". O partido faz convenção neste domingo na Câmara Municipal e oficializa a candidatura de Soninha.

"Nessa eleição pode surgir uma 'zebra', um 'azarão'. Não estou dizendo que Soninha é um 'azarão', mas acho que ela pode ser uma grande surpresa", disse.

Freire ainda atacou os adversários. "Esta eleição está uma bagunça. O PT não vai conseguir se recuperar em São Paulo. O DEM e o PSDB, que sempre foram um só no Estado, agora estão em disputa".

Rap e tambores

Soninha chegou à convenção pedalando, após percorrer o Minhocão e a Avenida São Luís. Ladeada por simpatizantes em bicicletas, motos e até skates, a candidata foi recebida ao som do "rap de campanha", acompanhado de uma dança de "leões chineses" e batidas de tambores.

Muito sorridente, Soninha disse que espera "contagiar as pessoas com as nossas propostas políticas e nossa apostila. A disputa eleitoral não é o auge de uma guerra, nós queremos discutir idéias".

Trânsito e idealismo são temas de primeiro discurso de Soninha como candidata

Cristiane Carvalho, do Último Segundo

Em seu primeiro discurso como candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, na convenção do partido neste domingo, a vereadora Soninha Francine defendeu a "volta do idealismo" à política e afirmou que uma solução para o trânsito, tema central de sua campanha, "desataria todos os outros nós".

"Está tudo entrelaçado. O trânsito piora a qualidade do ar, que causa problemas de saúde, que sobrecarrega o sistema de saúde. O trânsito deixa as pessoas esgotadas e, com isso, não têm tempo para se aperfeiçoar profissionalmente. Está tudo interligado. Se a gente puxar o fio certo, desata todos os nós", disse.

Ela comentou o fato de que agora falar do trânsito "está na moda". "O trânsito já não é um tema sério há muito tempo? Demorou tanto para cair a ficha?", questionou.

"É perfeitamente possível entrar na política e se guiar de acordo com o que se acredita. Fácil não é, confortável não é, mas é possível entrar, sofrer pressões e resistir à elas", declarou. Para Soninha, "a sociedade precisa ser reencantada pela política".

Soninha disse que é preciso discutir a configuração da cidade. "Senão você pode construir beliches de metrô, dez minhocões e dez lages sobre o Tietê que não vai adiantar", disse em alusão à proposta do pré-candidato do PP, Paulo Maluf, que sugeriu colocar lages sobre os rios Tietê e Pinheiros para resolver o trânsito.

Freire critica Lula e divergência entre DEM e PSDB

Cristiane Carvalho, do Último Segundo

Roberto Freire, presidente do PPS, declarou, durante a convenção do partido neste domingo, que as vaias para Alberto Goldman (PSDB), no encontro do Democratas neste sábado, podem ter sido contra a aliança entre DEM e tucanos.

Para Freire, as vaias na convenção do DEM, em que o tucano Alberto Goldman chamou o candidato Gilberto Kassab de Geraldo Alckmin, não não eram contra a confusão, talvez a vaia tenha sido contra a aliança. "Talvez alguns partidos já estejam divididos agora pensando em 2010. Aqui no PPS, o PSDB pode ser confundido como for, mas não pode ser vaiado".

Freire disse que o governo federal "se rende ao cassino em que nos transformamos e acha isso bom, uma contradição vindo da esquerdas. Não digo nem de esquerda, que o presidente já disse que não é. Mas ele uma 'metamorfose ambulante'". Ainda sobre Lula, Freire disse que "aquilo que pensamos em 2002 que seria uma ruptura, revelou-se uma fraude".

Sobre a candidata de seu partido, Soninha Francine, Freire disse que não vai falar em "zebra, nem em 'azarão' porque aqui não é futebol, mas toda eleição tem uma surpresa".

Cenas da Convenção Eleitoral do PPS paulistano

Veja alguns momentos da Convenção Eleitoral do PPS que oficializou a candidatura da vereadora Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo. Clique nas imagens para ampliar:

Soninha chega de bicicleta à convenção do PPS

MITCHEL DINIZ
colaboração para a Folha Online


A vereadora Soninha Francine (PPS) chegou de bicicleta à Câmara Municipal de São Paulo, onde o PPS realiza neste domingo a convenção para oficializar sua candidatura à prefeitura da capital paulista. Acompanhada por mais 20 pessoas, Soninha utilizou a bicicleta como meio de transporte alternativo devido aos congestionamentos registrados nas ruas de São Paulo.

Segundo a pré-candidata, o trânsito é apenas um dos "grandes nós" de São Paulo, um problema que se relaciona com vários outros, como o transporte coletivo.

"A cidade tem muitos problemas interrelacionados. Se você puxar o fio certo, você consegue resolver várias coisas ao mesmo tempo. O trânsito é um dos grandes nós", afirmou a vereadora, ao chegar para a convenção.

Reportagem da Folha publicada hoje informa que 87% dos paulistanos avaliam o trânsito como ruim ou péssimo, segundo pesquisa de março do Datafolha. Mas, quando se pergunta qual é o pior problema da cidade, o trânsito aparece em sétimo lugar, com 5%.

Soninha disse que acredita na possibilidade de disputar o segundo turno e que vai lutar "seriamente" para isso. Porém, sem atacar seus adversários.

"Na nossa campanha, a gente não vai mirar nos adversários, procurar o ponto fraco do adversário para enfraquecê-lo. A gente vai mostrar a que veio, as nossas propostas", disse.

De acordo com a pesquisa Setcesp/Ibope divulgada no último dia 3, Soninha aparece em quinto lugar com 3% de intenção de voto, empatada com a deputada Luiza Erundina (PSB).

Para Soninha, o resultado da pesquisa não a desanima, pois nunca achou que a disputa fosse fácil. "Eu sei que é difícil tanto quanto sei que é possível. Ao mesmo tempo, eu estou empatada em intenção de voto numa cidade em que muita gente nem me conhece com a Erundina, que não só foi prefeita, mas foi uma grande prefeita na minha opinião. Por isso pra mim é uma honra e não motivo de desânimo."

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), defendeu a participação do PPS e de Soninha na disputa eleitoral deste ano. Para o socialista, Soninha tem "algo diferente" que pode ser uma surpresa em São Paulo.

"Toda eleição tem uma surpresa. Ninguém imagina que aquilo que é favorito vai se confirmar no final da eleição. Aparece sempre uma zebra, aparece sempre um azarão, há sempre aquele que ninguém imaginava. E Soninha tem tudo pra ser isso, não uma zebra mas ser algo de diferente", afirmou.

Ontem, o DEM oficializou a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM) à reeleição. O PMDB também realizou convenção para confirmar o apoio à Kassab. Hoje, além do PPS, o PV também realiza convenção para oficializar apoio a Kassab.

Segundo o calendário da Justiça Eleitoral, os partidos têm até o dia 30 de junho para realizar as convenções municipais.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

PPS oficializa candidatura de Soninha no domingo

Já que o problema da mobilidade urbana é o eixo principal do programa de governo do PPS para a cidade, nada mais emblemático do que a vereadora Soninha Francine chegar de bicicleta à Convenção Eleitoral que vai oficializar a sua candidatura à Prefeitura de São Paulo e a chapa com 83 candidatos e candidatas do seu partido à Câmara Municipal.

A comitiva de Soninha (com bicicletas, skates, motos e carros antigos) partirá no domingo, às 9h30 da manhã, do início do Elevado Costa e Silva, na avenida Francisco Matarazzo, percorrendo o trecho do Minhocão até o Largo de Santa Cecília, passando pelo Largo do Arouche, Praça da República e Avenida São Luís até a Câmara Municipal, onde ocorrerá a Convenção do PPS.

Corrigir distorções e reduzir as distâncias

"O eixo principal da campanha será a ´mobilidade urbana´, aí incluídas as questões de trânsito e transporte e todos os temas interligados como uso e ocupação do território, planejamento urbano, habitação, meio ambiente, emprego, saúde, educação, lazer", afirma a vereadora Soninha Francine. "Nossa proposta se baseia na diminuição das distâncias entre ricos e pobres, entre a casa e o trabalho, entre a administração e o cidadão."

Soninha Prefeita de São Paulo

A Convenção Eleitoral do PPS paulistano, que definirá a candidatura de Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo e os 83 nomes que vão compor a chapa própria de candidatos a vereador, será realizada no dia 15 de junho, o próximo domingo, na Câmara Municipal de São Paulo.

A legislação eleitoral determina que as convenções partidárias sejam realizadas no periodo entre 10 e 30 de junho. O PPS definiu a sua para o primeiro fim-de-semana permitido pelo TRE. Já a campanha, propriamente dita, estará liberada apenas a partir de 5 de julho.

No período entre a Convenção (15 de junho) e o início da campanha eleitoral no rádio e na TV (19 de agosto) - lembrando que neste ano as Olimpíadas da China ocorrerão entre 8 a 24 de Agosto -, o PPS paulistano vai promover pelo menos 10 Reuniões do Programa de Governo nas regiões das 31 subprefeituras, com a participação direta das comunidades e dos candidatos a vereador, para discutir localmente as propostas do PPS e a candidatura de Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo.

Convenção Eleitoral do PPS/SP
Data: Domingo, 15 de junho
Horário: Das 9h30 às 13h30
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Viaduto Jacareí, 100 - Centro