sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Dzi Croquettes: crítico, provocador e irreverente



Para celebrar o Dia Mundial da Música, neste 1º de outubro, o #ProgramaDiferente apresenta um especial sobre o grupo brasileiro que revolucionou o teatro, a dança, o comportamento e a cultura na década de 70. Relembramos a história de 45 anos do Dzi Croquettes e conversamos com o elenco atual, honrando a tradição da formação original, que influenciou de Ney Matogrosso a Liza Minelli. Assista.

O espetáculo, coreografado e dirigido por Ciro Barcelos (único integrante da primeira formação), reúne uma nova geração de atores, cantores e bailarinos. Após três anos em cartaz no Rio de Janeiro, a montagem atual em São Paulo preserva suas características originais, como a irreverência e uma forte crítica social neste musical provocador ambientado no clima dos antigos teatros de revista.

Entrevistamos o elenco composto por Ciro Barcelos, Julio Oliveira, Paulo Victor Gandra, Rogério Nóbrega, Dante Paccola, Filipe Azeredo, William Monteiro, Vittor Fernando e Leandro Naiss, com a participação do bailarino Gabriel Conrad e eventualmente de convidados especiais como os cantores Filipe Catto, que canta o bolero "Dois pra Lá, Dois pra Cá", e Martte, que relembra  o "É Proibido Proibir", de Caetano Veloso. Vale a pena viajar no tempo: livre, leve e solto.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Câmara aprova privatização do Anhembi em 1ª votação, após Doria ceder à bancada evangélica

Deu no Câmara Man: Com mudanças pontuais no projeto original após enorme pressão da bancada evangélica, liderada pelo vice-presidente da Casa, vereador Eduardo Tuma (PSDB), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em 1ª votação, na noite desta quarta-feira, 27 de setembro, a privatização do complexo do Anhembi e da empresa SPTuris (São Paulo Turismo).

Com 37 votos a favor e 9 contrários, foi aprovado o PL 582/2017, que teve a inclusão de datas reservadas para a realização de eventos religiosos, além do Carnaval, no espaço a ser privatizado do Anhembi. Ou seja, a empresa que passar a administrar o sambódromo, o palácio de convenções, o pavilhão de exposições, o auditório Elis Regina e a nova arena para shows do Anhembi deverá obrigatoriamente reservar datas no seu calendário para as escolas de samba e as igrejas evangélicas. Tudo financiado com dinheiro público, evidentemente.

"A bancada evangélica quer os mesmos direitos do samba", resumiu o vereador Eduardo Tuma (PSDB). Com a emenda inserida no substitutivo aprovado, reuniões, eventos e shows apoiados por vereadores evangélicos e pagos com dinheiro das emendas parlamentares estarão incluídos entre os 75 dias reservados à Prefeitura (o que representa mais de 20% do calendário anual).

No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal definiu que escolas públicas poderão ter aulas de uma "religião específica", com cada professor difundindo a sua fé, foi uma dupla vitória política da autodenominada "Frente Parlamentar Cristã".

Os vereadores também aprovaram em definitivo o PL 516/2017, que prevê um reajuste (retroativo a maio deste ano) de 3,71% nos salários e abonos dos professores e profissionais do ensino da rede municipal, reivindicação do vereador, sindicalista e professor Cláudio Fonseca (PPS).

Na próxima semana o projeto de privatização do Anhembi deverá ser aprovado em segunda e definitiva votação, para seguir posteriormente à sanção do prefeito João Doria (PSDB). Também um pacotão de projetos de vereadores em segunda votação estará na pauta. Olho vivo, cidadão!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Esquerda x Direita: novas pautas, velhos preconceitos



Ao acompanhar duas manifestações políticas opostas neste domingo, marcadas para o mesmo local e o mesmo horário, separadas apenas pelas duas pistas da Avenida Paulista, o #ProgramaDiferente joga luz sobre o que se convencionou chamar de Fla x Flu nas ruas e nas redes sociais, grupos com propostas extremadas à direita e à esquerda que se opõem quase sempre sem nenhum bom senso ou tolerância. É um tema preocupante e emergente, que exige um debate aprofundado. Assista.

De um lado da avenida, um ato intitulado #AmarSemTemer reuniu artistas e manifestantes de esquerda contra o presidente Michel Temer e pautas conservadores e retrógradas como a "cura gay", a homofobia e o recente boicote à exposição de arte contemporânea "Queermuseu", promovida e posteriormente interrompida pelo Santander no Rio Grande do Sul. Do outro lado, o lançamento do livro "Quem é esse moleque para estar na Folha?", de Kim Kataguiri, jovem líder do MBL (Movimento Brasil Livre), que se propõe a ser justamente a nova direita no Brasil.

A reportagem ajuda a entender o que é o Movimento Brasil Livre ao entrevistar com exclusividade Kim Kataguiri, que já anunciou que será candidato a deputado federal em 2018 e declara apoio à candidatura de João Doria à Presidência da República (assista aqui matéria em que o prefeito fala abertamente sobre a intenção de ser candidato), e o vereador paulistano Fernando Holiday, eleito aos 20 anos pelo DEM com apoio do MBL.

Como contraponto a essa nova direita de tendência liberal que tem atraído os jovens nas redes sociais, você assiste ao discurso de ódio e radicalismo de dois dos expoentes mais reacionários e antidemocráticos da política nacional: o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia.

Veja também uma explicação primorosa do médico Drauzio Varella sobre homossexualidade, as opiniões do MBL sobre a "cura gay" e o boicote à exposição do Santander, a defesa do deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire, à liberdade de expressão e de manifestação, e uma apresentação na Avenida Paulista do polêmico cantor Johnny Hooker, manifestante declarado dos direitos LGBT.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Exclusivo: João Doria fala abertamente como candidato a presidente em 2018 no #ProgramaDiferente



Em entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente durante o lançamento do livro "Quem é esse moleque para estar na Folha?", de Kim Kataguiri, jovem líder do MBL (Movimento Brasil Livre), neste domingo (24) em São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) falou abertamente como candidato à Presidência da República. Assista.

Em tom animado e informal, posando para selfies e com dedicatória do autor ao "futuro presidente da República", João Doria falou sem rodeios da importância do apoio do MBL à sua candidatura em 2018, da relação com o governador Geraldo Alckmin, da possibilidade de deixar o PSDB e das denúncias contra o presidente Michel Temer.

Além de Kim Kataguiri, a reportagem ouviu de Fernando Holiday (DEM), eleito vereador em São Paulo aos 20 anos de idade com apoio do MBL, e de Paulo Mathias, prefeito regional de Pinheiros, ex-presidente da Juventude do PSDB e recém-integrado ao MBL, o apoio declarado e entusiasmado à candidatura de João Doria contra o padrinho político Geraldo Alckmin - hipótese que o próprio prefeito já não descarta.

Na semana passada, o governador de São Paulo também falou ao #ProgramaDiferente como candidato à Presidência. Veja aqui.

domingo, 24 de setembro de 2017

PPS paulistano renova direção em congresso marcado pela defesa da diversidade, da tolerância e pela autocrítica do atual sistema político-partidário

O PPS realizou neste domingo, 24 de setembro, na Câmara de São Paulo, o congresso que debateu a situação do Brasil, aprovou uma resolução política (leia abaixo) e elegeu seus delegados para os congressos estadual e nacional do partido, além de renovar o Diretório Municipal de São Paulo, reelegendo para a presidência Carlos Fernandes, atual prefeito regional da Lapa. Assista na íntegra.

Num encontro destacado pela defesa da diversidade e da tolerância, e pela autocrítica da falência do atual sistema político-partidário, marcaram presença o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire; o presidente estadual do PPS/SP, deputado estadual Alex Manente; a deputada federal Pollyana Gama; o deputado estadual Davi Zaia; o secretário estadual da Agricultura, deputado federal licenciado Arnaldo Jardim; e os vereadores paulistanos Claudio Fonseca e Soninha Francine. (Veja aqui mais fotos e vídeos)


De São Paulo para o Brasil: O que nos une é a boa política

O PPS de São Paulo chega a mais um Congresso Municipal, neste 24 de setembro de 2017, após uma trajetória vitoriosa, coerente e digna dos melhores princípios da democracia, da cidadania e da boa política. Ocasiões como esta são oportunas para a prestação de contas da atual direção, mas também para reflexões e debates, diagnósticos e prognósticos do quadro político. Para o arejamento de ideias, a oxigenação partidária e a motivação da militância. Aliás, é exatamente isso que nos une: a boa política.

Neste momento de grave crise enfrentada pelos brasileiros e de enorme descrença nos políticos e nas instituições democráticas, o papel de um partido com a história, as tradições e a cultura do PPS é de extrema relevância para respondermos aos anseios da sociedade atual, que exige uma nova forma de fazer política. Ou, do contrário, ficaremos falando para nós mesmos, de forma estéril e desconectada da realidade.

A política que nos une e motiva, portanto, não pode se resumir simplesmente às disputas eleitorais, táticas e estratégias para angariar votos e eleger os nossos candidatos, embora muitas vezes este resultado quantitativo nos leve mais rapidamente a implantar os nossos projetos e colocar em prática as necessárias políticas públicas, as nossas ideais e a nossa visão de mundo.

Não por acaso, a eleição de dois vereadores com a qualidade que tem os nossos atuais representantes na Câmara Municipal de São Paulo, Soninha Francine e Claudio Fonseca, foi o coroamento de decisões políticas acertadas, tanto na montagem da chapa proporcional pela coligação PPS/PHS quanto na aliança multipartidária que elegeu o prefeito João Doria no 1º turno das eleições de 2016.

A política que nos une e motiva, com as inovações, reformas e melhorias que são demandadas pelos cidadãos nos dias atuais, deve também ir muito além das formulações teóricas, das velhas práticas e dos conceitos históricos estabelecidos há anos, décadas e séculos passados.

Não significa que o conhecimento adquirido e o aprendizado acumulado com os erros e acertos pregressos não sirvam para nada. Ao contrário, as experiências e os caminhos trilhados até aqui ajudam a nos posicionar no presente, com as coordenadas ajustadas, e a dirigir o nosso olhar e as nossas ações para o futuro, com determinação, coragem e coerência.

Porém, ao rol das definições teóricas de esquerda e de direita, aos rótulos taxativos de liberais, conservadores, democratas, progressistas e outros que serviam para situar e imobilizar os partidos no velho mapa da política, foram incorporadas novas questões e preocupações ligadas à identidade, diversidade, tolerância, gênero, etnia, sexualidade, ciência, tecnologia, sustentabilidade, qualidade de vida e outros inúmeros interesses das novas gerações.

Hoje as novas comunidades se formam e se mobilizam pela internet. Os conflitos não se resumem às relações de classe, como nos ensinavam as velhas cartilhas políticas e ideológicas. Por outro lado, os partidos envelheceram, não se adaptaram ao novo mundo digital e tecnológico, ficaram presos às suas limitações analógicas. Precisamos nos libertar dessas amarras e avançar.

Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, grupos na internet, com outros partidos e atores influentes nos temas específicos.

Foi esta nova realidade - e consequentemente uma visão moderna de partido como interlocutor da sociedade - que nos impulsionou em 2012 a lançar à vereança, em São Paulo, Ricardo Young, que na época batalhava ainda pela criação da Rede Sustentabilidade.

É esse o espírito que deve cada vez mais balizar nossas escolhas e nos mover no cenário político-partidário. Precisamos ter estes movimentos da sociedade próximos e participativos em nossos processos decisórios. É nessa relação de troca e proximidade que nos legitimaremos como representantes de seus ideais, independente de candidaturas.

Voltando ao cenário político, o PPS faz parte de uma construção coletiva que vem sendo buscada há algum tempo e ganha agora uma nova importância: reunir as forças do campo democrático para impedir que cresçam eleitoralmente os polos partidários mais extremados e indesejáveis para a normalidade institucional, tanto à esquerda quanto à direita, que são marcados por características antidemocráticas, demagógicas e populistas.

Esta é uma ameaça concreta que ronda as eleições de 2018, como claramente demonstram as primeiras sondagens eleitorais, com destaque para os expressivos índices de intenção de voto alcançados por Lula e Bolsonaro. Para afastar esta possibilidade é que trabalhamos para construir uma alternativa viável, que tenha como prioridade o aperfeiçoamento constante da democracia, com princípios e valores republicanos compartilhados para a construção de uma sociedade mais justa, solidária, democrática e sustentável.

Traduzindo para a conjuntura atual, é por isso que buscamos insistentemente o diálogo com partidos e movimentos da sociedade que possam se integrar, sem discriminação e com muita tolerância, sabendo que não é tarefa simples, mas neste primeiro momento tentando encontrar os pontos de convergência para elaborar um perfil programático e republicano mais coeso, ao invés de relacionar simplesmente os nomes dos potenciais candidatos, dos diversos partidos. Isso seria inverter o ciclo. Precisamos antes consolidar esse campo democrático e ser protagonistas deste processo, que resultará naturalmente no surgimento de nomes fortes e representativos.

Em 2016, tivemos a clareza de perceber que a eleição em São Paulo teria dimensão nacional e, portanto, era fundamental unir forças para derrotar o projeto petista incorporado na candidatura à reeleição do prefeito Fernando Haddad. Guardadas as proporções, era o modelo a ser combatido por reproduzir em São Paulo todos os males e malfeitos dos 13 anos dos governos do PT no plano federal, que denunciamos desde 2004, quando para nós já estava clara a fraude escandalosa - social, econômica, ética e política - desde o início da gestão do presidente Lula.

Especialmente em São Paulo, após termos lançado candidatura própria em 2008 e 2012, foi natural o nosso apoio em 2016 ao PSDB, como maior partido deste bloco político de oposição ao PT e portanto apto a liderá-lo. Afinal, os tucanos superaram as suas divergências internas e realizaram um processo de prévias partidárias que escolheu João Doria, opção acertada e conectada aos anseios do eleitorado insatisfeito com as práticas criminosas dos governos do PT e desejoso de um candidato que encarnasse este novo agente político, moderno e despido dos antigos vícios e roupagens da velha política.

Apostamos nesta aliança mesmo quando ela apresentava índices irrisórios nas pesquisas, exatamente por se enquadrar naquilo que acreditamos e praticamos sucessivamente, eleição após eleição, seja nas duas candidaturas de Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo (em que, apesar da carência de recursos e de estrutura, conseguimos influenciar na pauta das eleições  municipais), seja nas alternativas que construímos quando a soma com outras forças políticas era a solução mais recomendada, como já tinha ocorrido no plano municipal com José Serra e Gilberto Kassab, no plano estadual com Mario Covas e Geraldo Alckmin, e no plano federal com Eduardo Campos e finalmente com Marina Silva nas últimas eleições presidenciais.

Fazer todo este histórico é importante para lembrarmos da nossa trajetória até aqui: de onde viemos, aonde (e por que) estamos e para onde vamos caminhar politicamente. Assim, está claro que nós, que vivenciamos as duas experiências, ora com candidatura própria, ora com coligações, mas sempre de forma responsável e consciente, manteremos a mesma postura para as próximas eleições, buscando a melhor construção para materializar as nossas propostas e valorizar o conteúdo programático, além de manter os fundamentais princípios democráticos e republicanos para conquistar o maior número de corações e mentes.

Não podemos também ignorar as nossas responsabilidades e o compromisso que temos com os destinos do Brasil, nesta transição pós-PT à qual chegamos como apoiadores solidários do processo legítimo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, solução emergente que se impôs diante da atuação criminosa, calamitosa, imprudente e mafiosa dos governos petistas.

Agora precisamos ajudar a garantir e consolidar a estabilidade do país, a segurança institucional para a continuidade da transição democrática até as eleições de 2018 e a aprovação das reformas necessárias para tornar o Estado mais enxuto, moderno, inteligente, dinâmico e eficiente.

É a crença em dias melhores e o trabalho escorado nestas qualidades de uma gestão empreendedora, inovadora e eficaz, sem perder de vista os princípios éticos, democráticos e republicanos, que nos fazem em São Paulo seguir participando do governo municipal do prefeito João Doria, que obteve apoio recorde ao resgatar a autoestima do paulistano e se mostrar presente e atuante no dia-a-dia da cidade.

Nos espaços que o PPS ocupa na administração, adotamos igualmente o diálogo franco e transparente, o trabalho colaborativo e a busca de soluções eficientes e inovadoras, tendo sempre em vista o aprimoramento do serviço público, o aumento da produtividade com responsabilidade fiscal e a melhora da qualidade de vida dos cidadãos.

É toda esta experiência que compartilhamos e o exemplo concreto das nossas práticas que podemos levar de São Paulo para o Brasil: ajudar a revigorar a política e a gestão pública, ampliar as formas de participação, transparência e controle social, e honrar a responsabilidade que nos cabe na transição democrática e republicana.

Renovamos a esperança de que estes exemplos e estas ações contaminem e engajem o maior número de brasileiros. Precisamos, como na época da luta contra a ditadura, estar juntos por um objetivo maior, de uma prática política que volte a dar orgulho e merecer a confiança da população. Uma prática que traga de volta a essência da democracia e os seus ideais. Que traga a juventude para os partidos e que esses jovens nos ajudem a remodelar as nossas estruturas. Por um Brasil melhor, sempre!

A arte de Eduardo Kobra no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana registra a trajetória do grafiteiro e muralista Eduardo Kobra, um dos artistas mais reconhecidos da atualidade por seu trabalho exposto nas ruas de diversos países do mundo. Autodidata, ele começou como pichador na periferia de São Paulo e acaba de lançar um livro com fotos e textos que retratam parte considerável da sua obra. Assista.

Além de uma entrevista exclusiva com Kobra, acompanhe um depoimento do jornalista e amigo Cesar Tralli, da Rede Globo, e um histórico de trabalhos que já se tornaram referência da arte urbana, como o Muro das Memórias, onde o artista faz releituras de cenas da São Paulo antiga, pinturas em 3D e o projeto Greenpincel, pelo qual denuncia com imagens impactantes a matança de animais e a destruição da natureza.

Também são bastante conhecidas as homenagens de Kobra a personalidades de diferentes áreas, como Albert Einstein, Oscar Niemeyer, Ayrton Senna, Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Abraham Lincoln, Salvador Dali, Jean-Michel Basquiat, Frida Kahlo e Andy Warhol, entre outros.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

PPS paulistano faz congresso neste domingo, 24

O PPS paulistano realiza no domingo, dia 24 de setembro, a partir das 9 horas da manhã, o seu Congresso Municipal para debater a conjuntura política da cidade e do país, eleger os 55 membros titulares e 17 suplentes do novo Diretório de São Paulo, bem como a sua Comissão Executiva, além dos delegados para o Congresso Estadual do partido, agendado para outubro.

O evento acontece no Auditório Prestes Maia, o "Plenarinho" da Câmara Municipal de São Paulo, no Viaduto Jacareí, 100, 1º andar, região central da cidade. Participe!

Leia também:

Manual e documentos do 19º Congresso Nacional do PPS

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cazuza: Brasil, 30 anos depois, no #ProgramaDiferente



É um bom momento para lembrar de Cazuza no #ProgramaDiferente: 30 anos depois, a emblemática canção "Brasil" está mais atual que nunca, infelizmente, assim como o discurso sobre educação, às vésperas das eleições de 2018 - ano em que, acredite, o eterno jovem Agenor de Miranda Araújo Neto (morto aos 32 anos, em 1990) se tornaria um sessentão. Assista.

Brasil
(Cazuza/George Israel/Nilo Romero)  

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Confia em mim
Brasil!

Na entrevista com o comandante do Exército, Bial repete a pergunta recorrente do #ProgramaDiferente e o general Villas Boas cita Cristovam Buarque



Algumas coincidências nos enchem de orgulho e dão a certeza do dever cumprido: se não bastasse alguns temas que foram tratados em primeira mão pelo #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, serem apresentados posteriormente em programas da grande mídia, nesta terça-feira, 19 de setembro, o programa "Conversa com Bial", da Rede Globo, trouxe dois destes acontecimentos emblemáticos.

Primeiro, para finalizar a entrevista com o general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército brasileiro, Pedro Bial fez a pergunta que se tornou a marca das três temporadas de entrevistas do #ProgramaDiferente: "O Brasil tem jeito?". Em seguida, para exemplificar a sua resposta sobre a solução para os problemas políticos do país, o comandante cita o senador Cristovam Buarque (PPS/DP), presidente do conselho curador da FAP (Fundação Astrojildo Pereira). Assista.

Na passagem do dia do descobrimento do Brasil, em 22 de abril, lembrávamos exatamente desta pergunta: "O Brasil tem jeito?", revendo as respostas de alguns dos nossos convidados, como Neca Setubal, Soninha Francine, Mario Sergio Cortella, Juca Kfouri, Silvio Luiz, Alfredo Sirkis, Mario Covas Neto e Eduardo Jorge.

Reveja também a resposta do próprio senador Cristovam Buarque: "O Brasil tem jeito?"

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Um dia movimentado na Câmara de São Paulo

Da pauta original de projetos de autoria dos vereadores, apenas uma propositura não foi aprovada em votação simbólica nesta terça-feira, 19 de setembro, como havia sido estabelecido em acordo prévio no colégio de líderes: o PL 10/2014, que cria o Parque Municipal do Minhocão e prevê a desativação gradativa do Elevado João Goulart (antigo Elevado Costa e Silva), que foi à votação nominal e ficou pendente (eram necessários 28 votos para aprová-lo ou rejeitá-lo).

Apesar dos apelos insistentes do presidente da Casa, vereador Milton Leite, à vereadora Sandra Tadeu, ambos do mesmo partido, o Democratas, ela descumpriu o entendimento para que todos os projetos fossem aprovados simbolicamente. Repetindo que as sessões da Câmara Municipal de São Paulo são um "circo" e que os acordos nunca são cumpridos, Sandra Tadeu solicitou que o último projeto apreciado no dia fosse à votação nominal (veja o resultado acima, no painel), inviabilizando a sua aprovação.

Mas Sandra Tadeu não foi a única vereadora exaltada na sessão. Após ter o seu pedido de inclusão de projeto em "pé de pauta" recusado veementemente por Milton Leite, a vereadora Edir Sales (PSD), que estava secretariando os trabalhos na Mesa Diretora, levantou-se visivelmente irritada, jogou sobre a mesa os papéis que estavam sendo lidos, pegou a sua bolsa de grife e retirou-se do plenário pisando firme no salto alto, sem falar com ninguém.

Projetos aprovados: pais e filhos

Em primeira votação foi aprovado o passe-livre para os estudantes de cursinhos comunitários, de cursos técnicos e de cursinhos pré-vestibular nos serviços de transporte coletivo do município. Dificilmente passará em segunda votação - e, se passar, deve ser vetado pelo Executivo, como já sinalizou o líder do governo, vereador Aurélio Nomura (PSDB).

Entre os projetos aprovados em segunda e definitiva votação nesta terça-feira, estão o reajuste salarial de 4,76% para os servidores do TCM (Tribunal de Contas do Município) e uma inusitada combinação de projetos, uma homenagem e uma "desomenagem": a rua que ganha o nome do pai de um vereador, sugerido pelo próprio, e o parque que perde o nome do "pai da aviação".

A homenagem foi feita pelo vereador Camilo Cristófaro (PSB) ao seu pai e homônimo, Coronel Camilo Cristófaro Martins. Quando à "desomenagem", o autor Paulo Frange (PTB) explica: "Sr. Presidente, só para justificar, na vida cometemos erros. Fomos induzidos a erro no sentido de mudar o nome do Parque Cemucam para Parque Santos Dumont quando o material da antiga entidade Santos Dumont foi para lá. O Conselho Gestor não concordou e quando vi já havia sido aprovado pela Câmara. Aí nos comprometemos com o Conselho Gestor de revogar a bobagem que fizemos, que fomos induzidos a erro. Então volta a ter o mesmo nome anterior."

Os vereadores já retomam o trabalho em sessões extraordinárias nesta quarta-feira, para iniciar a discussão (no mínimo duas horas para cada projeto) e possivelmente votar uma pauta do Executivo, relacionada ao pacote de privatizações e concessões apresentado pelo prefeito João Doria (PSDB). (Postado pelo Câmara Man)

Encontro de Jovens, Mulheres e Diversidade do PPS


Neste sábado, dia 23 de setembro, acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo o "Encontro Estadual de Jovens, Mulheres e Diversidade e Igualdade Racial do PPS". O evento vai abordar importantes temas sociais como violência doméstica, orientação e identidade sexual, e o papel dos jovens e das mulheres na política. O convite é do presidente do PPS de São Paulo, deputado estadual Davi Zaia. Participe!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Alckmin e Freire falam sobre a eleição de 2018



O #ProgramaDiferente conversou com o governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência da República, e com o deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire, durante o seminário internacional “Desafios Políticos de um Mundo em Intensa Transformação”, promoção conjunta da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e do Instituto Teotônio Vilela (ITV) em São Paulo, nesta quinta, 14, e sexta-feira, 15 de setembro.

O governador paulista responde o que mudou desde a candidatura tucana de 2006, quando Alckmin disputou e perdeu a eleição no 2º turno para o então presidente Lula, para esta sua nova disposição de concorrer em 2018. Também explica o que acha das denúncias contra o governo Temer e sobre o papel do PSDB na transição. Assista.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, fala sobre a construção de uma candidatura do campo democrático para a sucessão presidencial, que dispute espaço no centro político, entre as opções mais extremadas, ambas indesejáveis: de um lado a direita mais conservadora, discriminatória, totalitária e intolerante; de outro, o PT e seus apoiadores. Ele também comenta sobre a possibilidade do lançamento de uma candidatura própria do PPS. Assista.

14 e 15 de setembro: Seminário internacional debate os desafios políticos de um mundo em transformação

A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e o ITV (Instituto Teotônio Vilela), fundações vinculadas ao PPS e ao PSDB, realizam nos dias 14 e 15 de setembro, em São Paulo, o seminário internacional "Desafios Políticos de um Mundo em Intensa Transformação". Participe ou assista ao vivo!

Com a presença dos presidentes das respectivas fundações, os senadores Cristovam Buarque (PPS/DF) e José Anibal (PSDB/SP), e abertura com a participação do deputado Roberto Freire e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nos dois dias do seminário estarão em debate assuntos da maior relevância no mundo contemporâneo, como a crise de representatividade da política, a globalização, a revolução da tecnologia e seus efeitos no mercado de trabalho e as ações de combate à corrupção e de fomento à transparência, entre outras questões.

O CONTEÚDO

Nas crises, uma das primeiras vítimas é a capacidade de encarar o futuro com esperança e otimismo. Em parte, porque não entendemos o que está acontecendo a nosso redor. Presenciamos perplexos a fragilização de conceitos tradicionais de classe, partido e religião no âmbito da chamada prosperidade econômica que, a reboque da globalização e do avanço tecnológico, aumentou não só as diferenças entre ricos e pobres, mas também o número de desempregados, além de provocar deslocamento de populações, flageladas pela nova ordem econômica.

Não surpreende – mas preocupa – a recrudescência de rancores, ódios, intolerância e xenofobia, sentimentos que envenenam as relações entre pessoas, povos e países. Assustam, também, as propostas de solução que se embriagam de simplificações, como se a sobrevivência de uns pudesse compensar as provações dos outros. É a hora dos extremismos, do fundamentalismo, visões caolhas do mundo que conspiram contra um dos pilares da civilização moderna, a democracia.

É em momentos como este que se escrevem as grandes páginas da história. Seja pelas mãos de lideranças políticas, seja pelo vigor de movimentos sociais, seja pelo conluio de ambos atores, de todo comprometidos com a construção do futuro, a tarefa a cumprir implica combater os impulsos alimentados pelos sectarismos e, ao mesmo tempo, favorecer o primado da razão, do poder iluminante das ideias, da reflexão livre de verdades prontas e capaz de desmontar preconceitos e inibir exclusões, na busca de caminhos alternativos e consensuais de saída da crise.

Ninguém questiona a extensão e a complexidade da crise que vem assolando o Brasil nos últimos tempos. Resolvê-la só pelo viés do jogo político ou pelo arsenal de respostas dos economistas poderá ser tão efetivo quanto evitar as guerras com propostas militares de paz.

QUEM

Para discutir alguns dos principais temas que pautam o debate público nacional e mundial, foram convidados intelectuais, acadêmicos, políticos e jornalistas do Brasil, da Europa e da América do Sul, autores de estudos, artigos e livros que encaram os principais desafios do mundo contemporâneo.




Programação
SEMINÁRIO INTERNACIONAL “DESAFIOS POLÍTICOS DE UM MUNDO EM INTENSA TRANSFORMAÇÃO”
Local: Hotel Maksoud Plaza, Rua São Carlos do Pinhal, 424, Bela Vista, São Paulo.
Promoção Instituto Teotônio Vilela (ITV) e Fundação Astrojildo Pereira (FAP)
14/9
  • 14h - AberturaPalestrantes:Cristovam Buarque, senador e presidente da Fundação Astrojildo Pereira
    José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela
    Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
    Moderação:
  • 15h - Reinventando o Estado DemocráticoPalestrantes:Adrian Wooldridge, jornalista, colunista da Economist e coautor de A Quarta Revolução
    Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República (1995-2002)
    Roberto Freire, deputado federal, presidente nacional do PPS
    Moderação:Milton Seligman, professor do Insper e Global Fellow do Woodrow Wilson Center
  • 16h30 - Crise de representação política e o futuro da democraciaPalestrantes:Alessandro Ferrara, filósofo, professor da Universidade de Roma Tor Vergata
    José Álvaro Moisés, professor titular do Departamento de Ciência Política da USP
    Marco Aurélio Nogueira, cientista político, professor titular da Unesp
    Marcus Melo, cientista político, professor da UFPE
    Moderação:Helena Chagas, jornalista e comentarista de política
15/9
  • 9h - A globalização e a mudança da estrutura das sociedadesPalestrantes:Caetano Araújo, sociólogo, consultor legislativo do Senado Federal
    Demétrio Magnoli, sociólogo, membro do GACInt/USP
    Sergio Fausto, sociólogo, diretor-superintendente da Fundação FHC
    Stefan Fölster, coautor de A Riqueza Pública das Nações e diretor do Reform Institute
    Moderação:Hercídia Coelho, professora livre-docente de História (Unesp) e advogada
  • 11h15 - A revolução tecnológica e o mercado de trabalhoPalestrantes:Carlos Henrique de Brito Cruz, físico, diretor-científico da Fapesp e professor da Unicamp
    Dora Kaufman, socióloga, pesquisadora do Atopos/USP e do TIDD/PUC-SP
    Mario Alburquerque, sociólogo, consultor e professor da Universidade do Chile
    Mauro Magatti, sociólogo, professor da Universidade Católica de Milão
    Moderação:Ana Paula Couto, jornalista e apresentadora
  • 15h - Mãos Limpas e Lava Jato, relações de força e limitesPalestrantes:Gianni Barbacetto, jornalista, coautor de Operação Mãos Limpas
    Marcelo Muscogliati, subprocurador-geral da República
    Oscar Vilhena, professor de Direito Constitucional e diretor da Direito FGV-SP
    Rodrigo Chemim, procurador do Ministério Público Estadual no Paraná
    Moderação:Denise Frossard, juíza aposentada
  • 17h - EncerramentoPalestrantes:Cristovam Buarque, senador, presidente da Fundação Astrojildo Pereira
    José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela
    Lourdes Sola, professora livre docente, FFLCH-USP
    Moderação:Luiz Carlos Azedo, jornalista e comentarista de política

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Novo capítulo das curiosidades da Câmara

Contrariando as expectativas, nenhum dos 78 projetos pautados nesta quarta-feira, todos de autoria dos vereadores, foi votado na Câmara Municipal de São Paulo. Nem voltarão a ser apreciados nesta semana, pois na prática os trabalhos em plenário estão encerrados.

Na quinta-feira, como de costume, não haverá sessão extraordinária. O presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), acompanhará o prefeito João Doria (PSDB) a Buenos Aires, em visita ao presidente Mauricio Macri e ao prefeito da capital argentina. Nova sessão extraordinária apenas na próxima terça-feira, com a mesma pauta adiada de hoje.

Na sessão desta quarta-feira houve uma inversão de pauta, colocando como item nº 1 o antigo item 70: o PL 508/2016, do vereador Reis (PT), que pretende instituir o passe livre para os estudantes de cursinhos comunitários, de cursos técnicos e de cursinhos pré-vestibular nos serviços de transporte coletivo do município. Com a presença de estudantes na galeria se manifestando pela aprovação do projeto, houve um jogo de cena. Um passa-moleque.

Foram 44 vereadores favoráveis à inversão de pauta, possibilitando a discussão do projeto por quase duas horas e criando a expectativa entre os estudantes de que o passe livre seria aprovado, mas apenas 19 parlamentares registraram presença na hora da votação de fato, deixando a proposta pendente, já que o quórum mínimo necessário era de 28 votos. 

Compare os nomes no painel com 44 vereadores favoráveis à inversão e os 19 que efetivamente votaram no projeto: Alfredinho, Antonio Donato, Celso Jatene, Claudio Fonseca, Conte Lopes, Gilberto Nascimento, Eduardo Suplicy, Eduardo Tuma, Juliana Cardoso, Mario Covas Neto, Milton Ferreira, Noemi Nonato, Police Neto, Reis, Rinaldi Digilio, Rute Costa, Samia Bonfim, Soninha Francine e Toninho Vespoli.

Ou seja, de todos os partidos, os únicos com 100% de presença na votação foram o PSOL e o PPS. Do restante, houve ausências em todos os demais partidos, do governista PSDB ao oposicionista PT - que, em tese, defende o passe livre. Mas é sempre bom lembrar que o projeto do petista Reis foi apresentado no ano passado, porém, não avançou na Câmara exatamente porque a gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT) não quis. Curioso, não?  (Reproduzido do Câmara Man)

Curiosidades da Câmara Municipal de São Paulo

Fato inusitado relatado pelo Câmara Man: No meio do pacotão de projetos em 1ª votação, Câmara pode homenagear pai de vereador com nome de rua e "desomenagear" pai da aviação Santos Dumont em parque.

Explicando melhor: No meio de um pacotão com 78 itens, a maioria Projetos de Lei (PLs), mas também Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) e Projetos de Resolução (PRs) de autoria dos vereadores, chamam especial atenção os quatro únicos Projetos de Lei pautados em 2ª e definitiva votação e que devem ser aprovados simbolicamente nesta quarta-feira, 13 de setembro, pela Câmara Municipal de São Paulo:
PL 288 /2017, do Vereador CAMILO CRISTÓFARO (PSB): Altera a denominação da Rua das Olarias, no Pari, para Rua das Olarias - Coronel Camilo Cristófaro Martins, e dá outras providências.
 PL 407 /2016 , do Vereador PAULO FRANGE (PTB): Revoga em todos os seus termos a lei nº 16.513 de 21/07/2016, e dá outras providências. (Revoga lei que denomina Parque Santos Dumont o parque situado na Rodovia Raposo Tavares, Km 25, Rua Mesopotânia s/n°, retornando sua denominação anterior de "Centro Municipal de Campismo — CEMUCAM")

PL 47 /2017 , do Vereador PAULO FRANGE (PTB): Altera a denominação da UBS JARDIM ICARAI BRASILÂNDIA, localizada à Rua Almyr Dehar nº 201 – para UBS JARDIM ICARAI BRASILÂNDIA – DR. DANIEL ALVES GRANGEIRO e dá outras providências.
PL 569 /2016 , dos Vereadores TONINHO PAIVA (PR) e RODRIGO GOULART (PSD): Denomina Passarela Damião Garcia a passagem elevada para pedestres sobre a Avenida José Pinheiro Borges, tendo nas extremidades as vias de circulação: Rua Joapitanga e Rua Salim Jorge Id, Distrito de Itaquera, Subprefeitura de Itaquera, e dá outras providências.
Ou seja, um vereador (Camilo Cristófaro, do PSB), que dá o nome do próprio pai a uma rua de São Paulo; outro (o médico Paulo Frange, do PTB) que tira o nome de Santos Dumont de um parque, além de renomear uma Unidade Básica de Saúde com o nome de um colega não apenas de profissão na medicina mas também de partido, falecido em novembro do ano passado. E outros dois (Toninho Paiva, do PR, e Rodrigo Goulart, do PSD), integrantes da chamada "bancada corinthiana", nomeiam uma passarela com o nome do empresário dono da Kalunga, notório conselheiro e patrocinador do Corinthians.

Não se discute aqui o mérito dos homenageados nem a legalidade das propostas, apenas o fato inusitado de os parlamentares legislarem em causa própria, seja para dar o nome do próprio pai, de um correligionário partidário ou do patrocinador do seu time, seja para retirar a homenagem feita anteriormente ao "Pai da Aviação" - sendo estes, curiosamente, os únicos projetos selecionados para se tornarem leis diante de tantos assuntos que carecem de algum debate no Legislativo paulistano e após um tempo razoável sem a aprovação de projetos em 2ª e definitiva votação - ainda mais por votação simbólica.

Digamos então que, também simbolicamente, como prioridades selecionadas para serem transformadas em leis no retorno das votações em plenário, não parece ser esta a escolha mais adequada dos nossos representantes na Câmara Municipal de São Paulo diante das expectativas da população. Isso não é um julgamento, é uma impressão. E você, o que acha?

Hebe e Silvio Santos no #ProgramaDiferente



Comemorando a passagem de mais uma data histórica da televisão brasileira, que é a transmissão inaugural da pioneira TV Tupi, em 18 de setembro de 1950, o #ProgramaDiferente homenageia simplesmente o rei e a rainha da TV. Dois comunicadores inigualáveis, com talento e carisma para mobilizar legiões de fãs e milhões de espectadores durante décadas seguidas: Silvio Santos e Hebe Camargo dispensam apresentação. Assista.

Acompanhamos o lançamento das biografias de ambos, entrevistamos os autores dos livros, conversamos com admiradores famosos e relembramos de momentos inesquecíveis de seus programas. Além disso, vamos assistir cenas hilárias do apresentador Silvio Santos em ação e a sua visita à exposição "Silvio Santos Vem Aí", realizada neste ano no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo.

No lançamento da biografia de Hebe Camargo, uma das mulheres mais importantes da história da televisão brasileira e venerada por um público fiel, conversamos com o autor do livro, o jornalista Artur Xexéo, com o filho único da apresentadora, Marcello Camargo, e com uma série de apresentadores e jornalistas que contam como Hebe marcou a carreira de cada um: Adriane Galisteu, Astrid Fontenelle, Leão Lobo, Mara Maravilha, Mama Bruschetta, Leda Nagle e o comediante Castrinho.

Registramos ainda o lançamento oficial do livro "Silvio Santos - A Trajetória do Mito", há semanas na lista dos mais vendidos nas livrarias de todo o Brasil, e entrevistamos com exclusividade o escritor Fernando Morgado, que curiosamente só conheceu Silvio Santos pessoalmente às vésperas do lançamento do livro, convidado para o programa dominical do apresentador. O homenageado aprovou o trabalho, mesmo fazendo questão de afirmar que foi uma biografia não autorizada previamente.

Donos de personalidades marcantes e estórias ricas, polêmicas e controversas, Silvio Santos e Hebe Camargo são personagens que compõem uma dupla mitológica, duas das maiores referências da comunicação no Brasil e no mundo, e que ajudaram a construir e a transformar definitivamente a história da televisão brasileira.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Soninha e Claudio Fonseca: 10 anos de PPS

Há exatamente 10 anos, em setembro de 2007, os dois atuais vereadores do PPS paulistano, Soninha Francine e Claudio Fonseca, estavam se filiando pela primeira vez ao partido, para concorrer nas eleições municipais do ano seguinte: ela, vereadora eleita pelo PT em 2004, para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PPS; ele, ex-vereador do PCdoB eleito em 2000 e que não havia disputado a reeleição em 2004, para retornar à Câmara Municipal.

É com enorme satisfação que registramos este aniversário de 10 anos da presença de ambos no partido, que dignificam cada voto e a confiança depositada. Era uma época efervescente do PPS. Realizamos a Conferência Caio Prado e, no PPS paulistano, além de Soninha e Claudio Fonseca, trouxemos Ronaldo Giovanelli (ex-goleiro, ídolo corinthiano), Lars Grael e lançamos pela primeira vez, publicamente, a tese de transferir o domicílio eleitoral e eleger Roberto Freire por São Paulo - que se concretizaria anos depois.

Sem saudosismo, mas com orgulho, coerência, firmeza e coragem, devemos buscar esse espírito novamente: fazer uma política arejada, propositiva, dinâmica, que motive a militância, honre a nossa identidade e atraia para o partido figuras expressivas da sociedade.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Todo o nosso apoio à Operação Lava Jato!

Para alguns atores da política, a Operação Lava Jato só era conveniente para derrubar o PT.

Atingido o objetivo nº 1, passaria a valer uma nova ordem: parem as máquinas, recolham-se todos e fica tudo como está...

Trocaram o modelo Sergio Moro pelo Pôncio Pilatos. Querem substituir o padrão "Mãos Limpas" pelas "mãos lavadas".

Ora, ora, isso é ingenuidade, hipocrisia ou sacanagem?

Precisamos falar sobre a Lava Jato. Muita gente por aí, que defendia o trabalho da força-tarefa, passou a atacá-lo. O argumento de fundo são os exageros e trapalhadas de Janot, como se a parte respondesse pelo todo. Ou a "governabilidade"... (argh!)

Mas, reflita, Janot nunca atuou pelo impeachment de Dilma Rousseff, nem mostrou muito empenho em denunciar os esquemas do governo petista, e a Operação Lava Jato não parou por isso. Nem o Brasil.

Por que então justamente o Janot, de saída da PGR, seria o obstáculo agora? Claro que isso é conversa pra Friboi dormir. A Lava Jato independe de Janot, de Joesley ou de Fachin, de PT, PMDB ou PSDB.

Que todos os culpados sejam punidos. Caia quem tiver de cair. Que papo é esse de estimular o fim da caça aos políticos corruptos e mafiosos porque já pegaram nossos adversários prioritários? Ou porque o "Brasil corre risco"? (essa é a mesma retórica petista, nem originalidade possui!)

Vamos endossar a turma que defende os "seus" bandidos? Vamos adotar a prática de ter corrupto de estimação?

Queremos reformas nas estruturas do Estado e na legislação, sim, desejamos garantir a transição, mas também queremos mudar essa casta de políticos com seus métodos arcaicos, antidemocráticos e antirrepublicanos.

Ou vamos nos calar agora? Vamos ser cúmplices daqueles que sempre combatemos? Vamos ser omissos no momento em que a sociedade mais espera ver caras novas na política e faz valer a sua voz?

É um assunto para ser tratado às claras. Quem foge do debate, assim como os candidatos a coveiros da Lava Jato, é porque tem algo a esconder.

domingo, 10 de setembro de 2017

100 anos de Tico-Tico no Fubá no #ProgramaDiferente



A música "Tico-Tico no Fubá" completa 100 anos. O choro composto por Zequinha de Abreu e imortalizado na versão cantada por Carmen Miranda é uma das composições brasileiras mais conhecidas no mundo. O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, registra este centenário. Assista.

Foi apresentada pela primeira vez em um baile na cidade paulista de Santa Rita do Passa Quatro, em 1917, sob o nome de "Tico-Tico no Farelo". Curiosamente, porém, já existia outra canção com aquele título. Recebeu então o nome pela qual ficou mundialmente conhecida 14 anos depois, em 1931, no ano em que foi incluída pela primeira vez em disco, gravado pela Orquestra Colbaz (criada no início da década de 1930, cujo nome fazia referência ao endereço telegráfico da gravadora Columbia no Brasil, com seus estúdios em São Paulo).

Dez anos depois, em 1941, foi gravada pela organista Ethel Smith, que fez grande sucesso internacional, e por Ray Conniff. Em 1942, regravada pela "rainha do chorinho" Ademilde Fonseca, com letra de Eurico Barreiros. O caipira Alvarenga (da dupla Alvarenga e Ranchinho) também fez a sua versão.

Atingiu o ápice de sua popularidade na voz de Carmen Miranda, com letra de Aloísio de Oliveira, gravada em disco em 1945 e apresentada no filme "Copacabana", de 1947, estrelado por Carmen em parceria com o ator e comediante Grouxo Marx.

A partir do sucesso em Hollywood foi trilha sonora de outros filmes no Brasil e nos Estados Unidos, além de tomar os palcos, salões de baile e receber inúmeras versões. De Charlie Parker a Paco de Lucía, passando por versões inesquecíveis de Ney Matogrosso, Zizi Possi, Altamiro Carrilho, Hermeto Pascoal e Sivuca, entre outros, além de orquestras internacionais, com os mais variados ritmos, estilos e instrumentos.

Tem até uma curiosa versão no idioma que se propunha universal, o esperanto, por Aurora Miranda, que a regravou em seu LP "Brazilo Kantas Por Pli Bona Mondo" ("O Brasil Canta Por Um Mundo Melhor"), de 1970, e que circula pela internet com cenas de Aurora no desenho animado "Você já foi à Bahia?" ("The Three Caballeros"), de Walt Disney, produzido em 1944.

Parte da história desta canção e da vida do compositor Zequinha de Abreu foi contada no filme "Tico-Tico no Fubá", de 1952, dirigido por Adolfo Celi e Fernando de Barros na mítica Companhia Vera Cruz, com Ansemo Duarte e Tônia Carrero nos papéis principais. Por isso, cante, dance, cantarole ou assobie com a gente...

sábado, 9 de setembro de 2017

Os 120 anos do pintor Di Cavalcanti e a polêmica, premiada e proibida homenagem póstuma de Glauber Rocha ao amigo no #ProgramaDiferente



Há 120 anos, em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro, nascia Emiliano Augusto Cavalcanti de Paula Albuquerque e Melo, ou simplesmente Di Cavalcanti. Pintor, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista, foi um dos mais ilustres nomes do modernismo e militante do Partido Comunista Brasileiro. Morreu em 1976, aos 79 anos de idade, também no Rio de Janeiro.

Há 40 anos, em 1977, o cineasta Glauber Rocha lançava o documentário Di-Glauber, polêmica e premiada homenagem ao amigo Di Cavalcanti, que teve sua exibição proibida pela Justiça a pedido da família do artista, que a considerou desrespeitosa. Antes disso, ganhou o Prêmio Especial do Juri do Festival de Cannes, então presidido pelo cineasta italiano Roberto Rosselini, que morreria dias depois. Apenas em 2004, familiares de Glauber (morto em 1981) disponibilizaram a obra na internet com o subtítulo "Ninguém assistiu ao formidável enterro de sua quimera, somente a ingratidão essa pantera, foi sua companhia inseparável".

A exposição "No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos" permanece em cartaz até 22 de janeiro de 2018, na Pinacoteca de São Paulo (Praça da Luz, próximo à Estação Luz da CPTM). A visitação é aberta todos os dias (menos terças-feiras), das 10h00 às 17h30. Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 anos e adultos com mais de 60 não pagam. Aos sábados, a entrada é gratuita para todos os visitantes.

O #ProgramaDiferente traz hoje um especial sobre estas duas datas celebradas em 2017: os 120 anos de Di Cavalcanti e os 40 anos do filme proibido de Glauber Rocha. Assista.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

30 anos dos Racionais MC´s no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana é um registro sobre os 30 anos do grupo de rap mais influente do Brasil, composto por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay: o Racionais MC´s. Em 2017 completa também 20 anos do lançamento do disco ‘Sobrevivendo no Inferno’, com sucessos pungentes como ‘Diário de um Detento’, que quebrou tabus na música e na cultura e deu voz como nunca antes ao jovem preto, pobre e favelado.

Tema de uma exposição no Red Bull Music Academy Festival, o quarteto se reuniu para uma rara entrevista ao jornalista André Caramante repassando a história de três décadas destes ícones do rap e do hip-hop nacional. Falaram de tudo: o primeiro encontro, as primeiras músicas, a fama, os problemas, as influências e a ideologia do grupo. Assista.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Homenagem à Rogéria no #ProgramaDiferente



Como homenagem à atriz e cantora Rogéria, que morreu aos 74 anos neste dia 4 de setembro, o #ProgramaDiferente reapresenta uma entrevista exclusiva e também uma reportagem especial sobre o filme "Divinas Divas", que inclusive é um dos pré-concorrentes do Brasil ao Oscar de 2018. 

Dirigido pela atriz Leandra Leal, o documentário retrata com bom humor e sensibilidade a vida de artistas transformistas pioneiras dos anos 60 - Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa - que desafiaram tabus e preconceitos. Assista.

A arte imortal de Ferreira Gullar no #ProgramaDiferente



Multitalentoso, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta Ferreira Gullar, ou simplesmente o cidadão José Ribamar Ferreira, maranhense de São Luís, faria 87 anos no próximo dia 10 de setembro. Mas quis o destino que ele partisse num "trem sem destino" há menos de um ano, em 4 de dezembro de 2016. Fica aqui a homenagem do #ProgramaDiferente para este brasileiro genial e inesquecível. Assista.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O Brasil para inglês ver no #ProgramaDiferente



Antecipando a semana que comemora o Dia da Independência, em 7 de setembro, o #ProgramaDiferente traz o tema "O Brasil para inglês ver". Virou moda: já faz um tempo que autoridades e personalidades brasileiras discutem os problemas sociais, econômicos e políticos do país em universidades e entidades do exterior, principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos, diante de plateias diversificadas. Acompanhamos alguns desses eventos. Afinal, que Brasil é esse que o mundo vê lá de fora?

Você confere trechos de palestras, debates, entrevistas e apresentações no exterior com o prefeito João Doria, o governador Geraldo Alckmin, os ex-ministros Ciro Gomes e Marina Silva, o juiz Sergio Moro, o procurador Rodrigo Janot, os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso e um dos fundadores do Movimento Vem Pra Rua, Colin Butterfield.

Também acompanha os youtubers Mark Santos e Cintya Sabino ouvindo de jovens estudantes norte-americanos o que eles conhecem do Brasil: praia, futebol, cidades, pratos típicos, mulheres... Vale a pena conhecer a imagem do Brasil e dos brasileiros lá fora. Tudo com muito bom humor. Assista.

sábado, 2 de setembro de 2017

Hoje é sábado: É dia de Chacrinha!



Alô, atenção, o #ProgramaDiferente registra o centenário de nascimento de um dos maiores comunicadores da história do Brasil: Chacrinha. O velho guerreiro Abelardo Barbosa nasceu em 30 de setembro de 1917 e fez sucesso por mais de 40 anos no rádio e na televisão. Em 2018, 30 anos depois de ter mandado "aquele abraço" e ido "balançar a pança" do lado de lá, será tema de samba enredo no carnaval do Rio de Janeiro. Quem não se comunica, se trumbica! Assista!

Aqui você relembra momentos que ficaram na memória afetiva de todo o Brasil, as frases marcantes, os calouros, os jurados, as chacretes, as marchinhas, os cantores e os grupos musicais mais populares do país no palco do "Cassino do Chacrinha", que alegrava as tardes de sábado na TV.

Você conhece ainda cenas pouco vistas do filme "Na Onda do Iê-iê-iê", onde Chacrinha encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior, em 1965. Revê uma homenagem inesquecível na impressionante e apaixonada interpretação do ator Stepan Nercessian, o depoimento de artistas e admiradores famosos, momentos incríveis e emocionantes ao lado de Roberto Carlos, Fabio Jr. e até de Silvio Santos. Roda, roda, roda e avisa...

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Qual é a sua peça no tabuleiro eleitoral para 2018?

Faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais e mesmo sem termos a certeza de quem entrará de fato no jogo, as peças já estão dispostas no tabuleiro, os estrategistas políticos começam a traçar seus planos e alguns partidos se lançam em disputas fratricidas.

Em 2018, teremos ao menos três campos antagonistas: além da velha polarização pró-PT e anti-PT revisitada (que assistimos desde a redemocratização, em 1989, e já foi protagonizada por Lula e Dilma, de um lado, e do outro por Collor, FHC, Serra, Alckmin e Aécio), existe uma tentativa de reagrupamento, dentro de toda a sua heterogeneidade, do chamado centro democrático.

Sempre se buscou uma terceira via - e nomes como Marina Silva, Ciro Gomes, Eduardo Jorge, Anthony Garotinho e Cristovam Buarque, em épocas diferentes, tentaram se viabilizar para quebrar a polarização mais tradicional, que se repete nacionalmente desde 1994, entre PT e PSDB. Também surgiram figuras como Heloísa Helena, Plinio de Arruda Sampaio e Luciana Genro, todos pelo PSOL, à esquerda, ou Fernando Collor, Enéas Carneiro e mais recentemente Jair Bolsonaro, à direita, para quebrar essa espécie de bipartidarismo ocasional brasileiro.

Collor teve sucesso (eleitoral) - e foi um fracasso (ético e governamental). Quebrando a regra, ascendeu o sempre governista PMDB, primeiro com Itamar Franco e agora com Michel Temer, os dois vices que herdaram a Presidência com o impeachment dos respectivos titulares. Francamente, a temeridade (perdoe o duplo trocadilho involuntário) é que o agravamento da crise e o descrédito do brasileiro com a política e os políticos nos leve em 2018 para alguma saída extremada.

Daí essa busca frenética em torno de um nome que represente uma alternativa de centro aos líderes das sondagens até o momento: Lula e Bolsonaro. Para o lulismo, qualquer outro candidato que não o próprio guru é sinônimo de derrota. Tentam fazer de Fernando Haddad um herdeiro aglutinador das esquerdas e da classe média, tarefa que o ex-prefeito não conseguiu cumprir nem mesmo em São Paulo, onde perdeu no 1º turno para João Doria - este sim bem sucedido, no sentido inverso, da classe média à direita, e um candidato verdadeiramente promissor.

Mas, como nem tudo é perfeito, o nome de João Doria - desejado por nove entre dez partidos - enfrenta resistência doméstica: se confirmar prematuramente o interesse de ser presidenciável, será fatalmente apontado como traidor do padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, que hoje é o primeiro da fila no PSDB, embora novos abalos sísmicos no ninho tucano possam mudar tudo a qualquer momento (e Aécio, Tasso, Marconi, Serra, Aloysio e FHC seguem se movimentando).

O cenário ideal para o "gestor" João Doria e seus aliados, incluindo aí os partidos que se consorciaram pelo impeachment de Dilma Rousseff e para o governo interino de Michel Temer, é que as pesquisas demonstrem por A + B que o atual prefeito de São Paulo, craque no marketing pessoal e articulador habilidoso, é a bola da vez para chegar à Presidência nesse contexto de busca do brasileiro por novos paradigmas.

Considere-se ainda a hipótese improvável (mas nunca impossível) de racha entre Alckmin e João Doria, com um deles deixando o PSDB para ser candidato por outro partido (PMDB, DEM, PSD, PSB, NOVO etc. já se declararam de portas abertas). Causaria estrago considerável, inclusive porque racharia também os partidos que apoiam os tucanos na Prefeitura e no Governo do Estado de São Paulo. Imagine o momento de escolher entre um e outro?

Enfim, avaliando o quadro atual, parece que João Doria reuniria em torno de si a maior coligação partidária, seguido por Geraldo Alckmin. Um dos dois seria, portanto, o nome que se busca consolidar como candidato do tal centro democrático. Fora isso parece não haver outra opção com semelhante potencial agregador. Ou há? Quem?

A Rede Sustentabilidade virá com Marina Silva e se empenha na construção de uma chapa com alguma figura proeminente do Judiciário para vice (o nome dos sonhos parece ser Joaquim Barbosa). Pelo PDT, Ciro Gomes tenta se colocar como plano B das esquerdas e do lulismo. Não inspira confiança. O DEM tem o senador Ronaldo Caiado, o prefeito ACM Neto, o ministro Mendonça Filho e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. O PSD de Gilberto Kassab lembra que tem na manga Henrique Meirelles. O Podemos (ex-PTN) tem o senador Álvaro Dias. O PV fala em Fernando Gabeira e Eduardo Jorge. No PPS a base ensaia lançar Cristovam Buarque, para desgosto da cúpula. O PSOL virá de Chico Alencar. O Partido Novo...

A verdade é que tirando Lula e Bolsonaro nos extremos mais tradicionais da política, Doria ou Alckmin pelo centro e Marina correndo por fora, apenas uma novidade do porte do juiz Sergio Moro ou do apresentador Luciano Huck poderia embaralhar as peças do tabuleiro eleitoral. O resto serão candidaturas para marcar posição ou para ajudar suas legendas na superação da cláusula de barreira e na eleição de uma bancada mais significativa de deputados.

O detalhe revelador é que as discussões para 2018 se resumem a nomes. Nada de proposta concreta e objetiva para enfrentar a crise e transformar para melhor a realidade do país vem merecendo espaço na mídia e nos partidos. Ficamos na fulanização e nas generalidades. E você, deseja um Brasil diferente? Já tem candidato? Apostaria em quem para a Presidência da República a partir de 1º de janeiro de 2019?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e apresentador do #ProgramaDiferente