quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Por 29 votos a 26, Câmara aprova IPTU de Haddad

Um aumento exagerado do IPTU, abusivo, muito acima da inflação, foi aprovado no final da noite desta terça-feira, 29 de outubro, na Câmara Municipal de São Paulo, após quase oito horas de discussão, por 29 vereadores (enquanto 26 votaram contra o aumento, entre eles o líder do PPS, vereador Ricardo Young).

O projeto nem estava na pauta do dia, mas a base governista fez um malabarismo regimental para votar em segunda e definitiva votação o reajuste da planta genérica de valores e o consequente aumento encaminhado pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

A partir de 2014, o tributo dos imóveis residenciais subirá em até 20%, enquanto os demais (comerciais, industriais, serviços) terão acréscimo de até 35%. A partir de 2015, os limites máximos de aumento serão de 10% e 15%, respectivamente, somados ao índice oficial da inflação.

Na primeira votação, na semana passada, 31 vereadores votaram pela alta do imposto. Nesta terça-feira, houve mudança de lado de alguns vereadores. Por exemplo, dos cinco votos favoráveis ao aumento do IPTU na bancada do PSD, só o vereador Souza Santos repetiu o apoio ao prefeito Haddad. Os vereadores Goulart, Marta Costa, Coronel Camilo e Edir Sales passaram a se opor ao reajuste. Outros três vereadores da bancada, José Police Neto, David Soares e Marco Aurélio Cunha, votaram contra o aumento do IPTU nas duas votações.

A líder do PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, vereadora Edir Sales, falou com todas as letras que os parlamentares sofreram pressão do governo Haddad e receberam oferta de cargos para votar a favor da proposta do Executivo.

Entre os ausentes na primeira votação, o governo convenceu a bancada do PP (Wadih Mutran e pastor Edmilson Chaves) a votarem a favor do aumento, assim como George Hato, do PMDB (que tem seus quatro vereadores pró-Haddad). Mesmo reclamando de uma conjuntivite, e após semanas criticando o aumento do IPTU, Mutran - que é suplente na coligação PT/PP - compareceu e votou a favor.

No recém-criado PROS, partido "puxadinho" do PT que aproveitou a brecha jurídica da "janela da infidelidade" para cooptar vereadores do PSB e do PPS, o vereador Ota acabou se rebelando e votou contra o reajuste. Noemi Nonato e Ari Friedenbach mantiveram o apoio ao governo.

Para garantir maioria, o PT fez outras manobras: o vereador licenciado Ricardo Teixeira (PV), secretário do Verde e Meio Ambiente de Haddad, condenado por improbidade administrativa, retomou às pressas sua vaga na Câmara para votar no lugar do suplente Abou Anni, que foi contra o aumento na semana passada.

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Base de Haddad coloca aumento do IPTU em votação

Para driblar manifestações contrárias ao aumento do IPTU programadas por diversas entidades para quarta-feira, 30 de outubro, a base do prefeito Fernando Haddad resolveu se antecipar e colocou o aumento do IPTU em segunda e definitiva votação na sessão desta terça-feira, 29 de outubro. Detalhe: o projeto nem sequer estava na pauta do dia.

Mas vale tudo para garantir o quórum mínimo de 28 votos necessários para aprovar o aumento abusivo: da inclusão do projeto no chamado "pé-de-pauta" da sessão ao retorno temporário do vereador que ocupa cargo de secretário na Prefeitura, só para votar no lugar do suplente que era contra o aumento; passando pela notícia da oferta de cargos aos vereadores "leais" ao governo, como contrapartida ao enorme desgaste perante o eleitorado.

Pegando a imprensa, a oposição e a opinião pública de surpresa, os vereadores resolveram incluir na pauta do dia o aumento do IPTU, que estava previsto para ser votado apenas na sessão da quarta-feira, até porque haveria mais uma audiência pública da Comissão de Política Urbana da Câmara, para debater o projeto com a sociedade. Mas prevaleceu o "trator" da maioria governista.

Outra manobra foi o retorno às pressas do vereador licenciado Ricardo Teixeira (PV), que é secretário do Verde e Meio Ambiente do prefeito Haddad (aliás, com atuação bastante questionável), apenas para votar favorável ao aumento do IPTU, no lugar do seu suplente Abou Anni, que já havia se posicionado contra o aumento na votação anterior.

O governo nega a manobra: a explicação oficial para o retorno do vereador do PV à Câmara é um pedido de afastamento formulado pelo Ministério Público. Ou seja, a situação é tão esdrúxula que, para justificar a "coincidência" de ganhar um voto favorável ao aumento do IPTU, no lugar do colega de bancada do PV que havia votado contra, vale até apelar a um condenado por improbidade administrativa. Sinal dos tempos.

Os líderes do PSD, vereadora Edir Sales, e do PMDB, vereador Ricardo Nunes, divulgaram notas à imprensa negando que foram negociados cargos na Prefeitura em troca da aprovação do aumento do IPTU. A líder do partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, que foi favorável ao aumento na 1ª votação, anunciou que passaria a votar contra o aumento "para provar que não negociou nada com o governo".

O vereador Marquito (PTB) - suplente de Celso Jatene, que ocupa a Secretaria de Esportes - declarou à imprensa que ele também não negociou cargos para votar pelo aumento do IPTU. Porém, na condição de suplente, vota "como o governo manda", senão perderia a vaga para o titular do mandato, assim como ocorreu com Abou Anni (PV).

Estes são os métodos do PT e do prefeito que foi eleito pela maioria do eleitorado paulistano como representante do "novo": manobras, pressões, negociações. Isso em apenas 10 meses de governo.

O que mais o cidadão paulistano pode esperar do "novo" PT nos próximos três anos?

Seria interessante que o Datafolha - que divulgou pesquisa mostrando que 9 entre 10 paulistanos são contrários ao aumento do IPTU - fizesse também uma avaliação sobre o que o eleitorado pensa da gestão de Fernando Haddad.

Temos a nossa opinião formada, mas vão dizer que é intriga da oposição.

Depois reclamam quando a população se manifesta em frente à Câmara e coloca o Legislativo paulistano como a instituição com menor credibilidade entre todas. Nesta semana foram instalados portões para proteger o prédio, que receberá também vidros blindados na fachada.

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Nesta semana deve ser aprovado, em segunda e definitiva votação, o aumento do IPTU muito acima da inflação (veja o placar da primeira votação), como pretendem o prefeito Fernando Haddad (PT) e a base de sustentação do governo.


Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira mostra que 89% dos paulistanos são contra o aumento, mas a oposição na Câmara não tem votos suficientes para fazer valer a vontade da população.

O governo alega que o aumento do IPTU é necessário para manter a tarifa de ônibus em R$ 3,00. Se não bastasse o argumento ser falacioso e até mesmo ilegal, imagine que fosse verdade: seria justo cobrar mais caro de proprietários e inquilinos de imóveis para repassar esse dinheiro para os empresários de ônibus? Pois é isso o que a Prefeitura faz todo ano, com subsídios que superam R$ 1 bilhão para manter um serviço com baixa qualidade e desempenho insatisfatório.

Piada pronta que circula pelas redes sociais: em vez de pagar IPVA, os proprietários de veículos na cidade deveriam mesmo recolher IPTU, pois os carros viraram "imóveis" nas ruas congestionadas e no trânsito mal planejado de São Paulo.

Outra contradição do prefeito Haddad: se a proposta era adensar o centro da cidade, favorecendo a moradia de pessoas oriundas de todas as classes sociais nessa região com infra-estrutura privilegiada e reduzir a distância casa-trabalho, o aumento abusivo do IPTU, principalmente nessa área central, só afasta os moradores de baixa renda, sejam eles proprietários ou inquilinos de imóveis.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Silvio Santos vem aí... e as Dilma pira!

Não que seja novidade que o bajulador-mor da República, o empresário e apresentador Silvio Santos, dono do baú, de banco, de TV, de telesena, de loja de móveis, de cosméticos etc. etc. etc. navegue pela política.

Desde a rotineira "semana do presidente", em que exibia todo domingo, em tom oficialesco, imagens do general João Batista Figueiredo, passando pelos "amigos" que fez na política (Sarney, Maluf, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma...) e pela tentativa fracassada de ser ele próprio Presidente, muita história já rolou por ali.

Da declaração em terceira pessoa de "se um dia o Silvio Santos for candidato, não vote em Silvio Santos nem em quem ele apontar, porque o Silvio Santos tá tapeando, tá enganando vocês" até chegar ao "eu sou candidato a Presidente da República" foi um pulo. Um show. Mas isso lá nos idos de 1989.

O Silvio Santos 2.0 vem repaginado, meio século mais jovem, de vestido vermelho, pernas de fora, maquiagem e cabelo comprido: é a sua filha Patrícia Abravanel a bola da vez. Vai ser política e depois pastora evangélica, anuncia o pai. E Patrícia confirma, para delírio da nova geração de "colegas de trabalho". Todas elas "pira" (para usar uma das gírias mais comuns desses programas de TV, assim mesmo, com o erro de concordância proposital e que virou hit da MPB).

O Teleton, maratona televisiva para arrecadar dinheiro e realizar obras para a AACD, é feito sob medida para que - muito além do telespectador anônimo que faz sua pequena contribuição espontânea - artistas, empresas e governantes possam dar uma burilada na imagem através do marketing social. No final, são todos "gente como a gente".

E assim sempre desfilaram por ali ministros, governadores e políticos de todas as matizes... Neste fim-de-semana não foi diferente: os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), marcaram presença no programa. Mas foi a turma do PT que "sambou na cara" (e na casa) do eleitor brasileiro (para usar outra gíria da moda).

As últimas horas do Teleton, já no início da madrugada - aquelas em que a inigualável Hebe Camargo distribuía os famosos "selinhos" entre os convidados e os cheques das empresas entram para bater a meta do programa - transformaram a campanha em prol da arrecadação de recursos para crianças deficientes em campanha eleitoral para salvação de partidos e candidatos governistas.

Vão-se os singelos beijinhos da Hebe, entra a sacanagem mais explícita de Silvio Santos: do anúncio da possível candidatura da filha, vestida de vermelho-PT assim como a presidente da AACD, numa "coincidência" tão sutil quanto a lembrança do apresentador: "Então agora você é a Dilma da AACD (...) As mulheres estão dominando tudo."

Tuitando atrás do apresentador, no palco, em destaque, Dilma Bolada, a paródia oficial da "presidenta". Outro convidado "de honra": o ministro Alexandre Padilha, a quem Silvio Santos deseja "sorte na nova função". Oi? Nova função? Será nova função de candidato? Ou nova função na gíria da malandragem, essa que cria caixa 2 e mensalão? Ou na velha função de ministro, mesmo, que de tanta "transparência" nesses anos todos, a população nem enxerga?

Para encerrar, com direito a erguer um cheque de R$ 5 milhões como troféu, doado pelo grupo Itaú e que ajudou a bater a meta de R$ 26 milhões de arrecadação em 2013, em ritmo de festa típico do SBT, ao lado de Silvio Santos, sob palmas e confetes (literalmente) do público e do apresentador, o senador petista Eduardo Suplicy, naquele seu ritmo de festa peculiar. Precisa dizer mais alguma coisa?

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Depois dos R$ 0,20 da tarifa, os 20% do IPTU

Será que já não valeria uma nova onda de protestos? #VemPraRua

Passaram-se 120 dias da lambança promovida pelo prefeito Fernando Haddad no aumento dos 20 centavos na tarifa de ônibus em São Paulo até este aumento de 20% do IPTU residencial (e 35% nos outros imóveis) aprovado em 1ª votação nesta quinta-feira, 24 de outubro. Será necessária ainda uma 2ª votação antes da sanção do prefeito.

Mas não se engane: pouca coisa mudou nesses quatro meses. A gestão da cidade continua uma lástima, sem planejamento e sem transparência, com uma fúria arrecadatória jamais vista e os mesmos defeitos - piorados, talvez - das administrações anteriores. Diferença, de fato, só uma. Ou a mais visível: o povo não está nas ruas protestando contra o aumento de 20% como se manifestou contra os R$ 0,20. Por quê?

Será que os argumentos do governo foram suficientes para convencer a população deste aumento abusivo, muito acima da inflação? Ou a população nem está se dando conta do que está acontecendo, e só vai perceber a arapuca de Haddad quando sentir no bolso a dor de pagar o carnê com valor anabolizado em 2014?

O fato é o seguinte: nem a base governista estava convencida da necessidade de um IPTU tão elevado. Após idas e vindas na Câmara, discussões acaloradas, conversas de bastidores, encenação de recuo do governo e até um parecer contrário da Comissão de Finanças, o governo negociou com os partidos da base e conseguiu o voto de 30 vereadores para endossar esse aumento escorchante.

A maioria só foi obtida ontem com a mudança de posicionamento do PSD de Gilberto Kassab, que até então tinha seus vereadores reclamando da forma com que eram tratados pelo Executivo. Algo mudou em 24 horas. Nem mesmo um substitutivo apresentado pelo ex-presidente da Câmara, José Police Neto, conseguiu sensibilizar seus colegas de bancada. Perdeu por 42 a 2 (teve os votos dele próprio e de Marco Aurélio Cunha).

Um ato falho da líder do PSD, vereadora Edir Sales, no encaminhamento do voto contrário à proposta de seu colega de partido, foi emblemático: "Eu voto NÃO, mas indico que os vereadores da bancada sintam-se à vontade para votar NÃO ao substitutivo do vereador Police". Ela queria dizer "votar SIM", mas foi traída pelo constrangimento do encaminhamento esdrúxulo e incoerente com a oposição de ocasião dos últimos meses.

Em resumo, quem garantiu o aumento do IPTU muito acima da inflação foram os partidos de Alexandre Padilha (PT), Paulo Skaf (PMDB) e Gilberto Kassab (PSD) - todos eles potenciais candidatos ao Governo do Estado em 2014, entre outros partidos governistas (PTB, PRB, DEM, PHS, PCdoB e o recém-criado PROS). Vale lembrar de cada um deles nas próximas eleições.

Por 30 votos favoráveis, 18 contrários e uma abstenção, foi aprovada a proposta original de Haddad, em forma de substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça, para driblar o parecer contrário da Comissão de Finanças. Além disso, foram aprovadas três emendas da base governista - duas reduzem o teto do reajuste e uma outra amplia o desconto para aposentados.

Uma das emendas aprovadas estabelece um limite de reajuste de 20% para imóveis residenciais e de 35% para imóveis não residenciais. A proposta inicial de Haddad previa um reajuste do imposto de até 30% para imóveis residenciais e até 45% para comércio e indústria na capital paulista.

Outra emenda prevê a ampliação dos descontos no IPTU para aposentados que ganham entre três e cinco salários mínimos. Os que recebem de três a quatro salários terão desconto de 50% e os que ganham de quatro a cinco salários mínimos, de 30%. Atualmente, aposentados que recebem até três salários são isentos do imposto.

Além da redução do limite de reajuste em 2014, uma terceira emenda aprovada diminui o teto do aumento para 2015 e 2016, os chamados residuais. Segundo o texto aprovado, os reajustes de IPTU depois de 2014 serão de no máximo 10% para imóveis residenciais e 15% para comerciais.

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Comissão de Finanças rejeita IPTU de Haddad

Depois de uma decisão inusitada da maioria dos vereadores que integram a Comissão de Finanças da Câmara Municipal de São Paulo, não houve quórum para votação nesta quarta-feira (23) do projeto do prefeito Fernando Haddad que aumenta o IPTU com índices muito acima da inflação.

Após passar pelas comissões de Política Urbana e Constituição e Justiça, o projeto do Executivo recebeu parecer contrário de Finanças - justamente a comissão responsável por analisar o mérito do aumento do tributo municipal. Votaram contra o projeto de Haddad os vereadores Aurélio Miguel (PR), Roberto Tripoli (PV), Marta Costa (PSD), Floriano Pesaro (PSDB) e Adilson Amadeu (PTB). Todos, com exceção do tucano, integrantes da base de sustentação.

Isso demonstra como é polêmica a proposta de aumento do IPTU inclusive entre os vereadores governistas. Além do parecer contrário, que provocou dúvidas de como deveria prosseguir a sessão, seriam necessários 28 votos (entre os 55 vereadores) para aprovação do projeto. Apenas 18 registraram presença.

Na interpretação do presidente José Américo (PT), como foi aprovado em duas comissões de mérito (Política Urbana e Constituição e Justiça) e rejeitado em uma (Finanças), o projeto poderia seguir normalmente para votação em plenário. O ex-presidente da Câmara José Police Neto (PSD) discorda. Para ele, a rejeição por uma comissão de mérito deveria levar ao arquivamento, forçando o envio de outro projeto pelo Executivo.

Pelo Regimento Interno da Câmara, cabe à Comissão de Finanças, entre outras atribuições, "opinar sobre proposições referentes a matéria tributária". Segundo o artigo 83, "a proposição que tenha recebido pareceres divergentes será discutida e votada em sessão plenária conjunta das Comissões de mérito competentes."

Ou seja, por este entendimento, o projeto do IPTU deve ser analisado novamente, no chamado "congresso de comissões", pelas mesmas comissões em que já passou anteriormente.

Esse mesmo artigo do regimento determina que as comissões, durante este congresso, poderão também deliberar que a decisão final sobre os pareceres divergentes seja submetida ao plenário da Câmara.

Nesta quinta-feira, o presidente José Américo deve informar à opinião pública e aos demais vereadores qual foi o seu entendimento para resolver o impasse. Em todo caso, o governo precisa garantir pelo menos 28 votos favoráveis para aprovação. Vamos acompanhar.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Política em rede" x "Pesca de arrastão"

O PT se moveu no Planalto e na planície, no subterrâneo da política e nos meandros do Judiciário, para inviabilizar a #Rede de Marina Silva, o único dos novos partidos que surgiria com alguma novidade ideológica, ainda que apresente contradições e tenha se emaranhado com os entraves burocráticos legais.

Por outro lado, o PT repete o apoio desavergonhado que já tinha dado ao inodoro, insípido e incolor PSD, agora ao tal do PROS (sigla do quê, mesmo?), invenção de um aventureiro anônimo de Goiás que seguiu a receita kassabista de oferecer um partido pré-fabricado como arca-de-noé governista. Uma fórmula mágica que produz em série legendas autodeclaradas "nem de esquerda, nem de direita, nem de centro"... (oi?) 

Ou seja, o PT de Dilma, Lula, mensaleiros e tutti quanti é contra a nova política em #rede, mas não se constrange em patrocinar a pesca de arrastão, predatória, da velha política.

A expectativa é de que o recém-criado PROS vá se transformar nesta semana numa das maiores bancadas da Câmara Municipal de São Paulo, estratégia pilotada pelo PT para anabolizar a base de sustentação do prefeito Fernando Haddad, que já possui maioria absoluta no Legislativo, e com isso tentar sufocar completamente a oposição.

Resta confirmar até quinta-feira, dia 24 - data em que se fecha a chamada "janela da infidelidade", que permite que políticos migrem para novos partidos sem o risco de perderem o mandato -, qual o placar do jogo entre o time dos políticos ideológicos contra os fisiológicos de plantão.

Vereador Ricardo Young explica permanência no PPS

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Ricardo Young reflete: "Fazendo as contas"

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Foi muito estranho o surgimento espontâneo do PROS na Câmara Municipal, em um movimento que se deu da semana passada para esta.

Os rumores da migração de vereadores para o novo partido levam as digitais de João Antonio, secretário de relações governamentais de Haddad, e apontavam para até sete parlamentares, de diversas legendas.

Mas qual esforço justificaria aumentar uma bancada governista que já é esmagadora, contando com 42 dos 55 parlamentares?

No final das contas, somente três migraram: meu ex colega do PPS, Ari Friedenbach, Noemi Nonato e Ota, ambos do PSB. Ficou claro, portanto, que o que houve foi uma ação orquestrada contra a coligação PSB-Rede.

João Antonio fez as contas ao perceber que, sendo eu, Ricardo Young, um fundador da Rede e o PPS um partido candidato a participar da coalizão Rede-PSB, a tendência natural seria se criar um novo bloco parlamentar de quatro vereadores: Ricardo Young, Ari Friendenbach, Noemi Nonato e Ota. Os dois do PSB, portanto, passariam a se alinhar com a oposição. 


42 - 2 = 40. Assim ficaria o tamanho da base governista.

Mas os números poderiam cair ainda mais com a possibilidade de retorno do secretário do trabalho, Eliseu Gabriel (PSB) para a Câmara. Para se candidatar nas próximas eleições, ele deve voltar ao exercício original do mandato e assim tiraria a vaga do seu suplente, o petista Alessandro Guedes, retornando a cadeira para uma bancada que não seria mais do governo.

Aí a conta complica. 40 - 1 = 39. 


Para um governo que preza pelo atropelamento do Legislativo, do debate das ideias e da democracia legítima, este é um número perigosamente próximo do mínimo necessário para aprovar projetos que exigem a maioria qualificada, ou seja, dois terços do plenário: 38 vereadores.

Como criar um partido

Desesperado com o efeito Rede-PSB sobre a Câmara e a maioria de Haddad, João Antonio orquestra um movimento onde, para garantir a presença de Ota e Noemi na base e neutralizar a eventual perda de Alessandro Guedes, cria o factóide PROS. Aproveita-se da janela das migrações para os partidos novos e ainda coopta Ari Friendenbach, eleito pela população para fazer oposição ao governo. É assim que se cria um partido com aval da autoritária máquina petista.

Uma manobra em vários níveis

O movimento, portanto, não aumenta a base do governo, mas neutraliza o perigoso efeito que a coligação PSB-Rede teria sobre a maioria do governo Haddad. Que coincidência: a manobra açodada na casa municipal reverbera as razões pelas quais se sabotou a possibilidade de a Rede Sustentabilidade nascer no Planalto, quando as pesquisas indicavam uma ameaça real à reeleição do governo Dilma.

Após a tempestade que significou para o governo a surpreendente coalizão entre PSB e Rede, surge o cogumelo PROS para garantir aqui a governabilidade de Haddad. Tanto esforço denota a crise de legitimidade do PT, que um dia falou pelos trabalhadores do Brasil e hoje se desnutre pelo próprio autoritarismo. No fim, a relutância petista contra a contagem das assinaturas coletadas pela Rede é a mesma de uma conta que não fecha aqui no parlamento municipal: a da representatividade.


Ricardo Young, vereador, é o líder do PPS na Câmara Municipal de São Paulo.

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Zonais norte, oeste e centro realizam congressos

Mais de cem militantes dos diretórios da zona norte, oeste e centro expandido reuniram-se na noite desta segunda-feira (26/10) na sede do Sindicado dos Padeiros, na Bela Vista, dando sequência aos congressos zonais do PPS paulistano. O primeiro encontro foi realizado no sábado (19), no Itaim Paulista, reunindo os diretórios da zona leste. No próximo sábado (26), o encontro acontece na Assembleia Legislativa, com os diretórios zonais da região sul.

Nestes encontros serão debatidos assuntos de interesse da militância partidária e renovadas as suas direções locais. Veja aqui mais informações.

O presidente municipal do PPS/SP, Carlos Fernandes, deu detalhes da situação política do partido na cidade e comunicou a desfiliação do vereador Ari Friedenbach, que se transfere para o recém-criado PROS junto com vereadores de outros partidos, em manobra para reforçar a base governista do prefeito Fernando Haddad.

“Parece uma sina nossa. Mais uma vez perdemos um parlamentar no meio do caminho. Isso mostra o quanto é importante uma reforma política para frear esse tipo de comportamento”, disse o presidente municipal.

O secretário de Gestão Pública do Governo do Estado e presidente do PPS/SP estadual, deputado Davi Zaia, lembrou que o PPS já passou por momentos mais complicados e superou. “Vamos superar mais uma vez. Precisamos manter a nossa militância unida, forte para continuarmos a ter um partido sólido e coerente com seu passado”.  

Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Professores do município e parlamentar por oito anos em São Paulo, lembrou que o vereador, para ser eleito, “necessita dos votos do partido, da legenda”. “Parece que eles esquecem que usaram a estrutura partidária, o tempo de TV que é do partido”.

Na sequencia, a ex-vereadora Soninha Francine fez uma palestra sobre a situação da cidade e do país, citando os principais problemas estruturais que atrasam o crescimento do Brasil e comunicou a todos que possivelmente será candidata a deputada federal.

O dirigente sindical Paulo César de Oliveira, secretário de Formação Política do PPS, lembrou a importância de participar da eleição dos conselhos participativos das subprefeituras.

O grande momento da noite foi a carinhosa homenagem pelo aniversário de 88 anos da militante Adoração Sanches, viúva de João Sanches Segura, ex-deputado constituinte por São Paulo e referência política de esquerda na cidade.

O Congresso Municipal do PPS paulistano vai ocorrer no próximo dia 9 de novembro, das 9h às 15h, na UniSantana (Rua Voluntários da Pátria, 257, Santana, zona norte). Posteriormente, o Congresso Estadual do PPS deverá acontecer no dia 24 de novembro, um domingo, na Assembleia Legislativa.

O 18º Congresso Nacional do partido também será realizado em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2013. Foram aprovadas as normas gerais (confira aqui) para a realização dos congressos, que apresentam como tema “Uma nova agenda para o Brasil: nova política, nova economia, novo governo”.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

PPS abre série de congressos zonais no Itaim


Começaram nesse sábado, 19 de outubro, os congressos zonais do PPS paulistano com um encontro dos diretórios da zona leste, no Itaim Paulista. Nestes três encontros regionais serão debatidos assuntos de interesse da militância partidária e renovadas as suas direções locais. Nesta segunda-feira, 21, reúnem-se os diretórios da zona norte, oeste e centro expandido. No dia 26 é a vez da zona sul.

Confira aqui o calendário de encontros: Congressos zonais nos dias 19, 21 e 26 de outubro.

Com a presença da ex-vereadora Soninha Francine, que fez uma palestra sobre a situação da cidade e do país, principalmente sobre os problemas da questão tributária, as administrações petistas e a necessidade de reformas no país, lideranças partidárias e comunitárias puderam expor suas opiniões sobre saúde, transporte, educação, a sucessão presidencial e outros assuntos em pauta, sobre a política e o cotidiano da cidade.

O presidente municipal do PPS/SP, Carlos Fernandes, fez um balanço do momento político-partidário e alguns informes importantes. Por exemplo: a eleição dos conselhos participativos das subprefeituras e a abertura das inscrições para um curso de formação política destinado à militância do PPS e realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira).

Entre as críticas à gestão do prefeito Fernando Haddad, foram bastante citados o aumento do IPTU e a implantação das faixas de ônibus nas principais vias de São Paulo, que não bastam como ato isolado para a melhoria do transporte público. Leia também: Era uma vez a cidade de Haddad...

Além de dirigentes municipais e zonais, jornalistas e radialistas locais, marcaram presença alguns suplentes de vereador do PPS, que disputaram a eleição municipal de 2012, entre eles Adinelson Motta, Denilson Perozzo, Felipe Guerra, Hilda Alves e Luiz Carlos Trucolo.

O Congresso Municipal do PPS paulistano vai ocorrer no próximo dia 9 de novembro, das 9h às 15h, na UniSantana (Rua Voluntários da Pátria, 257, Santana, zona norte)Posteriormente, o Congresso Estadual do PPS deverá acontecer no dia 24 de novembro, um domingo, na Assembleia Legislativa.

O 18º Congresso Nacional do partido também será realizado em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2013. Foram aprovadas as normas gerais (confira aqui) para a realização dos congressos, que apresentam como tema “Uma nova agenda para o Brasil: nova política, nova economia, novo governo”.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Congressos zonais nos dias 19, 21 e 26

O Congresso do PPS paulistano vai ocorrer num sábado, dia 9 de novembro, das 9h às 15h, na UniSantana (Rua Voluntários da Pátria, 257, Santana, zona norte)


Antes disso, porém, o Diretório Municipal do partido vai promover três encontros regionais para realizar os congressos zonais, nos dias 19 (sábado), 21 (segunda-feira) e 26 de outubro (outro sábado).


Posteriormente, o Congresso Estadual do PPS de São Paulo deverá acontecer no dia 24 de novembro, um domingo, na Assembleia Legislativa.


O 18º Congresso Nacional do partido também será realizado em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2013. Foram aprovadas as normas gerais (confira aqui) para a realização dos congressos, que terão como tema “Uma nova agenda para o Brasil: nova política, nova economia, novo governo”.

Data
Atividade
Local
19/10
sábado

9h às 13h
Encontro Regional e Eleições dos Zonais:- LESTE :- PENHA DE FRANÇA, TATUAPÉ, ERMELINO MATARAZZO, VILA MATILDE, VILA FORMOSA, 350ª SAPOPEMBA, CANGAÍBA, PONTE RASA. SÃO MIGUEL PAULISTA, ITAQUERA, ITAIM PAULISTA, GUAIANASES, SÃO MATEUS, JARDIM HELENA, VILA JACUÍ, CIDADE TIRADENTES, CONJUNTO JOSÉ BONIFÁCIO, PARQUE DO CARMO, TEOTÔNIO VILELA.
Rua Itajuibe s/nº

Itaim Paulista
Kaikam
21/10
segunda

19h às 21h
Encontro Regional e Eleições dos Zonais:NORTE: - SANTANA, VILA MARIA, CASA VERDE, TUCURUVI, JAÇANÃ, VILA SABRINA, LAUZANE PAULISTAOESTE: - LAPA, PINHEIROS, PIRITUBA, NOSSA SENHORA DO Ó, BRASILÂNDIA, PERUS, JARAGUÁ. CENTRO EXPANDIDO:- BELA VISTA PERDIZES, SANTA IFIGÊNIA, MOOCA, JD PAULISTA, VILA MARIANA.
Sindicato dos Padeiros
Rua Major Diogo, 126
Bela Vista
26/10
sábado

9h às 15h
Encontro Regional e Eleições dos Zonais: - SUL : SANTO AMARO, CAMPO LIMPO, BUTANTÃ, CAPÃO REDONDO, RIO PEQUENO, JARDIM SÃO LUÍS, Valo Velho, CAPELA DO SOCORRO, CIDADE ADEMAR, GRAJAÚ, PIRAPORINHA, PARELHEIROS, PEDREIRA. SUDESTE: VILA PRUDENTE, INDIANÓPOLIS, SAÚDE, IPIRANGA, JABAQUARA, CURSINO.
Assembleia Legislativa
(Auditório Paulo Kobyashi)
Ibirapuera
09/11 
18º Congresso Municipal DO PPS
UNISANTANA

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

E o "Verde" do ausente Haddad cai de maduro...

Se não bastasse o prefeito ausente - ser ou estar, eis a questão - de São Paulo curtir férias na Itália após 9 meses apenas de "trabalho", vai caindo por terra a imagem do "novo" que o PT vendeu de Fernando Haddad na campanha eleitoral e a maioria do eleitorado comprou, há exatamente um ano.

Problemas vão se multiplicando: a base de sustentação rachou na Câmara Municipal por conta do aumento abusivo do IPTU proposto por Haddad; projeto chegou anteontem (terça) e já estava na pauta de ontem (quarta) para ser votado, antes mesmo de passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e ser encaminhado ao plenário para ser aprovado em "congresso de comissões", sem avaliação do mérito na Comissão de Finanças e Orçamento. Um absurdo, denunciado pelos próprios vereadores governistas!

Outro escândalo, apurado pelo jornal de bairro Folha de Vila Prudente e que não foi ainda percebido pela chamada grande imprensa, é o descaso da administração com o meio ambiente, parques e áreas verdes. Até mesmo os terrenos que já tinham sido desapropriados, em nome do interesse público, estão sendo devolvidos pela gestão Haddad, sob alegada falta de recursos para implantação de parques.

Como assim?  Pois é isso mesmo: o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, vereador Ricardo Teixeira (PV), afirmou que a Prefeitura está devolvendo áreas que foram decretadas de utilidade pública para implantação de parques porque está sem dinheiro. Há mais de 60 áreas da cidade nessa situação de abandono e insolvência.

Com isso, parques reivindicados pela população, como MoocaAugusta e Cemucam, ficam cada vez mais distantes da realidade.

“Muitos decretos feitos na gestão passada estão caducando (a validade é de cinco anos) e não temos verba para comprar os terrenos; então, eles estão voltando para os proprietários. De outros também já estamos abrindo mão porque não haverá dinheiro”, explicou Ricardo Teixeira.

“Temos casos onde o dinheiro já foi até depositado, mas estamos voltando atrás porque vamos precisar deste recurso para manutenção dos parques já existentes. Alguns parques, principalmente na periferia, nem podem mais ser chamados assim, tamanha a degradação. Antes de criar novos, precisamos tentar recuperar esses espaços e manter os demais que funcionam pela cidade”.

Viva o "novo"! Viva Haddad! Viva o PT! Viva o povo, feito de bobo!


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À espera de um milagre, Haddad vai levando...

    quarta-feira, 16 de outubro de 2013

    Da série "falas enigmáticas de Dilma Roussef"...




    Ainda prevalece o mistério sobre o sentido daquilo que disse (ou tentou dizer) a presidente Dilma Roussef: “Ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás”.
    Não queira entender. Sublime.

    Movimentos pró-moradia tentam invadir a Câmara

    Aproveitando que o prefeito Haddad está ausente (ops, isso não seria uma redundância?), curtindo férias na Itália após 9 meses de "trabalho", movimentos pró-moradia mudaram o foco: saíram da frente da Prefeitura e tentaram invadir a Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta terça-feira, 15 de outubro.

    A inoperância do PT - que prometeu solução rápida para todos os problemas da cidade há exatamente um ano, durante a campanha eleitoral - está sendo questionada por diversos segmentos sociais.

    Dois documentários recentes expõem bem os problemas dos sem-teto na cidade de São Paulo. São eles: Vidas Sem Lar, produzido pela TV Record, e Leva, excelente realização do canal Futura. Vale assistir.

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    terça-feira, 15 de outubro de 2013

    As primeiras pesquisas e análises sem Marina

    Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 12 de outubro,  é a primeira após a surpreendente filiação de Marina Silva ao PSB de Eduardo Campos, e mostra um crescimento dos três candidatos colocados até então.

    À primeira vista, pode dar a falsa impressão de que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita no 1º turno se disputasse a eleição contra os dois oponentes mais prováveis, o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos. Mas nem tudo é o que parece.

    Como diz o twiter @23pps:

    Quem lê a pesquisa e conclui que Dilma vence no 1º turno é míope, desavisado ou petista roxo. A um ano da eleição, a oposição está chegando!

    Os "anões da oposição" estão tirando o sono dos gigantes do marketing, da política e da milícia cooPTada das redes sociais. Tá ficando bom!

    Veja algumas boas análises da pesquisa, por: Josias de Souza, Fernando RodriguesJosé Roberto de Toledo, Eliane CantanhêdeCésar Maia, Merval Pereira, Kennedy AlencarJânio de Freitas, André Singer, Reinaldo Azevedo e Vinicius Torres Freire.



    domingo, 13 de outubro de 2013

    Seja bem-vindo ao @23pps e à #REDE23

    Com audiência e repercussão inéditas por causa da postagem de duas paródias musicais ("Eduardo e Marina" e "Não me dê motivo"), o Blog do PPS crê que a sátira política é um bom modo de despertar a atenção das pessoas (principalmente aquelas de fora do mundinho político-partidário) para os assuntos sérios que tratamos aqui e também para conhecerem o @23pps e a #REDE23.

    As paródias nada mais são do que crônicas dos últimos acontecimentos. Não há nenhuma posição oficial do partido ali, muito pelo contrário, mas entendemos que provocamos um debate leve, plural e bastante animado nas redes, com saldo amplamente positivo (mais de 108 mil citações na internet e 20 mil acessos ao Blog em apenas 48 horas), divulgação no twitter, facebook e em todos os veículos da grande imprensa: Estadão, Folha/UOL, Terra, O Globo, CartaCapital, Veja, R7, Band, TV UOLentre outros portais, jornais, revistas e incontáveis blogs.

    Veja aqui alguns assuntos recentes tratados pelo Blog do PPS:











    sexta-feira, 11 de outubro de 2013

    Era uma vez a cidade de Haddad...

    A cidade do prefeito Fernando Haddad é assim, cor-de-rosa: mas corredor de ônibus, em vez de fazer parte de um plano de melhoria do transporte público, é só uma faixa branca contínua pintada no chão. Ops, tem também um aviso: "Ônibus", que é para não deixar dúvidas. Só não pode chover, porque aí os semáforos apagam e as ruas de São Paulo ganham ares de cidade européia: Veneza, com seus canais (só não temos gôndolas para as enchentes).

    Mas temos carros. O que não resolve muito, porque quem tem carro na cidade de Haddad é vilão. Não tem mais espaço para andar. Em contrapartida, o prefeito afrouxou a inspeção veicular nessa cidade "insustentável". Bicicleta poderia ser alternativa, mas não temos onde pedalar. Poluição é patrimônio, parques e áreas verdes são desprezados, como Mooca, Augusta, Cemucam. Falta dinheiro ou bom senso?

    Quem tem carro é vilão, quem tem casa também. Ou seja, toda a classe média é odiada pelo PT. Ihhh, PT... O IPTU pode aumentar até 45% porque o prefeito argumenta que precisa de dinheiro para o subsídio do transporte. Enche o bolso dos empresários que ele próprio ataca, que seu secretário acusa haver achaque e que motivaram uma CPI, depois de toda a lambança do aumento da tarifa e dos protestos históricos pelos 20 centavos.

    Por isso, preocupado com a imagem do "novo", que vem descolorindo em poucos meses, Haddad começou a andar de ônibus um dia por semana. Detalhe: ele carrega junto um assessor que faz até o sinal para o motorista. Muito convincente o marketing do prefeito (só que não).

    Quem tem carro e casa é vilão, mas e quem não tem nada? Estão aí os movimentos de moradia que respondem a pergunta com invasões e protestos diários: o prefeito tem fraca atuação na área da Habitação. Quer dizer, o castigo contra a "vilania" da classe média se estende para os mais pobres também? Só não deve atingir os petistas de carteirinha, que tem cargos reservados.

    O Plano Diretor chegou com atraso, polêmicas e questionamentos à Câmara Municipal. Vai ser votado neste ano? Não se sabe. A Câmara tem vontade própria e a maioria da base governista anda se desentendendo.

    O afrouxamento à Lei da Cidade Limpa é um exemplo concreto da cidade-sem-lei. Precisa de um exemplo mais trágico? Aqueles 10 trabalhadores que morreram em São Mateus por falha na fiscalização de obras, já bastam?

    E a maior promessa de campanha, o tal Arco do Futuro, que pode nem sair do papel... Papelão! E a Saúde, vai bem nessa cidade cor-de-rosa, que só existe na propaganda eleitoral do PT? Bom, aí é outra história do arco da velha. Só não queremos fazer papel de palhaço, nem podemos deixar passar tudo isso em branco.