sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Advogado do PT antecipou vitória de Dilma: foi blefe, chute certeiro ou informação privilegiada do TSE?

Como não poderia deixar de ser, o Tribunal Superior Eleitoral veio a público garantir que a apuração dos votos é absolutamente confiável, que não houve vazamento antecipado do resultado e blablablá oficial.

Segundo a versão divulgada à imprensa, nem mesmo o presidente do TSE, ministro José Antonio Dias Toffoli, sabia antes do anúncio formal o resultado deste 2º turno.

A primeira informação do TSE sobre a apuração - aquela que todos nós acompanhamos pela TV - foi liberada ao público apenas às 20h de domingo.

“Temos convicção de que não houve vazamento”, disse o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha.

Questionado sobre o assunto, Toffoli garantiu que os boatos de que determinado candidato estava à frente de outro, no dia da eleição, tratavam-se apenas de “especulação”.

Porém, ocorreu um fato bastante curioso: o advogado e militante histórico do PT Luiz Eduardo Greenhalgh postou no twitter, antes das 19h30, a seguinte afirmação:

"Atenção! Dilma reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE essa vitória histórica contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB."

Repare na reprodução ao lado: é um print tirado da página do twitter no domingo às 19h45, de uma postagem feita 18 minutos antes por Greenhalgh. Interessante.

A dúvida que fica após tal afirmação: foi blefe, um chute certeiro ou ele de fato tinha informações privilegiadas do TSE?

Com a folha de serviços prestados por Greenhalgh (da soltura de Lula da prisão nos tempos de líder sindical, passando pela vice-prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina até ser designado pelo PT para acompanhamento das investigações do assassinato do prefeito Celso Daniel) percebe-se que não se trata de um nome qualquer.

O bom trânsito entre o meio político e judiciário é notável. Quem o acompanha pelo twitter sabe que ele tem sempre opiniões contundentes e informações bem embasadas da alta cúpula do PT. Seria interessante que Greenhalgh se manifestasse agora sobre essa nota antecipando a vitória de Dilma. Até porque o presidente do TSE e ministro do STF, que foi igualmente advogado do PT e de três campanhas de Lula (1998, 2002 e 2006), não merece essa suspeição de vazamento.

O TSE afirma que a "virada" na apuração aconteceu às 19h32, quando Dilma Rousseff, a presidente eleita, possuía 50,5% dos votos e Aécio, 49,95%.

Mas só alguns técnicos "incomunicáveis" teriam essa informação "sigilosa", assistindo o minuto a minuto da totalização dos votos.

O TSE refuta qualquer possibilidade de contato externo.

De acordo com o corregedor-geral, o TSE montou um esquema para manter os técnicos responsáveis pela apuração isolados, sem contato inclusive com outros membros da Corte.

A orientação dada pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, era para que os técnicos não informassem nem a ele o resultado parcial da eleição antes da abertura dos dados para todo o País.

Lewandowski e Toffoli em imagens no Tribunal e na posse 
Pouco depois das 19h30, os ministros do tribunal, junto com as equipes jurídicas das campanhas do PT e do PSDB e outras autoridades, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, reuniram-se no Centro de Divulgação das Eleições, junto à imprensa, para aguardar a abertura dos resultados.

Às 20h, o resultado parcial apareceu para os ministros e para o Brasil inteiro. Dilma estava na frente, mas a eleição não estava matematicamente definida.

Porém, lembre-se que, mais de meia hora antes, Greenhalgh já havia publicado a afirmação que não deixava margem para dúvidas: "Festejemos após o anúncio oficial do TSE".

O resultado da votação provoca outras suspeitas, além do vazamento antecipado. Há algumas teorias sobre a possibilidade de manipulação dos números, durante a votação eletrônica (o que seria resolvido se houvesse também a impressão em papel do voto e o depósito em urna separada, para haver conferência por amostragem ou no caso de alguma contestação) e durante a apuração, toda ela informatizada, centralizada e restrita aos tais técnicos incomunicáveis. Enfim...

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Começam a aparecer as primeiras mentiras e incoerências de Dilma




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Começam a aparecer as primeiras mentiras e incoerências de Dilma, enquanto petistas buscam auto-ajuda: "Pequenos governos, grandes negócios"

Então foi só mais uma "mentirinha" de Dilma Roussef na campanha? Acusava Aécio Neves de querer subir os juros, mas é ela própria quem faz isso - e apenas três dias depois da vitória!!!

Essa "pegadinha do malandro", Dilma e Lula devem ter aprendido com Collor, que em 1989 acusava o PT de querer confiscar a poupança do povo brasileiro.

Porém, como a história registra, quem fez isso logo que assumiu a Presidência não foi Lula, mas Collor com a nada saudosa ministra da Economia Zélia Cardoso.

Aliás, os bancos estão pródigos em notícias. Se não bastasse essa informação surpreendente do Banco Central, estourou outra bombástica na semana: o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, é cotado para ser o novo Ministro da Fazenda de Dilma.

Será que o lucro de R$ 3,8 bi no trimestre justifica essa sondagem ao Presidente do Bradesco para o Ministério? Pior de tudo é ler isso depois de ouvir de Dilma que Aécio e Marina eram os "candidatos dos bancos". Cadê a esquerda caviar agora, para defender esse (des)governo?

Como disse no twitter o jornalista Alon Feuerwerker, ex-assessor de imprensa do presidenciável Eduardo Campos: "Minha admiração por você que se sente obrigado a defender qualquer coisa (para não usar outra expressão) que o governo faça".  É isso! Típica fidelidade de PTbull.

Caso dos petistas que vibraram com Dilma quando ela, de modo sórdido, "demonizou" Marina Silva por ter como coordenadora do programa de governo Neca Setúbal, que apesar de ser da família proprietária do Banco Itaú, tem uma trajetória respeitadíssima como educadora (tendo colaborado inclusive com o próprio PT).

Vai ver o problema não é contra banqueiros de um modo geral, esses que têm lucros recordes sucessivos nos últimos doze anos, mas da opção pela melhor agência: petistas parecem preferir o Bradesco ao Itaú. Vai entender...

Enfim, a expertise do PT é mesmo fazer bons negócios e multiplicar dinheiro. Tanto que o primeiro executivo envolvido com a corrupção na Petrobras que aceita a delação premiada cita como beneficiários de doações "suspeitas" alguns figurões do PT, como Marta Suplicy, Delcidio do Amaral, Lindberg Farias e até Adriano Diogo, este sempre tão presente na imprensa para denunciar corruptos (sobretudo tucanos).
O que pensar disto? Surpreendente, não?  Que horror!
Há mais uma passagem curiosa sobre esse deputado estadual Adriano Diogo. Ele, que preside a Comissão da Verdade na Assembleia paulista, brigou internamente no PT para concorrer a deputado federal com o número que tradicionalmente pertencia a José Dirceu e faz referência às lutas democráticas de 1968. Ganhou a legenda, perdeu a eleição.

Um dia há de surgir um novo livro de auto-ajuda, voltado especialmente para políticos, escrito por um desses petistas arrependidos: "Pequenos governos, grandes negócios".

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Em meio a polêmicas e denúncias, vereadores paulistanos decidem ficar até 11 dias sem sessão


De volta às manchetes por suspeita de corrupção, a Câmara Municipal de São Paulo parece seguir como uma casa alheia aos acontecimentos da cidade e aos interesses da sociedade.

Se não bastasse o feriado prolongado (além do dia do funcionário público, na terça, 28 de outubro, também não houve expediente na véspera, 27), ao invés de retornarem ao trabalho na quarta, 29, como era de se esperar (inclusive passado o período eleitoral, que já havia diminuído o ritmo da casa), os vereadores decidiram simplesmente cancelar as sessões da semana e só vão retornar ao plenário no dia 4 de novembro.

Com toda a imprensa e a opinião pública cobrando presença, produtividade e explicações sobre as denúncias que pairam sobre a Câmara e já envolvem o nome de pelo menos dois parlamentares, eles resolveram adiar o retorno ao plenário por 11 dias. O motivo prosaico foi a morte, no domingo (!), do pai do vereador Gilberto Natalini (PV), que aliás nada tem a ver com as denúncias.

É praxe não ter sessão quando morrem parentes próximos dos vereadores. Mas, nesse caso, já não havia expediente na segunda e na terça, então parece exagerado suspender uma sessão três dias após o óbito. Como só há plenário de terça a quinta - e nesta quinta, 30 de outubro, ele estaria ocupado com o "Parlamento Jovem" - os vereadores resolveram "enforcarar" a semana e abriram um vácuo de 11 dias desde a última sessão, em 23 de outubro.

É uma afronta! Isso porque, além dessas denúncias, há assuntos importantes pendentes, como a questão salarial e planos de carreiras do funcionalismo, sem contar outras polêmicas como o caso levado à Corregedoria do vereador que chamou um colega de "vagabundo" e disse que a CPI da Sabesp é "teatro", ou ainda a contestada troca da empresa responsável pela TV Câmara, por R$ 19,7 milhões e supostamente sem licitação, além da falta de transparência sobre os contratos.

Veja uma amostra do que a imprensa vem publicando sobre a Câmara:

Câmara vai apurar conduta de integrantes da CPI dos Alvarás

Integrantes de CPI são acusados de extorsão em São Paulo

CPI dos Alvarás notificou 328 comércios em 8 meses 

Câmara exonera assessor flagrado cobrando propina de comerciante

Suspeito exigir propina usou 'formulário de CPI' com erro e ameaça

Câmara quer investigar dupla por extorsão contra comerciante em SP

Promotoria de SP ouvirá dono de bar sobre achaque de fiscais

Servidor suspeito de cobrar propina comprou 19 imóveis

Vereador indicou suspeito de extorsão

Assessores passaram a receber comerciantes no subsolo 

Máfia dos Alvarás: novo capítulo no combate à corrupção


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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PT tem dois anos para mostrar que Haddad é o cara!

Após a vitória da mentira e do ódio no plano federal, patrocinada pelo marketing e pela direção bolivariana do PT, agora é a vez deles se voltarem para São Paulo com a política da divisão da população, do nós x eles, do rico x pobre, do branco x preto, da elite x periferia.

O prefeito Fernando Haddad vai investir todos os e$forço$ possíveis para a militância petista, a mídia amestrada e os blogueiros amigos disseminarem com sucesso essa estratégia do preconceito.

Querem transformar o despreparo, o improviso e as ações cosméticas desastradas de Haddad na revolução da cidade pelas mãos de um prefeito visionário, um grande estadista. (Aff!)

Para quem enxerga verdadeiramente a política da cidade, sabe que isso não passa de propaganda enganosa. Uma piada. Mas, se acabou de dar certo com Dilma, por que não daria também com o outro "poste" de Lula?

O PT tem dois anos para recuperar a imagem e a popularidade de Haddad e buscar a reeleição em 2016. O modus operandi do marqueteiro João Santana e da milícia PTbull nós já conhecemos.
Veja um exemplo da tática pró-Haddad neste "texto amigo", uma peça publicitária que finge ser um depoimento espontâneo de uma cidadã. Acredite se quiser.

Então, prepare-se. Dias piores virão.

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"Novela da corrupção: vale a pena ver de novo?"

Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP)
Mais uma vez a Câmara Municipal e fiscais da Prefeitura aparecem envolvidos em denúncias de corrupção. A notícia do momento é o achaque de comerciantes que teria ocorrido na CPI dos Alvarás, e coloca sob suspeita vereadores, assessores e técnicos do município.

Parece uma novela que se repete indefinidamente. Há mais de 15 anos, na gestão do prefeito Celso Pitta, eclodiu o escândalo da Máfia dos Fiscais, que culminou na cassação e prisão de vereadores. Entra prefeito, sai prefeito, os esquemas se perpetuam por um motivo muito simples: a burocracia continua dando brechas para os espertalhões que criam dificuldades para vender facilidades.

Precisamos de uma legislação mais clara, além da modernização, informatização e transparência de todo esse processo de regularização e licenciamento de obras, estabelecimentos e atividades. São Paulo não pode ficar à mercê da "carteirada" de fiscais que atuam ao bel prazer, sem nenhum controle, como estaria ocorrendo novamente nesse caso dos alvarás.

Além de termos regras objetivas, sensatas e realizáveis, o necessário trabalho de fiscalização deve ser acompanhado passo a passo pelo órgão competente, com prazo estabelecido para regularização, e os agentes vistores e demais servidores devem ser responsabilizados por eventuais atrasos ou irregularidades no processo (que também deve ser todo digitalizado, possibilitando o acesso público e a prevenção de fraudes).

O que se vê hoje é a atuação de uma Controladoria do Município que aparece apenas a reboque da imprensa. Repete que estava "monitorando" há vários meses o acusado da vez, mesma alegação dada em outro escândalo neste ano, da Máfia do ISS. Ora, mas que raio de monitoramento é este que não toma nenhuma providência mesmo depois de constatar a incompatibilidade de um funcionário com salário de R$ 4 mil ter um patrimônio pessoal de 19 imóveis?

Só veio a público a informação de que o tal servidor responsável por um setor nevrálgico da Prefeitura estava sendo monitorado porque as denúncias ganharam repercussão após matéria da Rede Globo. E se o caso não tivesse virado notícia, quando a Prefeitura iria agir? Não parece muito eficaz ou satisfatório um serviço que deveria prevenir irregularidades, atuar como o cachorro que corre atrás do próprio rabo.

Temos mais uma oportunidade agora para exigir da Câmara uma resposta à altura, que propicie o fim desses atalhos fáceis para a ilegalidade e a corrupção. O primeiro passo talvez seja rever toda a legislação vigente. No próximo ano, obrigatoriamente após a recente aprovação do novo Plano Diretor, haverá a revisão, por exemplo, do Código de Obras e da Lei de Zoneamento da cidade. Será que a população está de olho nisso?

Carlos Fernandes foi subprefeito da Lapa e preside o PPS paulistano.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Secretária da Igualdade Racial do PT é racista?

Fechou a trinca do ódio, do preconceito e da intolerância. É revoltante!

Tudo começou com a vereadora petista Juliana Cardoso postando (e apagando em seguida) insinuações gravíssimas contra Aécio Neves (envolvendo álcool e drogas). Leia: Atirou a pedra e vai esconder a mão, vereadora?

Depois foi o também vereador e recém-eleito deputado federal Orlando Silva, do agregado PCdoB e maior garoto propaganda da tapioca no Brasil, que se disse orgulhoso dos manifestantes que depredaram a entrada do prédio da Editora Abril. Leia: Falta de ética, decoro e bom senso? Você vê por aqui.

Agora é a Secretária da Igualdade Racial de Rio Branco, a petista Lucia Ribeiro, que destila preconceito ao afirmar que a vitória de Dilma deixa Marina Silva "livre para continuar fazendo a bainha da saia".

Após publicação tão desnecessária ter gerado reações indignadas na sua página do facebook, a secretária municipal acriana, conterrânea de Marina, apagou o comentário infeliz, preconceituoso e racista.

Mas a petista raivosa ainda escreveu que a "mangangá venceu a carapanã", em alusão a um vídeo postado no youtube no dia 19 de setembro, durante a campanha de Marina, em que a então candidata à Presidência da República pelo PSB fazia referências a um mosquito e a um besouro, comparando-os à sua situação diante de Dilma.

Agora reeleita, a presidente Dilma vem fazer discurso de conciliação, como se o povo fosse idiota e caísse nessa conversinha nonsense, enquanto a militância PTbull segue tendo seus acessos de cólera.

No twitter, Orlando Silva continua fazendo provocações. Chama de "otário" quem o repreendeu por ter apoiado o vandalismo, as pichações e o quebra-quebra. 

Ele ainda mistura as estações ao dizer, no pior estilo Zagalo, que vão ter que lhe "engolir". Afinal, ele se diz "odiado" pelo fato de ser "preto, baiano, comunista e eleito deputado federal em São Paulo".

Ora, ora. Como acaba de ficar comprovado, o preconceito e a intolerância não são exclusividade de nenhuma cor, raça ou origem social.

A negra Lucia Ribeiro demonstrou intolerância e preconceito contra a também negra Marina Silva. De mulher para mulher. Apagou em seguida, sem se justificar.

A vereadora Juliana Cardoso se apresenta como índia terena e universitária numa postagem do seu facebook, ao lado de uma colega cariri, ao exaltar que "no governo do PT índios cursam faculdade". Isso antes da agressão primária a um homem branco, com insinuações levianas. Também tentou se desfazer das provas, sem sucesso.

Diga-se, aliás, que no mesmo escândalo dos cartões corporativos envolvendo o ex-ministro Orlando Silva, estava a também ministra da Promoção da Igualdade Racial (será uma sina dessa pasta?), Matilde Ribeiro, além da filha de Lula e do ex-ministro José Dirceu, entre outros brancos e negros, sem distinção.

Ou seja, todos esses petistas obtiveram a plena igualdade na insensatez.

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É vida que segue: Não vamos desistir do Brasil!

Seguimos a nossa caminhada. Respeitamos o resultado democrático das urnas, mas continuaremos na oposição à presidente Dilma e ao PT.

Discordamos da conduta, dos métodos e das posturas deste governo. Divergimos de suas ações (e omissões) na Economia, denunciamos a falta de escrúpulos no aparelhamento do Estado e no desrespeito aos princípios republicanos.

Defendemos acima de tudo a radicalidade democrática, a justiça social e a igualdade de oportunidades. Somos contrários à divisão do Brasil e dos brasileiros, prática deplorável incentivada pelo marketing eleitoral petista.

Repudiamos reações preconceituosas e agressões de qualquer tipo. Se é verdade que Dilma foi eleita em grande parte pelos votos do Nordeste, sobretudo por beneficiários dos programas sociais e assistenciais, isso se deve ao fato de que esse povo mais vulnerável e fragilizado acabou se tornando refém do paternalismo do governo.

Não temos que criticar ou combater os eleitores de Dilma e do PT, mas libertá-los dessas amarras que prendem milhões de famílias a programas que deveriam ser emergenciais em vez de virarem uma política pública permanente e sem a chamada "porta de saída".

Em que pese o baixo nível da campanha, marcada por ataques levianos, por mentiras e pela "desconstrução" dos opositores ao PT, estes últimos meses serviram para reacender a confiança e o desejo do povo por dias melhores e por uma nova forma de ver e fazer a política.

Os movimentos espontâneos que assistimos e participamos nas ruas, espalhados por todo o país, mostram que os cidadãos estão atentos e preocupados com a realidade brasileira.

O resultado final acirrado da eleição, praticamente dividindo o Brasil em dois, é fruto desta mobilização consciente. Foi por pouco. Dessa vez, o medo ainda venceu a esperança. Mas bastou para mostrar à presidente que ela deve governar para todos, ao invés de olhar apenas para a sua "metade".

A nossa tarefa é manter o otimismo e seguirmos vigilantes na fiscalização do governo, cobrando soluções viáveis e eficazes para os problemas cotidianos da sociedade, inclusive as reformas estruturais (política, tributária etc.) que se fazem necessárias.

Perdemos na contagem final dos votos, mas ganhamos em vários momentos, desde a construção política e programática até o realinhamento histórico das forças da esquerda democrática, primeiro com Eduardo Campos, depois com Marina e finalmente com Aécio, neste 2º turno.

domingo, 26 de outubro de 2014

2014: R.I.P velho Jornalismo! Viva novo Shownarlismo!

Material de Dilma soa emblemático da campanha de 2014
R.I.P é um termo utilizado quando alguém morre. Geralmente aparece em lápides e, na onda do compartilhamento de informações na internet, infesta também as redes sociais. É a sigla tanto para o inglês "Rest in peace" quanto para o latim "Requiescat in pace". Significa o tradicional "descanse em paz".

Entre outros feridos com gravidade (como a ética, o bom senso e a verdade), essas eleições provocaram pelo menos uma vítima fatal: o bom e velho Jornalismo! Aquele ente social que desde os primórdios - das Actas Diurnas a Gutemberg - buscava informar e relatar fatos verídicos com a máxima isenção, correção, imparcialidade e transparência, trazendo sempre todos os pontos de vista (no mínimo dois lados) da notícia.

Essa espécie praticamente extinta de Jornalismo perdeu seus sinais vitais no Brasil com a cooPTação de veículos e de profissionais pelo (des)governo de plantão há doze anos, mas partiu definitivamente desta para pior quando a pesquisa de intenção de voto deixou de ser mero acessório de repórteres e analistas para se transformar na manchete principal.

Pesquisas de opinião na imprensa: quando a especulação vira notícia
O óbito é declarado quando a imprensa cede o lugar da informação para a especulação (entenda-se aí com todos os interesses inerentes do mercado). Hoje, a auto-proclamada mídia "livre" e "independente" é quase toda financiada por patrocínio estatal (isso para tratar apenas do que é oficializado, sem falar em corrupção e Caixa 2) e está a serviço (declarado ou dissimulado) do Partido dos Trabalhadores.

Do outro lado, a chamada "grande imprensa", cada vez mais fragilizada e decadente, é acusada por essa mídia "alternativa" de agir de forma "golpista" contra o governo petista, quando na realidade as duas se aproximam nos piores defeitos e, por uma razão ou outra, ambas parecem atuar exclusivamente em defesa dos seus próprios interesses.  

O golpe de misericórdia foi dado nesta campanha presidencial de 2014. Não faltam exemplos da partidarização da imprensa - dos grandes jornais e revistas aos chamados "blogueiros amigos" - e da mistura confusa, conivente e conveniente entre informação e propaganda.

Membro do Conselho Editorial da Folha: "golpe" de quem?
Um claro (ou nebuloso?) exemplo é toda essa polêmica causada pela matéria de capa da Veja, que traz a afirmação do doleiro Youssef em sua delação negociada com a Justiça: Dilma e Lula sabiam de tudo!

A reação que segue à publicação é reveladora de todo o jogo sórdido das eleições: a ala petista da imprensa se apressou em apontar o que seria um "processo golpístico" (sic), reproduzindo o que disseram a própria Dilma e o guru Lula no tatibitate tradicional de ambos.

Chega a ser engraçado revistas como Carta Capital, Forum e Carta Maior, ou portais como Brasil 247, Conversa Afiada, VermelhoLuis Nassif, Brasil Atual e ViOMundo, ou o integrante panfletário do Conselho Editorial da Folha, todos governistas declarados e em ação orquestrada, acusarem a Veja ou a Globo de partidarismo...

Não, espera! Não é engraçado! É deplorável! É um atentado inaceitável aos princípios constitucionais, aos direitos individuais e à liberdade de imprensa!

Mas não é só isso! São acompanhados pelo ministro do TSE (até então advogado de Dilma!), que concede liminar censurando a maior revista do país (!!!) e é aplaudido pelo presidente da maior Câmara Municipal do Brasil (jornalista, secretário de Comunicação do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma), que por sua vez faz ouvidos moucos à incitação e apologia criminosa de outros vereadores (um ex-ministro de Lula e Dilma, outra ex-presidente do PT paulistano).

Estamos perdidos, sujeitos à censura e ao controle do Estado. Enquanto eles seguem "fazendo o diabo", como pregaram que fariam para vencer a eleição.

O eleitorado até "velou" simbolicamente Dilma e o PT, mas quando enterraremos de fato estes métodos deploráveis de fazer política? 

Nesse clima tétrico, correram boatos de que o delator Youssef havia sido morto por envenenamento. Vieram os desmentidos (oficiais e oficiosos) de praxe. OK, deve ter sido apenas um mal estar passageiro, desses que em outros tempos acometeram Celso Daniel e Toninho do PT... Bom, deixa prá lá! 

Algumas boas análises do que foi esta campanha de 2014 podem ser lidas em textos brilhantes de Alfredo Sirkis e de Fernando Gabeira, não por acaso dois grandes jornalistas com importante atuação política e na redemocratização do país.

Recomendamos também algumas outras leituras que ajudam a entender o momento que vivemos: Felipe Moura Brasil, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Augusto de Franco. Nem precisamos concordar com eles, apenas refletir sobre os acontecimentos.

Mais que um texto opinativo do Blog do PPS, além do indicativo desses outros autores, você acaba de ler aqui um obituário. Na semana em que morreu o editor do Washington Post que denunciou o Watergate, vivemos também o nosso luto eleitoral. No que depender dessa corja que se apoderou do país, aqui jaz o bom jornalismo e a nova política. Ou não? Alguém viu um desfibrilador por aí?

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sábado, 25 de outubro de 2014

Falta de ética, decoro e bom senso? Você vê por aqui!

Já havíamos denunciado uma agressão leviana e destemperada da vereadora Juliana Cardoso (PT) contra o candidato Aécio Neves. Leia: Atirou a pedra e vai esconder a mão, vereadora?

Agora é o vereador do PCdoB Orlando Silvarecém-eleito deputado federal e ex-ministro de Lula e Dilma, quem comete a insanidade de fazer uma incitação ou apologia de ato criminoso.

No twitter, Orlando Silva diz ter "orgulho da União da Juventude Socialista, corajosa ao denunciar a Veja, vergonha nacional".

Vergonhosa, porém, é a atitude do parlamentar dito comunista. Do que ele se orgulha, afinal? De um ato que resultou na depredação do prédio da Editora Abril? Que tipo de moral e decoro pode ter um político que exalta a dilapidação do patrimônio público ou privado?

Denúncia e polêmica nas CPIs

Tudo isso acontece no momento em que a Câmara Municipal de São Paulo volta à berlinda. O Fantástico, da Rede Globo, mostra em reportagem exclusiva (com gravações de áudio e vídeo) que integrantes da CPI criada para fiscalizar a emissão de alvarás na cidade são acusados de extorsão.

Outra CPI, a da Sabesp, também vive as suas polêmicas. Além do tema por si só explosivo (a falta de água e problemas de racionamento), houve o flagrante involuntário de uma conversa privada do vereador Andrea Matarazzo (PSDB) com a presidente da Sabesp, Dilma Pena.

No diálogo, também registrado em áudio e vídeo, Matarazzo chama o colega Police Neto (PSD) de "vagabundo" e diz que a CPI não passa de "teatro", citando nominalmente outros integrantes, como Nabil Bonduki (PT) e Roberto Tripoli (PV).

O caso foi encaminhado à Corregedoria da Câmara para apuração e providências (em tese, pode culminar até num processo de cassação do vereador tucano). Porém, numa primeira manifestação sobre o caso, em plenário, a corregedora - vereadora Sandra Tadeu (DEM) - se dizia indignada com o "vazamento da conversa para a imprensa", e não propriamente com o ato que pode ensejar falta de decoro.

O fato é que o termo "vagabundo" e as referências pouco elogiosas à conduta de vereadores na CPI da Sabesp ocorreram em plenário, mas fora da sessão. Houve, recentemente, caso ainda mais grave, ocorrido durante reunião de comissões e testemunhado por jornalistas e pelo público na galeria, que não teve maiores consequências. Leia: "Vai tomar no cu", "vai se foder", "seu cuzão"... Baixaria? Nada disso, só um dia "normal" na Câmara.

Regularmente a Câmara de São Paulo se vê envolvida em polêmicas e denúncias. Já houve casos de vereadores cassados e até presos. Nas pesquisas de avaliação da imagem das instituições do poder público, o Legislativo paulistano normalmente aparece na última colocação.

Transparência na Câmara Municipal


O jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria interessante sobre a (falta de) transparência dos contratos na Câmara Municipal de São Paulo.

Num contexto, inclusive, em que muda a própria empresa (fundação?) contratada para cuidar de toda a comunicação da Casa (do site à TV Câmara), pela bagatela de R$ 19,7 milhões por um ano!

Os vencedores da licitação são os mesmos que já operam na Câmara de Osasco e na Câmara de Guarulhos, domínios do PT na Grande São Paulo.

Então, é bom ficar de olho...

Leia outras publicações sobre a Câmara de São Paulo:

Vereadores da base batem cabeça e expõem incompetência de Haddad

Câmara de São Paulo aprova CPI da Sabesp

Câmara sitiada pelo MTST: é a farra da gestão petista

Irresponsabilidade de Haddad gera tumulto na Câmara

Como era previsível, PT aprova CPI "chapa-branca"

CPI do Transporte e a "volta dos que não foram"

Câmara quer blindar vereadores de protestos

Sobre ética e transparência na Câmara

Câmara paulistana segue como "mundo à parte"

Causos da Câmara Municipal de Saramandaia

Câmara de São Paulo inicia trabalhos após acordos

Câmara aprova Dia do Orgulho Hetero; PPS é contra

Câmara publica "repreensão" contra Blog do PPS

Denúncias são "terrorismo eleitoral" de quem, cara-pálida, se ataques partem dos peles-vermelhas do PT?


Qual é a reação do PT à nova série de denúncias contra os corruPTos do (des)governo de Dilma Roussef? Acusar a oposição de "terrorismo eleitoral", tirar a revista Veja das bancas, à revelia da Justiça, e depredar o prédio da Editora Abril.

A horda de bárbaros petistas se julga acima da lei e da ordem, insuflada pelo comando partidário (com seus dirigentes que atuam hoje dentro e fora dos presídios, alguns condenados no Mensalão e outros que cairão no escândalo da Petrobras) e pendurada num Estado aparelhado, com inegável ranço totalitário disfarçado no populismo de Lula e na maquiagem bilionária de João Santana.

O PT passou de todos os limites. Adotou a mentira, o ódio e o terror como modus operandi da manutenção do poder. Transferiu o quebra-quebra do sentido figurado (quebrando empresas estatais e saqueando os cofres públicos) para o literal, partindo agora da agressão verbal para a violência física.

As provas de crimes eleitorais praticados pelo PT aparecem a cada momento, seja com campanha irregular em locais públicos, uso criminoso dos Correios, material aprócrifo distribuído contra os adversários, envio de mensagens abusivas e mentirosas por telefone, links patrocinados nas redes sociais, cooPTação eleitoral do funcionalismo... Tudo ilegal. Num país sério, resultaria na impugnação da candidatura.



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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Atirou a pedra e vai esconder a mão, vereadora?

Publicação no facebook da vereadora do PT, Juliana Cardoso, contra Aécio
Os ataques, o ódio e o desespero dos PTbulls para não largar o osso já se tornaram a marca histórica desta campanha.

Sem precedentes nas reviravoltas dos números e na reversão de favoritismos e expectativas de vitória, é pelas características mais deploráveis - que nem inéditas são, pois repetem o que já se viu em 1989 contra o próprio PT - que as eleições de 2014 serão eternizadas na memória da política nacional.

No "marinês" que muita gente considera indecifrável, a ex-candidata Marina Silva já dizia com sabedoria que preferia "perder ganhando" a "ganhar perdendo". Hoje isso está muito claro: o PT, que foi vítima dessas mesmas baixarias e jogo sujo há exatos 25 anos, na primeira eleição presidencial direta pós-ditadura, trocou de lado, literalmente, e repete com dose extra de maldade a estratégia da "desconstrução" dos adversários (no 1º turno, Marina; neste 2º turno, Aécio).

Em 1989, Lula e o PT foram vítimas dos ataques de Collor: da denúncia da ex-namorada que teria recebido uma oferta em dinheiro para abortar a filha indesejada à edição manipulada do último debate. Agora inverteram a mão e os ataques partem do PT: "bêbado", "drogado", "racista", "homofóbica", "fundamentalista"... Vale qualquer coisa para rotular e desqualificar o "inimigo".

É curioso e revelador falar sobre essa tese do "inimigo". Todos aqueles que foram solidários a Lula em 1989 são atualmente vítimas desse modus operandi do PT, que se uniu aos adversários da época (Collor, Sarney, Maluf etc.) e reproduz exatamente os métodos sujos contra os antigos aliados. Leia: "Do lado certo, 25 anos depois".

Vereadora Juliana Cardoso e deputado Adriano Diogo, do PT
Alguns atiram a pedra e escondem a mão. É típico dos covardes. Essa arte contra Aécio, reproduzida acima, é um exemplo: foi postada no facebook pela vereadora paulistana Juliana Cardoso, aliada do deputado estadual Adriano Diogo, ambos petistas e com atuação voltada aos "direitos humanos". Cobramos publicamente uma explicação por atitude tão rasteira. Não veio. Apagaram a postagem, mas nada foi justificado.

Outros seguem fazendo coisa igual ou pior. É só acompanhar nas redes, dos militantes anônimos aos veículos cooPTados, dos milicianos treinados aos shownarlistas de plantão. Onde vamos parar? Se neste domingo Dilma vencer, será o resultado típico de quem pode "ganhar perdendo".

Uma coisa é certa: de qualquer jeito, nessa eleição de 2014 já deu PT (perda total).

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