Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP) |
É verdade que apresentamos um Programa de Governo e uma candidatura alternativa à polarização PT x PSDB no 1º turno, por entender que poderíamos avançar em vários aspectos gerais e pontuais no país. Porém, por uma série de fatores que não cabe avaliar agora, o eleitorado brasileiro, que em sua maioria apontou para o desejo de mudança, optou pela candidatura tucana para enfrentar o (des)governo petista.
Isso posto, democraticamente, não temos outra escolha a não ser entregar a presidência outra vez a Dilma Roussef, prolongando a atuação do PT a indesejáveis e nocivos 16 anos no poder, ou promover a salutar alternância no comando do país, ajudando a eleger Aécio e devolvendo os petistas à oposição.
Pontuamos o nosso apoio a compromissos como a defesa intransigente da democracia e dos valores republicanos, o desenvolvimento sustentável, a inclusão social, a reforma política e a retomada do crescimento. Outros temas como a proposta do PSDB para a redução da maioridade penal para crimes hediondos, por exemplo, nem dependem exclusivamente da vontade do presidente, mas de uma deliberação do Congresso Nacional.
Portanto, entendemos que a nossa prioridade, neste momento, é buscar a unidade das oposições e apoiar Aécio sem tergiversar, para derrotar o PT e resgatar o Brasil para os brasileiros. No futuro governo, com respaldo político e social, avançaremos no debate de como aprofundar as conquistas e garantir as reformas necessárias para melhorar o pais.
Carlos Fernandes, ex-subprefeito da Lapa (2010/2011), é presidente municipal do PPS/SP e representante do partido na coligação de Marina e Beto.
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