sábado, 30 de novembro de 2013

Bolsa Família: a fórmula do sucesso eleitoral do PT

Uma notícia publicada sem maior destaque neste fim-de-semana deveria ser a manchete principal de todos os jornais: "Famílias mais pobres estão mais dependentes de programas sociais"

Segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais, publicado pelo IBGE, as famílias brasileiras estão cada vez mais dependentes dos programas de transferência de renda.

Entre 2002 e 2012, a fatia de "outras fontes de rendimento" (entre elas, benefícios de programas como o Bolsa Família) na renda per capita familiar cresceu de 14,3% para 36,3% no grupo de renda mais baixa (até um quarto de salário mínimo por membro da família).

Para famílias com ganho entre um quarto de salário e meio salário por pessoa, o peso das "outras fontes" subiu de 6,5% para 12,9% no período

Além disso, nas famílias mais pobres, o peso da renda do trabalho caiu de 78,5% do rendimento total para 58,5%.

Segundo o IBGE, os programas de transferência de renda são a principal forma de sustento de 21,5% de famílias na região Nordeste em 2012; no Maranhão (24,5%) está o maior percentual do país.

Esse fenômeno (ou seria uma fórmula de sucesso eleitoral?) se dá em paralelo ao incremento do Bolsa-Família: o número de famílias incluídas no programa passou de 6,6 milhões em 2004 para 13,9 milhões em 2012.

Decifrando os números: o PT aposta eleitoralmente na perpetuação desses programas assistenciais sem porta de saída, ou seja, quanto mais famílias dependerem eternamente do Bolsa-Família e acreditarem  na falácia petista de que é importante reeleger Dilma para manter esses benefícios, melhor para o PT.

Daí a acusação constante de que a oposição acabaria com o Bolsa Família, e o acirramento do discurso preferido pelo PT (pobres x ricos). Simplesmente não interessa ao governo oferecer condições para que essas famílias saiam do colo do Estado paternalista. Melhor que dar emprego e educação, é manter essas famílias dependentes de "pai" Lula e "mãe" Dilma.

Trata-se da maior prova do desespero e da desonestidade de quem não quer desgrudar do poder. Triste para o país. Mas o PT não ficou só nisso. Na campanha de 2014 tem mentirinha nova para o marketing petista explorar: além do Bolsa Família, o programa Mais Médicos.

Resolveu o problema de saúde? Melhorou o SUS? Diminuiu as filas? Aumentou a infra-estrutura? Qualificou os profissionais? Não, nada disso. Assim como não melhorou a vida das famílias que sobrevivem da esmola governamental. Mas é o padrão de resposta esperado do PT: caça-votos.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"Padrão Fifa": Tragédias não ocorrem por acaso


Onde estava o prefeito Fernando Haddad quando dois operários morreram ontem nessa obra acelerada do Corinthians, em ritmo frenético para cumprir o "padrão Fifa" e, após uma série de privilégios e incentivos estatais, poder abrir a Copa do Mundo de 2014? Estava em Paris, assistindo a cidade de São Paulo ser desqualificada e perder para Dubai a escolha para a sede da Expo 2020.

Não se trata de azar do prefeito. É incompetência administrativa, mesmo. Não que a tragédia fosse anunciada, mas essas mortes não ocorrem por acaso. São previsíveis e são recorrentes nas obras da Copa. Pior, outras mortes já ocorreram na cidade de São Paulo, como os 10 operários mortos em São Mateus, for falha na fiscalização - essa mesma jogada na lama da corrupção por sucessivas administrações.

O prefeito estar ausente também não chega a ser uma novidade. Já fugiu num helicóptero da PM, em junho, no dia em que manifestantes cercaram a Prefeitura. Já foi passar férias na Itália apenas nove meses após sua posse, depois de deixar programada na Câmara a bomba-relógio do aumento abusivo do IPTU. E nunca aparece para dar satisfação dos problemas da metrópole, a não ser com discursos ensaiados e preparados pelos marqueteiros de plantão.

Agora as "autoridades" (o prefeito Haddad, a presidente Dilma, a empreiteira Odebrecht, os velhinhos mercenários da Fifa) se dizem "chocadas" e surgem para "lamentar a tragédia". Como se não fossem todos elos de uma mesma corrente de abusos e absurdos cometidos no país, por ação irresponsável ou omissão criminosa dos nossos governos.

Conclusão: a tragédia que leva a essas mortes tem causa eleitoral. A cidade elegeu um prefeito medíocre. O país está há 11 anos nas mãos dos (des)governos do PT. O povo foi para a rua pedir "padrão Fifa" também nos hospitais, nas escolas, nos transportes, e não apenas nos estádios. Mas os atuais inquilinos do poder se julgam acima do bem e do mal. Agora não adianta lamentar. Devemos cobrar providências. Precisamos fiscalizar o poder público. Temos que votar melhor.

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Respostas:

1) O primeiro erro foi do eleitor, em 2012: acreditou no marketing petista que apresentou Fernando Haddad como o "novo" que São Paulo precisava. O PT conseguiu convencer a maioria que ele era melhor que Serra, Russomanno, Chalita, Soninha e Giannazi. Deu no que deu.

2) Aumento abusivo do IPTU: além de exigir que a sua base aprovasse o aumento na "calada da noite", Haddad desrespeitou a população (89% dos moradores são contra o aumento) e entidades organizadas da sociedade. Todo mundo vai pagar caro pelo erro (proprietários de imóveis, inquilinos e consumidores, com o repasse da alta do tributo no preço de produtos e serviços, e reflexo na inflação).

3) Máfia dos Fiscais: se não bastasse o esquema permanecer atuante na Prefeitura em sucessivas administrações, Haddad ignora quando seus auxiliares diretos são citados? Pior, afasta a funcionária que levanta a suspeita, em vez de apurar a denúncia? Por que? E ainda quer vender a imagem de "xerife" no combate heróico à corrupção? Não cola!

4) Faixas de ônibus: em vez de melhorar a qualidade do transporte público e investir em alternativas para a mobilidade urbana, Haddad sai desembestado pintando faixas brancas no asfalto e cortando linhas de ônibus sem nenhum planejamento. Conclusão: cria um caos no trânsito que já era insuportável, punindo ainda mais usuários do transporte individual e coletivo. E ainda expõe uma contradição gritante: o governo federal do PT sempre incentivou a compra do automóvel particular, como símbolo do progresso do país e status pessoal da classe que saía da linha da pobreza. E agora?

5) Férias na Itália: em meio aos graves problemas do cotidiano, com semáforos pifados, faixas de ônibus paralisando a cidade, manifestações diárias nas ruas e o aumento do IPTU enviado à Câmara para ser aprovado no atropelo, Haddad resolveu tirar férias na Itália com a mulher, após 9 meses de "trabalho"! Oi?

6) Tarifa de ônibus: foi a primeira grande lambança do prefeito Haddad. No começo do ano, adiou o reajuste da tarifa para ajudar Dilma a disfarçar a inflação. Empurrou o problema e o aumento para o meio do ano, quando a população reagiu contra os 20 centavos. Anunciou que ia manter o reajuste. Recuou. Demonstrou fraqueza e despreparo, características que se tornaram praxe da administração.

7) O último erro é da Câmara Municipal de São Paulo: como é que pode, diante de todos esses erros (e outros), o governo ter maioria absoluta no Legislativo? Será que os vereadores não enxergam que essa é uma administração caótica e sem planejamento, com ações desastradas como o aumento abusivo do IPTU, a conturbada suspensão da inspeção veicular e escândalos de corrupção, entre outros desmandos e confusões?

Mas certamente a população já percebeu esse jogo de erros e a partir da eleição de 2014 vai começar a correção!

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ao Haddad com ca(r)rinho, direto do trânsito de SP

Seria infração de trânsito postar no twitter e no facebook enquanto dirigimos SE o carro não tivesse virado um bem imóvel na cidade. 

Mas daqui a pouco vão começar a cobrar o IPTU em vez do IPVA para os motoristas de São Paulo!

Esta é a cidade do gênio Haddad: inteirinha congestionada! 

Flagramos pessoas a caminho do hospital que precisaram recorrer a batedores da PM #caos

Efeito de um governo que estimula há 11 anos a compra do automóvel como símbolo de status e não planeja soluções coletivas #PT #Brasil #fail 

A cena é real: um carro com pessoas a caminho do hospital precisou chamar a polícia para sair do meio do congestionamento caótico! #infernoSP

Ambulância tentando abrir passagem: além da sirene, na janela traseira uma mão com luva branca, possivelmente do paramédico, acena desesperadamente e em vão para os outros motoristas. Mas não há para onde desviar.

Incríveis as cenas do caos paulistano: trânsito completamente congestionado, pessoas passando mal. Parece filme de produção barata, mas é a realidade diária de São Paulo!



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Receita petista para a fabricação de um mártir

Parece que o apelo marqueteiro do braço erguido com o punho cerrado não foi forte o suficiente para sensibilizar a opinião pública além do mundinho já cooPTado, aquela centena de militantes remunerados e apaniguados. Quem já tem uma boquinha no governo ou quem ainda almeja chegar lá.

O gesto planejado de José DirceuJosé Genoíno não passou nem perto de virar um novo ícone para a "esquerda" (oi?) que governa o país há 11 anos. Ao contrário, serviu mais como matéria prima de piadas e montagens divertidas na internet.

Se bem que o fato real, por si só, foi suficientemente ridículo para causar a chamada "vergonha alheia".

O que se vê desde então, infelizmente, é uma ação orquestrada de gente ligada ao PT querendo convencer o resto do mundo não-petista exatamente do contrário: que existe uma orquestração, uma armação da "direita golpista" contra coitadinhos inocentes que foram condenados injustamente por um tribunal de exceção simplesmente por serem esquerdistas históricos.

Portanto, não surpreenderá se, além do gesto do braço erguido, das palavras de ordem nas redes e de ataques sórdidos contra a imprensa, a justiça e cidadãos independentes, passando pelo manifesto de juristas e "intelectuais" indignados ou até pela encenação de um "princípio de infarto", subirem mais alguns tons acima do limite da sensatez e da dignidade na tentativa de fabricar um novo mártir para o PT.

Mártir, para não restar dúvida, é: "Aquele que preferiu morrer a renunciar à sua fé, à sua crença. Aquele que sofre muito. Uma pessoa que se sacrifica por uma causa ou pelos companheiros de luta."

E a imprensa chapa-branca relata, em tom de dramalhão: "Jamais deixarei a luta política", revela José Genoino. Quase um mártir. Seja fotografado com uniforme de presidiário, seja prostrado num leito de hospital.

Alguma dúvida que tentam fazer de José Dirceu e, principalmente, de José Genoíno mártires do PT?

Haveria melhor antídoto no marketing político, às vésperas das eleições de 2014, para a manipulação da opinião pública diante da imagem dos figurões petistas, ex-símbolos da resistência democrática, presos por corrupção, do que a sua vitimização máxima contra as injustiças do sistema? 

Ora, ora... É curioso ver essa milícia virtual do PT vociferando contra as elites, a direita e os poderosos, sem entender (ou fingindo não enxergar) que estão todos juntos no seu governo: Lula, Dilma, Sarney, Collor, Maluf, Kassab, Renan, Edir Macedo... e ruralistas, e banqueiros, e grandes empresários, e políticos fisiológicos, e mensaleiros e corruPTos de toda espécie.  

Para as línguas de aluguel dessa legião mercenária, o PT é "vítima" de um sistema que este mesmo partido controla há 11 anos. Mas como isso seria possível? Que esquizofrenia é essa que explica "presos políticos" pelo seu próprio governo democrático? Risível.

Aí vem o assessor especial da presidente Dilma Roussef, o Sr. Top Top Marco Aurélio Garcia, dizer que o PT é "prisioneiro do sistema eleitoral que favorece a corrupção", em seu documento pré-congressual. Será?

Ou o presidente do PT, deputado Rui Falcão, que vem debochar da sociedade: "Na eleição de 2014, teremos Lula livre, leve e solto". Deve ser porque as condenações do mensalão não chegaram até o seu chefe maior.

A arma do PT é tentar nivelar por baixo a política e todos os políticos. Enlamear um por um, em cada partido, numa metralhadora giratória de denúncias e desconfianças, para tentar sobreviver no caos com a máquina que controla. É a tática da propaganda nazista. E ressurgem até os "aloprados" de outras eleições.

O que mudou de 2010 para 2014? Antes os aloprados do PT estavam na periferia do poder. Agora eles são o núcleo do governo Dilma. Socorro!!! 

Com Mercadante articulador e estrategista, Zé Eduardo operador na Justiça e Haddad de xerife atirando no próprio pé, o PT vai de mal a pior!

Mas o que se lê na mídia e nas redes é uma infestação de nomes vinculados de uma forma ou de outra ao PT tentando fazer valer essa tese do golpe e da injustiça, ou da geléia geral da corrupção sistêmica, como principais ingredientes para a receita da fabricação de um mártir.

Por exemplo: André SingerLuis Nassif, Paulo Moreira Leite, Ricardo Kotscho, Paulo Henrique Amorim, Emir Sader, José de AbreuLeonardo Boff e publicações como Brasil 247ConversaAfiadaCarta MaiorJornal GGN, Retrato do Brasil, Blog do Rovai, Blog do Miro, Diário do Centro do Mundo, Maria Fro, VIOMUNDO, Socialista Morena, Revista FórumCarta Capital, entre outras do mesmo naipe, a maioria com patrocínio estatal.

Onde o PT quer chegar atacando e desqualificando pessoalmente o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, instituições democráticas e republicanas ou órgãos como a Procuradoria Geral e o Ministério Público?

Ao lermos a notícia que "Atual sistema político 'favorece a corrupção', avalia PT", temos na hora o impulso de corrigir para "PT ´favorece a corrupção´ no atual sistema político, avaliam todos".

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PPS de São Paulo aprova apoio a Eduardo Campos

O PPS de São Paulo realizou o seu Congresso Estadual neste domingo, 24 de novembro, onde reelegeu a direção regional do partido, sob a presidência do deputado e secretário de Gestão Pública do Estado Davi Zaia, e reiterou o apoio à candidatura de Eduardo Campos (PSB) a presidente da República, na composição com a #Rede de Marina Silva.

Foi apresentado ainda o balanço das ações partidárias destes últimos anos, debatidas as estratégias para as eleições de 2014 e aprovado este encaminhamento político para o Congresso Nacional a ser realizado também em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Conheça o Documento Político do Congresso Estadual do PPS/SP.

Participaram do Congresso do PPS diversos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do interior paulista, além do presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freire, seu colega de Câmara, deputado Arnaldo Jardim, e os deputados estaduais Alex Manente e Roberto Morais.

Também fizeram relevantes pronunciamentos o presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, e a ex-vereadora Soninha Francine, por duas vezes candidata do partido à Prefeitura de São Paulo, além de representantes das coordenações da juventude, das mulheres e sindical.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado, deputado federal licenciado Julio Semeghini (PSDB), representou o governador Geraldo Alckmin.

Como complemento à boa análise do contexto político, social e econômico traçado no documento-base do 18º Congresso Nacional do PPS, com o tema "Uma Nova Agenda para o Brasil: Nova Política, Nova Economia, Novo Governo", o Diretório Estadual de São Paulo afirma que é necessário assumir sem receio o compromisso de ter como bandeiras a equidade, a justiça social e a sustentabilidade e ser verdadeiramente o partido das liberdades, da diversidade, do estado democrático de direito e da participação direta dos cidadãos na política.

O momento é bastante complexo, de deterioração da política, de total descrédito dos partidos e de abalo das utopias de esquerda com o fiasco do PT nos governos de Lula e Dilma, que vem cometendo atentados sucessivos aos princípios democráticos e aos valores republicanos, tem seus principais líderes envolvidos em esquemas de corrupção e atua cotidianamente para o aparelhamento do Estado e a perpetuação no poder a qualquer custo. É chegada a hora de o PPS reafirmar-se e reposicionar-se na sociedade.

O nosso papel oposicionista já é bastante conhecido, mas agora precisamos ir além: as ruas, as redes e as urnas demandam um novo perfil para uma política diferenciada, mais plural, moderna, transparente, ética, democrática e republicana. 

Que, com esse espírito, o PPS também se renove e se reinvente na consolidação desta “nova agenda para o Brasil”.


Leia mais:


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Documento Político do Congresso do PPS/SP

Em resposta à convocação do nosso 18º Congresso Nacional, o PPS de São Paulo vem se manifestar sobre o tema “Uma Nova Agenda para o Brasil: Nova Política, Nova Economia, Novo Governo”, em complemento ao documento pré-congressual divulgado pela Direção Nacional, especialmente no que diz respeito à realidade da política paulista e paulistana, que interfere e gera consequências nos rumos do país.
Durante o Congresso Estadual deste domingo, 24 de novembro, serão renovados o Diretório e a Executiva do PPS em São Paulo, apresentado o balanço das ações partidárias destes últimos anos, projetadas as estratégias para as eleições de 2014 e debatido o posicionamento político para o Congresso Nacional a ser realizado também em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro.
É importante para o PPS reafirmar-se programática e ideologicamente como um partido democrático de esquerda, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos com a busca de novos caminhos para o desenvolvimento justo e sustentável, no âmbito econômico, político e social do Brasil.
Com esta ação proativa para a consolidação de um novo bloco partidário em 2014 e o início da construção de uma nova formatação política para inaugurar e protagonizar um esperado e necessário período “pós-PT”, concluímos mais um ciclo desta direção coletiva implantada de forma acertada, que vem constantemente se renovando, incorporando novas forças e consolidando o crescimento quantitativo e qualitativo do partido em centenas de cidades paulistas.
O momento é bastante complexo, de deterioração da política, de total descrédito dos partidos e de abalo das utopias de esquerda com o fiasco do PT nos governos de Lula e Dilma, que vem cometendo atentados sucessivos aos princípios democráticos e aos valores republicanos, tem seus principais líderes envolvidos em esquemas de corrupção e atua cotidianamente para o aparelhamento do Estado e a perpetuação no poder a qualquer custo. É chegada a hora de o PPS reafirmar-se e reposicionar-se na sociedade.
Devemos assumir sem receio o compromisso de ter como bandeiras a equidade, a justiça social e a sustentabilidade e ser verdadeiramente o partido das liberdades, da diversidade, do estado democrático de direito e da participação direta dos cidadãos na política.
O nosso papel oposicionista já é bastante conhecido, mas agora precisamos ir além: as ruas, as redes e as urnas demandam um novo perfil para uma política diferenciada, mais plural, moderna, transparente, ética, democrática e republicana. Que, com esse espírito, o PPS também se renove e se reinvente na consolidação desta “nova agenda para o Brasil”.
Balanço eleitoral
Nas eleições municipais de 2012, o PPS elegeu no Estado de São Paulo 27 prefeitos e 420 vereadores, incluindo dois na Capital. Em 2010, fizemos uma bancada de 4 deputados estaduais, com chapa própria, e 3 deputados federais, em coligação com o PSDB.
Para 2014, a prioridade absoluta do partido em todo o Brasil é a eleição de deputados federais, para reafirmar a nossa política, a nossa história e a nossa identidade, garantindo a qualidade, a visibilidade e a representatividade do PPS na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional.
Da bancada federal de São Paulo, é tarefa coletiva prioritária reeleger os deputados Roberto Freire e Arnaldo Jardim, e pelo menos dobrar a nossa representação na Câmara. Nesse sentido, saudamos a disposição de se lançarem candidatos, entre outros, o deputado estadual e líder do PPS na Assembleia Legislativa, Alex Manente, e a ex-vereadora e duas vezes candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine. Para reforçar a nossa bancada, será fundamental construirmos a melhor coligação proporcional possível em conjunto com os partidos aliados.
Sobre a atual aliança eleitoral e programática com o PSDB paulista, cabe ressaltar que, muito além de representar a participação do PPS no Governo de Geraldo Alckmin e possibilitar conquistas para a população dos 645 municípios, há uma importante função estratégica neste que é o único e último polo de resistência à ânsia devastadora da máquina petista para o aparelhamento político-partidário do Estado, com seus efeitos deletérios e características antidemocráticas e antirrepublicanas, como demonstrado à frente do governo federal, nas administrações de Lula e Dilma Roussef, e municipal, na Prefeitura de São Paulo, sob as gestões de Fernando Haddad e Marta Suplicy.
O PPS integra e participa dos governos estaduais do PSDB em São Paulo desde 1994, com a primeira eleição do governador Mário Covas (e posteriormente com a sua reeleição em 1998), passando pela efetivação do até então vice-governador Geraldo Alckmin em 2001 (reeleito em 2002), a eleição de José Serra em 2006 e o retorno de Alckmin em 2010.
Ainda que pareça, esse histórico de parcerias não significa um alinhamento automático e acrítico do PPS com o PSDB. Ao contrário. Criticamos a acomodação, o desgaste natural e o surgimento de vícios políticos e administrativos inerentes à perpetuação no poder. Cobramos mais eficiência, dinamismo e agilidade no enfrentamento de problemas crônicos após duas décadas de sucessivas vitórias eleitorais, que podem mascarar demandas estruturais ou carências em áreas específicas, como a Segurança Pública, para citar um único exemplo.
Por isso, para uma eventual reeleição do governador Geraldo Alckmin, trabalharemos desde já por uma coligação que, além dos partidos que tradicionalmente já apoiariam o PSDB, reproduza e priorize também a eventual aliança que o PPS sinaliza nacionalmente com o PSB de Eduardo Campos e a #Rede de Marina Silva.
Que, concretizado, esse apoio simbolize, além do objetivo eleitoral imediato, um novo perfil para o Governo de São Paulo, mais plural, moderno, transparente e democrático. Que possa reproduzir a integração de novas forças da sociedade civil e efetivamente de uma “nova política”, como o PPS vem fazendo e teve sucesso com a eleição do vereador Ricardo Young, um dos mais destacados e qualificados parlamentares da Câmara paulistana.
O PPS também busca a sua afirmação como alternativa viável de poder nos municípios, nos estados e no país, estimulando e mobilizando a sua militância, reposicionando as suas lideranças no cenário político local e nacional, e possibilitando a construção de chapas competitivas e representativas.
A nossa atuação recente, tanto no Executivo quanto no Legislativo, seja  na situação ou na oposição, já vem propiciando a reintrodução do PPS como protagonista no debate político, resgatando princípios e ideais que anteciparam esta denominada "nova política", posteriormente reivindicada pelos movimentos nas redes e nas ruas, para construir um programa alternativo ao dos outros partidos e verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistas e brasileiros, reaproximando o PPS das demandas populares e sociais.
Identidade oposicionista, identidade partidária
Desde o último documento de São Paulo para o Congresso Nacional do partido em 2011, afirmamos que o PPS e as demais forças de esquerda, democráticas e progressistas, de oposição ao atual sistema de poder implantado pelo chamado "lulopetismo", estamos carentes de um programa objetivo e construtivo para sair da perplexidade e da passividade.
Precisamos criar uma via alternativa para governar o Brasil, fortalecer a democracia, desenvolver o poder local e distribuir melhor a riqueza nacional, entre outros avanços de caráter social, econômico e cultural que contemplem a cidadania.
O PPS defende mudanças estruturais profundas: reforma do Estado, reforma tributária, reforma política, reforma do Judiciário. A intenção do PPS paulista é oferecer essa contribuição ao debate nas ruas e nas redes com cidadãos interessados, movimentos, instituições, outras siglas partidárias, entidades e associações para chegar à formulação de um projeto transformador, capaz de colocar o Brasil na rota de um desenvolvimento sustentável e gerador de riquezas para melhor distribuir, com justiça, a renda nacional.
Esse novo movimento, juntamente com o passo firme na direção de uma nova formatação partidária, precisa não apenas demonstrar para a sociedade brasileira que é de oposição consciente ao atual governo federal e ao sistema de poder por ele montado, mas também – e principalmente – que é portador de um projeto de mudanças e de desenvolvimento do país que sirva de base para construção da nova sociedade que todos almejamos.
Sem essa iniciativa na construção de uma formação partidária mais ampla e na formulação de um programa objetivo de mudanças, não conseguiremos interromper o declínio que o nosso partido - e os demais partidos ideológicos - vem experimentando, claramente demonstrado nas seguidas quedas de votação e redução da nossa influência no processo político.
O PPS conseguiu sucesso em afirmar a sua identidade nacional oposicionista junto ao eleitorado. Nesse ponto, o eleitor sabe, com clareza, onde estamos e a quem criticamos. Não tem a mesma clareza sobre o que propomos. Ou seja, não tivemos o mesmo sucesso na afirmação de nossa identidade programática, política e partidária.
Qual a nossa diferença em relação aos demais partidos oposicionistas? Os eleitores ignoram. Hoje o eleitor descontente vota no PPS muito mais em razão do mérito pessoal dos candidatos que da afirmação clara de uma proposta partidária diferenciada.
Esta é a grande questão do Congresso, que precisaremos enfrentar. Para isso teremos que debater temas como a atualidade e o significado da oposição entre esquerda e direita, a velha e a nova política, o fracasso histórico dos modelos formados na esquerda, o fim do revolucionarismo e a insuficiência do estado de bem-estar social num mundo globalizado, que assiste à retração do trabalho assalariado tradicional.
A procura da equidade e da justiça social por meio da política continua a ser a questão central da esquerda, que dela se desviou na ilusão dos atalhos autoritários. Os objetivos da esquerda continuam radicais e, nesse sentido, revolucionários. Mas o caminho da mudança passa necessariamente pela construção de acordos progressivos, no espaço da institucionalidade democrática. Mudança sem democracia, sem deixar aberta a porta da correção de rumo, não é sustentável.
Nova política, novo partido
Há uma crise da representação política em todos os países democráticos, provocada pela revolução havida na informação. O cidadão não precisa hoje de intermediários para levar suas demandas aos representantes eleitos.
Com isso, a política deixa de ser monopólio dos partidos, embora as eleições no Brasil ainda o sejam. O resultado é a queda no número de filiados de todos os grandes partidos do Ocidente. Há uma crise de representação adicional no Brasil, devido à nossa legislação eleitoral, que se traduz em partidos frágeis, mandatos personalizados, submissão do Legislativo, eleições caras e descrédito popular. Esse modelo funciona à base de práticas de financiamento já inaceitáveis para a opinião pública e tornou-se uma fábrica de crises.
Os partidos brasileiros, inclusive o PPS, sofrem as conseqüências combinadas destas duas crises. Para enfrentar a primeira crise, é preciso discutir seu caráter. Não subestimemos o potencial de mudança, revolucionário, que as novas tecnologias da informação, em especial a internet, atualizam todos os dias. A questão está no seu significado.
Em termos de participação política, a comunicação em rede torna possível a mobilização instantânea, sempre que a agenda formulada na rede encontre eco na motivação dos manifestantes.
As já históricas manifestações de junho de 2013, no Brasil, são o exemplo mais recente, de maior repercussão. A comunicação na rede não substituiu, nesse e em outros casos, a participação física do cidadão, sua presença na rua, o compromisso com a mudança.  
Entendemos que o mesmo se dá com a representação política. O significado da crise de representação não é a demanda por seu fim, pela participação pura, em condições tecnológicas que garantiriam sua viabilidade, e sim a demanda de outra representação, de qualidade maior.
Se o argumento está correto, o papel dos partidos e sua organização interna mudam por completo. Partidos não são mais os delegados de classes e segmentos sociais, para os quais formulam, decidem e implementam políticas. Partidos são definidos por diretrizes gerais e formulam políticas específicas na interlocução com movimentos interessados em cada assunto. Partidos formulam em conjunto e transportam para o mundo da representação, da produção das leis, a política assim elaborada. Nesse processo, a rede é fundamental.
Nessa lógica, que defendemos, o PPS precisa atuar em duas frentes. A primeira é renovar o partido “para dentro”, a organização partidária tradicional, definida em lei e por ela mantida, o partido composto, em sua grande maioria, por militantes interessados de uma ou outra forma na disputa eleitoral. Isso significa aumentar a transparência, aperfeiçoar o processo de prestação de contas das direções, generalizar a prática da direção coletiva.
A segunda é construir o partido “para fora”, o espaço de interlocução com políticos, outros partidos, movimentos, instituições, comunidades na rede, indivíduos. Sem esse partido para fora não há formulação de propostas de políticas publicas, não há capacidade de mobilização, sequer há sucesso eleitoral, pois está mais do que claro que militância hoje não é suficiente para vencer eleições. Eleições são decididas pela confiança do cidadão, ou pelo recurso a meios escusos.
A idéia de partido “para fora” estava no cerne da proposta, nunca realizada, de nova formatação política desde a origem do PPS, em 1992, e foi renovada com o conceito inovador da #REDE23, que inspirou a construção coletiva do Movimento por uma Nova Política, do qual participamos desde a origem, e consequentemente a nova sigla partidária surgida dali: a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, barrada no TSE por entraves burocráticos.
Em resumo, todos defendemos que, na democracia contemporânea, os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, grupos na internet e até com personalidades influentes nos temas que trabalham. 

O partido não pode manter mais a posição de vanguarda da época da circulação restrita de informação e deve assumir a postura de interlocutor dos movimentos, co-formulador de suas reivindicações, à luz de suas diretrizes mais gerais, e seu tradutor na linguagem das leis e das políticas públicas.


Devemos sair da "zona de conforto" e avançar, dialogar, agregar esforços, idéias e pessoas neste movimento transformador. Vamos construir esta nova agenda para o país, com uma nova política, uma nova economia e um novo governo. Vamos construir um novo Brasil!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PPS/SP realiza Congresso Estadual neste domingo


O PPS de São Paulo vai realizar o seu Congresso partidário neste domingo, 24 de novembro, para renovar o Diretório e a Executiva Estadual, apresentar o balanço das ações partidárias destes últimos anos, projetar as estratégias para as eleições de 2014 e debater o posicionamento político para o Congresso Nacional a ser realizado também em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro. 

Conheça o Documento Político do Congresso do PPS/SP.

O momento é bastante complexo, de deterioração da política, de total descrédito dos partidos e de abalo das utopias de esquerda com o fiasco do PT nos governos de Lula e Dilma, que vem cometendo atentados sucessivos aos princípios democráticos e aos valores republicanos, tem seus principais líderes envolvidos em esquemas de corrupção e atua cotidianamente para o aparelhamento do Estado e a perpetuação no poder a qualquer custo. É chegada a hora de o PPS reafirmar-se e reposicionar-se na sociedade.

Às vésperas do 18º Congresso Nacional do PPS, que será realizado em São Paulo nos dias 6, 7 e 8 de dezembro com o tema "Uma Nova Agenda para o Brasil: Nova Política, Nova Economia, Novo Governo", além da boa análise do contexto político, social e econômico já traçado no documento-base, devemos assumir sem receio o compromisso de ter como bandeiras a equidade, a justiça social e a sustentabilidade e ser verdadeiramente o partido das liberdades, da diversidade, do estado democrático de direito e da participação direta dos cidadãos na política.

O nosso papel oposicionista já é bastante conhecido, mas agora precisamos ir além: as ruas, as redes e as urnas demandam um novo perfil para uma política diferenciada, mais plural, moderna, transparente, ética, democrática e republicana. Que, com esse espírito, o PPS também se renove e se reinvente na consolidação desta “nova agenda para o Brasil”.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PT, a farsa: dos presos políticos aos políticos presos

Parafraseando Karl Marx, a história original daquele PT oposicionista e ideológico dos anos 80 revelou-se uma tragédia no governo e se repete agora como farsa na hora da execução das prisões do mensalão.

Figuras emblemáticas da luta contra a ditadura terminam a vida tristemente: de presos políticos, quase heróis, se transformam em políticos presos comuns.

Nem os gestos calculados, midiáticos, planejados pelo marketing e saudados pela dúzia de amigos, militantes e milicianos virtuais que restaram para compor a claque, são capazes de distorcer a realidade: eles não são mártires da esquerda e da democracia. São, isto sim, delinquentes e criminosos. Julgados e punidos como merecem, seguindo princípios republicanos.

Verdade seja dita: braço direito (e cérebro) de Lula, o ex-ministro José Dirceu, o deputado e ex-presidente do PT José Genoíno, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares não devem ser os maiores bandidos da política. Mas são, certamente, os que mais frustraram e traíram os ideais e a esperança de quem os seguia confiante neste PT que se provou uma farsa.

A nota oficial do partido contra as condenações é um "descalabro" (para usar a palavra da moda na Prefeitura corruPTa de Haddad), um atentado (mais um) contra a independência e a autonomia dos Três Poderes.

Mas nada que surpreenda vindo do reeleito presidente do PT, deputado Rui Falcão, símbolo deste "novo" PT, que parece satisfeito por ter trocado a política de quadros pela política das grades, o partido de massas pelo partido da mão na massa.

Não é por acaso o baixíssimo quórum registrado nas eleições internas do PT, nem a queda nas pesquisas de avaliação do governo ou a progressão geométrica do descrédito da população na política e nos políticos em geral. O PT trocou antigos formuladores ideológicos por operadores pragmáticos.

Saíram Hélio Bicudo, Plinio de Arruda Sampaio, Luiza Erundina, Marina Silva, Fernando Gabeira, Heloísa Helena, Chico Alencar, Ivan Valente, Cristóvam Buarque, entre outros, enquanto ex-inimigos se tornaram cúmplices e aliados. E a lista aí também é infindável: Collor, Sarney, Maluf, Renan, Jáder, Delfim, Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto e toda a corja fisiológica da coalizão "lulopetista".

Aí, para enfrentar a cegueira política dos que insistem em acusar a justa punição aos mensaleiros como um "golpe da direita", das "elites" ou da "imprensa golpista", se eles não enxergam - por ignorância ou má fé - que essa corja faz parte do seu próprio governo, resta apenas a complacência ou o escracho.

Vamos reproduzir alguns tweets do @23pps:

A TV mostrou tanta gente de bem PRESA injustamente neste feriadão... NO TRÂNSITO! Quanto aos políticos corruPTos, cadeia neles!!! Justiça!!!

"Viva o PT" e "Chupa, Imprensa". Faz sentido alguém gritar isso enquanto José Dirceu e Genoíno posam como mártires? Petistas nunca aprendem!

O punho cerrado dos petistas contrasta com a mão aberta no mensalão. E a capa do Genoíno? Pelo menos é mais prática que a cueca com dólares!

: Sou inocente e fui condenado sem provas, diz José Dirceu ” Já está adaptado: é discurso de cadeieiro!

Lula telefona a condenados e diz estamos juntos ” Juntos, pero no mucho. Deveriam dividir a mesma cela!

Uma imagem vale mais que 1000 palavras link” Ou: Como ignorar a realidade sendo tosco!

: Como faço pra me filiar ao PT?” Passe no presídio mais próximo. Um "preso político" endossará sua ficha.

: Carros deixam casa de José Dirceu em Vinhedo após ordem de prisão ” Próxima caravana do PT é de camburão

: Mensaleiros irão para Brasília no mesmo avião ” Quem pensou besteira por um momento levanta a mão!

: Genoino: "Considero-me preso político" - ” Mas ele é um político preso! Tomara, o 1º de muitos!

E, pra variar, Lula sumiu!” Ele, que nunca sabe de nada, nem deve saber que resta ao PT somente disputar com o PCC o poder na cadeia

"Genoino é o primeiro preso da ditadura do PiG"” Como um "jornalista" como gagAmorim pode ser patrocinado com R$ do Estado?

Barbosa se vinga de Lula e manda prender no feriado link ” Vendido ou só idiota?

O risível e revelador ato falho da vereadora : momento "colorido" das prisões. Verdade! Viva a República!

Não adianta corrigir o ato falho, vereadora . É de verdade um momento COLORIDO por um Brasil mais justo!

: PT: 'execução imediata das penas é casuísmo' ” Casuísmo é se considerar acima da Lei e da Justiça!

: Não confundir Judiciário com Justiça.” Bandido de qualquer espécie tem que ir para a cadeia, queiram ou não os petistas!

Mensaleiros sendo presos e a falando em combate à corrupção no twitter” Vai esperar o que? Vale "fazer o diabo" :-(

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Os 124 anos da República e as ameaças à Democracia

Vamos tratar de princípios democráticos e republicanos neste 15 de Novembro

Enquanto assistimos a deterioração da política, o total descrédito dos partidos e o abalo das utopias de esquerda com o fiasco do PT nos governos de Lula e Dilma, que vem cometendo atentados sucessivos aos princípios democráticos e aos valores republicanos, tem seus principais líderes envolvidos em esquemas de corrupção e atua cotidianamente para o aparelhamento do Estado e a perpetuação no poder a qualquer custo, é chegada a hora de o PPS reafirmar-se e reposicionar-se na sociedade.

Às vésperas do 18º Congresso Nacional do PPS, que será realizado em São Paulo nos dias 6, 7 e 8 de dezembro com o tema "Uma Nova Agenda para o Brasil: Nova Política, Nova Economia, Novo Governo", além da boa análise do contexto político, social e econômico já traçado no documento-base, devemos assumir sem receio o compromisso de ter como bandeiras a equidade, a justiça social e a sustentabilidade e ser verdadeiramente o partido das liberdades, da diversidade, do estado democrático de direito e da participação direta dos cidadãos na política.

O nosso papel oposicionista já é bastante conhecido, mas agora precisamos ir além: as ruas, as redes e as urnas demandam um novo perfil para uma política diferenciada, mais plural, moderna, transparente, ética, democrática e republicana. Que, com esse espírito, o PPS também se renove e se reinvente na consolidação desta “nova agenda para o Brasil”.

O PPS busca a sua afirmação como alternativa viável de poder nos municípios, nos estados e no país, estimulando e mobilizando a sua militância, reposicionando as suas lideranças no cenário político local e nacional, e possibilitando a construção de chapas competitivas e representativas.

A nossa atuação recente, tanto no Executivo quanto no Legislativo, seja  na situação ou na oposição, já vem propiciando a reintrodução do PPS como protagonista no debate político, resgatando princípios e ideais que anteciparam a chamada "nova política", posteriormente reivindicada pelos movimentos nas redes e nas ruas, para construir um programa alternativo ao dos outros partidos e verdadeiramente identificada com os cidadãos paulistas e brasileiros, reaproximando o PPS das demandas populares e sociais.

Um partido para a juventude e para a classe média

(Ou um partido para os inconformados, os indignados, os idealistas, os excluídos... e até para quem não quer ouvir falar de partido nenhum!)

Enquanto se observa a criação mercantil e descompromissada de novos partidos no Brasil e as atuais legendas se sobrepõem numa sopa de letrinhas rala, insossa e indigesta, sem nenhuma "sustança" ideológica, é chegada a hora de "refundar" o PPS como um partido para a juventude e para a classe média, erroneamente identificada como vilã pelos "intelectuais" rancorosos, desorientados, esquizofrênicos e com DNA golpista da máquina governista do PT.

Sabe-se que o Partido Popular Socialista (PPS), herdeiro legítimo do velho Partidão, tem um lastro histórico  de lutas pela democracia, pela cidadania plena e por justiça social. O xis da questão é transportar esse passado glorioso para a atualidade, mantendo a coerência, a ética e a unidade, expandindo nossos horizontes e desbravando novos caminhos para o desenvolvimento econômico, político e social do Brasil.

O que a sociedade espera, hoje, de um partido político? E o que o PPS tem a oferecer aos cidadãos brasileiros para atender a essa expectativa?

Primeiro, é preciso entender que o atual modelo político-partidário brasileiro está esgotado. Não é à toa a crônica falta de credibilidade dos políticos, dos partidos e das instituições vinculadas aos três poderes.

O povo brasileiro carece de um partido verdadeiramente moderno, com políticos sensíveis às demandas sociais e comprometidos com o bem comum. Mas exige, além de um programa viável para o país, que todo esse arcabouço teórico seja traduzido em ações práticas e de fácil assimilação.

Não basta pensar o país e o mundo, é preciso transformá-los. Da solução para um buraco de rua, a implantação de um corredor de ônibus ou a necessária poda de uma árvore à globalização econômica e à paz mundial, cada cidadão tem um amplo arco de interesses e procura um partido que lhe represente e se identifique com estas causas.

O PPS, portanto, tem que ser mais visível, sensível e inteligível à população. Tem que levantar bandeiras que sejam claramente identificadas pelos setores da sociedade que pretendemos atingir. E quais são esses setores? A quem o PPS quer servir?

O PPS é um partido moderno, antenado com o mundo e as novas tecnologias, composto em grande parte por uma nova geração de políticos éticos e comprometidos sobretudo com o que se convencionou chamar de "classe média" no Brasil.

E o que é um partido de "classe média"? Traduzindo: o PPS não é um partido das classes dominantes, das oligarquias, dos banqueiros e dos grandes empresários. Por outro lado, não é um partido assistencialista, que faz da exploração da miséria a sua razão de ser. É o partido do cidadão comum, como eu e você, que batalha no dia-a-dia e tem um senso crítico desenvolvido, espírito contestador e que não se satisfaz com os atuais modelos de governo e de oposição.

O PPS é o partido da juventude, dos aposentados, das famílias que se preocupam com o futuro, com uma educação de qualidade, com a preservação do meio ambiente, com a redução de impostos, com a melhoria dos transportes, com um sistema único de saúde amplo e funcional, com empregos dignos, estabilidade financeira, cultura e lazer.

É o partido do trabalhador que não se vê atendido pelo atual governo federal, por partidos e centrais sindicais subservientes, que se contentam com favores irrisórios para manter as benesses do poder.

É o partido do jovem que está nas redes sociais e não se vê representado no movimento estudantil oficial, nas instituições que viraram fábricas de carteirinha escolar e que só funcionam como máquinas arrecadadoras de verbas governamentais.

É o partido do aposentado que manifesta a sua indignação com o desrespeito a que é submetido no dia-a-dia, na falta de valorização de toda uma vida de trabalho e dedicação ao país, que acaba se traduzindo na desatenção à saúde e na falta de uma assistência compatível às suas necessidades especiais.

O PPS é o partido contra todas as imposições absurdas à sociedade: contra o voto obrigatório, contra o alistamento militar obrigatório, contra a corrupção, contra impostos e taxas que se multiplicam indefinidamente sobre o bolso do contribuinte.

O PPS é o partido do imposto único, do incentivo ao primeiro emprego, do voto facultativo, do voto distrital misto, da internet grátis. Do acesso universal à cultura e à educação. Do mundo sem fronteiras. É o partido do salário mínimo digno. Da faculdade gratuita e de qualidade à população mais carente. Da prioridade ao transporte público. Da redução do trânsito. Do combate ao tráfico de drogas. Da luta por saúde e segurança. Da mulher feminista, feminina. Da igualdade. Das liberdades. Da qualidade de vida.

Identidade oposicionista, identidade partidária

Desde o documento de São Paulo para o 17º Congresso Nacional do partido em 2011, afirmamos que o PPS e as demais forças de esquerda, democráticas e progressistas, de oposição ao atual sistema de poder implantado pelo chamado "lulopetismo", estamos carentes de um programa objetivo e construtivo para sair da perplexidade e da passividade.
Precisamos criar uma via alternativa para governar o Brasil, fortalecer a democracia, desenvolver o poder local e distribuir melhor a riqueza nacional, entre outros avanços de caráter social, econômico e cultural que contemplem a cidadania.
O PPS defende mudanças estruturais profundas: reforma do Estado, reforma tributária, reforma política, reforma do Judiciário. A intenção do partido é oferecer essa contribuição ao debate nas ruas e nas redes com cidadãos interessados, movimentos, instituições, outras siglas partidárias, entidades e associações para chegar à formulação de um projeto transformador, capaz de colocar o Brasil na rota de um desenvolvimento sustentável e gerador de riquezas para melhor distribuir, com justiça, a renda nacional.
Esse novo movimento, juntamente com o passo firme na direção de uma nova formatação partidária, precisa não apenas demonstrar para a sociedade brasileira que é de oposição consciente ao atual governo federal e ao sistema de poder por ele montado, mas também – e principalmente – que é portador de um projeto de mudanças e de desenvolvimento do país que sirva de base para construção da nova sociedade que todos almejamos.
Sem essa iniciativa na construção de uma formação partidária mais ampla e na formulação de um programa objetivo de mudanças, não conseguiremos interromper o declínio que o nosso partido - e os demais partidos ideológicos - vem experimentando, claramente demonstrado nas seguidas quedas de votação e redução da nossa influência no processo político.
O PPS conseguiu sucesso em afirmar a sua identidade nacional oposicionista junto ao eleitorado. Nesse ponto, o eleitor sabe, com clareza, onde estamos e a quem criticamos. Não tem a mesma clareza sobre o que propomos. Ou seja, não tivemos o mesmo sucesso na afirmação de nossa identidade programática, política e partidária.
Qual a nossa diferença em relação aos demais partidos oposicionistas? Os eleitores ignoram. Hoje o eleitor descontente vota no PPS muito mais em razão do mérito pessoal dos candidatos que da afirmação clara de uma proposta partidária diferenciada.
Esta é a grande questão do Congresso do PPS, que precisaremos enfrentar. Para isso teremos que debater temas como a atualidade e o significado da oposição entre esquerda e direita, a velha e a nova política, o fracasso histórico dos modelos formados na esquerda, o fim do revolucionarismo e a insuficiência do estado de bem-estar social num mundo globalizado, que assiste à retração do trabalho assalariado tradicional.
A procura da equidade e da justiça social por meio da política continua a ser a questão central da esquerda, que dela se desviou na ilusão dos atalhos autoritários. Os objetivos da esquerda continuam radicais e, nesse sentido, revolucionários. Mas o caminho da mudança passa necessariamente pela construção de acordos progressivos, no espaço da institucionalidade democrática. Mudança sem democracia, sem deixar aberta a porta da correção de rumo, não é sustentável.
Nova política, novo partido
Há uma crise da representação política em todos os países democráticos, provocada pela revolução havida na informação. O cidadão não precisa hoje de intermediários para levar suas demandas aos representantes eleitos.
Com isso, a política deixa de ser monopólio dos partidos, embora as eleições no Brasil ainda o sejam. O resultado é a queda no número de filiados de todos os grandes partidos do Ocidente. Há uma crise de representação adicional no Brasil, devido à nossa legislação eleitoral, que se traduz em partidos frágeis, mandatos personalizados, submissão do Legislativo, eleições caras e descrédito popular. Esse modelo funciona à base de práticas de financiamento já inaceitáveis para a opinião pública e tornou-se uma fábrica de crises.
Os partidos brasileiros, inclusive o PPS, sofrem as conseqüências combinadas dessas duas crises. Para enfrentar a primeira crise, é preciso discutir seu caráter. Não subestimemos o potencial de mudança, revolucionário, que as novas tecnologias da informação, em especial a internet, atualizam todos os dias. A questão está no seu significado.
Em termos de participação política, a comunicação em rede torna possível a mobilização instantânea, sempre que a agenda formulada na rede encontre eco na motivação dos manifestantes.
As já históricas manifestações de junho de 2013, no Brasil, são o exemplo mais recente, de maior repercussão. A comunicação na rede não substituiu, nesse e em outros casos, a participação física do cidadão, sua presença na rua, o compromisso com a mudança. 
Entendemos que o mesmo se dá com a representação política. O significado da crise de representação não é a demanda por seu fim, pela participação pura, em condições tecnológicas que garantiriam sua viabilidade, e sim a demanda de outra representação, de qualidade maior.
Se o argumento está correto, o papel dos partidos e sua organização interna mudam por completo. Partidos não são mais os delegados de classes e segmentos sociais, para os quais formulam, decidem e implementam políticas. Partidos são definidos por diretrizes gerais e formulam políticas específicas na interlocução com movimentos interessados em cada assunto. Partidos formulam em conjunto e transportam para o mundo da representação, da produção das leis, a política assim elaborada. Nesse processo, a rede é fundamental.
Nessa lógica, que defendemos, o PPS precisa atuar em duas frentes. A primeira é renovar o partido “para dentro”, a organização partidária tradicional, definida em lei e por ela mantida, o partido composto, em sua grande maioria, por militantes interessados de uma ou outra forma na disputa eleitoral. Isso significa aumentar a transparência, aperfeiçoar o processo de prestação de contas das direções, generalizar a prática da direção coletiva.
A segunda é construir o partido “para fora”, o espaço de interlocução com políticos, outros partidos, movimentos, instituições, comunidades na rede, indivíduos. Sem esse partido para fora não há formulação de propostas de políticas publicas, não há capacidade de mobilização, sequer há sucesso eleitoral, pois está mais do que claro que militância hoje não é suficiente para vencer eleições. Eleições são decididas pela confiança do cidadão, ou pelo recurso a meios escusos.
A idéia de partido “para fora” estava no cerne da proposta, nunca realizada, de nova formatação política desde a origem do PPS, em 1992. Talvez hoje a #REDE23 seja o caminho.

Em resumo, o conceito da #REDE23 é o seguinte:

Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, grupos na internet e até com personalidades influentes nos temas que trabalham.

O partido não pode manter mais a posição de vanguarda da época da circulação restrita de informação e deve assumir a postura de interlocutor dos movimentos, co-formulador de suas reivindicações, à luz de suas diretrizes mais gerais, e seu tradutor na linguagem das leis e das políticas públicas.

Para tanto, surge a #REDE23, um movimento de discussão e mobilização em torno de objetivos comuns, que abrange outras siglas partidárias, entidades, organizações, sindicatos, associações, cidadãos interessados e grupos mais ou menos organizados na internet.

#REDE e a #NovaPolítica não são exclusividade de uma só legenda, uma única liderança ou um grupo restrito. É uma iniciativa que reúne gente de bem, de dentro e de fora dos partidos!

Devemos sair da "zona de conforto" e avançar, dialogar, agregar esforços, idéias e pessoas neste movimento transformador. Que venha a política em #REDE. Que venha um novo Brasil!