quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Uau! Prefeito Haddad banca do próprio bolso QG anticorrupção! Quem acredita no marketing petista?

Se não tiver sucesso à frente da Prefeitura, como tudo indica, o petista Fernando Haddad pode investir no pastelão ou em séries de realismo fantástico. Quem sabe, suceder Maxwell Smart, o famoso "Agente 86", ou o impagável Inspetor Clouseau.

Mas, antes, Haddad precisa definir melhor o seu personagem: é o "xerife" no combate pessoal e incansável à corrupção na Prefeitura de São Paulo, colocando até dinheiro do próprio bolso para investigar e caçar os malfeitores, ou é aquele que ficou sabendo de tudo "pelos jornais"?

Há, aqui, uma contradição gritante. Aliás, isso já virou rotina para Haddad, aquele que paga IPTU "com toda alegria" e aponta agora até uma suposta "encenação" dos suspeitos em escutas, para justificar o que não lhe convém.

Veja o que a jornalista Monica Bergamo - que foi quem revelou as investigações da Prefeitura - publicou na sexta-feira, dia 1º de novembro, repercutindo o caso:
ALÔ, BRASÍLIA
Uma das primeiras providências do prefeito Fernando Haddad (PT-SP) depois de deflagrada a operação que prendeu a chefia de arrecadação da gestão de Gilberto Kassab (PSD-SP) foi telefonar para o Palácio do Planalto.

LEITOR 
Ciente do potencial explosivo dos fatos, já que Kassab apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o prefeito queria explicar que a investigação foi "técnica". Em conversa com a ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, afirmou que soube dos detalhes "pelos jornais". 
Pois, agora, a mídia chapa-branca e a milícia virtual nas redes sociais se apressa em divulgar, naquele tom heróico que só o lulismo é capaz, que Haddad bancou pessoalmente o QG de investigação para prender os funcionários corruptos, reforçando o tradicional marketing petista (naquela lição ensinada pela presidente Dilma Roussef, de que vale "fazer o diabo" para ganhar uma eleição). 

Tudo soa muito estranho, ainda mais quando parte da imprensa se esforça para associar a corrupção apenas ao antecessor de Haddad, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), sendo que surgem vínculos cada mais mais concretos de lideranças do PT com os funcionários de confiança corruPTos, que foram mantidos em seus cargos e até promovidos na atual gestão.

Para piorar, segundo o próprio prefeito e a Promotoria, os políticos citados devem ficar de fora das investigações. Como se fosse possível supor que apenas funcionários do segundo escalão mantivessem um esquema tão complexo de corrupção na Prefeitura, atravessando diversas gestões e desviando pelo menos R$ 500 milhões dos cofres públicos. Aham!

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