quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

#ProgramaDiferente: Reflexos de 2013 no ano de 2018



Nem parece, mas já faz cinco anos que aconteceram as históricas manifestações populares de 2013, com pessoas de todas as idades, nas ruas e nas redes, pedindo mudanças. E o ano eleitoral de 2018 vai ser fundamental para testarmos na prática a renovação da política, o aprimoramento das instituições republicanas e a atualização dos instrumentos democráticos, principalmente após o surgimento de diversos movimentos cívicos pregando novas formas de representação. O #ProgramaDiferente desta semana é um registro destes cinco anos e um sopro de esperança por dias melhores. Assista.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Luiz Carlos Azedo: A saída pelo centro democrático



O jornalista Luiz Carlos Azedo, colunista político do Correio Braziliense e diretor-geral da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), fala da "agenda da transversalidade" necessária para criar uma força política renovadora do chamado centro democrático. O #ProgramaDiferente mostra que ele critica, de um lado, a concepção atual da esquerda brasileira e, do outro, a ideia hegemonista do liberalismo econômico da direita mais tradicional. Assista.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Veja o encontro de FHC com a Roda Democrática



O #ProgramaDiferente acompanhou com exclusividade um encontro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cerca de cem integrantes da Roda Democrática, que se define como um grupo nacional de discussão suprapartidária em defesa da democracia e dos princípios republicanos, e que reuniu na Fundação FHC, em São Paulo, desde cidadãos sem filiação partidária até antigos militantes das lutas contra a ditadura militar, oriundos das mais variadas regiões do país.

O evento tinha o seguinte roteiro inicial para orientar os debates:

1) Tendo em vista as eleições e a crise política, que energia deve ser investida na construção de uma alternativa aglutinadora de um centro, capaz de combinar o liberalismo político com a generosidade reformista e democrática da esquerda renovadora?

2) Que perfil deverá ter essa alternativa, levando em conta as dificuldades inerentes a uma campanha eleitoral de massas num país territorial como o Brasil? 

3) Seria possível e necessário condicionar tal alternativa, desde logo, a uma agenda programática mínima e, se sim, que pontos deveriam integrá-la?

4) Como viabilizar os anseios de renovação da sociedade em um processo engessado em virtude do monopólio da política pelos partidos formais?


O resultado obtido, porém, superou todas as expectativas ao mostrar uma conversa em tom informal, fraternal e bem humorado, com pessoas vividas e antenadas com as profundas mudanças pelas quais o Brasil e o mundo estão passando, desde o desenvolvimento de novas tecnologias até a crise de representação política. Assista aqui a íntegra do encontro.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Renato Janine Ribeiro no #ProgramaDiferente



O professor Renato Janine Ribeiro, filósofo, cientista político, escritor e ex-ministro da Educação da presidente Dilma Rousseff entre abril e setembro de 2015, fala com exclusividade ao #ProgramaDiferente das suas impressões sobre os novos movimentos cívicos que se integram ao processo eleitoral de 2018, além de opinar sobre o atual momento do Brasil e as expectativas para o próximo governo. Assista.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Uma viagem ao dia 8 de outubro de 2018

Como o folclórico jogador de futebol da célebre frase "prognóstico, só depois do apito final", prever resultado de eleição também é mais fácil depois de fechadas as urnas. Mas que tal cravar hoje um segundo turno entre Alckmin e Marina, se estiverem certos os que apostam que o eleitorado tenderá para o centro, anulando os extremos?

A Mãe Dináh era uma dessas videntes midiáticas, figurinha carimbada de programas populares de rádio e TV. Morreu aos 83 anos, em 2014, com um currículo de previsões que supostamente ia da vitória e um "ótimo governo" do presidente Fernando Collor em 1989 à morte dos Mamonas Assassinas em 1996, passando por uma visão do alto do pódio para Ayrton Senna exatamente na corrida em que o piloto morreu, em Ímola, na Itália, em 1994.

Parece que lhe foi igualmente imprevista a sua derrota como candidata a vereadora paulistana na chapa de Celso Pitta à sucessão do prefeito Paulo Maluf, em 1996. Também não consta ter vaticinado a própria morte, nem a de Pitta, muito menos a prisão de Maluf ou as condenações da Lava Jato. Mas, verdade seja dita, a política é sempre meio imprevisível, mesmo. Até para quem está acostumado à rotina eleitoral e partidária.

Pois toda esse blablablá introdutório foi feito para arriscar um prognóstico, fazer suposições, levantar hipóteses, dar palpites a pouco mais de sete meses das eleições de 7 de outubro de 2018. Não é tarefa fácil. Afinal de contas, são duzentos e vinte e poucos dias. Trinta e duas semanas. Muita coisa pode acontecer. É uma eternidade até o dia derradeiro. Mas, coragem, vamos lá...

Fevereiro de 2018. Quem são os possíveis presidenciáveis neste cenário que está colocado? Pelo PSL, Jair Bolsonaro, que deve deixar o PSC na janela partidária aberta entre março e abril. É o alter ego do eleitor mais reacionário, revoltado, avesso à política tradicional e contrário às lambanças dos atuais mandatários. Não espere respostas racionais do candidato dessa direita chucra. O seu potencial de vitória está exatamente no empobrecimento do debate, no acirramento do ódio, na despolitização da campanha e no voto de protesto inconsequente.

Pela Rede Sustentabilidade e na sua terceira eleição presidencial consecutiva, temos Marina Silva. Mulher de fibra e de caráter, numa legenda que não deixou de ser movimento e nunca chegou a se firmar como partido. Ao contrário, vai se esvaziando com a debandada de antigos colaboradores e dos poucos parlamentares que chegaram a aderir formalmente. É acusada de não ter opiniões claras sobre temas relevantes e, ao contrário, quando explica as suas posições, perde seguidores. Com pouquíssimo tempo de TV, será testada definitivamente como líder nacional ou guru de um segmento.

Descartadas todas as outras opções tucanas, dos nomes históricos do PSDB abatidos em pleno vôo aos balões de ensaio para uma "nova política", como o apresentador Luciano Huck ou o "gestor" João Doria, sobrevive graças ao poder da máquina e a influência nas estruturas partidárias o governador Geraldo Alckmin. O tecnicismo e o perfil caipira do presidenciável (bem como o histórico desabonador de 2006, quando teve no 2º turno menos votos que no 1º) não empolgam ninguém. O favoritismo e o grande potencial de votos em São Paulo precisarão compensar o sentimento anti-tucano e anti-paulista do restante do país.

O PT não existe sem Lula, mas é cada vez mais improvável que o ex-presidente possa disputar uma nova eleição. Condenado e inelegível, restará o vitimismo, a nostalgia de dias melhores e a esgarçada narrativa do golpe. Não que convença que é inocente, mas aposta na generalização da impressão de que os outros são iguais ou piores. O espólio petista se divide entre o "novo" com Fernando Haddad, a tradição no apelo nordestino de Jaques Wagner (o baiano que nasceu carioca) ou... O que resta, afinal, ao PT? Não é à toa que Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e até Ciro Gomes (PDT) se assanhem na partilha dos votos da esquerda.

O imbróglio governista do presidente Michel Temer tenta se safar de algum modo e resgatar alguns pontinhos nos índices de credibilidade e intenção de voto. Apostar em um nome competitivo - oriundo do consórcio partidário que lhe dá sustentação - talvez seja a única chance de manter os seus principais operadores fora da cadeia a partir de 2019. Derrubado o apelo reformista do governo de transição, todas as fichas foram jogadas no tema da segurança e na intervenção federal num falido Rio de Janeiro (uma mãozinha e tanto do Pezão e de outros associados do Cabral). Daí surgem as opções mais desbaratadas: Rodrigo Maia (DEM), Henrique Meirelles (PSD) ou o próprio Michel Temer (PMDB). Algum desses emplaca nas pesquisas? Difícil, hein!

A direita mais liberal - que não se identifica com o reacionário Bolsonaro - vai ter algum poder de fogo? Movimentos como o Vem Pra Rua e o MBL vão eleger seus representantes para o Congresso, mas terão alguma influência na disputa majoritária? E os novos movimentos cívicos como o Agora e o Renova, tão propagados por Luciano Huck? E os empresários Flávio Rocha, ex-deputado e dono da Riachuelo, ou João Amoêdo, inventor do Partido Novo, vão amealhar algo mais sólido que curtidas e compartilhamentos nas redes sociais? Pelo Podemos, Álvaro Dias terá votos além da divisa do Paraná? Caberia uma candidatura pró-Educação como a de Cristovam Buarque? O juiz Sérgio Moro será um player decisivo nas eleições?

São sete meses pela frente para, de um lado, os partidos da polarização mais tradicional (PT x PSDB) consolidarem seus nomes: Como o efeito do pós-Lula vai interferir no resultado final? O PT tem lugar garantido no 2º turno? E o Geraldo Alckmin, quando vai subir nas pesquisas? Vai atrair os habituais aliados? Um vice nordestino do DEM (como o pernambucano Mendonça Filho ou o baiano ACM Neto) vai possibilitar um crescimento fora do "território azul" tradicional? O perfil alckmista - devagar e sempre - vai aplacar os tucanos mais exaltados, que preferiam apostar num outsider como Huck ou Doria? O PSB com o vice Marcio França herdando o Governo de São Paulo vai se portar como? Fecha com o PSDB? Acena para o PT? Abre espaço para uma via alternativa com Joaquim Barbosa?

Enfim, o jogo nem começou. Estamos no aquecimento, nem sabemos ao certo quem entrará em campo, quanto mais o resultado final. Porém, se estiver correta a tese do "centro democrático", os nomes favorecidos hoje seriam Geraldo Alckmin, com uma coligação forte, e Marina Silva, com o recall de duas eleições. Aqui é mais torcida do que uma simples previsão. Mas seria um bom cenário para o país. Do contrário, com o acirramento dos discursos mais extremistas, o risco de uma saída à Bolsonaro é iminente. A jovem democracia brasileira não merece esse triste capítulo na nossa história.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

De mito a mitômano: Lula, o lunático do PT

Ao se anunciar pré-candidato à Presidência da República mesmo condenado em segunda instância e, portanto, inelegível, Lula passa de mito a mitômano. Além das bravatas e do vitimismo habitual, ele avança alguns graus na absoluta insensatez. Cuidado, petistas, esse homem não está bem.


Cinco anos depois, Prefeitura de SP regulamenta lei do vereador Milton Leite sobre heliportos e helipontos

Cinco anos depois de aprovada, enfim a Prefeitura de São Paulo regulamenta a Lei 15.723, de 24 de abril de 2013, de autoria do vereador Milton Leite (DEM), que trata da instalação e do funcionamento de helipontos e heliportos na cidade.

Nada como ter paciência e, claro, boas relações com o Executivo. A publicação do Decreto nº 58.094, assinado pelo prefeito João Doria (PSDB), está no Diário Oficial desta quinta-feira, 22 de fevereiro.

Essa é uma pauta antiga do hoje presidente da Câmara Municipal de São Paulo. O tema causa discussões e polêmicas desde a gestão dos ex-prefeitos Gilberto Kassab (DEM) e Fernando Haddad (PT). Na época o Ministério Público do Estado queria fechar os helipontos da capital paulista e pedia um estudo de impacto ambiental amplo sobre como eles afetam a população, principalmente quanto aos níveis de ruído em áreas residenciais e próximos de escolas, creches, asilos e hospitais.

A lei municipal, ao prever, por exemplo, a distância mínima de 200 metros desses estabelecimentos, era mais branda que as normas federais da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), que estabelecia distância mínima de 300 metros. A Anac é o órgão ligado ao governo federal que regula a aviação no país. (Câmara Man)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Esquerda x direita no #ProgramaDiferente: novas pautas e velhos preconceitos neste Fla-Flu atual



O #ProgramaDiferente joga luz naquilo que se convencionou chamar de Fla-Flu, a tradicional polarização entre esquerda e direita, que se acentuou nas ruas e nas redes, com novas pautas mas velhos preconceitos, além de embates marcados pelo ódio e pela intolerância. Num ano que tem tudo para acirrar ainda mais as rivalidades, estamos propondo mais diálogo, equilíbrio e bom senso entre iguais e diferentes. Assista.

Ao acompanhar duas manifestações políticas opostas, marcadas para o mesmo local e o mesmo horário, separadas apenas pelas duas pistas da Avenida Paulista, e ouvir algumas personalidades que acentuam essa polarização na mídia, registramos cenas explícitas de insensatez. É um tema preocupante e emergente, que exige um debate mais aprofundado.

A reportagem também ajuda a entender o que é e quais são as pautas conservadoras do Movimento Brasil Livre ao entrevistar com exclusividade Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, e o vereador paulistano Fernando Holiday, eleito aos 20 anos pelo DEM com apoio deste Movimento.

Como contraponto a essa nova direita de tendência mais liberal que tem atraído os jovens nas redes sociais, você assiste ao discurso cheio de ranço, ódio e radicalismo de dois dos expoentes mais reacionários e antidemocráticos da política nacional: o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia.

Veja também uma explicação primorosa do médico Drauzio Varella sobre homossexualidade, as opiniões do MBL sobre a "cura gay" e o boicote à exposição "Queermuseu", promovida e posteriormente interrompida pelo Santander no ano passado, e uma apresentação na Avenida Paulista do polêmico cantor Johnny Hooker, manifestante declarado dos direitos LGBT.

Veja também:

"Por um mundo sem muros" abre a 4ª temporada do #ProgramaDiferente

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Câmara de São Paulo espera definição dos presidentes das comissões permanentes e vive expectativa da candidatura do prefeito João Doria

Passado o recesso de janeiro e a pausa para o Carnaval, a Câmara Municipal de São Paulo começa ainda em ritmo desacelerado os trabalhos para o ano de 2018.

O assunto do momento, que pode se arrastar por mais uma semana se não houver entendimento das bancadas, é a composição das comissões permanentes da Casa. A eleição dos presidentes e vices está prevista para quinta-feira, dia 22 de fevereiro, a partir das 15h, de meia em meia hora.

Nos bastidores, a expectativa da base é pela confirmação da candidatura do prefeito João Doria ao Governo do Estado, o que fará do vice Bruno Covas o novo prefeito de São Paulo pelos próximos dois anos e nove meses.

As sessões extraordinárias - ocasião em que são discutidos e votados os projetos dos vereadores e do Executivo - deverão ser convocadas apenas para o início de março. Projetos polêmicos como a previdência dos servidores municipais, a implementação do pacote de privatizações da Prefeitura e alterações pontuais na lei de zoneamento são tópicos que devem mobilizar as conversas pelas próximas semanas. Também o tema das futuras CPIs depende de acordo. (Câmara Man)

Leia também:

Movimento Agora! assina carta-compromisso com o PPS para lançar candidatos no país inteiro em 2018


O PPS e o Movimento Agora! oficializam nesta terça-feira, 20 de fevereiro, em Brasilia, uma parceria política para abrigar as candidaturas e integrar ao partido membros deste grupo, no país inteiro, com o objetivo de participar das eleições de 2018, principalmente com nomes à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas.

A princípio, será assinada uma carta-compromisso que estabelece uma espécie de dupla militância daqueles que se filiarem ao PPS: eles passam a ter voz e voto no partido, sem perder a sua autonomia e a sua independência como integrantes do Movimento Agora! Além disso, será estabelecida uma agenda comum de princípios e de políticas públicas.

O mesmo ocorrerá também com integrantes do Livres, movimento liberal pela renovação e modernização da política, que vinha sendo gestado no PSL e se desligou daquele partido após um surpreendente acordo de gabinete anunciar a filiação do presidenciável Jair Bolsonaro, o oposto de todo o projeto construído até então.

Veja mais informações sobre os novos movimentos cívicos na política:

PPS formaliza convite para que movimentos cívicos ajudem a construir uma nova formatação partidária

Acredito. Renova Brasil, Agora!

De 2013 a 2018: Qual foi o nosso aprendizado?

Tem #ProgramaDiferente na #ViradaPolítica

2013-2018: Nos cinco anos dos movimentos pela renovação da política, o Brasil fará o teste nas urnas

PPS manifesta solidariedade ao movimento Livres

Possibilidade da candidatura de Luciano Huck coloca em debate o tema da renovação da política

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Possibilidade da candidatura de Luciano Huck coloca em debate o tema da renovação da política

A simples possibilidade de lançamento da candidatura presidencial do apresentador Luciano Huck colocou no centro do debate o tema da renovação da política e a crise do atual sistema eleitoral e partidário.

Parece um bom momento para refletirmos sobre o futuro da nossa política, conhecendo argumentos de todos os lados.

Leia bons artigos e opiniões que tratam do assunto:

Carlos Fernandes: Tudo que é novo é melhor?

O vazio que precede Huck permanecerá

Agora, sim: 2018

FHC: Candidatura de Huck seria boa para o Brasil, para arejar e botar em perigo a política tradicional

De negação em negação, Huck fez bem em desistir

De 2013 a 2018: Qual foi o nosso aprendizado?

Correntes do PPS resistem à entrada de Luciano Huck no partido

Vai, Luciano Huck! Representa esta nossa geração!

Vai, Luciano Huck! Representa esta nossa geração!


Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
e desejar profundo
Você será capaz 
de sacudir o mundo
Vai! Tente outra vez!
(Raul Seixas)


Tenho 46 anos, assim como Luciano Huck. Sou pai de uma filha de 21, terminando a faculdade. Ele é pai de três filhos, crianças ainda. Somos jornalistas. Estagiamos em publicidade. Não nos conhecemos. Ou melhor, ele não me conhece. Temos a mesma idade e aparentemente os mesmos anseios, a mesma curiosidade pelo mundo, a mesma vontade de aprender e o mesmo objetivo sincero de impactar positivamente na vida das outras pessoas.

A notícia do dia é que Luciano Huck desistiu de se candidatar à Presidência da República. Outra vez. Aliás, é a "não notícia", até porque ele nunca se colocou abertamente como candidato. Era uma possibilidade aventada pela imprensa e conversada entre amigos próximos e algumas lideranças significativas de partidos políticos e movimentos cívicos - estes que eu e Luciano frequentamos e botamos fé para ajudar a mudar o Brasil.

Pausa para os comerciais. Acompanho Luciano Huck à distância, por essas coincidências que a vida nos impõe. Aos 20 anos de idade, Luciano Huck fez um estágio na agência W/Brasil, do publicitário Washington Olivetto. Depois, estagiou na DM9 de Nizan Guanaes. Eu, com 17, concluí meu curso técnico com um trabalho sobre ambos, gênios da publicidade há décadas. Bebemos da mesma fonte.

Ele abriu o bar Cabral, eu frequentei. Trabalhou na 89 FM, a Rádio Rock, eu ouvia. Escreveu na Playboy, eu assinava. Teve coluna no Jornal da Tarde, eu lia e amava o JT. Apresentou o Circulando na TV Gazeta, eu assistia. Isso tudo com vinte e poucos anos. Século e milênio passados, da geração anterior a esta que já nasceu postando nas redes sociais.

Em 1996, estreou o Programa H, na Band. Eu casei. Fui pai. Em 1999, ele assinou com a Globo para apresentar o Caldeirão do Huck. Eu me filiei ao PPS no mesmo dia, uma coisa até então impensável na minha cabeça de jornalista que se pretendia 100% isento e imparcial. Bobagem. Demora mas a gente descobre que nada nem ninguém é 100% isento e imparcial. Precisamos defender posições.

Como apresentador, empresário, cidadão, pai de família, Luciano Huck não é isento nem imparcial. Tem lado. E que bom que tenha! Faz bem para o seu público e dá esperança renovada ao país. Não por acaso, desponta com potencial de ampliar o seu papel de influenciador midiático para se tornar de fato uma nova liderança política, social, ética, comportamental, geracional.

Em quatro artigos publicados na Folha - 'Estou aqui' (14/05/2017), 'Tá ligado?' (28/08/2017), 'Tempos e movimentos' (18/10/2017) e finalmente 'No rumo' (27/11/2017) - expõe de modo didático e sintético o que pensa do Brasil e do protagonismo que a nossa geração deve assumir. Suas ideias repercutiram. Passaram a aglutinar gente que pensa e deseja o mesmo para o Brasil. (Leia: Acredito. Renova Brasil, Agora!)

Faz nove meses que o nome de Luciano Huck começou a ser gestado como possível candidato a presidente da República. A semente foi plantada por Fernando Henrique Cardoso em uma entrevista à Folha de S. Paulo no dia 8 de maio do ano passado.

O título era: "Ainda é cedo para 2018, mas Doria e Luciano Huck são 'o novo', diz FHC". O texto, reproduzido ipsis litteris da Folha, começava exatamente assim: "Principal referência do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz ser ´muito cedo´para falar em candidaturas ao Planalto em 2018, mas considera que hoje ´o novo´ no cenário político é representado por figuras como o prefeito paulistano, João Doria, e o apresentador de TV Luciano Huck."

Assim nascia a possível candidatura de Luciano Huck para a sucessão de 2018. E a matéria, assinada pelo repórter Igor Gielow, prosseguia:
Doria surge naturalmente na conversa, já que é estrela emergente no PSDB por ter alta popularidade e não estar associado à Operação Lava Jato como seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (SP), ou o senador Aécio Neves (MG). 
Citados em delações, os até então presidenciáveis do tucanato viram suas intenções de voto derreterem. O PSDB também perde pela associação ao impopular Temer. Já o nome de Huck, amigo de FHC, foi semeado pelo ex-presidente de forma quase fortuita. Se ele o fez para germinar ou para dividir atenção com o prefeito paulistano, o tempo dirá. 
O apresentador da Globo já disse que está na hora de "sua geração" chegar ao poder, mas não confirma pretensões eleitorais e até aqui não está filiado a nenhuma agremiação.
O primeiro artigo de Huck na Folha, em maio de 2017, começava com a seguinte frase, emblemática: "Não, não sou candidato a presidente da República". Nove meses depois, tentando botar um ponto final na onda de sondagens e especulações, ele repete como decisão irrecorrível: "Não, não sou candidato a presidente da República."

Afinal, Luciano Huck, por que não? É a hora da nossa geração! 

A intenção desse texto - tão pouco jornalístico e intencionalmente personalista - é justamente provocar uma resposta, uma reação, um repensar. Movimentos coletivos são necessários para discutir ideias, conectar pessoas, apoiar causas. Mas os grandes momentos da nossa história muitas vezes nascem das decisões individuais, das reflexões solitárias, da coragem pessoal e da ação inspiradora de grandes líderes.

Como você mesmo pontuou, Luciano, pode ser o momento exato, único, certo, de usar a visibilidade e o crédito que você conquistou com muito trabalho para apontar a direção que entendemos ser a melhor para o conjunto. Para liderar. Enfim, como descobrir o compromisso de cada um de nós com o nosso destino sem arriscar, empreender, criar, acreditar, agir e transformar?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Por um mundo sem muros no #ProgramaDiferente



Abrindo a temporada de 2018, o tema do #ProgramaDiferente desta semana é "Por um mundo sem muros". Seja por razões políticas, econômicas, religiosas ou sociais, o mundo ainda é dividido por muros visíveis e invisíveis, mas igualmente intransponíveis. Pela derrubada desses muros entre ricos e pobres, brancos e negros, direita e esquerda, conversamos com o senador Cristovam Buarque (PPS/DF), autor do livro "Mediterrâneos Invisíveis", e buscamos exemplos pelo mundo desta segregação insustentável. Assista.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

PPS manifesta apoio à Renata Bueno na reeleição para a Câmara dos Deputados da Itália

No próximo dia 4 de março acontecem na Itália as eleições para a Câmara dos Deputados e para o Senado da República. No exterior, os cidadãos italianos que têm residência permanente, como aqui no Brasil, podem participar das eleições votando por correspondência em candidatos específicos das respectivas listas eleitorais destes países.

Primeira brasileira eleita para a Câmara de Deputados da Itália, a dirigente nacional do PPS, Renata Bueno, filha do deputado federal Rubens Bueno (PPS/PR), é novamente candidata ao Legislativo italiano. Ela foi eleita pela primeira vez em 2013, por eleitores da América do Sul, para representar os italianos e cidadãos com dupla cidadania que residem na região.

A Itália tem um dos poucos parlamentos do mundo que elege cidadãos residentes no exterior. No total, a América do Sul vai escolher quatro deputados e dois senadores. No Brasil há cerca de 350 mil pessoas que reúnem as condições para votar em 2018. São Paulo, com 115 mil eleitores, é o maior colégio eleitoral do país, seguido pelo Paraná e por Santa Catarina

Antes de ser eleita em 2013, Renata Bueno já tinha experiência parlamentar no Brasil após um mandato como vereadora em Curitiba. Em seu primeiro mandato na Itália, ela atuou em temas importantes para os dois países como a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no escândalo do mensalão, e também no processo para entrada em vigor do acordo de reconhecimento recíproco da carteira de habilitação entre os dois países. Atuou ainda em parcerias nas áreas de Defesa, Cultura, entre outros assuntos. Leia mais.

A brasileira disputa o cargo por uma lista cívica popular (Civica Popolare), encabeçada pela ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, e que conta com o apoio do Movimento Passione Itália. Tem direito a voto - que é facultativo - todos os italianos e cidadãos com dupla cidadania que moram na América do Sul. Com dupla nacionalidade, Renata Bueno morou quatro anos na Itália antes de ser eleita deputada em 2013. Lá fez pós-graduação e mestrado, além de cursos na área de Direitos Humanos.

A candidata ressalta a importância da eleição de um brasileiro pois, devido ao processo histórico de migração, existem muitos pontos de interesse em comum entre o Brasil e a Itália. Lembra ainda que o PPS tem esse perfil internacionalista muito forte em sua atuação política e na sua história, desde o surgimento do PCB.

“A Argentina, por exemplo, é muito organizada com relação à política italiana, mas aqui no Brasil nós não eramos muito organizados. Com a minha eleição, essa situação começou a mudar. A eleição de uma brasileira para o parlamento italiano chamou a atenção da comunidade residente no país, que passou a se interessar mais pelo processo eleitoral e pela política italiana. Espero continuar esse trabalho para sacramentar cada vez mais a parceria entre os dois países”, afirmou Renata Bueno.

Como votar na eleição italiana

Para votar na candidata brasileira, o eleitor deve marcar um “X” no símbolo da CIVICA POPULARE e ao lado escrever de forma legível o nome de Renata Bueno. Vencerá a eleição quem tiver o maior número de votos pela lista cívica. Desde 2006, a Itália abre espaço para candidaturas de representantes de outros países.

Cada eleitor residente no exterior receberá um envelope contendo: uma folha informativa que explica como votar, o certificado eleitoral, a cédula eleitoral (duas para quem, tendo já completado 25 anos, pode votar também para o Senado), um envelope pequeno totalmente branco onde inserir a cédula votada, um envelope selado endereçado ao mesmo escritório consular e as listas dos candidatos da própria repartição.

O eleitor, utilizando o envelope selado e seguindo atentamente as instruções contidas na folha informativa, deverá reenviar rapidamente as cédulas eleitorais votadas, de modo que possam chegar ao Consulado impreterivelmente até às 16 horas do dia 1º de março.

O eleitor que até o dia 19 de fevereiro não tenha ainda recebido o envelope eleitoral, poderá dirigir-se ao próprio Consulado para verificar a sua situação eleitoral e eventualmente solicitar um envelope duplicado.

Apoio cívico no Brasil

Diversos parlamentares e lideranças políticas do PPS no país inteiro, como o senador Cristovam Buarque e a vereadora paulistana Soninha Francine, declaram apoio à Renata Bueno para a Câmara dos Deputados e ao jornalista Fernando Mauro Trezza, presidente da Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo, para o Senado da República.

A deputada federal Pollyana Gama e o deputado estadual Davi Zaia em São Paulo, por exemplo, não só apoiam como trabalham firmemente pela reeleição de Renata Bueno, acompanhando a candidata na Assembleia de São Paulo, colocando os dois gabinetes à disposição e fazendo contatos com deputados, prefeitos e vereadores em vários municípios do Estado.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Carlos Fernandes: Tudo que é novo é melhor?

Inovar e renovar na política é sempre bom, mas estes não são elementos que se sustentam sozinhos.

Não é hora para outsiders. Por mais que algumas incertezas do cenário político ainda façam alguns pensarem que é preciso buscar ‘salvadores da pátria’, esta não é a realidade. Existem sim problemas, mas o país já ensaia passos na direção correta. O momento não pede guinadas em que não se pode precisar nem mesmo a direção.

Tenho defendido o fortalecimento e a união de um campo democrático de centro. A resolução estadual do PPS de São Paulo que aprovamos há pouco corrobora com a importância desta aglutinação. Vemos pensamentos extremados e rasos se fortalecendo e a desunião dos que primam pela democracia e a ética acima de tudo pode dar ainda mais corpo a estas visões perigosas, seja à direta ou à esquerda.

Os partidos precisam sim estar abertos ao diálogo com os movimentos que emergem da sociedade e o PPS tem feito esta lição de casa. Mas isso não quer dizer que devemos colocar de lado histórias políticas consistentes e elevar ao posto de ‘melhor saída’ qualquer uma destas lideranças, por mais conhecida e admirada que ela seja.

O que tem se proposto e aventado na esfera nacional em nada se assemelha ao que vivemos em São Paulo como alguns sugerem. João Doria era um nome novo nas urnas, mas com conhecimento e alguma vida partidária. Filho de deputado caçado pela ditadura, vivenciou a prática política desde cedo. Conseguiu construir em torno de seu nome a maior aliança política da história, além de conquistar o empenho fundamental de grandes nomes do PSDB, incluindo o governador Geraldo Alckmin. A experiência como gestor privado agregou muito sim, mas não é só disso que é feita a sua essência.

Outra comparação ainda menos palpável é com a eleição de Emmanuel Macron. A França é uma democracia muito mais madura do que a nossa. Os franceses vivenciam a prática política de forma muito mais intensa. E o principal, Macron sempre foi um agente político ativo, integrando inclusive o governo anterior ao seu.

O Brasil tem tarefas importantes para cumprir. Reformas de grande relevância vem por aí e não é possível imaginar que um novato vá conduzir com a firmeza necessária negociações difíceis como as que estão na mesa.

Quando tudo caminha para que a gente supere a crise instalada por 14 anos de PT e a justiça faz a sua parte contra a impunidade, vamos começar com fogo amigo?

Acredito que a candidatura de Geraldo Alckmin para a presidência tem se desenhado como a melhor alternativa para representar um campo democrático de centro, capaz de manter o país no rumo correto, construir coesão no parlamento, avançar com as reformar e dar consistência à recuperação econômica do país. Ele já demonstrou essa capacidade no governo de São Paulo, mantendo o estado em pé, com estabilidade financeira, salários dos servidores e serviços à população em dia, enquanto as finanças de outros estados desabam como castelos de cartas.

Luciano Huck é uma grande personalidade. Uma pessoa de bem, que presta ao longo de sua vida grandes serviços à sociedade brasileira. Sua entrada na política partidária só agregaria e muito nos honraria se a sigla for o PPS. Tem articulação e conhecimento sobre seus posicionamentos. Não é um aventureiro. Mas não é também a melhor opção para as eleições nacionais de 2018, por todos os motivos que já discorri por aqui.

Precisamos, enquanto partido, potencializar e alavancar o campo democrático de centro e discurso do ‘novo’ não cabe neste contexto. O PPS deve honrar sua história e fazer o que é o melhor para o Brasil.

Carlos Fernandes é presidente do PPS municipal paulistano, secretário-geral do PPS estadual paulista e prefeito regional da Lapa.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

FHC: Candidatura de Huck seria boa para o Brasil, para arejar e botar em perigo a política tradicional



O conteúdo e a repercussão da entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aos jornalistas da Rádio Jovem Pan apenas confirmam que FHC é hoje um observador privilegiado do cenário político nacional e internacional, analista qualificado, afinado com as mudanças e crítico contundente do atual sistema partidário e eleitoral. Assista aqui a íntegra da entrevista.

Sem meias palavras ou papas na língua, com declarações polêmicas, claras e objetivas, FHC fala por exemplo que uma possível candidatura do apresentador Luciano Huck à Presidência da República seria "boa para o Brasil", para "arejar" e "botar em perigo a política tradicional".

O #ProgramaDiferente tem recorrido várias vezes a FHC para nos ajudar a refletir sobre a crise ética e política que enfrentamos. No próximo dia 22 de fevereiro, mais uma vez, o programa estará presente na Fundação FHC para gravar o encontro do ex-presidente com a Roda Democrática, grupo suprapartidário de militantes oriundos das lutas contra a ditadura militar, a ser exibido posteriormente na TVFAP.net e nas redes sociais.


Veja as participações de FHC no #ProgramaDiferente:

FHC e o "algoritmo que rege a política" no #ProgramaDiferente

Com diálogo entre FHC e Cristovam Buarque, #ProgramaDiferente cobre o lançamento do livro "Brasil, Brasileiros - Por que somos assim?"

De Barack Obama a FHC: você vê aqui no #ProgramaDiferente

Posse da nova direção da FAP, a crise institucional e as expectativas para 2017 no #ProgramaDiferente com FHC, Cristovam Buarque e convidados

O Brasil e os 85 anos de Fernando Henrique Cardoso no #ProgramaDiferente

Contra aumento de contribuição da Previdência municipal, servidores anunciam greve no dia 19

O vereador e líder da bancada do PPS na Câmara Municipal de São Paulo, professor Cláudio Fonseca, que também é presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal), anuncia para o dia 19 de fevereiro uma greve da categoria, além de assembleia e manifestação contra a reforma da Previdência municipal e a implantação da Sampaprev.

O Projeto de Lei nº 621/2016, do Executivo, em tramitação na Câmara, institui na Prefeitura de São Paulo o Regime de Previdência Complementar (RPC), fixando o teto do INSS (R$ 5.645,81) como valor máximo da aposentadoria para os futuros servidores da Prefeitura, e cria a Sampaprev. O projeto também eleva a contribuição ao Iprem de 11% para 14%.

A manifestação e assembleia dos servidores da Educação será realizada em frente à Prefeitura, no viaduto do Chá, a partir das 14 horas da segunda-feira, 19 de fevereiro, e definirá os rumos do movimento. O prolongamento da greve, paralisando o ano letivo nas escolas municipais, é uma possibilidade objetiva.

A proposta de criação do Regime de Previdência Complementar e da Sampaprev foi enviada à Câmara em 2015, pelo então prefeito Fernando Haddad (PT). Por pressão da categoria, com manifestações e greve, foi retirada da pauta em agosto de 2016 e reapresentada pelo ex-prefeito Haddad no último dia do seu mandato. Agora o prefeito João Doria (PSDB) resolveu priorizar a aprovação do projeto.

Segundo o vereador Claudio Fonseca, as mudanças propostas vão prejudicar servidores, aposentados e pensionistas. O líder do PPS disse que, além do aumento da alíquota de 11% para 14%, o reajuste pode chegar a até 18,7% para servidores com maior remuneração.

Ele também afirmou que a possibilidade de previdência complementar se aplica apenas aos futuros contribuintes: “Os atuais servidores, aposentados e pensionistas não poderão contar com a previdência complementar, somente com a suplementar. É preciso compreender que são coisas diferentes.”

Para o presidente do Sinpeem, nos moldes propostos, a reforma fere a Constituição. “Hoje os aposentados que recebem até R$ 5.645,81 têm isenção. Eles contribuem com 11% sobre a parcela que excede esse valor. A proposta do governo mantém a isenção, mesmo que aumente a alíquota para 14%. No entanto, a previdência suplementar incide sobre a faixa de isenção. Então, de forma direta, os aposentados passariam a contribuir, mesmo sendo isentos. Isso é inconstitucional, bem como a cobrança progressiva a partir da alíquota de 14% com base na remuneração do servidor”, afirmou.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Troca-troca na liderança de João Doria na Câmara

Em meio à retomada dos trabalhos em plenário na Câmara Municipal de São Paulo, a novidade é o anúncio do novo líder do prefeito João Doria, o vereador e presidente do diretório municipal do PSDB, João Jorge, substituindo o vereador Aurélio Nomura, que aproveitou a passagem de bastão na liderança do governo para anunciar que será candidato a deputado estadual em outubro.

Como o assunto enveredou para eleições, também o presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), deixou no ar que pode surgir na urna como candidato em 2018, ressaltando obviamente que não como deputado estadual nem federal, afinal seus dois filhos disputarão a reeleição para os respectivos cargos. Seria candidato a que, então? Senador ou vice-governador? Certo é o desejo de disputar a Prefeitura de São Paulo pelo DEM em 2020. Mas até lá muita água var rolar...

Leis sancionadas

Outro destaque do dia é que o Diário Oficial da Cidade desta quarta-feira, 7 de fevereiro, traz algumas leis de vereadores sancionadas pelo Executivo. Uma das leis que passam a vigorar é a liberação da entrada de animais de estimação em hospitais públicos para visitas a pacientes internados. Veja mais no Câmara Man.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

PPS terá lugar nas duas principais comissões da Câmara de São Paulo em 2018: Claudio Fonseca na Constituição e Justiça, e Soninha em Finanças

O vereador líder do PPS na Câmara Municipal de São Paulo, Professor Claudio Fonseca, anunciou durante o Colégio de Líderes nesta terça-feira que ele e a vereadora Soninha Francine vão compor as duas principais comissões permanentes do Legislativo neste ano de 2018.

Todos os projetos de autoria do Executivo e dos vereadores tramitam por estas duas comissões: a prioritária, onde se analisa a legalidade e a consitucionalidade das propostas, é a Comissão de Constituição e Justiça, onde estará o vereador Claudio Fonseca; na Comissão de Finanças e Orçamento, está garantida a presença da vereadora Soninha Francine.

Claudio Fonseca: Voz em defesa da educação e dos servidores públicos ainda mais forte na CCJ

Ao assumir uma vaga na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Claudio Fonseca, que tradicionalmente integra - e no ano passado presidia - a Comissão de Educação, tem como objetivo reforçar ainda mais a defesa dos profissionais da educação e dos servidores públicos no Legislativo paulistano.

Neste ano em que projetos polêmicos e que tratam do dia-a-dia dos servidores estarão em pauta na Câmara, é importante reforçar a voz e o voto da categoria, que é contrária, por exemplo, às mudanças propostas pelo Executivo na Previdência Municipal (o PL 621/16, do prefeito João Doria).

É preciso também ressaltar que todos os projetos do Executivo ou de autoria dos vereadores iniciam a sua tramitação pela CCJ, que é responsável pelo parecer sobre a legalidade e a constitucionalidade de cada um desses projetos de lei.

Ou seja, a atuação do Professor Claudio Fonseca na Comissão de Constituição e Justiça, bem como a sua visão sobre os projetos que dão entrada na Câmara Municipal, será ainda mais abrangente do que já vinha ocorrendo quando atuava na Comissão de Educação.

Ganha o PPS, ganham os servidores públicos e ganha a Educação na cidade de São Paulo com o vereador Caudio Fonseca na CCJ em 2018. Excelente notícia.

De 2013 a 2018: Qual foi o nosso aprendizado?

O tempo passa, o tempo voa, mas a capacidade de aprendermos com a nossa própria história, erros e acertos, parece não ser tão rápida. Já são cinco anos das manifestações de 2013, que levaram milhões de brasileiros às ruas com uma lista de demandas difusas que estavam engasgadas na garganta.

E lá se viam as faixas, camisetas e os cartazes em cartolinas manuscritas exigindo mais respeito, qualidade de vida, melhorias na educação, saúde, transporte, segurança, justiça, contra os abusos de poder e a corrupção, e por uma nova política.

Naquela época, já prevíamos: "Tudo o que se disser agora será pouco e inconclusivo. O fato é que está se escrevendo a nova história do país. Consolidada a democracia, o povo quer mais."

O movimento - que cresceu espontaneamente, pela força das redes sociais, por fora dos partidos e das organizações tradicionais - atingiu o patamar das históricas manifestações pela redemocratização do país, as "Diretas já!" e os "caras-pintadas" que anteciparam o impeachment do presidente Fernando Collor. Não por acaso, desaguou anos depois em outro impeachment, o da presidente Dilma Rousseff.

Governantes foram questionados e desafiados. Todos eles: prefeitos, governadores e a então presidente da República. Acostumados a um raciocínio cartesiano, diziam-se dispostos a "negociar com os líderes do movimento", sem compreender a horizontalidade e o espontaneísmo das manifestações.

Iniciados a partir do Movimento Passe Livre, composto por meia centena de jovens bem articulados que defendiam a "tarifa zero" no transporte público, os protestos que começaram contra os 20 centavos do aumento da passagem escapavam de qualquer controle ou direcionamento político-partidário. Não havia líderes nem liderados. O que tomou conta das ruas foi a indignação do povo.

Todo aquele desabafo coletivo fazia bem para a alma. Hoje, cinco anos depois, teremos a oportunidade de tirar a prova deste aprendizado. Voltaremos às urnas para escolher homens e mulheres para a Presidência da República, para o Congresso Nacional e para os governos dos estados. Será que votaremos melhor? Votaremos diferente?

Daquele movimento espontâneo e embrionário de 2013 surgiram vários outros, estes organizados em torno de pautas bem definidas, que tentam despertar o espírito cívico dos brasileiros e clamam pela renovação da política. E assim nasceram Vem Pra RuaMBL - Movimento Brasil Livre, Agora, RenovaBR, Acredito, Livres, RAPS, Brasil 21Bancada Ativista, Roda Democrática e tantos outros.

As vozes das ruas e das redes ainda ecoam na política nacional. Alguma coisa está acontecendo. Não foi por acaso a repercussão positiva da Operação Lava Jato, nem a quantidade de políticos e empresários poderosos atrás das grades. Se essas mudanças são pontuais ou serão estruturais, culturais, definitivas, ainda não sabemos.

Não se tratava de um protesto motivado por míseros 20 centavos na tarifa de ônibus. O que uniu pessoas tão diferentes entre si foi a indignação e o descontentamento contra os abusos do poder, contra o descaso, contra o(s) governo(s), contra a corrupção, contra a desigualdade, contra a intolerância, contra a injustiça.

A profundidade e a importância dos acontecimentos, como em quase todos os fatos históricos, não saberemos agora, no calor das emoções, mas com o distanciamento crítico e o passar do tempo. Porém, os movimentos estão aí, fazendo a mudança, construindo um novo Brasil, queiram os velhos políticos ou não.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Marchinhas de Carnaval: Gilmar Mendes supera Temer, Lula, Doria, Cunha e Bolsonaro para se tornar o novo "muso" da baixaria nacional em ano eleitoral



O Carnaval é um prato cheio para a crítica social, a ironia, o deboche e a irreverência. Neste ano, como não poderia deixar de ser, a política e os políticos são personagens recorrentes das tradicionais marchinhas carnavalescas.

Mas, além de figurinhas carimbadas como Michel Temer, Lula, Bolsonaro, Eduardo Cunha e João Doria, é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quem desponta como alvo principal dos foliões politizados de 2018.

O #ProgramaDiferente reúne os melhores hits do momento neste clima de tamanha polarização, abrindo com muito bom humor o ano de eleição, e apresenta o novo "muso" da baixaria nacional. Assista.

Leia também:

Os 100 anos do Cordão da Bola Preta no #ProgramaDiferente

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Vereadores do PPS falam sobre a retomada dos trabalhos na Câmara Municipal de São Paulo

No reinício dos trabalhos em plenário na Câmara Municipal de São Paulo, com a primeira sessão realizada nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, os vereadores Claudio Fonseca e Soninha Francine reforçam a comunicação direta com os eleitores e cidadãos paulistanos.

Em um ano que promete ser árduo e polêmico, marcado pelas eleições de outubro e por debates complexos no Legislativo, a bancada do PPS já começou com a corda toda. Informação, transparência e clareza nos posicionamentos pessoais e partidários são essenciais. Ponto para ambos.

No primeiro pronunciamento do ano no plenário como líder do PPS, Claudio Fonseca reafirmou a sua posição contrária ao aumento da contribuição previdenciária dos profissionais de educação e servidores públicos do município, sempre na luta pelos direitos dos servidores da capital. Assista.

Em reportagem do SPTV, da Rede Globo, Claudio Fonseca também se manifestou: “O argumento da Prefeitura é de ocasião. É para convencer a sociedade de que tem de fazer a reforma da Previdência como solução de todos os males da cidade”. Veja aqui a matéria.

Já a vereadora Soninha Francine prestou contas do seu mandato, explicou em vídeo o planejamento que realizou com toda a sua equipe no último dia do recesso de janeiro (veja aqui) e também comentou sobre a retomada do trabalho em plenário e as expectativas para 2018 (assista).

Leia também:

Eleições de 2018 vão sacudir a Câmara de São Paulo

Câmara retoma trabalho com ausência do prefeito João Doria, que não quis enfrentar protesto contra reforma da Previdência Municipal