terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Por um Brasil mais justo e sustentável em 2014


Nesta época em que celebramos o Natal e projetamos um Ano Novo de conquistas e alegrias, vamos também renovar o nosso compromisso com os amigos do PPS e com a sociedade, reiterando as nossas bandeiras pela equidade, pela justiça social e pela sustentabilidade.

Que a partir de 2014 possamos reafirmar e reposicionar o PPS verdadeiramente como o partido das liberdades, da diversidade, do estado democrático de direito e da participação direta dos cidadãos na política.

Que sejamos sensíveis às vozes das ruas, das redes e das urnas, que reivindicam um novo perfil para uma política diferenciada, mais plural, moderna, transparente, ética, democrática e republicana.

Que, com esse espírito, o PPS também se renove e se reinvente na consolidação de “Uma Nova Agenda para o Brasil”, por uma Nova Política, uma Nova Economia e um Novo Governo.

Estaremos juntos outra vez, neste próximo ano, lutando por um Brasil melhor, mais justo e mais fraterno.


Relembre algumas postagens e os assuntos mais comentados de 2013:


Dezembro 


Por um 2014 pra se livrar do 13 (dilma vez por todas!)


Moacir Longo, 83, cassado pela ditadura, tem mandato restituído


Novembro
  
Bolsa Família: a fórmula do sucesso eleitoral do PT

O jogo dos 7 erros da Prefeitura de São Paulo

Receita petista para a fabricação de um mártir

PT, a farsa: dos presos políticos aos políticos presos


Outubro 

Silvio Santos vem aí... e as Dilma pira! 

"Política em rede" x "Pesca de arrastão" 

E o "Verde" do ausente Haddad cai de maduro... 

Se a moda pega... Mais uma paródia política? 

Marina fora da eleição de 2014 não me representa! 


Setembro 

Vamos falar da eleição sem meias palavras? 

Dilma: quando a comédia e a tragédia se encontram 

Como fazer política diante do descrédito do povo? 

Mais médicos, menos políticos 


Agosto 

O que Haddad diz sobre os 10 mortos em São Mateus?

O "pós-PT" em ritmo de frevo com Eduardo Campos 

Haddad e as mentiras do arco da velha 

Nas ruas e nas redes: o "novo" e o "velho" na políca 


Julho 

Querida presidente "tontinha" e o Brasil "lascado"

Quem me representa? (Só que não) 

A esquizofrenia e o DNA golpista do PT 

Maioria da CPI era contra investigação. E agora? 


Junho 

Causos da Câmara Municipal de Saramandaia 

Líder? Que líder? Será o fim da velha política? 

PT e PSDB: os dois lados da moeda de 20 centavos 

BRASIL VAI ÀS RUAS E FAZ HISTÓRIA 


Maio 

Boataria sobre Bolsa Família expõe Governo Dilma 

PT odeia classe média, mas ama elite 

"Permaneçam como estão, cadeiras... Aprovado!" 

PT "pega pesado" no poder? Imagina... Quase nada! 


Abril 

Agora o PT quer monopolizar os Três Poderes? 

Câmara de SP aprova "trem da alegria" de Haddad 

Passa golpe contra #Rede de Marina e fusão do PPS 

"Pós-PT": as chances de Marina e Eduardo Campos 

E essa calçada pode, prefeito Fernando Haddad? 

Câmara paulistana segue como "mundo paralelo" 


Março 

Haddad apresenta plano de metas de "faz-de-conta" 

Vereadores propõem homenagem à ação da ROTA 

Trator de Haddad acaba com inspeção veicular anual 

PT, 33 anos de vida, 10 anos de poder... Socorro!!! 


Fevereiro 

Marina cita PPS como aliado preferencial da #REDE 

Sobre ética e transparência na Câmara Municipal 

PT: "relação republicana" com a base governista??? 

Contra segregar Segurança de Direitos Humanos 


Janeiro 

Câmara publica "repreensão" contra Blog do PPS 

Marina anuncia novo partido e PPS aplaude iniciativa 

A posse de Genoíno: nem tudo que é legal, é ético 

Ari Friedenbach e Ricardo Young são empossados

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Prefeito Fernando Haddad, a vergonha nacional!

Se não bastasse já ter se mostrado um péssimo administrador e um político da pior espécie, ao contrário do que vendeu a propaganda enganosa do PT na eleição, apresentando-o como o "novo" que São Paulo precisava, o prefeito Fernando Haddad também se revela agora um chantagista irresponsável e mentiroso contumaz.

Ao ir ao Supremo Tribunal Federal e à imprensa ameaçar que, se o IPTU não fosse reajustado nos índices de 20% a 35%, como aprovado a toque de caixa por sua base cooPTada, a cidade sofreria cortes orçamentários nas áreas sociais, sobretudo na Educação, Transporte e Saúde, Haddad revela o seu caráter e o DNA golpista do PT.

Além de acirrar uma luta de classes inexistente nesta questão do aumento abusivo do IPTU, reforçando a tese falaciosa do "POBRE x RICO", como se, além de pobre, o cidadão paulistano de baixa renda fosse também um idiota e quisesse pagar mais impostos.

Mas essa mentira não cola, Haddad! Não venha querer rotular de "elite", "direita" ou "Casa Grande" (em referência irônica à ação da FIESP, pois então quem seria a "senzala"? Que vergonha alheia, meu Deus!) os opositores do escorchante IPTU do PT!

Até porque esse aumento abusivo é pago por todos nós, pobres e ricos, proprietários e inquilinos de imóveis, seja diretamente no carnê do imposto ou pelo repasse indireto nos preços do comércio, da indústria e dos prestadores de serviços.

O que todo cidadão de São Paulo espera de um prefeito digno é uma administração transparente, moderna e eficiente, que faça mais com menos, que saiba gerir seus recursos e cortar na própria carne os abusos e privilégios.

Não queremos um político chantagista e sabotador, que venha nos ameaçar com o sucateamento de creches, escolas e hospitais enquanto a sua base segue inflando a máquina pública e loteando o cabidão de cargos do governo para, num termo muuuuuito antigo mas numa ação que infelizmente nunca saiu de moda, "assaltar o butim".

Não é a primeira chantagem do prefeito. Trata-se do modus operandi petista. Ainda candidato, Haddad alegava ser o único que, por "comPTência" quase divina, teria tratamento privilegiado da presidente Dilma Roussef para governar São Paulo em "parceria com o governo federal", recebendo recursos bilionários para novos investimentos e renegociando a dívida da cidade.

A mentira não resistiu aos primeiros meses no cargo. Não foram apenas barradas as pretensões de renegociação especial da dívida do município, como Haddad tomou ainda um "passa-moleque" de Lula e Dilma, saiu ridicularizado do episódio dos 20 centavos da tarifa de ônibus - que desencadeou as históricas manifestações de junho - e virou um estorvo para o PT e para a cidade.

De "NOVO", portanto, Haddad não tem nada. É só o mesmo PT, da velha política, "DE NOVO"!
Tudo farinha do mesmo saco.

Da "Martaxa" ao "Malddad" pouco mudou. Ou, convenhamos, na verdade houve um aprimoramento dos métodos maquiavélicos e corrosivos da ética e do trato com a coisa pública.

Naquela época, o PT ainda fingia ser oposição a Maluf, Collor, Sarney... Hoje são todos parceiros. Ou cúmplices.

São Paulo queria um PREFEITO QUE FAZ, hoje enxerga o MALFEITO QUE FEZ.

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O povo não é bobo e vê a ruindade de Haddad  

Por um 2014 pra se livrar do 13 (dilma vez por todas!)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Por um 2014 pra se livrar do 13 (dilma vez por todas!)

Tem gente que acha que há um certo exagero na oposição anti-petista, que o governo não é tão ruim assim, que poderia ser pior, que houve avanços nos últimos anos... Ok, vamos admitir que o país avançou em alguns indicadores sociais. Mas vamos raciocinar juntos sobre o que significa manter o PT no comando do país, sem preconceitos e sem pré-julgamentos.

O presidente Lula foi eleito em 2002. Governou por oito anos e escolheu como sucessora, na eleição de 2010, a "técnica" Dilma Roussef, com fama de gerentona competente e "mãe do PAC".

Só que, hoje, ninguém mais lembra do tal "Programa de Aceleração do Crescimento", tamanho o nível de atraso, a falta de planejamento e a incompetência governamental. Repleto de obras emPACadas, a sigla virou sinônimo de "Plano de Aceleração da Corrupção", ou "Programa de Ações Cosméticas". Um fracasso retumbante!

Para a reeleição de Dilma, o marketing do PT aposta em outras duas vitrines: o velho Bolsa Família, que não para de crescer e não oferece a chamada "porta de saída" para as famílias atendidas, e o apelativo Mais Médicos, novo placebo petista para uma deficiência crônica na saúde pública.

Vejamos: Se o PT tivesse começado a atuar verdadeiramente desde o seu primeiro ano de governo, em 2003, para resolver os problemas sociais do país, não precisaríamos agora, 12 anos depois, recorrer a truques marqueteiros como o Bolsa Família e o Mais Médicos.

Se a Educação tivesse sido priorizada, em vez se servir de trampolim eleitoral para os ministros Tarso Genro, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante, da Educação, e Alexandre Padilha, da Saúde, teríamos formado duas novas gerações de médicos, sem precisar recorrer a profissionais estrangeiros. Isso para mencionar apenas o curso de Medicina e mostrar que o problema não é a "herança maldita" dos governos anteriores, mas culpa do próprio PT.

Uma criança que entrou no 1º ano do Ensino Fundamental em 2003, no início do governo Lula, estará às portas do vestibular no final do Governo Dilma, concluindo o 3º colegial em 2014. Perguntamos: No que melhorou a vida destes estudantes em todo esse período? O ensino público no país continua a mesma porcaria!

Um aluno da rede pública segue mal preparado e sem condições de acesso à universidade gratuita, a não ser por intermédio de cotas, ou de absurdos programas de financiamento para faculdades particulares. Enquanto isso, a maioria dos universitários que não precisam pagar um único centavo em seus cursos superiores são oriundos de colégios pagos. O PT foi incapaz de corrigir essa distorção e de melhorar a estrutura de ensino no Brasil.

As bolsas e programas assistencialistas, inflados ano após ano, também demonstram a incapacidade do PT para resolver o problema estrutural do país. Números crescentes de famílias cadastradas não demonstram o sucesso do governo. Ao contrário. Em vez de propiciar a ascensão social e criar condições para o desenvolvimento humano, pereniza a dependência desses brasileiros à esmola e ao paternalismo estatal.

Tratamos aqui apenas dos problemas sociais mais gritantes, e muito por alto, mas o suficiente para demonstrar a inconsistência do programa de governo do PT. Não entramos aqui em questões econômicas, no descaso com a vida, com o meio ambiente e as gerações futuras, nem criticamos a inoperância do PT com transportes e mobilidade, infra-estrutura, saneamento, portos, aeroportos, estradas, habitação, matriz energética, relações internacionais etc.

Também não mencionamos outros casos emblemáticos, já tratados à exaustão, como o mensalão, os ataques do PT às instituições democráticas e republicanas, a ameaça às liberdades individuais e coletivas, o aparelhamento do Estado, o inchaço e o loteamento da máquina, o abandono de princípios básicos da descentralização do poder, da transparência e da participação popular (como orçamentos participativos, plebiscitos, referendos), a perseguição sistemática e a retaliação aos opositores ou a cidadãos independentes, a cooPTação de forças retrógradas (representadas nas figuras de Sarney, Collor, Maluf, das bancadas ruralista e evangélica etc.).

Ou seja, está provado por A + B que o PT traiu o eleitor brasileiro. Quem elegeu os governos petistas comprou gato por lebre. Não é à toa que boa parte das lideranças históricas mais representativas do Partido dos Trabalhadores (para citar apenas alguns: Marina Silva, Luiza Erundina, Heloísa Helena, Hélio Bicudo, Plinio de Arruda Sampaio, Fernando Gabeira, Cristóvam Buarque, Chico Alencar, Ivan Valente, Vladimir Palmeira, Chico de Oliveira, César Benjamim) pularam fora do partido, assim como aliados históricos se tornaram dissidentes (está aí o PSB de Eduardo Campos para confirmar).

Portanto, desejamos que em 2014 o Brasil se liberte definitivamente do 13! Do ano de 2013, com seus escândalos, tragédias e desmandos, e do 13 na urna eletrônica, com essa corja de políticos corruPTos e incomPTentes. De uma vez por todas! PT, saudações.

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Ao Haddad com ca(r)rinho, direto do trânsito de SP...

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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Seja bem-vindo ao Brasil, Edward Snowden (#sqn)

O denunciante do esquema mundial de espionagem executada pelo governo norte-americano, Edward Snowden, estaria solicitando asilo político no Brasil à presidente Dilma Roussef.

Não é bem isso que se viu na manifestação do próprio Snowden, mas qual foi a resposta imediata do governo federal, marcado pelo DNA antidemocrático do PT? Informar que negaria o pedido, é óbvio! Não poderia se esperar atitude diferente dessa milícia PTralha.

A indicação do pedido de asilo político estaria em uma "Carta Aberta ao Povo do Brasil", escrita por Snowden e antecipada pela Folha, antes de ser supostamente enviada a autoridades do governo e que faria parte de uma campanha on-line, hospedada no site da ONG Avaaz, especializada em petições.

Em troca da concessão de refúgio no Brasil, Snowden estaria prometendo colaborar com a investigação sobre as ações sigilosas da NSA (Agência de Segurança Nacional). Ele nega. Diz que apenas explicou a sua situação, não propôs nenhuma "troca" nem pediu privilégios.

A campanha pró-Snowden, segundo informa a imprensa, seria liderada pelo brasileiro David Miranda, namorado de Glenn Greenwald, o jornalista que revelou o esquema de espionagem. A ideia é sensibilizar o governo Dilma a conceder abrigo a Snowden, ex-agente de inteligência do governo americano, que está asilado provisoriamente na Rússia.

Sobre este assunto da espionagem e também do marco civil da internet, vale a leitura do nosso artigo "Terceira gaveta, no canto esquerdo", publicado na Revista Política Democrática de dezembro:

Documentos divulgados pelo ex-funcionário da inteligência americana Edward Snowden indicam que o governo dos Estados Unidos realizou operações de vigilância em massa no mundo todo - incluindo países aliados e potenciais inimigos, sem exceção.

Da presidente Dilma Roussef à chanceler Angela Merkel, da Petrobras ao Papa Francisco, ninguém escapou dos tentáculos da espionagem deste Big Brother da vida real, com métodos que nivelam Obama a Osama, rebaixando o até então festejado líder global ao patamar do terrorista número 1 do mundo, inimigo da liberdade e da democracia.

O Brasil ainda engatinha nesses avanços tecnológicos, que servem tanto para o bem quanto para o mal. A reboque dos acontecimentos, o governo brasileiro finge indignação para implementar o marco regulatório da internet. Pura canastrice. Afinal, está no DNA petista o desejo de regular tudo - Estado, mercado, mídia, sociedade - e submeter-nos todos aos interesses do partido dominante. Como nunca antes na história deste país...

Que exista uma lei para regulamentar os princípios, as garantias, os direitos e deveres de quem usa a rede, é justo e necessário. Mas qual o limite do papel do Estado neste marco civil? A simples regulamentação dos serviços prestados ou o controle absoluto (econômico, social, jurídico e político) de temas como a neutralidade da rede, a privacidade, a retenção de dados, a função social da internet e a responsabilidade civil e criminal de usuários e provedores?

Quem decide, afinal, o que é certo e o que é errado na internet? Esse Congresso fisiológico que vota em função do espaço loteado no governo, que não cassa deputado preso, que tenta calar os partidos de oposição, que desrespeita princípios constitucionais básicos e despreza direitos garantidos, além de parecer autista às principais reivindicações das redes, das ruas e das urnas?

O histórico da mão pesada do Estado no controle das liberdades individuais e coletivas, além de representar uma constante ameaça às conquistas democráticas e republicanas no Brasil, traz inúmeros exemplos negativos da sobreposição de interesses particulares aos interesses da maioria.

Mas o risco latente é sempre o mesmo: o lobby de setores econômicos e políticos, que também se sobrepõe à vontade da sociedade, e o exagero no rigor do centralismo governamental. E aí proliferam indistintamente esses marcos regulatórios, seja o já citado da internet, ou o das comunicações, da energia, da saúde, da educação etc., nem sempre garantindo a melhor qualidade na prestação dos serviços de utilidade pública, mas certamente atendendo aos desejos do partido dominante e à sua base de sustentação.

“É a política, idiota!”, deveria ser a primeira lição de qualquer cartilha básica de marketing. Tudo gira em torno da conquista ou da manutenção do poder. Aquele objetivo que justifica “fazer o diabo” para ganhar uma eleição, como ensina a presidente Dilma Roussef, para delírio da milícia petista e desgosto de quem se opõe a esses métodos deploráveis da velha política.

Mas, enfim, os recentes acontecimentos expõem detalhes inacreditáveis da espionagem patrocinada pelos governos no mundo inteiro: do presidente norte-americano, o democrata Barack Obama, ao prefeito de São Paulo, o poste Fernando Haddad, surgem notícias de grampos, escutas, investigações.

Se bem que o nosso exemplo doméstico não tem o requinte tecnológico nem o charme dos grandes espiões. Aqui no Brasil, os caçadores de corruptos se confundem com a caça desde os tempos de Fernando Collor – e, não por acaso, ele próprio, além de figurinhas emblemáticas como Maluf, Sarney, Renan, Feliciano, Delfim, mensaleiros, igrejeiros, ruralistas e uma infindável lista de políticos “tradicionais” (no pior sentido do termo) compõem a coalizão governista do chamado “lulopetismo”.

Vale esta citação para um rápido exercício mental: imagine agora se tivéssemos acesso a uma escuta das conversas entre a presidente Dilma e esses aliados do governo... (pausa)... Não, melhor nem imaginar. Ninguém merece. Faria corar porteiro de casa de tolerância.

O último caso de espionagem à brasileira que veio a público e desperta atenção tem como protagonista Fernando Haddad.

Se ele não tiver sucesso à frente da Prefeitura de São Paulo, como tudo indica diante da lambança que vem promovendo na cidade, já pode investir no pastelão ou em séries de realismo fantástico. Quem sabe, até suceder Maxwell Smart, o famoso "Agente 86", ou o impagável Inspetor Clouseau.

Porém, antes, Haddad precisa definir melhor o seu personagem: é o "xerife" no combate pessoal e incansável à corrupção na Prefeitura de São Paulo, colocando até dinheiro do próprio bolso para investigar e caçar os malfeitores, ou é aquele que ficou sabendo de tudo "pelos jornais", para não se comprometer?

Há, aqui, uma contradição gritante. Aliás, isso já virou rotina para Haddad. Mas, nesse caso da espionagem brancaleone que levou à prisão funcionários de confiança do município, o prefeito exagerou: chegou a acusar que houve "encenação" dos suspeitos nas escutas, para justificar tudo aquilo que não lhe convém; como, por exemplo, a menção de nomes de operadores políticos do PT e seus auxiliares diretos nas irregularidades. Ops! Perigo! Perigo!

Ato contínuo, a mídia chapa-branca e a milícia virtual nas redes sociais se apressaram em divulgar, naquele tom heróico que só o lulismo é capaz, que Haddad bancou do próprio bolso um QG de investigação (alugando pessoalmente um escritório vizinho ao local onde era repartido o dinheiro público desviado) para promover uma “escuta ambiental” e prender os funcionários corruptos, reforçando o tradicional marketing petista e um aparentemente involuntário realismo fantástico de fazer inveja a Saramandaia.


Tudo soa muito estranho, ainda mais quando parte da imprensa se esforça para associar a corrupção apenas ao antecessor de Haddad, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), sendo que surgem vínculos cada vez mais concretos de lideranças do PT com os funcionários de confiança corruPTos, que foram mantidos em seus cargos e até promovidos na atual gestão.

Para piorar, segundo o próprio prefeito e a Promotoria, os políticos citados devem ficar de fora das investigações. Como se fosse possível supor que apenas funcionários do segundo escalão mantivessem um esquema tão complexo de corrupção na Prefeitura, atravessando diversas gestões e desviando pelo menos R$ 500 milhões dos cofres públicos. Aham! Acredite se quiser!

Tudo isso posto, eis que surge outra ironia do destino: após 40 anos de vida pública, enquanto este novo esquema de corrupção vem à tona na Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf é enfim condenado pela Justiça. Sinal dos tempos?


No país da piada pronta, o deputado Maluf, presidente do PP paulista e aliado do PT nos governos federal e municipal, vai virar "ficha-suja" só agora, mesmo depois de inúmeros escândalos e denúncias: que vão da entrega de Fuscas aos campeões da Copa de 70, passando pelo "frangogate" e pelo propinoduto de obras superfaturadas, entre outras suspeitas que já lhe custaram desde uma estadia nada agradável na prisão a uma página de “procurado” no site da Interpol.

Incrível a semelhança entre os postes de Maluf e de Lula: há exatos 15 anos estourava outro escândalo famoso na Prefeitura de São Paulo, a "Máfia dos Fiscais", que culminou com o afastamento temporário do então prefeito Celso Pitta (que também seria preso dez anos depois), a cassação e prisão de vereadores da base malufista.

Bom, deixa pra lá... Não vamos voltar ao passado, nem entrar nos detalhes desses casos de corrupção na política. Tratemos do assunto da espionagem e das tecnologias que estão acabando com a privacidade de qualquer cidadão no mundo inteiro.

A verdade é que todo mundo tem um pouquinho de inveja de Edward Snowden, Glenn Greenwald, Julian Assange & cia. Nós, jornalistas, queríamos ser um deles. E, os políticos, ter um a serviço.

Do Deep Throat do Watergate aos escândalos tupiniquins (mensalão do Lula, pasta rosa, aloprados, anões do orçamento, impeachment do Collor, compra de votos para a reeleição de FHC, Rosegate, assassinato dos prefeitos do PT etc.), passando por todas as operações com nomes insólitos da Polícia Federal, CPIs encerradas e enterradas, fraudes em licitações e todo tipo de denúncias e suspeitas, há sempre um grampo ou um dossiê na história.

Mal comparando, é quase como a polêmica das biografias não-autorizadas. Todo mundo gosta, desde que não fale de si próprio, mas do outro.

A Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) é o SNI que deu certo. No lugar dos nossos arapongas atrapalhados com bloco de anotações, gravador e máquina Polaroid, um bando de nerds bisbilhota a sua vida e a minha sem sair da frente do tablet. São os biógrafos não-autorizados, verdadeiros black blocs da intimidade alheia.

"O que você faz quando ninguém te vê fazendo, ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?", brinca o rock do Capital Inicial. É o hino do mundo moderno. O GPS do carro ou a antena do celular localizam cada um de nós no mapa mundi a cada segundo. Sem carro ou celular, não use o bilhete único, porque a central de transporte saberá em que ônibus você está. A empresa do vale refeição tem a sua rotina diária de almoço, café e jantar. O cartão do banco conhece suas preferências, gosto pessoal e extravagâncias.

Saia à rua bem alinhado, porque as câmeras de segurança das casas, do comércio e do controle de tráfego vão te flagrar em todos os ângulos. Sorria 24 horas por dia, porque você estará sendo filmado. E, se cometer alguma ilegalidade, vá em 10 minutos ao Youtube ou no telejornal em horário nobre para conferir as imagens. Corta pra 18: você estará lá!

Facebook, Google, Microsoft, Yahoo, e-mail, Whatsapp, telefone, Twitter: não há senha, criptografia ou mal de Alzheimer capaz de fazer esquecer algum detalhe da sua rotina. Tudo estará devidamente arquivado na memória coletiva. Na nuvem, a virtual, que aproxima o céu do inferno de maneira impressionante. E me retorna à lembrança, ideia fixa, a presidente Dilma dizendo que "vale fazer o diabo para ganhar a eleição". Só por Deus!

Na cartilha do marketing de guerrilha petista, vale tudo: uma lição virtual recente, daquelas que causam a chamada "vergonha alheia", foi colocar a presidente Dilma Roussef por mais de uma hora interagindo com a sua paródia no twitter, a Dilma Bolada. Tudo devidamente registrado e oficialmente divulgado para marcar o retorno de Dilma – a original – às redes sociais.

A receita: pegue uma presidente com fama de gerentona, sem nenhuma pitada de carisma e empatia, em baixa nas pesquisas, misture na panela um simpatizante engraçadinho, Jeferson Monteiro, que imita no twitter e no facebook os trejeitos estereotipados da "presidenta", adicione 1 kg de recursos públicos, mais uma dúzia de milicianos virtuais patrocinados com dinheiro do Estado, coloque em fogo brando e pronto! Sai um factóide prontinho para ser consumido pela imprensa chapa-branca.

A conta pessoal de Dilma Roussef no twitter estava inativa desde 2010, com quase 2 milhões de seguidores. "Eu voltei, voltei para ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar", anunciou a presidente em sua reestréia virtual, em setembro de 2013, citando trecho da música "O Portão", de Roberto Carlos, de quem Dilma se diz fã. Por sorte os internautas foram poupados do verso "Meu cachorro me sorriu latindo!".

Mas o rebanho de jornalistas domesticados, militantes e seguidores cooPTados estava a postos, destilando o ódio de praxe em 140 toques contra os críticos da ação ostensiva e agressiva do marketing governamental, como o twitter @23pps.

Entre outras amenidades, mimimis e tentativas de fazer graça, Dilma Roussef comentou reportagem da revista "The Economist", que atacou a política econômica do governo, retuitou sua alter-ego digital, que chamou a publicação britânica de "The Recalconomist", e fez comentários auto-elogiosos sobre o Programa Mais Médicos e o episódio de espionagem americana.

O tweet final foi sobre o suposto passeio de moto que Dilma teria feito em Brasília, na mais inverossímil vibe de "rebelde sem causa", que teria "vazado" na imprensa (e tem gente que acredita...). Dilma Roussef respondeu à Dilma Bolada: "Sim & me diverti pra valer. Será que vc tem carteira pra dirigir moto? Se tiver, da próxima vez, podemos atuar no 8º Velozes e Furiosas".

Uau, que presidente mais humana, gente! Outra vontade inconfessável que “vazou” para a imprensa (essa que trata o publicitário João Santana como guru iluminado): Dilma também gostaria de dar umas escapadinhas para namorar... Ahhhh! Cuti-cuti! Que fofa essa Dilminha (só que não)! Mais fake, impossível!

Já estou até prevendo que no dia 5 de outubro de 2014, quando este redator for procurar o título de eleitor na bagunça do próprio quarto, vai receber um torpedo ou uma chamada no Skype da Dilma Bolada, a paródia estatizada, com aqueles trejeitos estereotipados: "Já olhou na terceira gaveta, no canto esquerdo, meu querido?"

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Gestão Haddad: é possível piorar sempre mais!

O prefeito Fernando Haddad não se contenta com pouco: ele precisa ser muito, mas muito muito muito ruim mesmo! E olha que a concorrência é difícil. A cidade de São Paulo já foi administrada por Celso Pitta, até então o símbolo máximo do desgoverno municipal. Mas a criatura de Lula chegou para superar a invenção desastrosa de Paulo Maluf.

Quando a gente pensa que já atingiu o fundo do poço, Haddad nos surpreende e vai além. É o trânsito caótico com faixas de ônibus mal planejadas, é o corte de linhas na periferia, é o aumento abusivo do IPTU, é a trapalhada dos 20 centavos na tarifa do transporte, é o tiro no pé como caçador fajuto de corruptos...

Parece inegável: Haddad faz o paulistano sentir saudade de Kassab, que nos últimos anos já não foi grande coisa, ao privilegiar seu novo partido adesista em vez de cuidar da cidade. Mas Haddad consegue ser pior! Muito pior! É incompetente, é despreparado, é desorientado.

Ontem Haddad cometeu mais uma frase antológica (ou seria "antalógica"?): "É mais fácil ser governador do que prefeito". Tá certo. Pra facilitar a vida dele (e a nossa), Haddad poderia renunciar a Prefeitura e disputar a eleição ao Governo em 2014. Que tal?

Inovou-se na gestão de São Paulo: é um nível de incomPTência inimaginável até para quem já viveu as agruras de Luiza Erundina (não por culpa dela, mas do partido) e de Marta Suplicy (esta dispensa comentários). Criou-se uma insegurança jurídica e administrativa ao ponto de a própria base de sustentação na Câmara Municipal, que tem maioria folgada, não saber como agir na votação do Orçamento, que passaria com tranquilidade na próxima terça-feira.

O prefeito - eleito com a promessa do "novo" - é um pesadelo recorrente para a cidade, mas convenhamos que é o sonho de qualquer partido de oposição. Chega a dar pena de bater tanto, de criticar a péssima administração e os desmandos de Haddad... Ah, dá dó!

E a ruindade contamina. Tem secretário afastado por suspeita de corrupção, tem inoperância nas subprefeituras, tem uma nulidade absurda na saúde e na educação, tem corte de verbas inexplicável para as áreas sociais, tem manipulação na eleição dos conselhos representativos.

Na Câmara, a CPI do Transporte confirma todas as suspeitas negadas pelo seu presidente, vereador Paulo Fiorilo: foi chapa-branca e passou longe de abrir a chamada caixa-preta do sistema de ônibus da cidade. Isso não é simplesmente a opinião da oposição, mas são os fatos registrados pela imprensa. Leia: Controlada por Haddad, CPI 'esquece' ônibus e mira PSDB.

Para piorar, o DNA golpista do PT vem se manifestando cada vez forte no comportamento de seus líderes, que não se furtam (furtam? ops!) de atacar as instituições democráticas e republicanas. Começaram contra o ministro do STF, Joaquim Barbosa. Agora apelam contra todos os juízes e promotores que ousam questionar os abusos do PT. Veja: Queixas sobre o IPTU são de juízes 'abastados', diz petista.

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Justiça suspende aumento do IPTU de Haddad

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Justiça suspende aumento do IPTU de Haddad

O Tribunal de Justiça decidiu barrar nesta quarta-feira (11) o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A lei que estabelece o aumento de até 20% no IPTU para residências e até 35% para comércio e indústria em 2014 foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) após uma disputa de liminares.

Por maioria de votos, os desembargadores que integram o Órgão Especial do TJ-SP concederam agora outra liminar, que suspende a eficácia da lei até o julgamento do mérito do caso.

No mês passado, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o diretório estadual do PSDB ingressaram com duas Adins (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) para tentar barrar o reajuste do imposto.

Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, "não é razoável aumentar um imposto acima dos ganhos de renda da população, assim como não é razoável usar critérios para reavaliar os imóveis que não foram discutidos e, portanto, são obscuros".

O PSDB argumentou que o aumento do imposto fere o princípio da razoabilidade por usar índices muito superiores ao da inflação do período.

Batalha jurídica

O reajuste do IPTU tem sido alvo de uma batalha jurídica. A pedido do Ministério Público Estadual, e em caráter liminar, a Justiça chegou a suspender o aumento do imposto, mas a prefeitura conseguiu derrubar a decisão em recurso aceito pelo Tribunal de Justiça.

No dia 4 de novembro, uma ação civil pública foi ajuizada, questionando a legalidade da aprovação do projeto. No dia seguinte, o juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, concedeu liminar  para barrar a sanção do projeto aprovado na Câmara Municipal.

Mesmo assim, a sanção da lei foi publicada no "Diário Oficial da Cidade". O mesmo juiz, então, emitiu outra liminar reafirmando a decisão e depois rejeitou pedido de Haddad para que reconsiderasse a decisão do aumento. No dia 13 do mês passado, a a prefeitura derrubar a liminar (com informações do UOL).

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