quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Selvageria dentro e fora da Câmara dos Deputados

Do lado de fora, um bando de marionetes e viúvas do petismo depredando Brasília, prédios públicos, colocando fogo em carros de emissoras de TV e de cidadãos que deram o azar de passar na frente da turba de vândalos manipulados por políticos irresponsáveis e seus movimentos cooPTados.

Do lado de dentro, outro bando de inconsequentes, estes os deputados de vários partidos (à esquerda e à direita, governistas e oposicionistas), unidos em benefício próprio para dilacerar as medidas contra a corrupção e se vingar de juízes e promotores que ousaram desafiar a impunidade dos corruptos.

Dos dois lados, dentro e fora, a retaliação pelos motivos equivocados.

Uma vergonha!


Leia também:


Senador Cristovam Buarque assume presidência da FAP neste sábado, na Câmara de São Paulo

Em solenidade neste sábado, 3 de dezembro, a partir das 10h da manhã, tomarão posse os novos diretores e conselheiros da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) para o biênio 2017-2018, na Câmara Municipal de São Paulo.

O novo presidente do Conselho Curador é o senador Cristovam Buarque (PPS/DF), e o diretor-geral é o jornalista Luiz Carlos Azedo, colunista político do Correio Braziliense. A presidência de honra será ocupada pelo cientista social Luiz Werneck Vianna, mestre em ciência política pelo Iuperj e doutor em sociologia pela USP.

Entre as presenças confirmadas no ato, para uma exposição sobre o atual momento do Brasil, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros da Cultura, Roberto Freire, e da Defesa, Raul Jungmann, ambos do PPS. Também devem comparecer representantes das fundações partidárias vinculadas ao PSDB, ao PMDB, ao PSB e ao PV, entre outros parlamentares, intelectuais, dirigentes partidários e lideranças políticas.

Campanha de combate à Aids e ao preconceito



O #ProgramaDiferente desta semana é um especial sobre a prevenção contra o vírus HIV e o combate ao preconceito, culminando com o Dia Mundial contra a Aids, no dia 1º de dezembro. Vivemos uma época em que o número de pessoas contaminadas vem aumentando, culpa da desinformação e da falsa ideia de que a Aids é como qualquer outra doença crônica, com a qual a pessoa infectada pode conviver sem maiores consequências. Mas não é bem assim. Assista.

Aqui você vai rever uma das primeiras reportagens no Brasil que tratava do surgimento da doença, ainda no início dos anos 80. Muita coisa mudou no conhecimento sobre a Aids, as suas causas e consequências. Só uma coisa permanece exatamente igual: a importância da boa informação e da prevenção para preservar vidas.

Veja o depoimento do médico Drauzio Varella, um dos maiores especialistas no tema, e também uma reportagem exclusiva sobre o lançamento do livro "Esquadrão das Drags – Arte, Irreverência e Prevenção em Toda Parte", das jornalistas Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, sobre a atuação de um grupo de drag queens que realiza campanhas sobre a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, drogas, combate ao preconceito e a busca da cidadania plena.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O político que não aprender com os erros vai ser arrastado pela avalanche das redes e das ruas



É incrível como alguns políticos não aprendem nunca! Olham mas não enxergam, ouvem mas não escutam. São insensíveis às demandas da sociedade, incapazes de pensar a política como mediadora de interesses públicos legítimos e permanecem indiferentes à atual exigência de mudanças que se apresenta nas ruas desde 2013. Nem dois impeachments de presidentes da República em pouco mais de duas décadas serviram de aprendizado.

O Brasil está mudando - e isso não é simples frase feita. É realidade. Não é possível ainda diagnosticar se muda para melhor ou para pior, se o viés majoritário é liberal ou conservador, se avança ou retroage, como advogam os defensores de um pólo e outro da política mais tradicional (e arcaica), à esquerda e à direita, mas é evidente que o eleitorado está cada vez mais intolerante às práticas e costumes políticos que nos trouxeram a este momento caótico.

A tendência é que as mudanças se aprofundem. Se é fato que não vencemos ainda a corrupção, o autoritarismo, o fisiologismo, o clientelismo, o corporativismo, também é verdade que caminhamos a passos largos para uma nova forma de compreender, exercer e fiscalizar a política. Quem não abrir os olhos para a nova realidade será arrastado na avalanche das redes e das ruas.

O caso do ministro Geddel Vieira Lima é bastante emblemático. A queda do sexto integrante do governo de transição do presidente Michel Temer em seis meses não acontece por acaso, nem é mera intriga da oposição. É retrato da cultura desses velhos inquilinos do poder, que não acordaram ainda para a realidade em que um novo eleitor, mais exigente e consciente, torna-se o verdadeiro senhorio da democracia.

Não é por acaso que figuras como o senador Romero Jucá, presidente nacional do PMDB, outro abatido em pleno vôo ao ser flagrado em negociações para "estancar a sangria" da Operação Lava Jato, venham a público com os argumentos mais estapafúrdios defender o parceiro Geddel.

Por autismo político, cinismo, vício ou mau-caratismo, ninguém no governo admite o óbvio: que Geddel usou o cargo para atuar em benefício pessoal. Para Jucá, ele estava "defendendo a Bahia, defendendo Salvador" quando conversou com Marcelo Calero, então ministro da Cultura, para que aprovasse a construção de um empreendimento imobiliário de 30 andares em área tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Nem o fato de Geddel ter comprado um apartamento no prédio de luxo e seus familiares representarem o empreendimento em ação contra o Iphan causou maior constrangimento. O pedido de demissão, descartado no momento inicial, só ocorreu para "evitar que o caso afetasse ainda mais o presidente Michel Temer", a quem, diga-se, Calero também acusa de tê-lo pressionado no caso.

"Não houve corrupção do presidente ou da estrutura de governo para definir uma solução. Houve, sim, pressão do ministro Geddel para que fosse a Advocacia-Geral da União a arbitrar uma diferença de posicionamento entre técnicos do Iphan da Bahia e técnicos do Iphan nacional", afirmou Jucá. O senador disse ainda que a questão não envolve mais o governo uma vez que Geddel pediu demissão. "Quem não pode pagar o pato é o governo que não tem nada a ver com essa briga pessoal", defendeu.

Pagar o pato? Briga pessoal? O governo não tem nada a ver?

Perdoe o trocadilho involuntário com o caso que envolve o breve ministro da Cultura, mas de fato o problema é cultural. São práticas arraigadas e maus hábitos impregnados no DNA da velha política brasileira. Ética e princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência passam longe do receituário do homem público que se apoderou da nossa democracia representativa.

Por menor que seja, ou aparentemente desimportante, o episódio comprova a indiferença entre o interesse público e a conveniência privada, que mobiliza até o próprio presidente da República na recomendação indevida e equivocada para resolver um impasse entre um órgão técnico e um político prepotente, para dizer o mínimo.

E repare que não se trata de uma exceção à regra, mas de prática recorrente entre as nossas "autoridades". Veja que Lula comparou (em ato falho?) a repercussão do caso do apartamento do Geddel com o do "seu" triplex (aquele que ele diz que não é dele, assim como o sítio de Atibaia). E por aí vai... Os "presentes" milionários recebidos pelo ex-governador Sérgio Cabral de empreiteiras, incluindo jóias e mimos para a primeira-dama. Favores, doações de Caixa 2, propinas e outras benesses do poder.

Porém, parece estar acabando definitivamente a era da impunidade na política, com alguns excessos que precisamos corrigir e as turbulências típicas das massas desorganizadas quando começam a reagir e se mover em busca da mudança - não sem riscos para as conquistas democráticas e republicanas das últimas décadas (e aqui cabe todo o nosso cuidado e atenção).

Por mais complexa e dolorosa que possa ser essa depuração, balançar as estruturas do poder e expurgar os maus políticos será o único remédio eficaz para superarmos esta crise. Devemos então lutar com todas as forças para preservar o Estado de Direito e apoiar cada ação legítima do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça na investigação e na punição exemplar de TODOS os envolvidos em crimes e esquemas de corrupção, de TODOS os partidos. O tratamento é radical, mas é nossa esperança de cura da "res publica".

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente

sábado, 26 de novembro de 2016

Alex Manente assume presidência do PPS de São Paulo e Davi Zaia é o presidente nacional interino na vaga do ministro Roberto Freire, licenciado

O PPS paulista reuniu neste sábado, 26 de novembro, no centro da capital, seus dirigentes estaduais, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos e filiados para a última reunião de 2016.

Além de um balanço do partido nas eleições e manifestações sobre o atual momento político e econômico, o Diretório Estadual formalizou o nome do deputado federal Alex Manente como presidente do PPS de São Paulo.

Com a licença de Roberto Freire da presidência nacional do PPS ao assumir o Ministério da Cultura no governo de transição do presidente Michel Temer, o atual secretário-geral e presidente paulista do partido, deputado estadual Davi Zaia, será confirmado presidente interino do PPS em reunião do Diretório Nacional que ocorrerá na próxima semana.

O PPS de São Paulo elegeu 33 prefeitos em 2016 (na eleição anterior tinham sido 27 eleitos) e 372 vereadores. O ano de 2017 será marcado por congressos partidários municipais, estaduais e o nacional.

Apoio à Lava Jato

Durante a reunião, foi aprovada moção de apoio à Operação Lava Jato e ao trabalho do juiz Sergio Moro, do Ministério Público e da Polícia Federal.

O partido manifesta ainda total repúdio à proposta de anistia ao Caixa 2 e se posiciona oficialmente contra qualquer manobra que possa atrapalhar as investigações ou a punição dos envolvidos em esquemas de corrupção.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Todo apoio à Lava Jato e contra anistia ao Caixa 2



É sempre bom repetir, como um mantra: somos totalmente favoráveis às investigações da Operação Lava Jato (para punir corruptos de TODOS os partidos) e absolutamente contrários a manobras vexatórias como a anistia ao Caixa 2. Entendeu ou precisa desenhar?

#AnistiaCaixa2NAO #ApoioaLavaJato #10medidas

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Para acompanhar o dia-a-dia da Câmara paulistana

Está nas redes uma iniciativa jornalística interessante: o CâmaraMan, que se propõe a acompanhar o dia-a-dia da Câmara Municipal de São Paulo. Vale conhecer.

Você acha que a política é uma droga? Então precisa ler a bula para conhecer a sua composição, apresentação, formas e formulações, informações técnicas, interações, precauções, recomendações, efeitos colaterais, contraindicações, princípios ativos e o modo de usar.

Para melhorar a política é preciso ter um olhar crítico sobre os fatos. Para criticar é preciso conhecer. Para conhecer é preciso reunir informações confiáveis, ir além do noticiário oficial, receber notícias sem filtro ideológico ou corporativista, saber o que ocorre no dia-a-dia, tudo aquilo que acontece nos bastidores e passa despercebido da imprensa e da maioria dos cidadãos.

Que tal saber em primeira mão o que verdadeiramente acontece na Câmara Municipal de São Paulo? Ter os vereadores em tempo real na sua timeline? Poder monitorar toda semana se os políticos estão de fato representando os interesses da cidade, cumprindo os compromissos assumidos com o eleitor e com a região que possibilitou a sua eleição?

É assim que vai funcionar este espaço: como a tal bula do remédio, a tradução simultânea do "politiquês" em uma linguagem de fácil compreensão e útil para a cidadania, para que você se mantenha bem informado e esclarecido sobre a política, com transparência sobre os acontecimentos que interferem no seu cotidiano, no trânsito, no transporte, na saúde, no trabalho, na educação, na segurança, no meio ambiente, no bem-estar social e na qualidade de vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Roberto Freire e João Batista de Andrade são os nomes certos para o Ministério da Cultura

Tomam posse nesta quarta-feira, 23 de novembro, o novo ministro da Cultura, deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e seu secretário-executivo, o cineasta João Batista de Andrade.

Sem meias palavras, são os nomes mais adequados, no lugar certo e no momento apropriado deste governo de transição do presidente Michel Temer. São testados e experimentados. Éticos, dignos, honrados. Simples assim.

Veja a repercussão na imprensa:

Calero pede demissão da Cultura; Roberto Freire será o novo ministro

Roberto Freire é oficialmente nomeado ministro da Cultura

Roberto Freire diz que vai reformular a Lei Rouanet

Roberto Freire fará pente-fino da Lei Rouanet

Deputado Roberto Freire é anunciado novo ministro da Cultura

João Batista de Andrade é o secretário nacional de Cultura


Veja o depoimento de João Batista de Andrade sobre Cultura na TVFAP.net:

Assista também as entrevistas exclusivas de Roberto Freire e de João Batista de Andrade no #ProgramaDiferente.

Agora só falta você: Rita Lee, 50 anos de carreira e a tua mais completa tradução no #ProgramaDiferente



Meio século desde a formação dos Mutantes, em 1966, a passagem pelo Tutti Frutti, a carreira solo e parcerias memoráveis legitimam Rita Lee como lenda viva da MPB, a primeira e única rainha do rock brasileiro. Autêntica, polêmica e desbocada, deixa momentaneamente as entrevistas e os palcos de lado, mas o #ProgramaDiferente marcou presença no lançamento da sua autobiografia.

Reverenciada pelos fãs - artistas, calouros e anônimos - que cantam seu sucesso "Agora Só Falta Você" (veja aqui uma edição especial que reúne nomes como Caetano Veloso, Frejat, Baby do Brasil, Pitty, Maria Rita, Paula Toller, Lenine, Adriana CalcanhotoNando Reis, Renato Russo e até Soninha Francine, entre outros), a caminho dos 69 anos, a serem completados em 31 de dezembro, Rita Lee Jones rememora coisas boas e más da vida com leveza, sinceridade e com a espirituosidade característica (vale relembrar também os encontros com Hebe, Elis Regina e momentos nostálgicos da carreira).

A estréia dos Mutantes na TV foi no programa do cantor e apresentador Ronnie Von - que, aliás, batizou o grupo e fala com exclusividade sobre a importância da amiga; também ouvimos o parceiro Sergio Britto e o filho Beto Lee, músico que acaba de entrar para os Titãs (e que também aparece criança neste especial, aos três anos, brincando com a mãe), para nos ajudar a esboçar a "mais completa tradução" de Rita Lee. Assista.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

A Globo e os "supersalários" da Câmara de São Paulo

Só se fala nisso. Tem assunto pra semana toda. E o povo, que adora malhar os políticos (quase sempre com razão), encontrou um prato cheio. Pena que erra o alvo.

A matéria da Globo denuncia: a Câmara de São Paulo paga "supersalários" de R$ 15 mil a manobrista (na verdade, garagista) e R$ 10 mil a engraxate. É verdade.

Copeiras, médicos e ascensoristas também tem vencimentos bem superiores à média do mercado. Um lavador de carros, serviço já extinto, ganhou R$ 11 mil em outubro. Alguns procuradores recebem quase o triplo do salário do prefeito, que seria o teto constitucional (Aí, sim, é um caso para o Judiciário).

A manchete principal do telejornal local da Globo abriu assim, nesse tom escandaloso: "SPTV analisa a folha de pagamento dos mais de 2 mil funcionários da Câmara Municipal de São Paulo", como se fosse uma revelação bombástica, sem deixar muito claras duas informações principais do suposto "esforço de reportagem".

Vejamos:

1) As informações são públicas, estão no Portal da Transparência (a Globo até diz isso, de passagem, mas não explica). Ou seja, a "análise" consistiu em acessar o próprio site da Câmara. Os números estão lá. Não se trata de uma ilegalidade ou manobra escondida. De tempos em tempos algum jornalista desenterra o assunto e observa que o problema não está resolvido, até porque isso independe da "vontade política" dos vereadores ou do eleitor paulistano.

2) Embora todos nós concordemos que pareça ofensivo e absurdo, principalmente num momento de crise, que funcionários públicos recebam os tais "supersalários", é preciso esclarecer que não se trata de exclusividade do Legislativo paulistano ou de mais um "escândalo" causado por maus políticos eleitos por São Paulo nesta ou em legislaturas anteriores.

Isso tudo está atrelado a direitos constitucionais: tanto a estabilidade do funcionalismo público quanto às gratificações incorporadas ao salário, adicionais por tempo de serviço ou função ocupada etc.

Precisa mudar? Precisa! Há distorções que devem ser corrigidas? Claro que sim! Inúmeras! Aí estão os exemplos! Mas isso tudo depende de uma ampla e profunda reforma do Estado, de um debate que está muito acima da Câmara Municipal, mudanças vinculadas a emendas constitucionais e que vão confrontar interesses corporativistas.

Por isso, é preciso entender: a Câmara de São Paulo está cheia de vícios e defeitos, sem dúvidas. Tem muita gente ruim lá dentro, eleita, nomeada ou concursada. Não faltam motivos para que seja apontada anualmente como a instituição de mais baixa credibilidade no IRBEM (Indicadores de Referência do Bem-Estar do Município). Mas cada um com o seu pecado. O dos vereadores é outro.

Só que isso tudo a Globo não explica... Fica apenas na espuma do escândalo fácil. Malhar político dá ibope nessa arena virtual. Perdoe, mas isso é mau jornalismo. Veja aqui a matéria.

domingo, 20 de novembro de 2016

Como você enxerga o racismo? Veja a campanha "Teste de Imagem" no #ProgramaDiferente. Mas, falando nisso, como você responderia ao teste?



Até que ponto você enxerga o racismo que existe no Brasil? Para chamar atenção para o problema, mesmo quando ele aparece disfarçado, o Governo do Paraná lançou uma belíssima campanha em parceria com a Assessoria Especial da Juventude e o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial: “Teste de Imagem”, criada pela Master Comunicação. Assista.

Segundo dados do IBGE, 82,6% dos negros afirmam que a cor da pele influencia nas oportunidades de trabalho. Uma realidade que se confirma em outros números: profissionais negros ganham em média 36% menos que os brancos, ocupam apenas 18% dos cargos de chefia e são 60,6% dos desempregados.

Entre os fatores que mais contribuem para essas estatísticas está o "Racismo Institucional", problema que se manifesta quando instituições públicas ou privadas atuam de forma diferenciada em relação a uma pessoa por conta da sua origem étnica, cor ou cultura, privando-a de oportunidades profissionais e sociais diariamente.

Na campanha do Governo do Paraná (veja mais em contraracismo.pr.gov.br), profissionais de Recursos Humanos foram convidados para um experimento real: primeiro eles foram separados em dois grupos. Depois, um mediador mostrou ao primeiro grupo imagens de pessoas brancas em situações comuns do dia-a-dia. Já o segundo grupo viu imagens com situações idênticas, mas com pessoas negras.

O resultado foi alarmante: a grande maioria das respostas dos profissionais de RH do segundo grupo colocou os negros em posição social inferior à dos brancos, muitas vezes os descrevendo de maneira pejorativa. Isso que mostra que, mesmo sem perceber, muita gente ainda comete atos de racismo. É preciso mudar essa realidade. Mas, falando nisso, como você reagiria se respondesse ao mesmo teste?

Veja também:

#ProgramaDiferente no Dia da Consciência Negra

#ProgramaDiferente no Dia da Consciência Negra



No Dia da Consciência Negra, o #ProgramaDiferente mistura três momentos históricos e emblemáticos desta luta pela igualdade: os discursos de Martin Luther King Jr., ativista pelos direitos civis dos negros; Malcolm X, ícone do nacionalismo negro nos Estados Unidos; e o pronunciamento inesperado de uma menina negra de nove anos, Zianna Oliphant, em uma assembleia na cidade de Charlotte, no Estado americano da Carolina do Norte, há menos de dois meses. Assista.

sábado, 19 de novembro de 2016

Como reagir à notícia: "Lula pede prisão de Moro"? Perdeu o senso do ridículo! É pra rir ou pra chorar?

Isso é sério ou serve apenas para manter solidárias as suas viúvas políticas? Fala sério! Lula processa e pede condenação de Sergio Moro à prisão por ‘abuso de autoridade’.

Advogados do ex-presidente protocolaram no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região queixa-crime contra juiz da Lava Jato usando como base o artigo 16 da Lei 4.898/65, que pune infrator com detenção de dez dias a seis meses. Oi?

Enquanto todo mundo espera a qualquer momento pela prisão do Lula, ele quer mandar para a cadeia justamente o Moro? kkkkkkkkkkkkkk 😂

Então quer dizer que o "abuso de autoridade" foi cometido pelo juiz? O presidente-mito que governou oito anos e elegeu um poste para mais oito é o "inocentão" neste esquema criminoso montado por dirigentes, tesoureiros e ministros do PT, do qual o mensalão e o petrolão foram as suas pontas mais visíveis? Ah, vá!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Pixação: arte, protesto ou vandalismo?



O #ProgramaDiferente desta semana trata de um tema urbano atual e extremamente polêmico: um especial sobre pichação e pichadores. Como enfrentar esse problema crônico das grandes cidades? Arte, protesto ou vandalismo? Caso de polícia ou manifestação cultural? Depredação do patrimônio público e privado ou expressão legítima da invisibilidade social dos jovens da periferia?

Uma entrevista exclusiva com Djan Ivson, o Cripta, um dos mais emblemáticos pixadores (assim mesmo, com "x"), videomaker, artista e ativista, tenta entender um pouco deste movimento que tem até manifesto próprio e já virou filme. Quais são as motivações e as causas destes jovens que formam verdadeiras tribos, com linguagem, estética e comportamento diferenciados? Como conviver civilizadamente com uma ação que é feita exatamente para chocar, provocar e incomodar? Assista.

Alguma coisa está diferente no Brasil...








segunda-feira, 14 de novembro de 2016

No clima da Nova República, o #ProgramaDiferente debate a redemocratização e a reforma política



Antecipando os 127 anos da Proclamação da República, neste 15 de novembro, o #ProgramaDiferente trata da redemocratização do país e debate a necessidade de uma ampla reforma política e eleitoral. O Brasil vive um momento crucial. Há uma conjunção de crises: econômica, política, social, ética e institucional. Até aqui prevaleceu a democracia. Precisamos preservar as nossas conquistas desde o fim da ditadura militar e valorizar o Estado de Direito. Assista.

Desde a sequência de abertura, que mistura Rolando Boldrin declamando "O Analfabeto Político", de Bertolt Brecht, com imagens históricas das campanhas pelas Diretas e seus líderes mais emblemáticos, Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, os ideais democráticos e os princípios republicanos dão o tom do programa.

Sobre a crise dos partidos e as mudanças que devem ser implantadas para o aprimoramento da democracia representativa, ouvimos Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva, Roberto Freire e Helio Bicudo, que fala principalmente sobre os erros cometidos pelo PT. Como contraponto, em manifestações que parecem fora de sintonia com o pensamento da maioria da sociedade brasileira, aparecem Lula, Jaques Wagner, Pablo Capilé, José Roberto Batochio e Samuel Pinheiro Guimarães.

A discussão é incrementada com trechos de "A Reforma Política e o Futuro da Democracia", importante estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a FecomercioSP, e depoimentos de Milton Lahuerta, Maria Aparecida de Aquino, Ives Gandra, Christian Lohbauer, Luiz Flavio Gomes, Marco Aurélio Mello, Gaudêncio Torquato, Roberto Romano, Boris Fausto e Janaína Pascoal. Que o feriado do Dia da República nos inspire à reflexão...

domingo, 13 de novembro de 2016

O que Soninha pensa para o Desenvolvimento Social?



Nesta matéria especial do #ProgramaDiferente você acompanha o anúncio do nome da vereadora eleita Soninha Francine (PPS) para a Secretaria do Desenvolvimento Social do prefeito João Doria (PSDB) e também assiste com exclusividade como foi a primeira entrevista da futura secretária, que gerou tanta polêmica na imprensa. Assista.

sábado, 12 de novembro de 2016

Campanha em defesa de Lula parte para o ataque contra o juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato



Diz o provérbio português: "A melhor defesa é o ataque". Pois foi exatamente isso que se viu na Casa de Portugal, no centro de São Paulo, durante o lançamento de uma nova campanha em defesa de Lula, que envolve a militância e os parlamentares petistas e de siglas satélites, entidades sindicais, movimentos sociais e personalidades do meio artístico na tentativa de contra-atacar as investidas da Operação Lava Jato, que vem apertando o cerco contra o ex-presidente.

Jogando em casa, com apoio da torcida, o time de Lula resolveu se defender apelando para essa máxima que virou clichê nos campos de futebol: partiram para o ataque, principalmente contra o juiz Sergio Moro, a imprensa e o Ministério Público. Curioso que Lula, useiro e vezeiro nas metáforas futebolísticas, tenha lançado esses chutões típicos da várzea justamente na noite em que a seleção de Tite daria um espetáculo contra a Argentina, pelas eliminatórias da Copa de 2018.

O azar do PT é que, num momento em que o noticiário dá conta da delação premiada da Odebrecht e de outras denúncias envolvendo diretamente os nomes de Lula e Dilma, não consegue falar para viva alma além dos já convertidos, um público cada vez mais limitado e que foi defenestrado do poder tanto com o impeachment quanto pelo voto popular nas eleições municipais.

Ao contrário do ataque brasileiro com Neymar e Gabriel Jesus, que marcou três gols na Argentina e poderia ter aplicado uma goleada histórica, a jogada de Lula é manjada e não tem nada dos esquemas táticos mais eficazes (em vez do 4-4-2, do 3-5-2 ou do 4-3-3, segue aplicando o velho 1-7-1-treze). Não é à toa que o PT cai pelas tabelas e certamente estará desfalcado do seu principal artilheiro em 2018.

Futebolês à parte, voltemos ao politiquês: o lançamento da campanha "Um Brasil justo pra todos e pra Lula", marcada pelo ataque às instituições democráticas e republicanas exatamente sob o pretexto de defendê-las, foi um tremendo gol contra. O #ProgramaDiferente traz a cobertura do ato e a sua repercussão. Assista.

Veja também:


Ex-ministro Gilberto Carvalho fala da campanha em defesa de Lula no #ProgramaDiferente



Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência nos governos Lula e Dilma, fundador do PT, ex-sindicalista e ex-seminarista, Gilberto Carvalho é um dos amigos mais próximos do ex-presidente. Nesta entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente, ele fala do novo movimento em defesa de Lula, que idealizou e ajudou a lançar, de como entende que deveria ser uma autocrítica do PT e diz ainda qual seria seu recado ao juiz Sergio Moro. Assista.

Publicitário Chico Malfitani fala da campanha em defesa de Lula no #ProgramaDiferente



Jornalista e publicitário com mais de 30 anos de trabalho no marketing politico, Chico Malfitani comandou campanhas vitoriosas como as que elegeram Luiza Erundina, prefeita de São Paulo; Eduardo Suplicy, senador do PT; Aldo Tinoco, prefeito de Natal (RN); Wilma de Faria, prefeita de Natal e governadora do Rio Grande do Norte; Willian Dib, prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e João Paulo Kleinubing, prefeito do Blumenau (SC).

Como jornalista, trabalhou em grandes veículos de comunicação como Veja, Jornal da República, TV Globo, TV Bandeirantes, TV Record, revista Placar e jornal Folha de São Paulo. Fundador da Gaviões da Fiel, maior e mais tradicional torcida organizada do Corinthians, é um dos idealizadores e responsáveis pela campanha "Um Brasil justo pra todos e pra Lula".

Nesta entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente, ele fala do movimento em defesa do ex-presidente, de como entende que deveria ser uma autocrítica dos partidos de esquerda e diz ainda qual seria seu recado ao juiz Sergio Moro. Assista.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Imprensa repercute nomeação de Soninha Francine

A confirmação do nome da vereadora eleita Soninha Francine (PPS) para o futuro secretariado do prefeito João Doria (PSDB) repercute em toda a imprensa, assim como as suas primeiras declarações, que já causam polêmica.

Além de Soninha para a Secretaria de Desenvolvimento Social, que deve agregar à assistência social também as políticas públicas específicas para mulheres, idosos, imigrantes, igualdade racial e LGBT, foram anunciados outros sete secretários: Fábio Santos (Comunicação); Heloisa Proença (Desenvolvimento Urbano); Caio Megale (Fazenda); Julio Serson (Relações Internacionais); Sergio Avelleda (Transporte e Mobilidade); Wilson Poit (Desestatização e Parcerias); e Daniel Annemberg (Tecnologia e Inovação).

Acompanhe as principais matérias:







quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Economistas falam sobre a crise, a PEC dos gastos públicos e a eleição de Trump no #ProgramaDiferente



Durante o lançamento do livro “A crise fiscal e monetária brasileira”, organizado pelo economista Edmar Bacha, recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, com prefácio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, ouviu com exclusividade ex-ministros e alguns dos mais renomados especialistas em finanças sobre a crise, a PEC do teto dos gastos públicos e o impacto global da eleição de Donald Trump. Assista.

Além do mais novo "imortal" empossado na ABL no dia 3 de novembro, o mineiro Edmar Bacha, que foi um dos idealizadores do Plano Real durante o governo do presidente Itamar Franco, foram entrevistados o carioca Pedro Malan, ministro da Fazenda durante os dois mandatos de FHC, de 1º de janeiro de 1995 até 31 de dezembro de 2002; o carioca Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central do Brasil, diretor da área internacional do Banco Central e secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda; e o mineiro Eduardo Giannetti, economista, professor e filósofo que foi o principal responsável pelo programa econômico da presidenciável Marina Silva.

Foram entrevistados ainda o jurista Nelson Jobim, ex-deputado federal, ex-ministro da Justiça de FHC, ex-ministro da Defesa de Lula e Dilma e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, cotado agora para uma hipotética eleição indireta à Presidência da República no caso de uma cassação pelo TSE da chapa Dilma-Temer; e Murilo Portugal, presidente da Febraban, ex-secretário do Tesouro Nacional e da Fazenda, ex-diretor executivo do FMI e um dos primeiros cotados para o ministério do presidente Michel Temer, antes da nomeação de Henrique Meirelles.

João Doria faz 1ª visita à Câmara depois de eleito



O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, acompanhou a primeira visita do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), à Câmara Municipal de São Paulo. Ele ficou cerca de uma hora reunido com vereadores de todos os partidos, conversou sobre a relação com o Legislativo e depois do encontro falou com jornalistas sobre assuntos como o polêmico aumento de salários para ele próprio e seus auxiliares diretos na Prefeitura, o que ele garantiu que não ocorrerá em 2017.

"Esse tema não foi discutido e nem colocado por eles (vereadores)", afirmou no encontro desta quarta-feira, 9 de novembro. "O que posso dizer é que no plano do Executivo, secretários, prefeito e vice-prefeito nesse ano (2017) não terão aumento." Assista.

Recebido pelo presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), e por mais de 35 vereadores entre selfies e afagos, João Doria considerou este primeiro contato informal bastante positivo. "O mais importante é ter uma boa relação com o Legislativo, respeitar a autonomia do Legislativo e criar um diálogo constante. Hoje nós demos um bom passo nesse sentido", disse. 

A partir de uma proposta do vereador Ricardo Young (Rede), o prefeito eleito se comprometeu a repetir mensalmente esses encontros com todos os parlamentares reunidos a partir da próxima legislatura. Ele também confirmou que anuncia nesta quinta-feira (10) o nome de novos secretários que participarão da gestão que terá início em 1º de janeiro de 2017, entre eles a vereadora eleita Soninha Francine (PPS) para a Secretaria de Assistência Social.

Também devem ser anunciados Wilson Poit (que integra a atual administração do prefeito Haddad) na Secretaria da Desestatização, pasta a ser criada na estrutura que terá a redução das atuais 27 para 22 secretarias; o economista do Itaú Unibanco Caio Megale na Secretaria da Fazenda; o jornalista Fábio Santos na Secretaria da Comunicação; e o ex-presidente do Metrô Sergio Avelleda na Secretaria de Transportes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Donald Trump está eleito. Deus salve a América!



Deus salve a América. Ou "God bless America". Abençoe a todos nós. Nunca foi tão atual este pedido de benção e oração pelos Estados Unidos. Igualmente premonitório é o desenho dos Simpsons que no ano 2000 já antecipava cenas que se tornariam realidade com o "aprendiz" candidato. Enfim, 16 anos depois, o patriotismo tão característico da nação norte-americana levou à eleição do republicano Donald Trump como o seu 45º presidente.

Bilionário, famoso e polêmico ainda eram adjetivos insuficientes para retratar o empresário Donald Trump, que aos 70 anos se torna o mais poderoso líder político mundial. Dono de um império imobiliário, além de cassinos e campos de golfe, o magnata vai se apoderar, em 20 de janeiro de 2017, do cargo público mais visado da História.

Contrariando todas as pesquisas e análises de especialistas, Trump venceu a candidata democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, e assumirá o cargo hoje ocupado por Barack Obama. O seu vice será o governador do Estado de Indiana, Mike Pence

A primeira reação à vitória de Trump foi do mercado financeiro, que reagiu negativamente ainda durante a apuração. Na Ásia e na Europa, as bolsas registraram forte queda. O peso mexicano alcançou o nível mais baixo dos últimos 20 anos. Foi sobre o México, inclusive, uma das mais absurdas declarações do então candidato: ele prometeu construir um grande muro na fronteira, a ser pago pelos mexicanos.

O que mais virá por aí? É difícil prever o futuro, mas o #ProgramaDiferente ajuda você a refletir sobre o atual momento, conhecendo um pouco mais sobre Donald Trump. Deus salve a América. Assista.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Será que mudou algo do candidato "João trabalhador" para o prefeito eleito João Doria, o gestor?

O que será que vai mudar do que o candidato João Doria dizia para aquilo que o prefeito João Doria vai efetivamente implantar? Das promessas de campanha para as primeiras realizações? Da imagem do "trabalhador" martelada pelo marketing eleitoral, do político que negava a política tradicional para o gestor em plena atividade à frente da Prefeitura de São Paulo? Nesta segunda-feira (7), o Roda Viva, da TV Cultura, deu as primeiras pistas.

O prefeito eleito reiterou alguns compromissos de campanha: a partir de janeiro vai alterar a velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê, que, como vias expressas, voltarão a ter limites de 60km/h, 70km/h e 90km/h nas suas diferentes pistas, e 50km/h na via de acesso.

Ele também se posicionou contra o aumento de salários do próprio prefeito e dos vereadores e garantiu mais uma vez que não vai aumentar a tarifa de ônibus em 2017. 

Também afirmou que vai reduzir de 27 para 22 o número de secretarias, falou sobre as duas novas pastas que deverá criar e disse que na próxima quinta-feira vai anunciar a secretária responsável pelos programas sociais destinados aos moradores de rua, a vereadora Soninha Francine, e o futuro secretário responsável pelas finanças do município.

Veja algumas das declarações do prefeito eleito João Doria:

Velocidade
"As velocidades serão alteradas, sim. Tanto na Marginal Pinheiros, quanto na Marginal Tietê. São 23 km em cada uma, 46 km. Já no mês de janeiro, as velocidades serão alteradas para as velocidades que tinham anteriormente: 90, 70 e 60 e na via de acesso, que é aquela primeira via onde você vai para as transversais e acessa as marginais, ali nós vamos manter em 50 km. O compromisso que foi adotado será cumprido."

Secretarias
"Sempre disse que faria uma redução de secretarias de 27 para em torno de 20. Nós vamos para 22 secretarias porque vamos eliminar e criar duas secretarias: a de inovação e tecnologia, que não existe e que vai cuidar de todo o processo digital e de inovação na cidade de São Paulo, e a secretaria de participação e de privatização, que também não existe. "

Tarifa de ônibus
"É inaceitável você imaginar que possa aumentar a tarifa de ônibus de R$ 3,80 para R$ 4,40. Eu tenho que ter sensibilidade social", disse Doria, que espera ser atendido pelo presidente Michel Temer quanto ao pedido de que o governo federal restitua ao município o que foi investido em obras federais, que poderiam ser destinados a cobrir a tarifa. "Esse dinheiro virá. O presidente Temer confirmou. Esse é um direito da cidade de São Paulo", disse.

Salários
Doria disse que "não há nenhum espaço para reajuste" do funcionalismo em sua gestão. "Eu já disse que vou vetar qualquer projeto de aumento de salário, do prefeito, do vice-prefeito, de vereadores, de secretários e o efeito cascata. Você imaginar que o salário de prefeito possa ir de R$ 24 mil possa ir para R$ 32 mil e que de vereadores sejam aumentados. Não faz sentido. Neste ano não teremos condição de fazer isso."

Orçamento
Doria disse que não vai mudar o Orçamento previsto para 2017, de R$ 54 bilhões. "É possível fazer o exercício de uma boa gestão com esse orçamento", disse. "E iniciar, de maneira pragmática, todos os programas de terceirização através de PPPs, parcerias e privatizações."

IPTU
O prefeito eleito rejeitou a hipótese de promover a revisão da planta genérica de valores, que serve de base para o IPTU. " Cada ano com sua agonia. Não dá para prever 2018. Em 2017, não vamos fazer modificações, exceto aquelas que já mencionamos, que é a correção inflacionária."

Corredores para motos
Doria disse que estuda a possibilidade da volta de faixas exclusivas para motos nos corredores Norte-Sul e Leste-Oeste.

Concessão do Ibirapuera
Doria disse que vai realizar a concessão do Parque do Ibirapuera à iniciativa privada ao longo de 2017, sem cobrança de ingresso, mas com a permissão de que explorem serviços, como alimentação e estacionamento. "Vamos usar o Ibirapuera como modelo, como referência."

Esquerda ou direita
Doria disse que a população não está preocupada com a posição ideológica dele, se é de direita ou de esquerda, mas sim com a solução de problemas para os bairros. "E isso é o gestor que vai apresentar, organizando bem a cidade", disse o tucano, afirmando ser um "social democrata", por ser filiado desde 2001 ao PSDB. Ele quis esclarecer também que, por ressaltar que não é político, não está dizendo que é "antipolítico". "Exerço cargo político e respeito os políticos, não se faz democracia sem política", disse.

Eleição de 2018
Doria reiterou que não será candidato à reeleição. "Disse e reafirmo: não serei candidato à reeleição", mas questionado se poderia ser candidato a governador de São Paulo respondeu: "Isso eu nunca disse que não poderia", afirmou. O tucano disse que "é cedo para colocar a disputa presidencial em pauta", defendeu prévias e admitiu que a discussão sobre a presidência do PSDB pode ser iniciada agora para o ano que vem. "Pode ser iniciada agora, mas de maneira sensata e com muito diálogo."

Doação de campanha
Doria admitiu que recebeu mais doações de pessoas físicas após a sua vitória do que no primeiro turno. "Foi absolutamente legal. O maior doador da campanha fui eu. Os valores necessários para campanha, se não fossem atingidos, eu complementaria. Eu posso fazer isso dentro da lei. Nem considero isso um processo justo. Porque estabelece um critério: quem tem pode financiar a campanha. E quem não tem? No meu caso, me beneficiou flagrantemente."

Haddad e PT
"Ele é uma pessoa de bem, é honesto e correto. Acho ele melhor do que o PT, partido ao qual ele pertence. É um bom quadro. Espero até que ele prossiga na vida pública, quem sabe até possa ser um bom presidente do PT e ajudar o PT a sobreviver numa nova plataforma, esquecendo o passado ruim, preservando as coisas boas do PT. Todo partido tem qualidades. O PT não é um partido apenas de defeitos e circunstâncias ruins."

Coxinha
Doria definiu o que para ele significa o conceito de 'candidato coxinha', atribuído a ele durante a campanha. "Pra mim, ser coxinha é ser correto. Eu gosto de ser correto. Eu não sou uma pessoa desarrumada, desarranjada, não é o meu jeito, nunca fui. Jamais serei. Assim como eu quero a cidade de São Paulo: arrumada, limpa, organizada."

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Alguém gritou #ForaTemer lá na Prefeitura?

A jornalista Sonia Racy traz no Estadão de hoje uma longa entrevista com Luciana Temer (foto), secretária de Assistência e Desenvolvimento Social que vai deixar o cargo ao fim da gestão do prefeito Haddad. Com todo o respeito à figura, mas a sua atuação é tão inexpressiva que nem mesmo o fato de ser filha do presidente Michel Temer causou maiores discussões, nem mesmo nos momentos de maior polarização dos debates pró e contra o impeachment da presidente Dilma.

Se não fosse pelo noticiário sobre o descumprimento das promessas de Haddad com relação às vagas em creches, a quantidade crescente e inaceitável de moradores de rua em situação de total e mais completo abandono, a ineficiência dos programas de prevenção e tratamento aos usuários de drogas (vide o caso da Cracolândia com o Programa Braços Abertos) e um sem-número de fatos negativos da gestão, nem lembraríamos da sua existência.

Segue a íntegra da entrevista:

Pronta para assumir o Instituto Liberta, que vai combater a exploração sexual de crianças,
a secretária de Haddad compara os programas para população de rua do prefeito e de Doria e fala da relação com seu pai.

Ela é formada em Direito pela PUC de São Paulo e tem doutorado em Direito Constitucional na mesma faculdade, onde é professora. Mas para muitos à sua volta ela é “a filha do Temer” – rótulo que a incomoda. Luciana de Toledo Temer Lulia, 47 anos, é a mais velha dos cinco filhos do presidente. Divorciada, mãe de dois filhos, dedicou-se à vida acadêmica e à gestão pública, onde chegou pelas mãos do amigo Gabriel Chalita – mas prefere definir essas passagens pela política como “inserções”.

Agora, ao deixar a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura, na virada do ano, ela tem pela frente um desafio bem diferente, na iniciativa privada. Vai coordenar o Instituto Liberta, a ser lançado ainda este ano pelo empresário Elie Horn, para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. Horn, um sírio nascido em Aleppo, é dono da incorporadora Cyrella e o primeiro brasileiro a entrar no programa The Giving Pledge, criado em 2010 pela dupla de bilionários Bill Gates e Warren Buffet. Dono de uma fortuna em torno de US$ 1,5 bilhão, decidiu doar 60% dela para causas sociais.

Normalmente avessa a entrevistas, a filha do presidente recebeu na semana passada a repórter Julianna Granjeia – e além da relação especial com o pai, da atuação em uma gestão petista e da importante experiência com populações de rua no programa De Braços Abertos, falou também da nova fase que tem pela frente. Sua primeira ideia no Liberta será “trabalhar de forma articulada com organizações dedicadas à mesma causa”, o que inclui o Ministério da Justiça e a Unicef. Primeira tarefa? “Vamos montar uma grande campanha de conscientização, que deve ter início em breve”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Você está trocando a gestão pública pela iniciativa privada. Como vai ser seu novo trabalho?
Recebi um convite interessante do doutor Elie Horn (proprietário da incorporadora Cyrela) para dirigir um instituto, o Liberta, que vai fazer o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes no País. Nossa ideia é trabalhar de forma articulada com organizações que já fazem isso, como a Childhood, a Abrinq, o próprio Ministério da Justiça, a Unicef. É também uma possibilidade de investimento grande, buscando melhores resultados. E vamos começar esse processo com uma grande campanha de conscientização, que deve ter início em breve.

Como foi sua entrada na gestão pública?
Eu assumi a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer do governo Alckmin em 2002. Cheguei lá, como secretária adjunta, a convite do Gabriel Chalita. Logo em seguida ele foi para a Educação e eu o sucedi, a convite do governador. Depois, fiquei três anos coordenando pareceres jurídicos no Cepam. Na verdade, sempre trabalhei ligada à área acadêmica, eu tive inserções na gestão pública.

Você tem uma formação em Direito Constitucional. Foi influência do seu pai?

Não dá pra dizer que não teve, mas a maior influência foi de uma professora maravilhosa da PUC, a Leda Pereira da Mota. Ela formou uma geração de constitucionalistas. Depois, passei em um concurso e fui delegada por cinco anos em Osasco, na Delegacia de Defesa da Mulher. Uma experiência rica, com questões sociais sérias a serem enfrentadas. Acabei fazendo o mestrado sobre a questão da violência doméstica e a proteção constitucional da mulher.

Você foi parar na Assistência Social e sempre evitou entrevistas. Havia algum tipo de constrangimento?

Eu adoro holofotes, mas para o meu trabalho. Tudo o que desenvolvemos na Assistência Social – e não foi pouco, avançamos muito e de forma muito inovadora –, eu adoro que tenha todo o holofote do mundo. A questão é que, hoje, sendo doutora em Direito Constitucional e fazendo a trajetória profissional que faço, às vezes eu me canso um pouco de ser referenciada à figura do meu pai. Tenho orgulho de ser filha dele, assim como da minha mãe, que é uma pessoa maravilhosa. Agora, com 50 anos você viver referenciada… Eu quero luz sobre o meu trabalho, não sobre mim.

Qual o balanço que faz da sua gestão na Assistência Social?
A assistência social surgiu como política pública na Constituição de 88 – antes era mera caridade. Então, o primeiro desafio é consolidá-la como política pública. Acho que caminhamos nesta gestão buscando soluções novas para problemas tradicionais. Por exemplo: em relação à população em situação de rua, nós construímos 2.000 vagas a mais de acolhimento, mas o foco era a diversidade. Assim, construímos acolhimentos para as famílias, para a população travesti/transexual, para imigrantes e para adultos com deficiências mentais. Da mesma forma, não tinha nenhuma vaga no Centro Dia e nós vamos entregar 16 locais onde as famílias podem deixar seus idosos dependentes durante o dia. É pouco, ter 380 vagas? É pouco. Mas antes não tinha nenhuma.

O De Braços Abertos é uma das vitrines da gestão Haddad, bem avaliado internacionalmente, mas enfrenta resistências. Como lida com isso?
O De Braços Abertos é um programa revolucionário, do ponto de vista do poder público. ONGs do mundo inteiro vêm trabalhando, há muito, com o processo de redução de danos no enfrentamento ao uso abusivo de drogas. E com uma lógica não repressiva, mas acolhedora. A ideia foi convidar as pessoas a uma nova vida – foi a oferta que fizemos nas primeiras conversas com eles.

De que forma reagiam?

Para começar, foram eles que pediram moradia na própria região, porque não sairiam dali. Agora, já temos outros hotéis longe da região da Luz, eles já aceitam. Acabei de voltar do Encontro Latino-Americano de Políticas sobre Drogas, ao qual fui a convite da Open Society Foundation. Essa entidade financiou uma pesquisa que mostra o avanço dessas pessoas na vida pessoal. Então, todo mundo parou de usar droga? Não é verdade. Tem gente que parou, que ainda não parou, mas todos administram melhor a sua vida.

Melhor, como?
Todos estão conseguindo trabalhar, fazer outras atividades – gente que passava o dia inteiro jogado na rua completamente dopado. E por que isso é melhor que a internação? Veja, o prefeito Haddad também não se opõe à questão da internação. Aliás, sempre defendemos que era preciso ofertar várias opções para a pessoa escolher. Quem quer ser internado deve ser internado, deve ter essa opção também. Não adianta eu tirar a pessoa daqui, levá-la seis meses para a desintoxicação, e quando ela volta, volta pra onde? Para o lugar que ela conhece. Eu diria que 70% das pessoas que estão na Luz já passaram por processos longos de desintoxicação e voltaram.

E como lidar com as diferenças de cada um nessa situação?
Você não pode querer tratar da mesma forma um menino ou menina de classe média que se envolve com a questão da droga e uma pessoa socialmente muito vulnerável. Uma pesquisa da Fiocruz indica que a maioria dos usuários de crack, hoje, já vêm de uma posição socialmente muito vulnerável. O menino de família classe média, média alta, mas bem estruturada, você vai lá, desintoxica e quando ele volta há todo um processo de acolhimento pra ele superar a questão. Mas estamos falando de gente que não tem esse respaldo. E essas pessoas fazem isso paulatinamente, vão construindo o tempo do tratamento dela.

O prefeito eleito, João Doria, quer adotar o Programa Recomeço, do governo estadual. Qual é a sua avaliação desse programa?
Como já disse antes, a gente defende que haja muitas opções. Não tenho nenhuma restrição ao Recomeço, que é mais focado na questão da internação e da abstinência. Acho que são programas complementares. Se você me perguntar em qual acredito mais, não tenho dúvida: é no De Braços Abertos, pelas razões que já expus. Mas não sou contra o Recomeço. Não sei exatamente como o novo prefeito vai trabalhar a questão, mas me parece que ele pretende manter alguns princípios do programa atual, ainda que inserindo no Recomeço. Que dizer, continuaria mantendo trabalho, alimentação e a moradia. Eu acho que o importante não é a marca, são os princípios do programa. Se ele mantiver os princípios, pode dar o nome que quiser.

A sua condição de filha do presidente teve algum peso, lá atrás, no convite feito por Chalita pra que você fosse para a secretaria do governo Alckmin?
Meu pai ficou sabendo depois que assumi. Aceitei sem conversar com ele.

E como foi o convite pra entrar na gestão Haddad?
Partiu do Chalita, de novo. Eu participei muito da campanha dele à Prefeitura pelo PMDB, em 2012. Ele não passou ao segundo turno e decidiu apoiar o Haddad. Os dois se aproximaram muito. E uma das pastas que o Haddad queria dar ao PMDB era a Assistência Social. E aí o Chalita me indicou.

Como seu pai reagiu?

Ele preferia que eu não aceitasse.

Por quê?
Ele dizia: “Vão dizer que você assumiu só porque é minha filha”. Eu argumentei que ser filha dele é uma condição que eu vou ter por muito tempo, se Deus quiser. Então, terei de trabalhar com isso. No começo, as pessoas realmente poderão achar que estou assumindo porque sou sua filha, e vou ter que demonstrar minha competência. Nesses quatro anos, houve essa mudança. De “ela está lá porque ela é filha dele” para “está lá apesar de ser filha dele”.

E por que você se afastou da secretaria durante a campanha eleitoral?

Eu estava desconfortável com os ataques. Contrariamente ao que as pessoas pensam, eu tenho uma ótima relação com meu pai. Ele é uma pessoa democrática, nunca se importou de eu estar nessa gestão, que se opôs ao processo de impeachment de Dilma. É uma relação de respeito mútuo. Ele sabe que eu sou uma adulta e que sou gestora pública. Nossa conversa foi muito transparente no sentido de que eu estava realmente desconfortável na situação.

Ele chegou a lhe dar algum tipo de conselho?
Não, a decisão (de deixar a secretaria) partiu de mim. A gente conversa, mas não tem uma dinâmica preestabelecida. Levei a ele essa questão e ele disse que também ficaria mais confortável se eu ficasse afastada da Prefeitura nesse período. Tive também uma conversa com o prefeito, que estava sendo muito cobrado por eu fazer parte de sua equipe. Então, da mesma forma que nós avaliamos conjuntamente que mesmo depois do impeachment, eu poderia permanecer sem nenhum constrangimento na gestão, nem pro meu pai, nem pra mim, nem pro prefeito Fernando Haddad, nós avaliamos que naquele momento seria mais confortável pra nós que eu me afastasse por um período. Findo o período eleitoral, voltei para ajudar a fazer a transição.


Quando você se filiou ao PMDB? Foi seu primeiro partido?

Sim. Na verdade, eu me filiei ao PMDB no momento de assumir a gestão do prefeito Fernando Haddad, porque eu nunca fui filiada a partido político, eu nunca tive uma atividade político-partidária. Mas, avaliou-se à época, que seria interessante eu estar ligada ao PMDB para assumir a Assistência em São Paulo, e, por isso, eu me filiei. E, no momento em que a Marta saiu candidata a prefeita, havia uma incompatibilidade entre eu permanecer filiada ao PMDB e apoiar o prefeito para a reeleição. Então, me desfiliei.

Qual sua avaliação sobre o processo de impeachment? Você acha que foi golpe?

Eu sempre coloquei, de forma bem transparente, até em debates na PUC, que não acredito em nenhum momento que tenha havido golpe. Acho que o impeachment pode ser avaliado como bom ou ruim do ponto de vista político e aí, logicamente, há ideologias diversas. Agora, golpe não se pode dizer que foi, na medida em que há uma previsão constitucional. Aí é meu lado acadêmico que sustenta a tese de que temos uma Constituição – e ela diz que o vice assume em caso de impedimento. O Congresso Nacional, que é o órgão legítimo pra tomar essa decisão, tomou essa decisão. Eu acho que a avaliação que se pode fazer é se era bom ou se era ruim, se era bom para o Brasil ou ruim para o Brasil politicamente.

E qual a sua avaliação pessoal sobre isso?
Eu prefiro não falar sobre a minha avaliação pessoal sobre isso, até porque eu acho que o Brasil estava e está ainda num momento difícil, que tem que ser superado. Os caminhos para superação precisavam ser encontrados.

E sobre o governo Temer?
O meu pai é uma pessoa extremamente séria, competente, mas a grande qualidade dele é ser um grande articulador, coisa de que o Brasil precisa muito neste momento para retomar a normalidade institucional. E o meu pai é um republicano, lida muito bem com as instituições, tem um enorme respeito por elas. Acho que o Brasil passa por um momento difícil, mas ele está nas mãos de uma pessoa séria e um grande articulador.

Debate sobre o Ensino Médio no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, debate a reforma do ensino médio e a importância de uma educação de qualidade para o futuro do Brasil. No meio da polêmica, com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 em risco por conta das escolas ocupadas por estudantes contrários às mudanças propostas pelo governo de transição do presidente Michel Temer (PMDB), é importante entender a situação atual e o que está em jogo neste embate político, com interesses que vão muito além das salas de aula e da formação curricular dos nossos jovens. Assista.

Por causa das ocupações de escolas, principalmente nos estados do Paraná, de Minas Gerais e da Bahia, o Ministério da Educação teve de remarcar as provas de pelo menos 250 mil estudantes – num total de 8,6 milhões de inscritos. Isso acarretará um custo adicional de R$ 12 milhões para os cofres públicos.

A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), que é apoiada pelo PT e por grupos organizados que ainda insistem na mal sucedida "narrativa do golpe", acusa o governo de aproveitar a realização do Enem para pressionar os alunos das escolas públicas a suspenderem esse movimento de protesto contra a MP do ensino médio e contra a PEC dos gastos públicos.

Para alguns líderes estudantis, bem como para partidos e facções que os representam (ou manipulam), as ocupações são uma forma legítima de protesto, até porque os estudantes teriam o "direito" de invadir as escolas públicas que "pertencem aos alunos". É o que pensa, por exemplo, a adolescente Ana Julia Ribeiro, de 16 anos, espécie de porta-voz dos secundaristas que repetiu este argumento em seus emblemáticos pronunciamentos na Assembleia Legislativa do Paraná e na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Além de estudantes, ouvimos sobre as mudanças propostas para o ensino médio e a adoção de medidas de apoio ao ensino integral, diminuição no conteúdo de disciplinas obrigatórias e incentivo à formação técnica e profissional, o ministro da Educação, José Mendonça Filho; a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro; e até o próprio presidente Michel Temer.

Com chave de ouro para toda essa discussão, registramos um significativo pronunciamento do senador Cristovam Buarque (PPS/DF) sobre a sua especialidade, que é a educação de qualidade como prioridade para o país. "Ainda não é o passo que o Brasil precisa para ser o que esperamos na educação equivalente de pobres e de ricos; ainda não quebra a desigualdade na qualidade da educação dos pobres e dos ricos; mas é um avanço no triste quadro que o IDEB mostrou". Assista.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

#ProgramaDiferente lança novos olhares sobre a política, a partir da eleição paulistana, e sobre a tragédia de Mariana, que completa um ano



Com uma colagem impactante de cenas dos olhares de atores e atrizes de Hollywood na abertura que registra a passagem do Dia Mundial do Cinema, celebrado em 5 de novembro, o #ProgramaDiferente apresenta também novos olhares sobre a política nacional, a partir da eleição paulistana marcada pela escolha de candidatos novatos para a Prefeitura e para a Câmara Municipal, e sobre a tragédia do Rio Doce, em Mariana, que completa um ano.

Foram ouvidos o prefeito eleito João Doria (PSDB), o anfitrião e atual presidente da Câmara de São Paulo, vereador Antônio Donato (PT), o veterano Gilberto Natalini (PV) e alguns dos mais representativos novos eleitos para a legislatura que terá início em 1º de janeiro de 2017: Soninha Francine (PPS), Eduardo Suplicy (PT), Reginaldo Tripoli (PV), Adriana Ramalho (PSDB), Aline Cardoso (PSDB), Daniel Annenberg (PSDB), Fernando Holiday (DEM), Janaina Lima (NOVO) e Sâmia Bomfim (PSOL).

Em seguida, para marcar o triste aniversário de um ano do rompimento da barragem do Fundão, no Rio Doce, em Mariana (MG), você acompanha o depoimento do artista multimídia Tadeu Jungle e conhece o making off do seu filme em realidade virtual que retrata essa tragédia ambiental. Assista.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Soninha vai assumir Secretaria do prefeito João Doria

A imprensa dá como certo o que até então se conversava apenas nos bastidores da futura administração municipal de São Paulo: Soninha Francine, eleita vereadora pelo PPS, deve assumir a Secretaria de Assistência, Desenvolvimento Social e Cidadania do prefeito eleito João Doria (PSDB), a partir de 1º de janeiro de 2017.

Além da estrutura atual da Secretaria, que envolve toda a área de assistência social e as políticas públicas do setor, programas de transferência de renda, atendimento de emergência à população em vulnerabilidade, população em situação de rua, crianças e adolescentes, família, pessoas com deficiência, mulheres vítimas da violência, entidades sociais etc., podem ser integradas também outras funções, como direitos humanos, políticas para as mulheres, promoção da igualdade racial e LGBT, reduzindo o número de secretarias existentes, como prometido pelo prefeito.

Questionada sobre por que vai assumir um cargo no Executivo em vez de exercer desde o início seu mandato de vereadora, Soninha afirmou o seguinte, nas redes sociais: "Nunca sequer imaginei que eu não seria vereadora desde o primeiro dia. Estava ansiosa para começar logo o mandato; estive na Câmara na apresentação para os "novos" e fiquei feliz de voltar à velha Casa, empolgada com o que eu teria para fazer agora que já tinha passado pelos primeiros anos de chumbo (rs). Mas sucumbi à tentação... Tentação de poder fazer muito mais... E o poder é o que me move (a impotência é o que me mata!)."

Ela prosseguiu na explicação: "Assistência e Desenvolvimento Social é, basicamente, TUDO. Não é possível que a cidade não tenha nada melhor a oferecer e garantir a 16 mil pessoas que vivem nas ruas... Crianças, idosos, os mais vulneráveis entre as pessoas que vivem em situação miserável... Não é por mim, é por elas, por essas pessoas e as centenas de milhares de outras que não tem o mínimo para viver decentemente (e não estou falando só de um prato de comida ou um auxílio em $ no fim do mês... Estou falando da possibilidade de se sentir bem e ser feliz. A possibilidade!). Seria mil vezes mais confortável ser vereadora... A responsabilidade é cem mil vezes menor. Mas desde quando eu escolho o mais confortável?"

A justificativa de Soninha - com a sua típica sinceridade e transparência - está de bom tamanho. Desejamos sorte e sucesso na nova empreitada. Enquanto responder pelo cargo no Executivo, Soninha será substituída na Câmara Municipal por um suplente do PHS, que participou da eleição coligado com o PPS e o PMB: o vereador Rodrigo Gomes, filho da deputada estadual Clélia Gomes (PHS). A coligação elegeu, além de Soninha, outros dois vereadores: Claudio Fonseca (PPS) e Zé Turin (PHS). É provável que os três atuem num bloco parlamentar.