sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PT quer tirar Netinho, Paulinho e Chalita do páreo

"PT mira SP e deve cobrar de aliados apoio a Haddad": a manchete da Folha confirma aquilo que já suspeitávamos. O PT vai começar 2012 pressionando seus parceiros federais, como PCdoB, PDT e PMDB, que integram o governo Dilma, a apoiarem o ungido de Lula na maior capital do país.

A eleição do ministro Fernando Haddad é considerada prioritária para a estratégia petista de conquistar o Governo do Estado em 2014 e manter a Presidência. Com isso, a partir de janeiro aumenta a pressão sobre as candidaturas de Netinho de Paula (PCdoB), Paulinho da Força (PDT) e Gabriel Chalita (PMDB).

O PT também pretende cobrar uma posição do PSB, que, embora esteja nacionalmente na aliança de Dilma, fechou compromisso com o PSD do prefeito Gilberto Kassab de apoio mútuo em 2012.

Para a cúpula do PT, o acordo com Kassab é a maior demonstração, até aqui, de que o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), pensa seriamente em um projeto político descolado do PT em 2014.

A aliança é pra valer: PSD e PSB oficializaram um bloco na Câmara Municipal de São Paulo. Há inclusive possibilidade de fusão das duas legendas a partir de 2013.

Outro partido-satélite do PT que promete lançar candidato à Prefeitura de São Paulo - e, portanto, também sofrerá pressão lulista - é o PRB, com Celso Russomanno, que se transferiu do PP malufista justamente para disputar a eleição.

Sinal vermelho, sinal verde

Some-se à estratégia petista de reunir o máximo possível de aliados em torno da candidatura Haddad - estancada hoje nos 4% de intenção de votos - a tendência percebida nas pesquisas de saturação do eleitor aos candidatos da polarização PT x PSDB, e o cenário para o PPS e para a candidata Soninha Francine é muitíssimo promissor.

Nem PT, nem PSDB. Que venha 2012 com um "sinal verde" para São Paulo, que é a síntese da proposta do PPS por uma cidade sustentável. Não poderia haver simbologia melhor para a metrópole que não pode parar. Sinal verde para o cidadão que pede passagem, sinal verde para o trânsito, sinal verde para o desenvolvimento, sinal verde para o transporte alternativo, para a saúde, para a educação, para o esporte e o lazer. Sinal verde para a qualidade de vida. Sinal verde para a diversidade, para a ética, a transparência, a decência na política. Verde do meio ambiente e da sustentabilidade.

O PPS e todos os seus candidatos às eleições municipais de 2012 se comprometem publicamente a sensibilizar, mobilizar e oferecer um programa de governo para a promoção do desenvolvimento justo e sustentável.

Este compromisso público tem como referência o "Programa Cidades Sustentáveis", iniciativa proposta pela Rede Nossa São Paulo, pela Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e pelo Instituto Ethos, com o objetivo de que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente equilibrada.

Quem foi que disse?

Um "sinal verde pra São Paulo" é a continuidade natural da campanha apresentada pelo PPS em 2008, quando a então vereadora Soninha Francine foi candidata à Prefeitura questionando: Quem disse que político é tudo igual? Quem disse que não tem mais jeito? Quem disse que só tem um jeito de fazer política? Quem disse que meu voto não faz diferença? Mas por que, afinal, votar na Soninha para a Prefeitura de São Paulo?

Cada um tinha a sua própria resposta, mas no geral os motivos foram listados aqui. Reveja também aqui todos os programas apresentados pelo PPS naquela campanha.

Entre as propostas de Soninha e do PPS formuladas em 2008, algumas também foram encampadas pelo prefeito Gilberto Kassab, eleito naquele ano. Relembre aqui.

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Subprefeitura da Lapa: o fim de um ciclo do PPS

Gostaria de agradecer a todos os munícipes, comunidade e colaboradores que me ajudaram em um ou em vários projetos nesses quase dois anos na Subprefeitura.

Enquanto subprefeito da Lapa, tenho certeza de que fiz o meu melhor para atender a todos da melhor forma possível.

Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa equipe que sempre me apoiou e esteve comigo durante toda essa jornada.

Foram dois anos de muitos acertos, erros, momentos bons e ruins também, mas acima de tudo de muito aprendizado!

Quem agora ocupará meu lugar é o ex-subprefeito de Ermelino Matarazzo, Ademir Aparecido Ramos, que possui uma vasta experiência dentro de uma subprefeitura e que tenho certeza que continuará fazendo um excelente trabalho na Lapa.

Eu me despeço com um “até logo” e muita sorte e paz a todos!


Carlos Fernandes
Subprefeito da Lapa
Presidente municipal do PPS/SP


O Blog do PPS, que jamais fez aqui propaganda política das realizações da Subprefeitura, tanto na gestão de Soninha Francine quanto na de Carlos Fernandes, duas lideranças expressivas do PPS, não pode se calar neste momento de mudança.

A cidade de São Paulo - sob a administração do prefeito Gilberto Kassab - teve a felicidade de ter em sequência Soninha e Carlos Fernandes à frente da Subprefeitura da Lapa.

Não é por acaso que toda a população, as associações comunitárias, clubes de serviços, imprensa e entidades locais reconhecem o toque de qualidade do PPS, com uma administração absolutamente eficaz, transparente, participativa e realizadora.

Parabéns pelo que foi realizado neste ano e que em 2012 São Paulo ganhe mais, com a presença de Carlos Fernandes na eleição para a Câmara Municipal e de Soninha para a Prefeitura. O trabalho continua.

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Contardo Calligaris: "A pessoa do ano"

A coragem do manifestante, mesmo que a gente discorde dele, é a grande garantia da democracia

Tradicionalmente, no fim de dezembro, a revista "Time" elege a "pessoa do ano" e lhe dedica sua capa.

Nem sempre se trata de uma figura admirável. O critério da escolha é a influência, o peso -para o bem ou para o mal. Prova disso: em 1938, a pessoa do ano foi Adolf Hitler, e Stálin ganhou o título em 1939 por causa dos possíveis efeitos catastróficos do pacto germano-soviético de não agressão (certamente pouco apreciado pela "Time" e por seus leitores). Stálin foi pessoa do ano novamente (desta vez, por razões lisonjeiras) em 1942, pela vitória de Stalingrado, que mudou o curso da Segunda Guerra (1939-45).

Como já sabíamos antes que a "Time" desta semana fosse publicada, a pessoa do ano de 2011 é "The Protester" -o protestador, no sentido de manifestante que contesta e protesta.

A "Time" reconhece que há diferenças consideráveis entre as três categorias principais de protestadores do ano, ou seja, entre 1) os insurrectos da Primavera Árabe, que pediram (e muitos deles ainda pedem) uma mudança de regime; 2) os indignados europeus, desempregados e/ou ameaçados pela crise de seus Estados assistenciais e 3) os revoltados norte-americanos do movimento "Ocupe Wall Street", descontentes com a desigualdade e com o poder do capital financeiro (um pouco no espírito da revolta de Seattle em 1999).

Mas a revista julga que os traços comuns a esses grupos são mais importantes que suas diferenças: nos três casos, a massa dos protestadores é composta de jovens, instruídos, de classe média, que não se identificam com partidos políticos oficiais e acreditam "que o sistema político e a economia de seu país tenham se tornado disfuncionais e corruptos -democracias de fachada, manipuladas para favorecer a ricos e poderosos".

Há outra diferença aparente entre os grupos: como nota Kurt Andersen, os manifestantes europeus e de Wall Street se queixam da falta de democracia nos seus regimes, enquanto muitos combatentes da Primavera Árabe apontariam esses regimes como modelos desejáveis de funcionamento democrático.

Contradição? Nem tanto. A democracia é um sistema que sobrevive à condição de que nunca paremos de lutar, ou seja, ela é sempre perfectível e se perde se a consideramos perfeita e deixamos de lutar por ela -para estabelecê-la (como os árabes) ou para aprimorá-la (como europeus e americanos), tanto faz.

Além disso, a "Time" não escolheu um grupo: a pessoa do ano é um indivíduo, "o" protestador. Algo análogo tinha acontecido em 1956, quando os tanques da União Soviética esmagaram a resistência popular húngara. A revista elegera pessoa do ano o "Hungarian Freedom Fighter", o lutador húngaro pela liberdade. Nesse caso também, não fora honrado um grupo, mas "o" lutador, um indivíduo -anônimo, mas um indivíduo mesmo assim, como o "protester" de 2011.

Isso não acontece apenas porque "a pessoa do ano" teria que ser necessariamente singular (uma pessoa, justamente). Há outra razão: a revista escolheu "o" indivíduo que manifesta porque (como escreveu Rick Stengel na apresentação), independentemente da razão pela qual ele protesta, pelo simples fato de protestar, essa figura "literalmente encarna a ideia de que a ação individual pode acarretar mudanças coletivas e colossais".

Em suma, alguns dirão que a escolha do protestador como pessoa do ano de 2011 não foi certa, porque, por exemplo, o foco dos protestos é vago e seus efeitos futuros ainda incertos -eles perguntarão: "Não será cedo para dizer se esses protestos transformaram alguma coisa para melhor?".

Mas a "Time" enxergou outra coisa: a atitude do indivíduo que protesta é a matriz de qualquer democracia. A coragem do manifestante, mesmo que, às vezes, a gente o julgue inoportuno, mesmo que discordemos de suas razões, de seus pedidos e dos meios pelos quais ele se expressa, não deixa de ser a grande garantia da democracia.

Sempre me esforço para me lembrar disso quando sou aprisionado no meu carro por uma manifestação que paralisa o trânsito da cidade: o protestador acredita na possibilidade de seu ato mudar o mundo, e é graças a essa fé que a democracia se afirma e insiste -para todos nós.

Enfim, ao ler as retrospectivas, 2011 parece ter sido um ano de alegrias, dores e incertezas, um ano intenso. Espero que o próximo seja, para todos nós, tão interessante quanto este, se não mais.


(Artigo do psicanalista Contardo Calligaris, publicado na Folha de S. Paulo em 29 de dezembro de 2011)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Filho de Jader pegou "espírito da coisa": Argh! Blah!

Caretas do filho de Jader Barbalho, no retorno ao Senado do pai de todos os fichas sujas, representam um pouco do que a sociedade também queria expressar nesse momento: NOJO! DESPREZO!

Na inocência de Daniel, 9 anos, filho do segundo casamento de Jader Barbalho, fica o nosso protesto a políticos que acabam com a credibilidade das instituições democráticas.

O senador Jader Barbalho (PMDB/PA) teve votos suficientes para se eleger na eleição do ano passado, mas estava barrado pela Lei da Ficha Limpa e teve o registro da candidatura negado. Agora ele assume o cargo com autorização do Supremo Tribunal Federal, pelo fato de o próprio STF ter derrubado a validade da lei para 2010.

Argh! Blah!

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Trânsito congestionado: a culpa é do prefeito! (Ops!)


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Puxadinho caro esse, hein, Dona Dilma?

Nem se juntássemos os quadros Lar Doce Lar e Lata Velha, famosos por transformações mirabolantes no programa de TV de Luciano Huck, chegaríamos aos pés da proeza da Marinha do Brasil: uma "reforminha" de R$ 657,9 mil na base naval de Aratu, na Bahia, para as férias da presidente Dilma. Isso porque em 2009 já havia feito outro "puxadinho" para o presidente Lula, no mesmo local, pela bagatela de R$ 800 mil. Que beleza! Quanta riqueza!

Os detalhes do mimo presidencial estão no site Contas Abertas.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pesquisa Band/Ibope coloca Soninha em 2º lugar

Pesquisa Band/Ibope para a Prefeitura de São Paulo divulgada nesta segunda-feira, 26 de dezembro, mostra que a pré-candidata do PPS, Soninha Francine, teria hoje um potencial de 20% dos votos, pouco atrás de Netinho de Paula (PCdoB) e embolada com Paulinho da Força (PDT) na disputa pelo 2º lugar.

O ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB), que nega que será candidato, quando tem seu nome incluído, lidera a consulta. Em um dos cenários, Serra aparece à frente com 20% das intenções de voto, contra 14% de Netinho. Em seguida aparece Paulinho (PDT), com 8%; Soninha, com 6%; Gabriel Chalita (PMDB), com 5%; Fernando Haddad (PT), com 4%; e Guilherme Afif Domingos (PSD), com 3%.

Nas demais projeções, em que o PSDB aparece com outros candidatos, Netinho de Paula está à frente, com Paulinho e Soninha empatados tecnicamente em segundo lugar. Este seria, hoje, o cenário mais provável da eleição paulistana: sem José Serra e com Afif candidato pelo PSD.

Porém, tanto o PDT de Paulinho quanto o PCdoB de Netinho são disputados ainda por PT, PSDB e PSD, e podem desistir de apresentar candidatos. O peso de Lula e Dilma na indicação de Haddad (em busca de um vice bem posicionado), além da influência do governador Alckmin e do próprio Kassab na disputa (ansiosos por agregar tempo de TV à sua coligação) podem ser decisivos.

Como em todas as pesquisas realizadas até agora, há algumas falhas que podem prejudicar o resultado obtido. Por exemplo, o levantamento Band/Ibope omitiu da pesquisa o candidato que lidera no Datafolha: Celso Russomano (PRB), enquanto incluiu Paulo Skaf como potencial candidato do PSB, sendo que ele está filiado - assim como Chalita - ao PMDB.

A ex-vereadora Soninha Francine teria mais votos, hoje, que os candidatos de Lula, Dilma, Alckmin e Kassab. Esse resultado aponta, sem dúvida, para a tendência de saturação do eleitor com a polarização PT x PSDB (ou a sua variação kassabista).

Um fator ainda não contabilizado nas pesquisas é o eventual apoio da ex-senadora Marina Silva, que teve 20% dos votos para presidente em 2010.

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

22 de dezembro: 23 anos sem Chico Mendes

‎22 de dezembro de 1988: assassinato do seringueiro Chico Mendes. Que o Brasil jamais esqueça dessa data e da luta ambiental.

Quem foi Chico Mendes

Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, nasceu e morreu em Xapuri, no Acre, assassinado aos 44 anos. Foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental. Sua atividade política tinha como principal objetivo a preservação da Floresta Amazônica e lhe deu projeção mundial.

O cartaz reproduzido acima é das eleições de 1986. Chico Mendes foi candidato a deputado estadual pelo PT do Acre, ao lado de Marina Silva para deputada federal constituinte, José Marques de Sousa , o Matias, para o Senado e Hélio Pimenta para Governador. Nenhum deles foi eleito.

Chico Mendes começou seu aprendizado do ofício de seringueiro ainda criança, acompanhando o pai em incursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 19 anos. Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia.

A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.

Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.

Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.

Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região. Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.

Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.

Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.

Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional.

A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.

Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos.

Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.

Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.

Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes , que por várias vezes denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de perder a vida e que necessita de garantias.

No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes.

Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.

Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito, na porta dos fundos de sua casa, quando saía de casa para tomar banho.

Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia, e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção. Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente. Em 1992 foi reconhecida através de exames de DNA uma terceira filha.

Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comitê Chico Mendes". Eles exigiam providências e, através de articulação nacional e internacional, pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido.

Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e 8 meses de prisão.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Quando até o Judiciário está na berlinda...

O país vai mal. Se já não bastasse a crise no Executivo e no Legislativo, agora é o Judiciário que enfrenta o descrédito popular, metido em escândalos e imoralidades. Vamos reproduzir três textos publicados na Folha de S. Paulo de hoje, que falam por si (assim como a charge acima): um editorial, um artigo e uma reportagem.

Chicana no STF (Editorial da Folha)

Decisão do ministro Marco Aurélio Mello de suspender poderes do CNJ é mais uma demonstração de corporativismo no Judiciário

A criatividade demonstrada por alguns advogados nos processos judiciais, em busca de brechas na legislação que possam mudar subitamente uma decisão que se afigurava justa, é chamada, no jargão da área, de "chicana". Nesta semana, numa inusitada troca de papéis, o país viu uma dessas manobras ser patrocinada por um ministro do Supremo Tribunal Federal.

O ardil deu-se em meio à discussão de um processo de grande importância para o futuro do Judiciário: a delimitação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça.

Criado para ser uma instância de controle, o CNJ tem a missão de combater desvios e aumentar a transparência administrativa e processual do Poder Judiciário.

A decisão do Supremo, como já observou esta Folha, poderá reafirmar essa função ou relegar o órgão a um papel apenas decorativo no jogo de poder da Justiça brasileira.

O ministro Marco Aurélio Mello é o relator do processo, que esteve na pauta da corte ao longo de praticamente todo o segundo semestre deste ano, mas não foi ainda julgado pelo plenário. Em setembro, o próprio ministro-relator chegou a solicitar que a matéria fosse retirada da pauta, alegando que não haveria "clima" para uma decisão.

Para surpresa da opinião pública, que anseia por uma discussão transparente sobre o tema, Marco Aurélio Mello esperou o último dia de trabalho do STF para conceder uma liminar que simplesmente suspende os poderes do CNJ.

Pela decisão do ministro, válida até o tribunal voltar a se reunir, em fevereiro, o Conselho não pode mais agir quando notificado de uma denúncia. Precisará aguardar a apuração a ser conduzida pelas corregedorias estaduais. O ministro também suspendeu o prazo de 140 dias que o CNJ estipulava para que fossem concluídos os processos disciplinares locais.

A consequência é que, até o fim do recesso, o CNJ terá seus poderes reduzidos para investigar eventuais irregularidades envolvendo a atuação de juízes.

O Supremo, com o ministro Mello à frente, tem se revelado, com acerto, contumaz crítico do abuso do governo federal na edição de medidas provisórias. Liminares como esta, que impõem a decisão do ministro sem que o colegiado do STF se pronuncie, de certa forma seguem a mesma linha impositiva da legislação "baixada" pelo Executivo e despertam apreensões quanto ao aperfeiçoamento do sistema de freios e contrapesos na democracia brasileira.

As frequentes movimentações de magistrados com o propósito de cercear a atuação do CNJ evidenciam as dificuldades para superar o tradicional corporativismo do Poder Judiciário, acostumado, há décadas, a lidar com seus problemas intramuros.


122 páginas em um dia (Fernando Rodrigues)

BRASÍLIA - Esquentou o clima no Supremo Tribunal Federal. O ministro Joaquim Barbosa queixou-se de um pedido do presidente do STF, Cezar Peluso, para que o conteúdo integral do processo do mensalão fosse colocado à disposição de todos os magistrados da corte.

Ao interpelar Barbosa em público, Peluso argumentou sobre a "necessidade de preparar e não retardar ainda mais o julgamento de causa de maior complexidade".

Barbosa é relator do caso do mensalão. Está há cerca de seis anos com o caso. Sentiu-se ofendido. Em tom duro, ofereceu uma resposta de cinco páginas com 1.417 palavras.

No texto, Barbosa explica que os autos do processo do mensalão já estavam, há mais de quatros anos, "integralmente digitalizados e disponíveis eletronicamente". Esse dado desmoraliza os outros dez ministros do STF. Cada um deles já poderia ter se interessado em ler o que está no mais rumoroso caso de corrupção política do governo Lula.

Mas há também um aspecto pouco abonador na reação de Joaquim Barbosa. Quando foi cobrado por Peluso, ele estava em licença médica, em Nova York. Como previsto, voltou ao Brasil no fim de semana. Na segunda-feira, apresentou sua resposta indignada e, surpresa, o relatório de 122 páginas que produziu finalmente sobre o mensalão.

Fica uma dúvida: essas 122 páginas já estavam redigidas antes de sua licença médica ou Barbosa trabalhou durante o tratamento de saúde no exterior? Se o relatório foi preparado apenas na segunda-feira, essa é prova cabal de como o ritmo de um processo depende do humor do juiz que preside o caso.

O mensalão, com 38 réus, não é um julgamento qualquer. Prazos devem ser cumpridos. Só que o STF é uma corte política. Achar normal e razoável a tramitação de seis anos revela como impera ali uma indiferença incompatível com certos desafios que os ministros devem assumir.


Ministro do Supremo beneficiou a si próprio ao paralisar inspeção

Ricardo Lewandowski, que concedeu liminar contra corregedoria, recebeu pagamentos sob investigação

Ministro atuava no Tribunal de Justiça de São Paulo antes de ir para o STF e não vê problema em conduta

Mônica Bergamo
COLUNISTA DA FOLHA

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), está entre os magistrados que receberam pagamentos investigados pela corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde ele foi desembargador antes de ir para o STF.

Lewandowski concedeu anteontem uma liminar suspendendo a investigação, que tinha como alvo 22 tribunais estaduais. O ministro atendeu a um pedido de associações como a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que alega que o sigilo fiscal dos juízes foi quebrado ilegalmente pela corregedoria, que não teria atribuição para tanto.

Por meio de sua assessoria, Lewandowski disse que não se considerou impedido de julgar o caso, apesar de ter recebido pagamentos que despertaram as suspeitas da corregedoria, porque não é o relator do processo e não examinou o seu mérito.

A liminar que ele concedeu suspende as inspeções programadas pelo CNJ e permite que o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, volte a examinar a questão em fevereiro, quando o STF voltará do recesso de fim de ano.

A corregedoria do CNJ iniciou em novembro uma devassa no Tribunal de Justiça de São Paulo para investigar pagamentos que alguns magistrados teriam recebido indevidamente junto com seus salários e examinar a evolução patrimonial de alguns deles, que seria incompatível com sua renda.

Um dos pagamentos que estão sendo examinados é associado a uma pendência salarial da década de 90, quando o auxílio moradia que era pago apenas a deputados e senadores foi estendido a magistrados de todo o país.

Em São Paulo, 17 desembargadores receberam pagamentos individuais de quase R$ 1 milhão de uma só vez, e na frente de outros juízes que também tinham direito a diferenças salariais.

Lewandowski afirmou, ainda por meio de sua assessoria, que se lembra de ter recebido seu dinheiro em parcelas, como todos os outros.

O ministro disse que o próprio STF reconheceu que os desembargadores tinham direito à verba, que é declarada no Imposto de Renda. Ele afirmou que não entende a polêmica pois não há nada de irregular no recebimento.

A corregedoria afirmou ontem, por meio de nota, que não quebrou o sigilo dos juízes e informou que em suas inspeções "deve ter acesso aos dados relativos à declarações de bens e à folha de pagamento, como órgão de controle, assim como tem acesso o próprio tribunal".

No caso de São Paulo, a decisão do Supremo de esvaziar os poderes do CNJ suspendeu investigações sobre o patrimônio de cerca de 70 pessoas, incluindo juízes e servidores do Tribunal de Justiça.

Liminar concedida anteontem pelo ministro Marco Aurélio Mello impede que o conselho investigue juízes antes que os tribunais onde eles atuam analisem sua conduta -o que, na prática, suspendeu todas as apurações abertas por iniciativa do CNJ.

No caso de São Paulo, a equipe do conselho havia começado a cruzar dados da folha de pagamento do tribunal com as declarações de renda dos juízes. O trabalho foi paralisado ontem.

Magistrados do TJ teriam recebido R$ 1 mi cada um

DE SÃO PAULO

A inspeção realizada pelo CNJ no Tribunal de Justiça de São Paulo teve como um dos focos um grupo de 17 desembargadores que pode ter recebido ilegalmente R$ 17 milhões dos cofres da corte paulista, como foi revelado pela Folha no dia 8.

Na investigação, feita de 5 a 14 de dezembro, a equipe do CNJ buscou documentos para apurar se o valor foi usado para pagar R$ 1 milhão de uma só vez para cada um dos magistrados.

Vários desembargadores e juízes de primeira instância do TJ têm direito a receber verbas relativas a pendências salariais, mas, em geral, as quitações ocorrem por meio de várias parcelas de pequeno valor.

A equipe do CNJ avalia se não houve violação ao princípio jurídico da impessoalidade e, consequentemente, um privilégio ilegal.

A corregedoria apura a suspeita de que no final de 2010 o então presidente do tribunal, Antonio Carlos Viana Santos, morto em janeiro, tenha se aproveitado de uma sobra orçamentária e determinado os pagamentos em favor de si e outros 16 colegas. O TJ possui 353 desembargadores.

A análise dos pagamentos foi suspensa pela decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Soninha: candidatura pra valer, além de PT x PSDB

A ex-vereadora e ex-subprefeita da Lapa, Soninha Francine, que atualmente é responsável pela Superintendência do Trabalho Artesanal (Sutaco), do Governo do Estado, explicou mais uma vez, a quem ainda não quis entender, que a sua candidatura pelo PPS à Prefeitura em 2012 é pra valer porque o partido acredita que São Paulo precisa de um salto de qualidade e o eleitorado já está saturado da polarização entre PT e PSDB.

Assista também:

"São Paulo precisa criar condições para pessoas serem mais saudáveis"

"Vou estar sempre em oposição ao PT"

"Viciados em drogas precisam de atenção multidisciplinar"

"Mito Lula não funciona em São Paulo"

"Nova Política": PPS inaugura a era da #REDE23

O PPS acaba de aprovar o conceito da #REDE23, um movimento de discussão e mobilização em torno de objetivos comuns, que abrange outras siglas partidárias, entidades, organizações, sindicatos, associações, cidadãos e grupos organizados na internet.

É um avanço inestimável em direção à "Nova Política", que vem sendo discutida no Brasil e no mundo, nas ruas e nas redes, incluído agora na Resolução Política do Congresso do PPS e como órgão partidário no estatuto novo do partido.

A #REDE23 é assim definida: "Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, grupos na internet e até com personalidades influentes nos temas que trabalham. O partido não mais pode manter a posição de vanguarda da época da circulação restrita de informação e deve assumir a postura de interlocutor dos movimentos, co-formulador de suas reivindicações à luz de suas diretrizes mais gerais, e seu tradutor na linguagem das leis e das políticas públicas."

Entre as inovações adotadas pelo PPS, além do óbvio reconhecimento de que a política se faz além dos partidos, estão as conferências virtuais e consultas online sobre os temas em pauta na sociedade, reforçando os princípios da direção coletiva e compartilhada, além da interatividade permanente com a militância e com cidadãos sem filiação partidária.

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Nova Política" em Minas: PPS marca presença

Foi um sucesso o lançamento do Movimento Nova Política em Minas Gerais, organizado pelo ex-deputado federal, duas vezes prefeito de Conceição do Mato Dentro, candidato ao Governo mineiro pelo PV em 2010 e pré-candidato do PPS à Prefeitura de Belo Horizonte em 2012, Zé Fernando Aparecido de Oliveira, neste sábado (17/12).

Compareceram, entre outros, Marina Silva, Heloísa Helena, Fabio Feldmann, Alfredo Sirkis, Jean Wyllys, Sergio Xavier, Mauricio Brusadin e Walter Feldman. Pelo PPS, além do anfitrião Zé Fernando, marcaram presença Raul Jungmann, Soninha Francine e, em peso, a direção do partido em Minas: Luzia Ferreira, Juarez Amorim, Paulo Elisiario, Júlio César e Raimundo Benoni.

Registre-se que a política mineira é um caso à parte: em 2010, a presidenciável Marina Silva venceu o 1º turno em Belo Horizonte com 40% dos votos (Dilma Rousseff teve 31% e José Serra 28%). No 2º turno, o tucano teve 50,39% e a petista 49,61%.

“O Movimento é transpartidário, e o apoio vai do compromisso do programa e do testemunho de vida, daquele (candidato) que está se comprometendo com a plataforma do movimento. A priori não é uma questão por ser do PV, do PT, do PPS ou do PSDB. Vou apoiar de acordo com a coerência programática. Não serão apoios pragmáticos”, afirmou Marina.

“O compromisso que as pessoas têm que assumir é com a sustentabilidade e com a ética na política.”

Para Marina, o Movimento é uma oportunidade para “discutir a política que está em crise”. “Infelizmente a política tem se tornado projeto de poder pelo poder. A gente não pode ter uma visão pragmática de que o movimento tem que ter uma finalidade eleitoral. Só merece participar de eleição, que discute ideias, propostas, quem tem objetivos para além da disputa do poder pelo poder”, avaliou a ex-senadora.

A vereadora do PSOL de Maceió (AL), Heloísa Helena, disse que existe espaço no país para outras forças políticas. “O Brasil precisa é de um projeto que supere essa farsa da falsa polarização entre PT e PSDB”, analisou.

“A maior parte dos partidos você já sabe quem são, aqueles que mandam e aqueles que estão próximos aos que mandam. Nós não temos a resposta nem a fórmula, mas estamos nos dispondo a fazer o debate para encontrar o caminho”, completou Marina.

Veja aqui o vídeo com a íntegra do ato de lançamento do Movimento Nova Política em Minas Gerais.

Veja os pontos exatos das falas de Luzia Ferreira (0:21:33), Raul Jungmann (0:49:15), Alfredo Sirkis (1:59:00), Fabio Feldmann (2:13:05), Heloisa Helena (2:31:02) e Marina Silva (2:47:00)

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PT x PSDB: "privataria tucana" x "corrupção petista"

Sobre toda a polêmica de "privataria tucana" x "corrupção petista", compartilhamos desta opinião de Heloísa Helena, postada no twitter:

@_Heloisa_Helena
A putrefação da privataria no passado, a carniça da corrupção no presente merece igual repúdio de quem não é comensal da vadiagem política!

Veja as últimas postagens do twitter @23pps

Siga o @23pps:

@23pps PPS/SP
Qualquer agressão, ofensa, atentado à vida merece punição exemplar. Que seja contra seres humanos ou animais, por ignorância ou preconceito.

RT @ANDAnews ANDA NEWS
Autoridades, formadores de opinião vamos juntos às ruas clamar pelo fim da violência contra animais.Nós podemos mudar as leis.

RT @luciaverissimo Lúcia Veríssimo
As pessoas estão ficando cada vez + raivosas e agressivas. Enquanto ñ exigirmos punições + severas dificilmente viveremos em paz

RT @_Heloisa_Helena Heloisa Helena
Sobre Vídeo terrível morte Animal informamos q/Procedimentos Legais já foram tomados MP, Polícia Civil, etc #LeiLobo

RT @folha_com Folha de S.Paulo
Enfermeira que agrediu cão alegou estresse, afirma delegado. http://bit.ly/uYIbig

@23pps PPS/SP
Absurdas as cenas de crueldade com animais. Precisamos de punição exemplar contra essa covardia: CADEIA! Estamos com @luisamell nesta luta!

@23pps PPS/SP
Veja também o que diz @SoninhaFrancine sobre os critérios de avaliação de pesquisa Datafolha para a Prefeitura de SP. Leia.

@23pps PPS/SP
Lamentamos que o vereador @_ACRodrigues tenha respondido ao @23pps e posteriormente apagado: "os cães ladram e a caravana passa". Enfim...

@23pps PPS/SP
Vereador @_ACRodrigues abriu o baú e deu "graças a Deus" por não ter recebido o voto de @pclaudiofonseca quando foi presidente da Câmara/SP

@23pps PPS/SP
Nas 4 eleições consecutivas de @_ACRodrigues para a presidência da Câmara/SP o @23pps com @pclaudiofonseca e @SoninhaFrancine votou contra!

'Mito Lula não funciona' em São Paulo, diz Soninha

Pré-candidata do PPS diz não acreditar em polarização da eleição e lembra que PT perdeu as últimas quatro disputas

A pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, afirmou ontem que "o mito Lula não funciona" na capital paulista e por isso não acredita que a eleição ficará polarizada entre os candidatos do PSDB e do PT.

A avaliação de que a eleição em São Paulo terá apenas dois lados, um ligado ao PT e outro ao PSDB foi feita pelo ex-governador José Serra (PSDB).

"Nas últimas quatro eleições para o Executivo o PT foi derrotado, apesar de toda a influência do Lula", disse, em entrevista à TV Estadão. "Na minha interpretação ele (Lula) projetou para o Brasil, até no cenário internacional, uma imagem de sucesso, de pujança, de avanço que não é real. Mas ele é convincente."

O último levantamento do Datafolha, no entanto, mostrou que o ex-presidente ampliou sua força em SP e se a eleição fosse hoje, 48% dos eleitores dizem que poderiam escolher o indicado por ele.

Soninha corrobora o argumento de Lula ao indicar o ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato petista em São Paulo - de que a eleição na capital será marcada por novos nomes da política.

"A escolha dele se baseia também na ausência de rejeição. Por ser desconhecido, ele (Haddad) é menos rejeitado."

Superintendente do Trabalho Artesanal (Sutaco) do Estado, Soninha diz que sua máxima ambição é chefiar o Executivo municipal e rechaça que pretenda abrir mão de sua candidatura em prol de apoio ao PSDB.

"Se o PSDB quiser indicar um vice para a nossa chapa, a gente topa conversar", ironizou.

Soninha destacou que, além de São Paulo, o lançamento de candidaturas majoritárias nas principais capitais do País é "muito importante" para o projeto nacional do PPS.

Veja mais aqui.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Folha de S. Paulo x PPS: opinião, réplica e tréplica

Sempre em nome da transparência, para avaliação de todos, vamos expor aqui - sem nenhum comentário além do próprio diálogo travado entre a Secretaria de Comunicação do PPS e a Redação da Folha de S. Paulo - a troca de e-mails ocorrida após a divulgação da última pesquisa Datafolha à Prefeitura de São Paulo, que foi assim tratada pelo jornal: Lula aumenta força em SP, e Serra tem maior rejeição, diz Datafolha

A posição inicial do PPS/SP:

Estranhamos o fato de não haver nenhuma citação à pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, terceira colocada em todos os cenários apresentados, com 10% das intenções de voto.

O nome de Soninha aparece apenas no gráfico impresso com o resultado integral da pesquisa, como não poderia deixar de ser, mas é omitido no texto da reportagem.

Resultado prático desta omissão: quem lê a matéria na internet, por exemplo, onde não estão disponíveis os gráficos, nem sequer é informado que o PPS tem candidatura própria, menos ainda que ela é a terceira força eleitoral da cidade de São Paulo.


Creio que se trata de uma omissão injustificável, até porque são mencionados candidatos com menor índice que Soninha.

Solicitamos providência para reparar esse tratamento desigual e prejudicial ao PPS.


A resposta da ombudsman da Folha, Suzana Singer:

Segue resposta da Redação (assinada por Bernardo Mello Franco).

"A avaliação do Mauro Paulino (diretor-geral do Datafolha) é a seguinte: esses cenários ainda não são muito relevantes porque apenas refletem o recall de pré-candidatos que disputaram eleições passadas.

Por isso focamos a matéria nos dados novos, que são a influência do Lula e a rejeição do Serra.


A citação à Marta é necessária porque ela liderava a primeira pesquisa, divulgada em setembro.

E as citações a Afif e aos tucanos situam o leitor na disputa pela candidatura que será apoiada pelo governador e pelo prefeito.

Por razão de espaço, citamos apenas na arte os candidatos "avulsos" que estão num pelotão intermediário. É o caso de Soninha Francine, Paulinho da Força e Gabriel Chalita.


Celso Russomanno e Netinho de Paula, que estão em empate técnico na liderança, foram mencionados."

A tréplica da Secretaria de Comunicação do PPS/SP:

Agradeço pela atenção, mas obviamente discordo da avaliação.

Uma candidata que tem 10% dos votos e se consolida como terceira força em todos os cenários não pode ser tratada como "avulsa" ou um nome solto apenas na arte.

Tudo bem que é um retrato momentâneo e mutável, mas a candidata do PPS tem mais votos, hoje, que o nome do PT e o do PSDB somados.

Para agravar a situação: Soninha lidera entre os eleitores com nível superior e está embolada em primeiro (com outros três nomes) no cenário do eleitor com renda superior a 10 salários. Isso não é notícia?

Portanto, fica registrado aqui o meu protesto, como jornalista, cidadão, leitor e eleitor.


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Soninha se firma com 10% e é terceira força de SP


Blog da Soninha: Ah, tá, entendi [NOT]

Blogueiro, 13 anos, a "cara" da Nova Política

Não basta avançar no conceito, é preciso inovar na prática - e se a #REDE23 precisa de uma "cara" que a identifique, estaremos bem representados por Guilherme Cortez, um menino de apenas 13 anos de idade, surpreendentemente consciente e politizado, autor do blog Brasil, país da fantasia, que traduz com perfeição os caminhos da "Nova Política".

Na foto, o estudante Guilherme Cortez aparece entrevistando o renomado jornalista e escritor Laurentino Gomes (ex-Veja e autor, entre outros, do best-seller "1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil"), em visita que, sozinho, organizou ao Colégio Franciscano Pio XII, aonde cursou em 2011 o 8º ano do Ensino Fundamental.

Mas quem é, afinal, Guilherme Cortez e o que leva um menino de 13 anos a se interessar pela política? Vamos deixar que ele mesmo se apresente:

Ouço falar dos problemas do Brasil desde os meus 6 anos. Agora, aos 13, escrevo esse blog para mostrar minha indignação com o Brasil de hoje! Amo meu país, por isso estou aqui, fazendo a minha parte para mudá-lo!

Escrevo esse blog para que daqui a alguns anos, possa sorrir e dizer que lutei até o fim para que meus filhos e netos também sintam o orgulho de terem nascido aqui!


Tenho costume de conversar sobre política aqui em casa, sempre comentando sobre assuntos como "Caiu mais um ministro", principalmente com meu pai e com a minha avó! Infelizmente, mesmo tendo amigos muito inteligentes, nenhum tem interesse pela política. Todos sempre dizem que eu sou o mais "politizado" do grupo, ou seja, não tenho muitos colegas para conversar sobre esse assunto, o que mostra como a minha geração está alienada.

Leio principalmente revistas, mas gosto muito de histórias fantasiosas, mesmo adorando gêneros sérios, gostando muito de livros que contam a história de nosso Brasil, como 1808 e 1822.

Me interesso na política porque eu acho uma maneira extremamente democrática, na teoria, de se promover mudanças para as pessoas. Tenho, sim, muito vontade de, um dia, seguir a vida política, pois gostaria de fazer o máximo que posso para mudar o que há de errado no Brasil, e acho que não há maneira melhor de fazer isso do que representando o nosso povo.

Daqui a 10 anos pretendo estar na faculdade, cursando, provavelmente, uma matéria como Jornalismo ou Ciências Sociais. Em 20 anos gostaria de estar me aventurando na vida pública, quem sabe já tentando eleições!

Sempre me interessei muito por escrever, principalmente sobre assuntos onde posso expressar minha opinião.

Quero começar a fazer parte da #REDE23, contribuindo com esse partido que, a meu ver, é o mais ético do nosso país.

Para ter uma ideia, minha preferência pelo PPS é tão grande que, logo nos meus primeiros posts, quando soube que a candidata do partido à prefeitura da minha cidade, Soninha Francine, estava tão bem colocada nas pesquisas, já tive a ideia de expressar meu apoio pela candidata! Bom, tenho certeza que teremos grandes diálogos futuramente!


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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Desenvolvimento Sustentável ganha Coordenação

O Congresso Nacional do PPS realizado em São Paulo, no fim-de-semana, formalizou a criação da Coordenação Nacional de Desenvolvimento Sustentável e a inclusão deste núcleo ambientalista nos estatutos do PPS, como órgão oficial do partido.

Tivemos já neste Congresso Nacional do PPS alguns avanços importantes:

1) O apoio formal do PPS e de todos os candidatos a prefeito e vereador do partido ao Programa Cidades Sustentáveis (www.cidadessustentaveis.org.br)

2) A própria criação desta Coordenação Nacional de Desenvolvimento Sustentável, inserida no estatuto do PPS como órgão partidário.

3) A aprovação de um Seminário de Cidades Sustentáveis para 2012.

4) A aprovação de uma Conferência para reformular o Programa do PPS em 2013.

5) A inclusão estatutária, entre os princípios e conceitos essenciais do PPS: “O Partido se declara humanista, socialista E AMBIENTALISTA (...)”.

A próxima reunião da Coordenação está marcada para fevereiro de 2012, possivelmente em Brasília, e ocorrerá paralelamente à primeira reunião do novo Diretório Nacional do PPS, que elegerá a sua nova Comissão Executiva.

Segue relação, em ordem alfabética, dos integrantes da 1ª reunião da Coordenação Nacional de Desenvolvimento Sustentável, realizada no sábado (10/12): Airton Chaves Roch (AC), Anivaldo Miranda (AL), Arnaldo Jordy (PA), Benjamim de Almeida Mendes (BA), Deibson Cavalcanti (BA), Eliseu Ferraz Santoni (SP), Francisco Potiguara Tomaz Filho (PA), George Gurgel (BA), Guilherme Ramalho Manhães (ES), Herbert Lobo (CE), João de Deus Ferreira (PA), Jorge Espeschit (MG), Juca Carvalho (AL), Leandro dos Santos Souza (SP), Luiz Castro (AM), Lylian Concellos (SP), Márcia Aparecida Silva (MG), Marcilio Domingues (PE), Maurício Brusadin (SP), Mauricio Rudner Huertas (SP), Nelson Soares dos Santos (GO), Ornil Fernandes (PE), Osvaldo Ceoldo (SP), Raul Jungmann (PE), Ricardo Young (SP), Soninha Francine (SP), Steven Eriksen Binnie (SP), Thulio Pompeu (SP), William Passos (DF), Yeken Serri (SP).

Leia também:

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Soninha lidera entre eleitorado com nível superior

Enquanto a reportagem da Folha de S. Paulo preferiu tratar mais do eventual peso de Lula na eleição paulistana ou da alta rejeição de Serra, exercitando a futurologia e ignorando completamente o terceiro lugar e os 10% consolidados de Soninha, a realidade dos números vai recolocando as coisas no seu devido lugar.

A pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, lidera na preferência do eleitorado com nível Superior. Com 15% de votos, é a primeira colocada da pesquisa Datafolha neste segmento.

"Se tomarmos apenas nível superior e renda maior que 10 salários mínimos na lista com Bruno Covas, Celso Russomano cairia dos 20% que obteve para 12% e 12% respectivamente. Soninha subiria para 15% e 10% respectivamente. Chalita também subiria para 10% e 13% e Bruno Covas obteria 8% e 10%", analisa o ex-prefeito carioca César Maia, em seu "ex-Blog".

"Nesse momento, são esses segmentos que têm mais informação sobre nomes e processo pré-eleitoral pela maior proporção de leitores de jornais", destaca Maia. "A porcentagem dos que conhecem os candidatos reforça esse raciocínio. Russomano é conhecido por 88%, Soninha por 73%, Bruno Covas por 49%, e Gabriel Chalita por 47%."

Ou seja, pelo nível de ensino, Soninha lidera com 15% entre os eleitores com nível Superior, seguida por Russomano com 12%, Chalita com 10% e Bruno Covas com 8%.

No eleitorado com renda superior a 10 salários mínimos, a competição também fica embolada, revelando empate técnico entre os quatro primeiros colocados: Chalita com 13%, Russomano com 12%, Soninha com 10% e Bruno Covas com 10%.

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"Como sempre a gente tem que aparecer mais, mas não aparecer simplesmente, e sim deixando claro a nossa visão e as nossas propostas", afirma a pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine.

"Eu não sei fazer de outro jeito. Eu não consigo só sair apertando as mãos das pessoas, eu quero fazer debate... e isso a gente faz o tempo todo."

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Soninha se firma com 10% e é terceira força de SP

A pesquisa Datafolha para a eleição à Prefeitura de São Paulo confirma a candidata do PPS, Soninha Francine, com 10% dos votos do eleitorado paulistano e terceira colocada em quatro dos cinco cenários apresentados.

Nenhum candidato supera os 20% de intenções de voto, e o número de indecisos oscila até os 29%. Soninha tem, hoje, mais votos que os candidatos do PT e do PSDB juntos.

O Datafolha projetou cinco cenários. Em quatro, o ex-deputado Celso Russomanno (PRB) lidera com 20%, em empate técnico com o vereador Netinho de Paula (PC do B), que varia de 14% a 15%. Soninha aparece com 10% ou 11%.

Quando José Serra (PSDB) é testado, ele aparece na ponta com 18%, seguido por Russomanno (16%) e Netinho (13%). Soninha cai para 8%.

Porém, Russomano e Netinho ainda terão que vencer a pressão de Lula, que tenta convencer seus partidos (PRB e PCdoB, respectivamente) a retirá-los da disputa para entrar na chapa de Fernando Haddad (PT), estacionado entre 3% e 4%. O petista ainda é desconhecido por 63% dos paulistanos.

Entre os pré-candidatos do PSDB a prefeito, fora Serra, o mais bem posicionado é o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, com 6%.

O secretário de Energia, José Aníbal, tem 3%. O deputado Ricardo Tripoli e o secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, têm 2% cada um.

O vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), do partido de Kassab, aparece com 3% nos cinco cenários. Em reuniões com aliados, Serra defendia que o PSDB abrisse mão de lançar candidato próprio para apoiá-lo.

A pesquisa espontânea, em que o eleitor não recebe a lista de candidatos, reforça a ideia de que o paulistano está alheio à corrida municipal. Os mais citados são Marta (8%) e Kassab (3%), que não vão participar da disputa.

Veja também:

Reportagem da Globo: Congresso do PPS e Soninha Prefeita

domingo, 11 de dezembro de 2011

PPS apóia Cidades Sustentáveis e aprova #REDE23

O Congresso Nacional do PPS, realizado neste fim-de-semana em São Paulo, deu passos importantes rumo à chamada "Nova Política":

1) Todos os candidatos a prefeito e vereador do PPS em 2012, do país inteiro, oficializaram o apoio ao Programa Cidades Sustentáveis. A carta-compromisso foi assinada na abertura do Congresso pelo presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire, ao lado dos representantes da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, e do Instituto Ethos, Ricardo Young. O PPS já conta com pré-candidatos à prefeitura de 20 capitais.

2) O PPS inova e também oficializa a #REDE23, um movimento de discussão e mobilização em torno de objetivos comuns, que abrange outras siglas partidárias, entidades, organizações, sindicatos, associações, cidadãos e grupos organizados na internet.

Incluída na Resolução Política do Congresso e como órgão partidário no estatuto novo do PPS, a #REDE23 é assim definida: "Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, grupos na internet e até com personalidades influentes nos temas que trabalham. O partido não mais pode manter a posição de vanguarda da época da circulação restrita de informação e deve assumir a postura de interlocutor dos movimentos, co-formulador de suas reivindicações à luz de suas diretrizes mais gerais, e seu tradutor na linguagem das leis e das políticas públicas."

Ficam instituídas, assim, as conferências virtuais e consultas online sobre os temas em pauta no partido e na sociedade, reforçando os princípios da direção coletiva e compartilhada, além da interatividade com a militância.

3) O PPS avança e aprova como órgão permanente de cooperação partidária no novo estatuto o seu Núcleo Ambientalista, ou Coordenação de Desenvolvimento Sustentável, para discussão e deliberação das questões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.

Foi aprovada a formação de uma coordenação provisória integrada por Ricardo Young (SP), Maurício Huertas (SP) e Luiz Castro (AM) para criar as ferramentas necessárias para formulação e divulgação das ações do grupo.

A próxima reunião da Coordenação de Desenvolvimento Sustentável está marcada para fevereiro de 2012, possivelmente em Brasília, com o tema “Cidades Sustentáveis”.

Também está prevista para o próximo ano a realização de um seminário, em parceria com a #REDE23, reunindo Fernando Henrique Cardoso e Marina Silva, entre outros.

Para o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), um dos membros da Coordenação, a sustentabilidade deve ser um dos pilares da plataforma e das ações políticas do PPS. “Precisamos ter isso como questão central civilizatória. Essa visão desenvolvimentista que está aí está superada”, justificou o parlamentar.

Já o ex-deputado Raul Jungmann (PPS/PE) ressalta que a questão da sustentabilidade "é essencial para um partido que deseja representar a vanguarda". Para ele, a discussão em torno da "economia verde" é, hoje, um dos principais temas em debate no mundo.

A jornalista e ex-vereadora Soninha Francine (PPS/SP) estabelece como prioridade a troca de experiências entre os integrantes do partido sobre questões socio-ambientais e a busca de argumentos sólidos para o posicionamento de todo o PPS em assuntos como Belo Monte e o Código Florestal.

Entre os participantes da Coordenação de Desenvolvimento Sustentável do PPS estão Maurício Brusadin, um dos idealizadores do Movimento Nova Política e ex-presidente do PV paulista, e Osvaldo Ceoldo, secretário de Meio Ambiente de São Caetano.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Participe do Congresso do PPS também na internet

O Congresso Nacional do PPS, que será aberto às 20h desta sexta-feira, 9 de dezembro, terá transmissão ao vivo pelo portal nacional do partido na internet, além de um ambiente de participação online para os internautas.

Também haverá uma exposição de vídeo-mensagens de militantes e simpatizantes aos participantes do Congresso. Para participar, basta uma webcam e enviar a sua mensagem.

Crie um vídeo e suba no youtube, use no twitter a tag #congressopps ou envie o link para ppsnacional@gmail.com

Congresso Nacional do PPS: 9 a 11 de dezembro

O Congresso Nacional do PPS será realizado nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, de sexta a domingo, no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, localizado à Avenida Ibirapuera, 2927, na cidade de São Paulo.

Será uma oportunidade para o encontro de dirigentes partidários do país inteiro, militantes, prefeitos, parlamentares, potenciais candidatos do PPS para 2012 e também personalidades não-filiadas ao partido, que vão analisar coletivamente a conjuntura brasileira e debater os novos rumos da política nacional.

A direção nacional do PPS - que será renovada durante o Congresso - também vai reiterar o compromisso dos seus pré-candidatos com o Programa Cidades Sustentáveis, repetindo a iniciativa pioneira da pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, com a Rede Nossa São Paulo, para garantir um desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentável.

A definição da linha política do PPS para os próximos anos será oficializada durante este 17º Congresso Nacional do partido, intitulado “Unir a Esquerda Democrática para Mudar o Brasil”, e já está sintetizada no “Documento para Debate” elaborado pela Comissão Executiva do Diretório Nacional, a partir de contribuições recebidas no Fórum criado exclusivamente para este fim.

Assim, neste receituário genérico da “Esquerda Democrática para mudar o Brasil”, como propõe utopicamente o Congresso, o PPS/SP está parcialmente atendido pelo documento inicial, mas entende que pode contribuir mais concretamente com este processo, detalhando alguns pontos práticos de mudanças propostas e reafirmando outros princípios, conceitos e valores que devem nortear a nossa atuação cotidiana.

Com este objetivo, foi aprovada por unanimidade, tanto no Congresso Municipal paulistano quanto no Congresso Estadual paulista, esta "Contribuição de São Paulo para o Congresso Nacional".

PROGRAMAÇÃO:

SEXTA-FEIRA (09/12/2011)

16h00 - CREDENCIAMENTO

20h00 - ABERTURA SOLENE

- documentário, convidados, homenagens

SÁBADO (10/12/2011)

09h00 – Abertura dos debates sobre o Documento Congressual

13h00 – ALMOÇO

14h00 – continuação dos debates e apresentação de moções

17h00 – Discussão e aprovação da proposta de alteração do Estatuto

18h00 - Redação final do Documento do XVII Congresso (Carta de São Paulo)

DOMINGO (11/12/2011)

09h00 - Relatórios dos Grupos de Trabalho (Teses)

10h00 - Eleição do Diretório Nacional

12h00 - ENCERRAMENTO

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ricardo Young participa de Congresso da Juventude

O empresário Ricardo Young, representante do Movimento Nova Política, ligado à ex-senadora Marina Silva, participou na tarde desta quarta-feira do Congresso da Juventude do PPS, falando sobre os motivos da sua recente filiação ao partido e de projetos futuros.

Também participaram do encontro, que reuniu representantes jovens de vários estados, a vereadora de Curitiba Renata Bueno; o sindicalista Betinho, da UGT (União Geral dos Trabalhadores); e os dirigentes nacionais do PPS Francisco Inácio de Almeida, Claudio Vitorino e Maurício Huertas, entre outros.

O Congresso da Juventude prossegue nesta quinta-feira. Será eleita a nova coordenação nacional da JPS (Juventude Popular Socialista), finalizado um documento para ser encaminhado ao Congresso do partido, a ser realizado entre os dias 9 e 11, também em São Paulo, e indicado um representante jovem para compor a Direção Nacional do PPS.

Leia também:

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Direção do PPS prestigia filiação de Ricardo Young e pré-candidatura a vereador

Não queremos deixar a velha política "bem na foto"

A Nova Política não pode ser só um artifício para deixar as velhas práticas "bem na foto". Este comercial da Samsung é bem criativo e pode ser "adaptado" à nossa realidade. Precisamos de mudanças profundas, estruturais, culturais, comportamentais, não meramente estéticas ou cosméticas. Assista ao vídeo ;-)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Soninha fala sobre o que SP precisa para a Copa-14

Veja trechos da participação da jornalista e ex-vereadora Soninha Francine em seminário sobre a Copa do Mundo de 2014, realizado na semana passada, no Estádio do Pacaembu.

A mesa reuniu, além de Soninha, potencial candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, os pré-candidatos tucanos Andrea Matarazzo e José Aníbal, e o até então presidente da SPTuris, Caio Carvalho, que anunciou no fim-de-semana que deixa o cargo público que ocupava há sete anos e vai trabalhar na iniciativa privada.

Será que o problema não é da direção do governo?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Morre com Sócrates parte da história da democracia

Veja no twitter @23pps: Obrigado, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira (Belém do Pará, 19 de fevereiro de 1954 / São Paulo, 4 de dezembro de 2011) #luto

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um motorista é multado a cada 10 segundos em SP

Número de autuações por velocidade é 42% maior que em 2010 e supera desrespeito ao rodízio

Em média, a cada dez segundos um motorista recebe uma multa por excesso de velocidade em São Paulo, ou seja, seis motoristas são multados por minuto na cidade, apontam os dados divulgados ontem pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e publicados nesta quinta-feira (1/12) pelo jornal Destak.

Esse tipo de infração foi a mais cometida pelos motoristas nos dez primeiros meses deste ano. Elas representam mais de um terço (35%) das 7.898.329 multas registradas no período e ultrapassaram, pela primeira vez, a quantidade de multas aplicadas por desrespeito ao rodízio (2.209.800, ou 28%).

No comparativo com todo o ano passado, as infrações por excesso de velocidade avançaram 42%: em 2010, foram anotadas 1.950.111.

No geral, a quantidade de multas até outubro supera em 13% as registradas em todo o ano passado, quando foram 6.974.682 autuações.

Mais radares

Além dos 2,4 mil agentes, as vias da capital são monitoradas por 576 radares capazes de flagrar desrespeito ao rodízio, excesso de velocidade, avanço do semáforo, invasão à faixa de ônibus e de pedestres, além da circulação de motos em locais indevidos. Até 2010 eram 541 e, em breve, eles devem chegar a 600.

Além disso, desde o ano passado, várias vias da capital tiveram alteração no limite de velocidade permitido. Na maior parte delas, o limite de 70km/h foi reduzido para 60km/h. É o caso, por exemplo, da Radial Leste.

Para o especialista em trânsito Humberto Pullin, colocar mais radares é uma boa medida, pois visa a reduzir acidentes. Para ele, a redução de velocidade não influencia a evolução das multas, já que é uma medida com divulgação antecipada.

Arrecadação com multas deve crescer 30% em 2012

No que depender das projeções da Prefeitura, a quantidade de multas deverá aumentar ainda mais em 2012. É o que prevê o Orçamento para 2012 enviado à Câmara Municipal.

Ele sugere que, no ano que vem, serão arrecadados R$ 832 milhões com multas, cifra 30% superior ao que é esperado para este ano: R$ 638,9 milhões. Em 2010, as infrações cometidas por motoristas deram aos cofres da Prefeitura R$ 528 milhões.

Comentários do Blog do PPS

1) Triste a sociedade que vive diante de uma indústria de multas, cuja fúria arrecadatória é muito maior que o interesse na educação ou mesmo na necessária punição ao motorista infrator.

2) Triste a sociedade cujo parâmetro de desenvolvimento ainda é a produção e a quantidade de veículos vendidos pela indústria automobilística; herança maldita dos anos do "milagre econômico" da ditadura, que acaba gerando a ânsia de cada pessoa ter o seu próprio carro, ocasionando um trânsito caótico, poluição e uma série de problemas derivados desta visão antiga e anti-sustentável.

3) Para contornar o gravíssimo problema do trânsito é necessária a discussão de medidas restritivas e polêmicas como rodízio, pedágio urbano, controle do horário para circulação de caminhões, maior investimento na rede de transporte coletivo (trem, ônibus, metrô) etc.

4) Outro ponto polêmico mas absolutamente necessário: regulamentar a circulação de motos, maior causa de mortes no trânsito e de congestionamentos devido à quantidade de acidentes que ocorrem diariamente, com o consequente reflexo na paralisação do tráfego em vias importantes para realização do socorro. Ou seja, além de efeitos nocivos ao trânsito, trata-se de questão de saúde pública e também sócio-econômica, devido à quantidade de empregos gerada pelas empresas de motoboys.

5) A redução da velocidade em vias importantes como a Radial Leste de 70 km/h para 60 km/h tem como único objetivo pegar de surpresa o motorista desavisado para aumentar a arrecadação em multas. Primeiro porque, na maior parte do dia, com o congestionamento dessas vias, não se chega a nenhuma dessas velocidades: nem a nova, nem a antiga. É mais rápido ir a pé do que circular de carro. Segundo ponto: nos poucos horários em que o trânsito está livre, a velocidade de 70 km/h é perfeitamente viável. Sempre foi assim e nunca foi esta a causa de acidentes.