O PPS em São Paulo há muito vem trabalhando no sentido de superar a mesmice de um cada vez mais falso antagonismo entre o PT e o PSDB.
Nesse sentido, vem se articulando junto a lideranças políticas oriundas do PV e ligadas à ex-senadora Marina Silva, visando garantir-lhes legenda e estreitar vínculos na possibilidade de uma caminhada comum, agora e no futuro.
Tal empreendimento, executado de forma aberta e transparente, levado a cabo por nossas mais expressivas lideranças políticas na cidade de São Paulo, a começar por nossa potencial candidata à prefeitura da capital, nas próximas eleições, tem um sentido muito claro: estabelecer um diálogo com uma força política que poderá sustentar um projeto nacional de longo prazo.
Assim, por iniciativa de Sônia Francine, conjuntamente com o diretório municipal de São Paulo, foi idealizado um movimento chamado “Um sinal verde para São Paulo”, contando, ainda, com a imprescindível parceria com a Rede Nossa São Paulo e o Programa Cidades Sustentáveis. O partido iniciou uma série de encontros regionais para elaborar um plano de governo para a Prefeitura de São Paulo — que pode servir de modelo para outras cidades e estados —, tendo como pressuposto o comportamento ético de seus candidatos e o compromisso com o desenvolvimento ambientalmente sustentado e socialmente justo, além de estabelecer princípios para uma gestão transparente e participativa.
As pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, já divulgadas, apontam a jornalista e ex-vereadora Soninha Francine com 6% a 11% das intenções de voto, o que indica a viabilidade de construção de uma terceira força política, na cidade, agregando o máximo de pessoas dispostas a transformar para melhor a cidade e o país, em um projeto para disputar e vencer as eleições de 2012 e 2014.
O desafio colocado pela atual conjuntura é o de encontrarmos vias e formas para aproximar a política da vida concreta das pessoas, em um momento em que grassa o desencanto e mesmo um sentimento refratário, mormente entre os jovens, da capacidade de a política ser um instrumento efetivo de transformação e mudança da sociedade, quando assistimos todos os dias exemplos nada edificantes de representantes da sociedade, seja nos parlamentos, seja nos executivos, envolvidos com graves denúncias de corrupção.
Esse pacto é proposto exatamente no momento em que, assim como os chamados “marineiros”, o PPS também busca a formatação de uma nova organização política, mais aberta, transparente, democrática, renovada, sensível aos anseios da população e que supere o atual modelo ultrapassado de política partidária brasileira.
Acreditamos que o sistema democrático de governo para ser legítimo, tem que ser marcado com o selo da participação cidadã e eficaz na resolução dos problemas vividos pela sociedade moderna.
Nesse sentido, nossa aproximação com os “marineiros” tem também o viés pedagógico de mostrar que forças políticas com formações diferenciadas podem construir novas formas de fazer política e avançar o processo democrático.
Roberto Freire, deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS