terça-feira, 6 de setembro de 2011

Carta aberta do PPS aos "marineiros"

“Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar.” (António Machado, poeta espanhol)

“A utopia está no horizonte. Eu sei perfeitamente que nunca a alcançarei. Se eu caminho dois passos, ela se afasta dois passos. Se eu dou dez passos, ela fica dez passos mais distante. Para que ela serve então? Serve para isso: para caminhar.” (Do escritor uruguaio Eduardo Galeano, citando o cineasta argentino Fernando Birri)

No mês derradeiro para a filiação partidária daqueles que pretendem disputar as eleições municipais de 2012, o PPS vem reiterar publicamente o convite aos chamados "marineiros" - os apoiadores de Marina Silva nas eleições presidenciais de 2010 e que acompanharam a ex-senadora na saída do PV - para estabelecermos um pacto, a partir de São Paulo, para a consolidação deste Movimento por uma "nova política" e da construção de uma via alternativa para o Brasil.

Dois fatos novos, além do prazo limite determinado pela legislação eleitoral, reforçam a importância e a urgência de pactuarmos este compromisso:

1) Sob o tema “Um sinal verde para São Paulo”, em parceria com a Rede Nossa São Paulo e o Programa Cidades Sustentáveis, o PPS iniciou uma série de encontros regionais para elaborar um plano de governo para a Prefeitura de São Paulo - que serve de modelo para outros municípios -, marcado pelo comportamento ético de seus candidatos e comprometido com o desenvolvimento justo e sustentável, além de estabelecer princípios para uma gestão transparente e participativa.

2) A divulgação da primeira pesquisa do Datafolha para a Prefeitura de São Paulo que, ao apontar a jornalista e ex-vereadora Soninha Francine (PPS) com 6% a 11% das intenções de voto, confirma a viabilidade de estabelecermos uma terceira força - eqüidistante da eterna polarização entre PT e PSDB - para disputar e vencer as eleições de 2012 e 2014.

Entendemos, portanto, que para concretizarmos a proposta deste "sinal verde para São Paulo" será essencial somar esforços e agregar o máximo de gente bem intencionada e disposta a transformar para melhor a cidade e o país. Isto significa, objetivamente, reunir em uma chapa majoritária para a Prefeitura de São Paulo os nomes de Ricardo Young e Soninha Francine, e amplificar o simbolismo que tal união terá para a sociedade.

Esse pacto é proposto exatamente no momento em que, assim como os chamados "marineiros", o PPS também busca a formatação de uma nova organização política, mais aberta, transparente, democrática, renovada, sensível aos anseios da sociedade e que supere o atual modelo ultrapassado de política-partidária.

O que pretendemos é dar voz à parcela significativa da população que tem mandado nas urnas, nas redes sociais e nas ruas o seu recado de descontentamento contra a mesmice da política e tem o desejo sincero de transformar o mundo e a comunidade onde vive.

Nesse sentido, através da militância e da direção representada pelo presidente municipal Carlos Fernandes, pelo presidente estadual Davi Zaia e pelo presidente nacional Roberto Freire, o PPS reafirma publicamente a sua disposição para este pacto com os "marineiros" em prol de uma nova formatação política.

Tanto os dirigentes já mencionados como os vereadores paulistanos Claudio Fonseca e Milton Ferreira - emblematicamente um professor e um médico-, a bancada de deputados estaduais (Alex Manente, Luiz Carlos Gondim, Roberto Morais e Vitor Sapienza) e federais (Arnaldo Jardim e Dimas Ramalho, além de Roberto Freire) por São Paulo, e os pré-candidatos do PPS a vereador em 2012 manifestam a aprovação unânime a esta salutar aproximação.

Por outro lado, ressaltamos a concordância com vários dos pontos apresentados nos recorrentes diálogos estabelecidos com o ex-presidente do PV paulista, Maurício Brusadin, e com o candidato ao Senado na chapa de Marina Silva em 2010, o empresário Ricardo Young, que obteve expressivos 4 milhões de votos.

Queremos avançar na construção deste pacto e reafirmamos o interesse de dialogar com outras lideranças identificadas com este Movimento por uma "nova política", como os ambientalistas Fabio Feldmann e João Paulo Capobianco, lideranças de expressão nacional como Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis, e empresários com histórico de responsabilidade social, como Guilherme Leal, Roberto Klabin e Maria Alice Setúbal, entre outros.

Teremos até o início de outubro para atender aos prazos burocráticos de filiação partidária dos pré-candidatos nas eleições de 2012, e pelo menos mais nove meses para gestar, daqui até o período das convenções partidárias, e posteriormente na campanha, esta cidade mais inclusiva, próspera, criativa, educadora, saudável e democrática, que proporcione uma melhor qualidade de vida aos cidadãos e que permita a participação da sociedade em todos os aspectos relativos à vida pública.

Que nasça, enfim, esta nova política!

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