sexta-feira, 14 de março de 2014

Como estimular a participação do jovem na política?

Este é o grande desafio para o qual todos buscamos uma resposta: Como estimular a participação do jovem na política?

A partir desta premissa, surgem outras questões secundárias: Como promover de fato uma "nova política", que atenda aos interesses da maioria, respeitando as minorias? Como "democratizar a democracia"? Como melhorar a qualidade dos nossos representantes nos Três Poderes? Como priorizar a ética e a transparência de governos e parlamentos? Como garantir a cidadania, a sustentabilidade, a justiça social, a igualdade de oportunidades (...)?

A descrença da população nos partidos e nos políticos tradicionais, manifestada de forma cada vez mais veemente nas redes e nas ruas, não pode levar à simples negação da política, pondo em risco os avanços democráticos obtidos nas últimas décadas, as instituições e os valores republicanos.

Há várias ações construtivas neste sentido: por exemplo, a #Rede23 proposta e executada pelo PPS e pelo Blog do PPS, a Rede Sustentabilidade de Marina Silva, a Rede Nossa São Paulo e também a RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade). Não por acaso, todas essas "redes" surgidas espontaneamente do Movimento por uma Nova Política, e que comungam basicamente dos mesmos princípios e anseios de mudanças.

Outra iniciativa recente está sendo colocada em prática a partir de São Paulo, reunindo a chamada sociedade civil com representantes do PPS, PV, PSB e Rede. Leia aqui: Movimento suprapartidário realiza 1º encontro.

Acompanhe em vídeo algumas posições defendidas nesta frente suprapartidária:

Há uma compreensão geral da falência do atual sistema político-partidário e da necessidade de renovação responsável e consciente da política, atraindo a juventude e radicalizando a participação direta e organizada da sociedade nas decisões coletivas. Ou, em linhas gerais:

1) Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, cidadãos e grupos na internet e na sociedade, e com personalidades influentes nos temas que trabalham. Os partidos não têm mais, atualmente, a posição de vanguarda da época da circulação restrita da informação e devem assumir a postura de interlocutores dos movimentos, co-formuladores de suas reivindicações, à luz de suas diretrizes mais gerais, e seus tradutores na linguagem das leis e das políticas públicas.

2) Os jovens, principalmente, não se vêem representados nos partidos e nos políticos tradicionais em grande parte pelo distanciamento entre a burocracia partidária e a rotina dinâmica da sociedade atual. O que a juventude exige é uma "nova política" (com mecanismos da democracia direta, facilitados pela revolução tecnológica em curso), na qual possa desempenhar um papel de protagonismo na busca de uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

3) O jovem quer o resgate do "sonho roubado", protagonizado não mais pelo falso "novo" (o velho político travestido de novidade), mas de fato por gente de bem (seja por meio de movimentos organizados ou da participação espontânea dos cidadãos, nas redes e nas ruas) que clama por mudanças e não reconhece nos atuais mandatários e partidos políticos (todos recorrentes em vícios e ilicitudes) uma representação digna e legítima dos seus anseios.


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