Primeiro, viajou em pleno Carnaval, num jatinho da FAB, para quatro capitais ao lado da esposa. Flagrado no ato imoral (no mínimo), pago com dinheiro público, saiu-se com a pior e mais deslavada cara-de-pau: avisou que não vai devolver o dinheiro da viagem da mulher porque a companhia dela teve como objetivo "evitar situações constrangedoras".
Oi? O senhor poderia ser mais claro na justificativa, ministro, por gentileza?
"Sou casado
há 26 anos e sei como é o ambiente do Carnaval", esclareceu (?) o ministro Arthur Chioro. Ele ainda classificou a viagem, ao
longo de quatro dias de Carnaval, como "absurdamente estafante".
Espera lá. Vamos ver se entendemos realmente a sua explicação... Ele levou a mulher para "evitar situações constrangedoras" e porque sabe "como é o ambiente de Carnaval"? Então, trocando em miúdos, nós pagamos a viagem para segurar o casamento do ministro e evitar "deslizes" ou uma "pulada de cerca", foi isso?
Assim, durante a folia, o ministro carnavalesco viajou ao lado da esposa para São Paulo, Recife, Salvador e Rio. O argumento oficial: "reforçar ações
de prevenção de DST-Aids, inaugurar serviços e conceder entrevistas". Segundo Chioro, o espaço obtido na mídia com informações úteis para prevenção, se pagos, custariam aos cofres públicos o equivalente a R$ 6 milhões.
"Dormimos pouquíssimo", contou, talvez para reforçar seus inequívocos e originalíssimos argumentos. Ah! Tá! (Pensando bem, até dá para imaginar que nisso ele foi sincero...)
O ministro informou também que não vai pagar uma outra viagem anterior, realizada para assumir o cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo. Chioro usou igualmente um avião da Força Aérea Brasileira. "Não fiz nenhum malfeito", disse. Para tomar posse no cargo de professor, o ministro pediu exoneração por 24 horas. Ele informou que a viagem foi feita no dia anterior à posse, antes de pedir exoneração e, portanto, ainda na condição de ministro. "Fiz tudo dentro do rigor da lei".
Se não bastasse o samba-enredo (à Stanislaw Ponte Preta) protagonizado durante o Carnaval, o novo ministro da Saúde acabou de rasgar a fantasia ao ter o seu carro oficial fotografado ocupando uma vaga reservada para pessoas com deficiência, na Câmara dos Deputados.
Sobre esse assunto, leia o diálogo surreal, via twitter, travado entre o @23pps e@minsaude:
"Dormimos pouquíssimo", contou, talvez para reforçar seus inequívocos e originalíssimos argumentos. Ah! Tá! (Pensando bem, até dá para imaginar que nisso ele foi sincero...)
O ministro informou também que não vai pagar uma outra viagem anterior, realizada para assumir o cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo. Chioro usou igualmente um avião da Força Aérea Brasileira. "Não fiz nenhum malfeito", disse. Para tomar posse no cargo de professor, o ministro pediu exoneração por 24 horas. Ele informou que a viagem foi feita no dia anterior à posse, antes de pedir exoneração e, portanto, ainda na condição de ministro. "Fiz tudo dentro do rigor da lei".
Se não bastasse o samba-enredo (à Stanislaw Ponte Preta) protagonizado durante o Carnaval, o novo ministro da Saúde acabou de rasgar a fantasia ao ter o seu carro oficial fotografado ocupando uma vaga reservada para pessoas com deficiência, na Câmara dos Deputados.
Sobre esse assunto, leia o diálogo surreal, via twitter, travado entre o @23pps e
Ministério da Saúde
Entendi, @minsaude E a culpa tbm é do piloto pelo jato da FAB usado no Carnaval por Chioro e pela esposa, é isso? Vergonha é pouco @maragabrilli
Ministério da Saúde
@23pps, os voos do ministro Arthur Chioro estão de acordo c/ decreto presidencial 4.244/2002 e são tornados públicos no site do @minsaude.
23PPS #REDE23
@minsaude, que parecia tão solícito e prestativo, parou de responder quando questionamos se o decreto mencionado autorizava a esposa junto.
Ex-secretário da Saúde de São Bernardo, na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT), o ministro Arthur Chioro já teria protagonizado, de acordo com o Diário do Grande ABC, uma série de escândalos no segundo semestre do ano passado.
O jornal mostrou que a empresa do ministro prestava serviços para diversas prefeituras,
muitas delas administradas por colegas petistas. As contratações, no entanto,
conflitavam com a LOM (Lei Orgânica do Município), que em seus artigos 28 e 84
proíbe secretários municipais de serem proprietários de empresas com contratos
vigentes com poderes públicos.
A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. tinha acordo
firmado com a administração municipal de Botucatu no último ano de governo do
petista Antônio Mário de Paula Ferreira Ielo e no primeiro ano de mandato do
também petista Maurício Morozimato à frente da gestão em Ubatuba. O caso está sob apuração do Ministério Público estadual.
O ministro Chioro também foi servidor do Ministério da Saúde na gestão Lula e, em 2005, foi intimado a devolver R$ 420 recebidos irregularmente da União por ressarcimento de aluguel em Brasília.
23PPS #REDE23
Poderia nos informar se o decreto autoriza o Ministro a viajar com a esposa para o Carnaval, prezada e atenta assessoria do @minsaude do PT?
O O ministro Chioro também foi servidor do Ministério da Saúde na gestão Lula e, em 2005, foi intimado a devolver R$ 420 recebidos irregularmente da União por ressarcimento de aluguel em Brasília.
Ou seja, em fase terminal, esse governo se perde em trapalhadas vexatórias e já não consegue distinguir o que é legal ou moral, nem como lidar com a "coisa pública" e separá-la da vida privada, respeitar a cidadania ou prestar contas de atos e comportamentos das autoridades.
É para rir ou chorar? Com a palavra as viúvas carpideiras do PT...