sexta-feira, 31 de agosto de 2012

5º Programa de Soninha: Lazer e Qualidade de Vida

O voto consciente e o inconsciente coletivo

O Voto Consciente, que teve seu papel histórico mas hoje funciona como uma confraria, divulgou mais uma lista avaliando os vereadores de São Paulo, com notas por presença em plenário e nas comissões internas e pela quantidade/qualidade de projetos aprovados.

O líder do PPS, vereador Claudio Fonseca, criticou os critérios desta avaliação, tanto em 2012 quanto em 2011.

O Blog do PPS também já havia se manifestado sobre o assunto. Releia abaixo trechos do texto publicado originalmente em 31/3/2011:

A situação da política - e sobretudo do Legislativo paulistano, com seu histórico recente de escândalos e desmandos - é tão crítica (já faz parte do senso comum falar mal dos políticos) que até uma boa iniciativa da sociedade civil, que poderia contribuir para mais transparência e eficiência na atuação dos representantes do povo, acaba se contaminando pela subjetividade e por interesses inexplicáveis.

Pois vejamos: o Movimento Voto Consciente acaba de divulgar, como já fez em outras oportunidades, uma avaliação do trabalho da Câmara Municipal de São Paulo. Para tanto, atribui notas a todos os vereadores, seguindo critérios um tanto quanto nebulosos, com pesos diferentes: avaliação dos projetos de lei (peso 4), frequência nas comissões (peso 1), presença em votações nominais (peso 2) e coerência / adequação dos projetos de lei (peso 2).

Compõe o Voto Consciente um animado grupo de senhorinhas e uns poucos senhores com tempo disponível para passar algumas tardes na Câmara Municipal e, entre um café e um rapapé (como adoram ser bajuladas nas comissões que acompanham, essas senhorinhas!), brincam de dar nota para o trabalho dos vereadores, como se estivessem num concurso de miss ou num desfile de cães de raça.

Ora, mas o que há de errado na avaliação do Voto Consciente?

Reclamamos porque os critérios de avaliação são subjetivos, nebulosos, frágeis, contraditórios, fantasiosos. Quem dá as notas? Quem define o que é coerente ou não é? Quem decide se um projeto de lei é relevante ou não é para a cidade de São Paulo?

Essa votação é piada. Não existem critérios justificáveis. Não se explicam os interesses em jogo. Não se sustentam os argumentos e as notas das senhorinhas do Movimento Voto Consciente. Lamentavelmente, parte da imprensa se pauta nesta votação subjetiva e apelativa para fazer matérias sobre a política paulistana, contaminando e manipulando a opinião do eleitor. Triste. Muito triste.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pra não dizer que não falamos das pesquisas...

Parodiando Geraldo Vandré (relembre), pra não dizer que não falamos em pesquisas, aqui vai: o que se vê nos resultados do DataFolha e Vox Populi de ontem - e vai se confirmar no Ibope de amanhã - é a comprovação da leitura óbvia que sempre fizemos desta eleição.

Aliás, um registro importante: fala-se na rejeição estratosférica (43%) de José Serra (PSDB), o que é verdade. Mas em uma semana também praticamente dobrou a rejeição de Fernando Haddad (PT): de 11% para 21%. Parece emblemático.

O fato é: a polarização PT x PSDB está saturada. O eleitor paulistano quer de fato o "novo": a divergência está entre quem pode representar melhor este "novo". Lá atrás, buscou-se uma "terceira via" unificada. Houve diálogo dos partidos para se tentar uma chapa de consenso entre os então pré-candidatos Celso Russomanno (PRB), Netinho de Paula (PCdoB), Chalita (PMDB), Paulinho (PDT) e Soninha Francine (PPS). Não houve entendimento.

Sinal Vermelho

O PT, sob as ordens de Lula e do marqueteiro João Santana, quis repetir a fórmula Dilma e foi buscar o "novo" entre seus próprios quadros, para tentar uma sobrevida à polarização com os tucanos, que em vez do "novo" apresentaram Serra "de novo".

Conclusão: o espaço da "alternativa" à mesmice de PT x PSDB está sendo ocupado até aqui, por mérito pessoal e competência da estratégia definida pelo partido da Igreja Universal e do grupo detentor da Rede Record, por Celso Russomanno. Estando bom para ambas as partes, o "xerife" da defesa do consumidor segue firme na liderança de todas as pesquisas (desafiando os analistas que apostavam no seu "vôo de galinha").

O PT cumpre o papel esperado: com overdose de Lula e Dilma na propaganda e rios de dinheiro, o pupilo Haddad vai recuperando o índice histórico de 30% de votos petistas (saiu de humilhantes 3%, onde ficou meses estacionado, chega agora a 14% e segue em ascensão). Até Marta Suplicy sentiu a subida e já não se ressente tanto pelo apoio de Maluf, ao qual se referia como "pesadelo". Vale tudo pelo poder.

Sinal Amarelo

Por outro lado, a campanha de Soninha Francine é abalada pela absoluta falta de recursos e pelo "sincericídio" da candidata: responder qualquer tipo de pergunta e não fugir de nenhum assunto polêmico a coloca fora do "script" traçado por marqueteiros e vai contra o senso comum. Parece contraditório, mas a maioria prefere candidatos demagogos e hipócritas. É o "novo" pero no mucho, palatável para um eleitorado conservador.

O que vai acontecer? Difícil exercitar a "futurologia", mas seguimos confiantes na inteligência e na sensibilidade do eleitor para reconhecer no meio de muita propaganda e muito blablablá as melhores propostas. É por isso que se formou a coligação "Um Sinal Verde para São Paulo".

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


A candidata Soninha Francine também escreveu hoje sobre o assunto: Pesquisando a pesquisa e Tudo depende.

Reveja o que dizíamos antes da campanha:

Artigo na Folha: "Um sinal verde para São Paulo"

Nova reflexão pré-eleitoral e a simbiose política

Agora todo mundo fala em 3ª via, é isso?

O desvirtuamento da 3ª via proposta para São Paulo

Leia também:

Entenda a coligação "Um Sinal Verde para São Paulo"

Quem foge do script dos marqueteiros assusta?


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

4º Programa: Soninha fala sobre o caos na Saúde



Veja também:

3º Programa: Soninha fala sobre o Ensino Público

Assista ao segundo programa da Soninha na TV

Assista o primeiro programa de Soninha na TV

Veja a propaganda "proibida" que incomoda Haddad

Por uma cidade transparente, justa e sustentável

'Ação na cracolândia foi burrice', diz Soninha

Veja o resumo da sabatina de Soninha terça-feira no Estadão


GUILHERME WALTENBERG
O Estado de S. Paulo


Sem poupar os adversários de críticas, a candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, classificou de 'burrice' a ação da Prefeitura e do governo do Estado na região da cracolândia, que dispersou os usuários de crack da região central da cidade com a utilização da polícia. Na opinião da candidata, a ação não usou 'inteligência' nem teve 'sintonia' entre os envolvidos.

Soninha atacou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como padrinho político nestas eleições e nas eleições de 2010, quando elegeu Dilma Rousseff como sua sucessora. Na campanha à Prefeitura de São Paulo, Lula vem pedindo votos de maneira ostensiva na propaganda do candidato petista Fernando Haddad. Para Soninha, há exagero por parte de Lula.

Mesmo tendo exercido o cargo de subprefeita da Lapa (2009-2010) na gestão de Gilberto Kassab (PSD), sua avaliação do prefeito foi negativa. Soninha acha que Kassab é 'lerdo'. "Nos ônibus, poderia ter tido grandes progressos, assim como na coleta seletiva", afirmou.

O maior desafio para Soninha, caso seja eleita, será enfrentar o que chamou de 'descaso' da cidade de São Paulo. "O desafio é lidar com problemas que foram construídos há décadas, cuidadosamente cultivados."

Sem fugir de polêmicas, Soninha defendeu a legalização da maconha - apesar de ressaltar que a Prefeitura não tem poderes para mudar a lei, o pedágio urbano e a inspeção veicular paga. Ela se disse contrária ao financiamento público de campanhas eleitorais. E se definiu como uma política de esquerda, dizendo que ser de esquerda no Brasil significa "privilegiar o coletivo sobre o individual".

Cracolândia. "Prefeitura e governo do Estado mostraram total falta de sintonia e planejamento sobre como lidar com o problema. Não houve inteligência. O crack não é fabricado ali, no bueiro da Rua Aurora. Acho que foi burrice. Algumas coisas deram certo, alguns criminosos foram presos. Tem que ter uma sintonia entre esses órgãos públicos."

Lula. "O Haddad sem o padrinho (Lula) precisaria começar do zero e dizer quem é. Mesmo que diga que foi ministro da Educação, ele sabe que a foto com o Lula dizendo 'esse é meu candidato' é o que realmente pode alçá-lo a um patamar maior nas pesquisas de intenção de voto. Lula alçou, elevou, ampliou o significado de padrinho a patamares nunca antes vistos na história deste País. O que ele fez com a Dilma foi o maior caso de empenho de um padrinho numa campanha. Foi ilegal. Tudo tem um limite. Ele escrevia na agenda: '19 h, compromisso particular'. Daí subia no palanque pra espalhar o ódio aos concorrentes , dizendo que tinha que extirpar o DEM."

Kassab. "Foi lerdo. Os ônibus precisariam e poderiam ter tido grandes progressos. A coleta seletiva está muito abandonada. As cooperativas de hoje continuam funcionando em galpões provisórios. Pra mim é o contrato por serviço."

Desafios. "Os maiores desafios são lidar com problemas que foram construídos há décadas, cuidadosamente cultivados. Teremos enchentes em janeiro, isso se agrava com as mudanças climáticas. Já não estávamos preparados para o volume normal. É o resultado de uma série de barbeiragens. No Rio Tietê, a vazão deveria ser maior. Você vai levantando a tampa do bueiro e vendo a profundidade dos problemas. Reduzirei o abismo entre o centro e a Cidade Tiradentes, por exemplo."

Maconha. "Vender maconha em bares foi só um exemplo meio irônico, já que se vende uma série de entorpecentes, como cachaça e cerveja, que fazem parte da cultura nacional. Por que esse assunto não pode ser discutido normalmente? A Prefeitura não tem nenhum poder de mudar a legislação sobre as drogas. Não toco nesse assunto. Só respondo. A discussão já é complicada. São temas que podem levar pessoas a me xingarem de maconheira porque eu aceitei discutir a legislação. O caso do Levy (Fidelix, candidato pelo PRTB, que chamou Soninha de 'maconheira' durante entrevista para o Estado) foi um esculacho. Isso é muito irresponsável."

Pedágio urbano. "É uma das medidas para melhorar o trânsito no centro. Pode ter restrição de forma escalonada em algumas áreas."

Financiamento público. "O financiamento público de campanha é um mecanismo interessante sobre o piso de doação e não o teto. Achar que isso acaba com caixa dois não tem nada a ver."

Leia também:

Soninha participa de sabatina no Estadão

Soninha critica 'vale tudo eleitoral' das campanhas

Soninha critica 'vale tudo eleitoral' das campanhas

GUILHERME WALTENBERG
O Estado de S. Paulo


Contrária ao que chamou de "vale tudo eleitoral", a candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, afirmou que o nível das campanhas é baixo mesmo antes de as ofensas pessoais começarem.

"O vale tudo é mais sutil, é o dado manipulado o tempo todo, palavras que caem bem aos ouvidos da população. Dizer que (a situação) nunca esteve tão ruim. Cai bem nos ouvidos, mas é desonesto, assim como dizer 'no nosso governo a gente fez tudo'. Falam qualquer coisa para agradar o eleitorado, para conquistá-lo."

Na opinião da candidata, essa é uma das razões que levam a população a estar descrente com relação a política, reduzindo a participação. "E os jovens levam a fama. Alguns dizem: 'os jovens de hoje não querem saber de política'. Mas os mais velhos, os que já foram engajados, também não", analisou.

De acordo com Soninha, fazer as pessoas acreditarem na política é uma das suas motivações. "Fui vereadora, escolhi o caminho mais pedregoso, sobrevivi, aprovei projetos, coisas das quais me orgulho e aprendi a ter uma relação quase de respeito com meus inimigos."

A essa imagem na qual a política está envolta Soninha atribui também a dificuldade que ela está enfrentando em conseguir financiamento para sua campanha. Essa crítica vem sendo endossada por boa parte dos candidatos neste pleito.

"É muito difícil você ver a quantidade de pessoas que não querem aparecer na campanha. O fato de aparecerem como doador de um candidato pode criar embaraços", comentou.

Na opinião de Soninha, o julgamento do escândalo conhecido como mensalão, em curso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também influencia. "No primeiro balanço da campanha, tínhamos apenas R$ 23 mil. Um número sugestivo", brincou a candidata, referindo-se ao mesmo número de seu partido.

Soninha contou já ter recusado doações porque existe uma "caça às bruxas" com relação ao tipo de empresas que realizam o financiamento.

"Eu defendo o transporte sustentável e recebo doação de uma empresa de combustível, por exemplo. Vou ser cobrada (pelos eleitores)", explicou a candidata.

Soninha afirmou que, mesmo com as dificuldades, "está exercendo seu ideal de política".

"É falar o que você pensa", descreveu a candidata. Segundo ela, esse idealismo explica a falta de associação com outros candidatos. "Uma campanha como a do Serra (José Serra, candidato do PSDB) ou do Haddad (Fernando Haddad, candidato do PT) é cheia de 'não pode isso e tem que fazer aquilo'. Cada movimento é baseado em uma pesquisa qualitativa, no tracking (pesquisa por telefone)."

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Soninha participa amanhã de sabatina no Estadão

Nesta terça-feira, 28 de agosto, às 15h, a candidata Soninha Francine, da Coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", participa de sabatina no jornal O Estado de S. Paulo, com transmissão ao vivo no portal Estadão.

O internauta também poderá participar do encontro. Basta enviar perguntas para o Twitter do Estadão com a hashtag #Soninha, para a página do Facebook da editoria de Política do jornal ou ainda para o email eleicoes2012@estadao.com

sábado, 25 de agosto de 2012

Veja a propaganda "proibida" que incomoda Haddad



O petista Fernando Haddad ficou incomodado com Soninha Francine andando de bicicleta e recorreu à Justiça Eleitoral para tirá-la da TV. Se for medo de ser ultrapassado, podemos colocar Soninha dentro do estúdio pedalando uma bicicleta ergométrica. Que tal?

Entenda aqui a polêmica da propaganda "proibida" da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo".

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Assista ao segundo programa da Soninha na TV



A candidata à Prefeitura Soninha Francine, da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", conta a história de Tânia, paulistana da zona sul que precisa tomar diariamente 6 conduções para chegar ao trabalho, na zona oeste, longe de casa. Ela e o marido não têm condições de morar mais perto do trabalho. Por outro lado, não há emprego próximo da sua residência. O que fazer?

Veja também:

Por uma cidade transparente, justa e sustentável

Veja a propaganda "proibida" que incomoda Haddad

Assista o primeiro programa de Soninha na TV

Soninha é entrevistada ao vivo no SPTV, da Globo

A candidata à Prefeitura de São Paulo Soninha Francine, do PPS, foi entrevistada ao vivo nesta quinta-feira (23), no SPTV da noite, pelo apresentador Carlos Tramontina.

Veja aqui a entrevista. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.

Carlos Tramontina: Boa noite, candidata.

Soninha Francine: Boa noite, Tramontina. Prazer estar aqui.

Carlos Tramontina: Muito obrigado. A senhora foi subprefeita no bairro da Lapa na gestão Kassab e deixou o cargo criticando a burocracia. Agora, como candidata, a senhora propõe criar postos avançados das subprefeituras nos 96 distritos da cidade. Isso não significa criar mais burocracia e aumentar a despesa?

Soninha Francine: Não, porque esses postos seriam principalmente como a praça de atendimento da subprefeitura. Uma subprefeitura é muito grande. A da Lapa, por exemplo, para quem conhece ali a região Oeste, começa na Avenida Pacaembu e termina em Osasco. E a sede da prefeitura fica no distrito Lapa, da subprefeitura.

Então qualquer um que precise resolver um problema referente a uma pendência com IPTU, tirar uma dúvida, dar entrada num processo precisa se deslocar até lá. Então criando novos postos de atendimento em cada um dos 96 distritos, e que esses lugares sejam não só lugares de prestação de serviço à população, mas pontos de encontro da população, para que a população seja informada do que a subprefeitura está fazendo, possa trazer suas reclamações também com mais facilidade e dar sugestões, Tramontina.

Porque as pessoas, conhecendo bem o lugar onde elas vivem, elas conseguem contribuir com a administração pública, e a gente não aproveita nem esse conhecimento que elas têm. Então é uma praça de atendimento e um ponto de encontro para conselhos de bairro, conselhos do distrito que se reúnam ali com frequência.

Carlos Tramontina: A senhora fala da implantação do pedágio urbano, ou seja, cobrar para permitir que os carros entrem no centro da cidade. Como seria a cobrança dessa taxa?

Soninha Francine: Olha, cocê delimita um perímetro na região central, onde as ruas são mais estreitas, onde você tem mais pedestres, onde você já tem mais alternativas de transporte coletivo do que, por exemplo, aqui no extremo Sul. E no horário semelhante ao do rodízio, mas o dia inteiro, digamos das 7h até as 20h, os carros que quiserem circular ali têm o direito de circular, desde que eles recolham o equivalente a uma tarifa, uma passagem de ônibus, por exemplo.

Então, qual é a vantagem disso? Nas cidades em que ele foi implantado, ele de fato diminuiu o congestionamento na região central. Porque os motoristas, assim como eles fazem hoje com o rodízio, eles se reprogramam, eles escolhem algum outro tipo de deslocamento. Até o táxi vai ficar mais barato no centro. Porque o táxi hoje fica preso no congestionamento.

Carlos Tramontina: Mas isso não vai prejudicar o mais pobre? Porque o motorista que tem dinheiro para o pedágio e continua a circular por todo canto. Quem não tem o dinheiro vai para o transporte público, que já está completamente superlotado.

Soninha Francine: Mas a própria arrecadação do pedágio urbano iria necessariamente para financiar o transporte coletivo, que precisa de mais recursos. Um terço das pessoas anda de carro, e ocupa 80% do espaço viário.

Então, quem está no carro, de um jeito ou de outro, já está ocupando a área que é de todo mundo, inclusive de quem não tem carro. Agora, o pedágio é uma das medidas possíveis, para desestimular o uso supérfluo do automóvel, onde ele pode ser substituído por outro meio de locomoção. Mas você pode ter também o rodízio ampliado que proíbe que a pessoa circule com seu carro um dia por semana ali na região central.

Carlos Tramontina: A senhora vê com bons olhos o pedágio urbano e fala também em aumentar os impostos para quem tem imóveis que são subaproveitados no centro da cidade. A senhora acha que a cidade precisa de mais impostos?

Soninha Francine: Não, mas essa é uma maneira de induzir o proprietário que tem terreno, que podia estar servindo para moradia popular, por exemplo, muito bem localizado, e ele deixa lá o terreno parado, esperando valorizar.

É o verdadeiro significado da especulação imobiliária. Isso não é nem uma proposta minha. É uma legislação que já existe. O plano diretor já previa essa aplicação do IPTU progressivo.

O proprietário não é obrigado a pagar o IPTU mais caro a cada ano, desde que ele dê ao seu imóvel uma utilização que atende não só ao interesse dele, mas ao interesse da cidade, do ponto de vista da política urbana. Já foi regulamentado isso, precisa ser aplicado. E se tiver cobrança do IPTU progressivo sobre esses imóveis, a gente também tem uma fonte de arrecadação para promover a justiça social. Se o proprietário der utilização do imóvel como deveria, então ele não paga o IPTU progressivo.

Carlos Tramontina: Para enfrentar o problema da falta de vagas nas creches a senhora diz que a prefeitura poderia pagar bolsas nas creches particulares e contratar mães crecheiras. E quem seria o responsável pelas crianças, a prefeitura?

Soninha Francine: A prefeitura. Porque hoje a mãe que não tem vaga no sistema público é problema dela encontrar uma escolinha, torcer para que dê certo, pagar a escolinha, deixar uma vizinha tomando conta e também torcer para que a vizinha tenha uma casa organizada, de acordo, saiba brincar com a criança de modo a estimular as suas habilidades. A Prefeitura tem de ficar...

Carlos Tramontina: 20 segundos para o seu tempo terminar...

Soninha Francine: (...) com essas duas responsabilidades. A mãe que hoje não tem creche no sistema público não pode depender do seu bolso e da sua preocupação. É a prefeitura quem tem de se ocupar disso.

Carlos Tramontina: Muito obrigado, candidata, pela presença aqui no SPTV. Muito boa noite.

Soninha Francine: Obrigada, até mais.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Veja calendário de debates e entrevistas de Soninha

2 de agosto, quinta - às 22h, o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, na Rede Bandeirantes.

15 de agosto, quarta, às 11h - Participa da sabatina da Folha de S. Paulo.

21 de agosto, terça, às 11h - Participa da série de entrevistas com os candidatos a prefeito na Rádio CBN, ao vivo.

21 de agosto, terça - Início da propaganda eleitoral no rádio (7h e 13h) e na TV (13h e 20h30), além das inserções durante a programação.

23 de agosto, quinta, às 19h - Entrevista ao vivo no SPTV.

28 de agosto, terça, às 15h - Sabatina do Estadão.

30 de agosto, quina, às 7h20 - Entrevista no Jornal do SBT Manhã, ao vivo.

3 de setembro, segunda - às 22h30, debate Folha de S. Paulo / RedeTV.

17 de setembro, segunda - às 21h15, debate TV Cultura / O Estado de S. Paulo / Youtube.

20 de setembro, quinta - às 15h, debate promovido pela Arquidiocese de São Paulo, no Colégio Agostiniano Mendel, no Tatuapé.

21 de setembro, sexta - às 12h, entrevista no telejornal SPTV 1ª Edição, da Rede Globo.


21 de setembro, sexta - sabatina às 16h no portal R7 e logo em seguida, exibida na íntegra, às 23h na Record News.

24 de setembro, segunda - às 22h, debate TV Gazeta / Portal Terra.

1º de outubro, segunda às 22h30, Debate TV Record.

4 de outubro, quinta (a confirmar) - Debate TV Globo.

7 de outubro, domingo - Eleição (1º turno).

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Soninha na TV incomoda Haddad? Isso é o "novo"?


Não satisfeito em ter uma campanha milionária, abusar da máquina governista, explorar a imagem de Lula e Dilma, reunir no seu palanque Maluf e toda a corja de mensaleiros, o candidato do PT Fernando Haddad, o tal que se apresenta como "novo", vai agora à Justiça para tirar da TV as raras inserções da candidata Soninha Francine, da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo".

O TRE suspendeu, na tarde desta quarta-feira (22), inserções que possuem imagens externas (feitas fora de estúdios) dos programas eleitorais de Soninha Francine (PPS) e Celso Russomanno (PRB) exibidas ontem e hoje, das 8h às 24h, durante a programação da TV.

Os dois candidatos levaram ao ar gravações de cenas externas nas inserções de 30 segundos, o que é proibido pelo artigo 51 da legislação eleitoral. O PT representou contra Soninha e o PSDB contra Russomanno. As externas são permitidas apenas nos programas do horário eleitoral gratuito, exibidos na TV das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h.

O mais inusitado disso tudo é que o próprio Haddad descumpre essa mesma lei ao exibir inserções com imagens externas, gravadas supostamente em uma convenção partidária, na qual aparece ao lado da família com um discurso messiânico e, pior, ofensivo a um adversário (outra ação que a lei eleitoral veta nas inserções, mas para o PT tanto faz...).

Por isso, ou os advogados de Haddad são mal informados, ou são mal preparados, ou são mal intencionados. Ou há uma infeliz combinação de todos os defeitos. Primeiro, porque eles não enxergam que Russomanno (representado pelo PSDB) e o próprio Haddad cometeram as mesmíssimas irregularidades (senão, outras piores) que apontam em Soninha, usando também imagens externas (ou para eles "imagem externa" é só gravação na rua?), montagens e trucagens de todo o tipo, apelando para a manipulação técnica e publicitária, o que a lei veta.

Havia dois objetivos, em tese, para justificar a proibição a imagens externas nas inserções comerciais: 1) evitar o abuso do poder econômico, pois campanhas "ricas" poderiam explorar esse recurso com muito mais facilidade que campanhas "pobres" (mas chega a ser ridículo Haddad posar aqui de "justiceiro" dos pobres contra Soninha, né?); e 2) impedir que, por meio de montagens e trucagens, a "realidade" seja distorcida (outro falso argumento: o que é mais "real"? Soninha andando de bicicleta na rua ou Haddad fazendo um discurso ufanista para uma plateia de olhos vidrados na sua brilhante oratória?).

Não faz o mínimo sentido, também, que as imagens externas sejam permitidas no programa eleitoral e proibidas nas inserções. Com isso - veja a contradição - a campanha de Soninha não pode "economizar", como vinha fazendo, e utilizar as mesmas imagens do seu programa (1 minuto e 11 segundos) reduzidas para as inserções de 15 ou 30 segundos. A lei obriga que se faça uma produção diferente do programa exclusivamente para as inserções (no caso de Soninha, apenas duas por dia!), gerando um custo muito maior e desnecessário (que, para uma campanha como a de Haddad, prevista em R$ 90 milhões, não é nada absurdo, mas na de Soninha, com custo máximo previsto de R$ 4,5 milhões - e muuuuito longe de chegar a esse valor - é altamente comprometedor).

A campanha da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo" já gravou novas inserções de 15 segundos, com imagens de Soninha dentro do estúdio. Eleitores indignados com a ação do PT, porém, sugeriram nas redes sociais, com ironia, que Soninha grave dentro do estúdio pedalando uma bicicleta ergométrica, para deixar de incomodar o adversário Haddad - temeroso, talvez, de continuar atrás de Soninha nas pesquisas (como vinha ocorrendo nos últimos meses).

Haddad, Haddad... Seu desespero... HaddaDÓ!

Leia também:

A aposta da Folha e os "menos de R$ 200 mil"

Quem foge do script dos marqueteiros assusta?

Soninha: "Eu vi no PT a Revolução dos Bichos"

Assista o primeiro programa da Soninha na TV



Veja aqui tudo sobre a campanha de Soninha Prefeita pela coligação "Um Sinal Verde para São Paulo": agenda diária, fotos, vídeos, informações, plano de governo, candidatos a vereador etc.

Acesse também soninha.com.br

Marina apóia Ricardo Young com Soninha Prefeita

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Veja na íntegra entrevista de Soninha à Rádio CBN


A candidata à Prefeitura Soninha Francine (PPS), da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", foi entevistada na Rádio CBN nesta terça-feira, 21 de agosto. Assista.


Quem foge do script dos marqueteiros assusta?

Foi extraordinária a repercussão da Sabatina Folha/Uol com a candidata à Prefeitura pela coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", Soninha Francine. Como era de se esperar, a versão resumida da imprensa foca apenas os pontos mais polêmicos: maconha e pedágio urbano, por exemplo, ainda assim fora do contexto das propostas absolutamente coerentes, justas e corajosas de Soninha.

Mas quem assiste a íntegra de mais de 1h30, com a crueza e dureza típicas dessas sabatinas de jornalistas que tentam (em vão, neste caso) mostrar mais preparo que o próprio entrevistado, conhece uma Soninha em versão revisada e ampliada da candidata de 2008: muito mais madura que há quatro anos, porém sem perder nada das suas principais virtudes, que são, entre outras, a espontaneidade, a sinceridade e a clareza na exposição das idéias.

O "ato falho" na fala de abertura do mediador e entrevistador Mario César Carvalho, ao apresentar a si mesmo e aos outros "entrevistados" (sic) da sabatina, quando queria dizer "entrevistadores", revela que aquilo é um show aonde a informação e as propostas sérias ficam relegadas a segundo plano.

O que vale é pinçar a frase mais polêmica, a foto mais inusitada, descontextualizar o que foi dito para render uma boa manchete (leia-se: que gere audiência a qualquer custo). Besteiras são ditas sem muito critério: pergunta-se o que Soninha vai fazer com as famílias que ocupam áreas irregulares e pagam IPTU (sem perceber a incongruência) ou por que, como subprefeita, não fiscalizou as ilegalidades dos alvarás dos shopping centers (ignorantes que são do funcionamento da máquina da Prefeitura, numa prerrogativa que é da Secretaria da Habitação).

Como mostramos ontem, a manchete conservadora, sensacionalista e preconceituosa dos jonais e portais logo após a sabatinaFolha/UOL era: "Soninha (PPS) defende pedágio urbano e legalização da maconha". Engraçado como críticos torcem o nariz para aquela que é a qualidade mais louvável de Soninha: a honestidade. Boa parte dos leitores e internautas desconhece a proposta e se prende à manchete para ser a favor ou contra, sem nuances.

Sobre o "pedágio urbano", por exemplo: Pouca gente presta atenção à essência do que foi dito por Soninha, que é promover um plebiscito para que a população decida sobre a melhor solução para o problema crônico do trânsito: se a maioria optar pela implementação do pedágio, a tarifa seria de R$ 3 (equivalente a uma passagem de ônibus), e o dinheiro arrecadado seria revertido todo ele exatamente para a melhoria do sistema de transporte coletivo.

Sobre a "legalização da maconha", assunto recorrente há mais de 10 anos quando se fala sobre Soninha, o que a candidata defende (e isso é um assunto federal, sem nenhuma relação com a eleição à Prefeitura) é que o monopólio do comércio dessa droga saia da mão do crime organizado e passe a ser realizado sob rigoroso controle da lei e da sociedade, como outras drogas legalizadas (álcool e cigarro, por exemplo).

Encerrada a "roda viva" desta quarta-feira, o jornalista Gilberto Dimenstein, que há anos vive e respira a política da cidade, fez uma boa análise da sabatina e classificou Soninha como "anticandidata" (leia).

Seguindo a tradição e a cabeça do eleitor brasileiro, é isso mesmo: os candidatos são moldados e engessados por marqueteiros e estrategistas para responder apenas aquilo que todos querem ouvir.

Mas democracia não é simplesmente a ditadura da maioria. É também o respeito às minorias. E os preconceitos do cidadão médio paulistano, conservador por natureza, estão aí para serem quebrados. Foi assim quando São Paulo elegeu a primeira mulher prefeita da cidade, solteira, de esquerda e nordestina. Ou quando elegeu um negro carioca - sem entrar no mérito da sua gestão desastrosa.

Em resumo: Soninha é a única candidata que fala com absoluta sinceridade sobre todos os temas. "Pergunta que eu respondo" é o lema que usa, em tom de brincadeira, para falar muito sério sobre qualquer assunto.

Todos concordam que os dois temas citados (legalização da maconha e adoção do pedágio urbano) são polêmicos e impopulares demais para serem lançados por candidatos, mas ninguém discorda da urgência de tratarmos abertamente de soluções para o problema crescente da criminalidade, do crime organizado, do uso abusivo das drogas e, por outro lado, do trânsito caótico que carece de medidas pungentes.

Não será evitando colocar o dedo nas feridas da sociedade, como fazem os candidatos marionetes de marqueteiros, que tornaremos São Paulo mais justa e habitável. Necessitamos de líderes que tenham sobriedade, equilíbrio e sensatez para apontar novos rumos.

Independentemente do que Soninha defende, concordemos ou não, a princípio, mas a sua disposição não é a de impor conceitos. Soninha não é dona da verdade, mas faz a sociedade discutir esses temas, está aberta para argumentos contrários, propõe plebiscitos, referendos, a máxima transparência na administração, na tomada de decisões e na gestão compartilhada.

Veja também:

O Aerotrem, a maconha e o primeiro golpe baixo da campanha

Soninha fala de maconha e é cuidadosa com outras polêmicas

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Marina, Ricardo Young e Soninha juntos na TV

Com a participação da ex-senadora e presidenciável Marina Silva, que gravou ao lado do candidato a vereador Ricardo Young (PPS), da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", com Soninha Prefeita, começa amanhã, terça-feira (21 de agosto), em dois períodos, a propaganda eleitoral gratuita no rádio (7h e 12h) e na TV (13h e 20h30).

Fundadores e líderes do chamado "Movimento da Nova Política" desde que deixaram o PV, onde disputaram juntos as eleições de 2010, Marina obteve cerca de 20 milhões de votos para a Presidência da República e Ricardo Young, então candidato ao Senado por São Paulo, teve 4 milhões (sendo 1,2 milhão na Capital).

O desafio do PPS é realizar um programa com qualidade e bom conteúdo diante do tempo reduzido que tem disponível: 1 minuto e 11 segundos para prefeito (às segundas, quartas e sextas) e apenas 58 segundos para vereadores (terças, quintas e sábados).

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dia de Soninha: do Itaim Bibi ao Itaim Paulista

A candidata da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", Soninha Francine, teve um dia emblemático da campanha à Prefeitura da cidade nesta quarta-feira (15), com todos os seus contrastes e desigualdades: começou o dia no Itaim Bibi, na zona sul, e seguiu direto para o Itaim Paulista, no extremo leste.

Entre um bairro e outro, além dos quase 50 km que os separam, há um abismo social e econômico. Da "roda viva" promovida pela Folha de S. Paulo num teatro luxuoso do Itaim "rico" ao chá com as mulheres do Jardim Camargo Velho, no "primo pobre", Soninha percorreu um a um os problemas que afligem o paulistano: carência de transporte público de qualidade, trânsito caótico, as enormes distâncias entre a casa e o trabalho da maioria da população e que prejudicam a qualidade de vida, o lazer, a saúde e o rendimento de todos no emprego e na escola, entre outros.

A chamada conservadora, sensacionalista e preconceituosa dos jonais após a sabatina Folha/UOL é: "Soninha (PPS) defende pedágio urbano e legalização da maconha". Engraçado como críticos torcem o nariz para aquela que é a maior virtude de Soninha: a honestidade. Boa parte dos leitores desconhece a proposta e se prende à manchete para ser a favor ou contra, sem maiores nuances.

Pouca gente presta atenção à verdadeira proposta de Soninha, que é promover um plebiscito para que a população decida sobre a melhor solução para o problema crônico do trânsito: entre as ideias apresentadas, se a maioria optar pela implementação do pedágio urbano, a tarifa seria de R$ 3 (equivalente a uma passagem de ônibus), e o dinheiro arrecadado seria revertido todo ele exatamente para a melhoria do sistema de transporte coletivo.

Sobre a "legalização da maconha", assunto recorrente há mais de 10 anos quando se fala sobre Soninha, o que a candidata defende (e isso é um assunto federal, sem nenhuma relação com a eleição à Prefeitura) é que o monopólio do comércio dessa droga saia da mão do crime organizado e passe a ser realizado sob rigoroso controle da lei e da sociedade, como outras drogas legalizadas (álcool e cigarro, por exemplo).

Durante a sabatina, Soninha criticou a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e afirmou pela enésima vez que sua candidatura não tem o objetivo de servir de linha auxiliar de José Serra, candidato do PSDB, ou de qualquer outro. Ao contrário, pesquisas demonstram que Soninha, 3ª colocada nas recentes pesquisas do Ibope e do Datafolha, "rouba" votos de tucanos e petistas igualmente.

Leia mais:

De maconha a pedágio: entenda as polêmicas de Soninha

Soninha defende pedágio urbano a R$ 3 em São Paulo e venda de maconha "como cerveja"

Gilberto Dimenstein: nasce uma anticandidata

Soninha será sabatinada pela Folha/UOL às 11h

A candidata à Prefeitura pela coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", Soninha Francine, participa hoje às 11h da manhã da sabatina da Folha de S. Paulo e do UOL, diretamente do Teatro Cultura Artística Itaim (avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.830, no Itaim Bibi).

A candidata do PPS será entrevistada por Denise Chiarato, editora de "Cotidiano"; Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha; Barbara Gancia, colunista da Folha; e Maurício Stycer, repórter especial e colunista do UOL. Veja aqui como foi (ou, melhor, como a imprensa repercutiu).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Soninha tem sabatinas na São Francisco e na Folha

A candidata à Prefeitura pela coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", Soninha Francine, participa de uma sequência de sabatinas nesta semana, sempre às 11h da manhã: terça-feira (dia 14) na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, quarta-feira (dia 15) na Folha de S. Paulo e quinta-feira (dia 16) na Associação Viva o Centro.

A maratona começa hoje com os estudantes da tradicional Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no centro da cidade. A "Roda Viva com os Candidatos à Prefeitura" faz parte da Semana do XI de Agosto, uma série de eventos que comemoram os 185 anos da criação do curso.

Na quarta-feira Soninha será sabatinada por jornalistas da Folha de S. Paulo, com transmissão ao vivo pelo UOL, diretamente do Teatro Cultura Artística Itaim (avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.830, no Itaim Bibi).

A candidata do PPS será entrevistada por Denise Chiarato, editora de "Cotidiano"; Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha; Barbara Gancia, colunista da Folha; e Maurício Stycer, repórter especial e colunista do UOL.

Os interessados em participar da sabatina de quarta-feira podem se inscrever pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br ou pelo telefone (11) 3224-3473, das 14h às 19h de hoje (terça).

Na quinta-feira é a vez da Associação Viva o Centro, debatendo especialmente as propostas para a região central da cidade. Veja abaixo o convite.


domingo, 12 de agosto de 2012

Globo dá "bola fora" em concurso para a Copa 2014

O programa Globo Esporte lançou neste domingo um concurso para escolha do nome da bola da Copa de 2014: Bossa Nova, Brazuca ou Carnavalesca são as opções. Uma estrondosa "bola fora" da Rede Globo e da Adidas, responsáveis pelo merchandising e pelas alternativas apresentadas.

O nome justo e merecido seria Gorduchinha, homenagem a Osmar Santos, um dos mais famosos locutores esportivos brasileiros, com passagem marcante pela própria Globo e apresentador dos grandes comícios pelas Diretas-Já na década de 80.

A repercussão do concurso nas redes sociais e dos nomes apresentados é a pior possível! Em pleno Dia dos Pais, esqueceram do "Pai da Matéria", criador de frases marcantes como "Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha!".

No twitter @23pps ironizamos: Bossa Nova, Brazuca e Carnavalesca: isso é concurso para nome de bola ou para o novo apelido do Mensalão, como pediram os dirigentes do PT?

Ou é muito azar com a imprensa, ou é sacanagem!

O título pouco sutil, acima, representa só um pouquinho da impaciência e da indignação com o tratamento parcial e inidôneo, para dizer o mínimo, de parte da chamada "grande imprensa" com a candidatura de Soninha Francine à prefeitura paulistana pela coligação "Um Sinal Verde para São Paulo".

É uma série de "coincidências" (ah, tá!) que desafia qualquer lei da probabilidade. Veja, por exemplo:

A imprensa é cega, burra ou mal intencionada?

Os quatro principais candidatos... Oi? Quem disse?

O "engano" mais recente (ou seria mesmo sacanagem?) está em matéria do UOL deste domingo: "Candidatos a prefeito de São Paulo ignoram cracolândia em proposta de governo", onde a repórter Débora Melo, talvez por desatenção, publicou que "As assessorias de Soninha, Eymael e Miguel Manso não responderam ao UOL.(...)” . Oi???? Como assim NÃO RESPONDEU???

A repórter procurou a assessoria da campanha na sexta-feira, após as 16h, foi orientada de imediato por telefone e ainda recebeu um e-mail com informações complementares no mesmo dia! E afirma que não obteve resposta?

Abaixo, a íntegra da troca de e-mails, na sexta-feira:

De: Debora Melo Gonçalves
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 16:02
Para: mauriciorh@uol.com.br
Assunto: pauta UOL - cracolândia

Olá, Mauricio, tudo bem?

Conforme falamos, estou fazendo uma matéria sobre as propostas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo para a cracolândia.

No programa registrado pela candidata Soninha no TRE-SP, por exemplo, o tema não é abordado.

Estamos fazendo uma matéria com os 12 candidatos.

Aguardo suas respostas, conforme conversamos.

Obrigada,

Débora Melo
Repórter – UOL
11 3038-8950


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De: Maurício Rudner Huertas [mailto:mauriciorh@uol.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 22:28
Para: 'Debora Melo Gonçalves'
Assunto: RES: pauta UOL - cracolândia

Oi, Débora

Aqui a opinião de Soninha sobre o assunto no debate da Band:

COMBATE AO CRACK E À CRACOLÂNDIA

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha Francine tem um minuto e meio para o seu comentário.

SONINHA FRANCINE: Eu não tenho dúvida que o uso abusivo, compulsivo, de drogas, álcool, inclusive, cocaína, de qualquer substância, é um caso de saúde pública. Então a saúde precisa providenciar a estrutura necessária para receber todas as pessoas que estejam buscando um tratamento, e aquelas que a família quer encaminhar para o tratamento, porque as próprias pessoas não tem mais a menor condição de decidir por si mesmas, isso não é uma proposta, isso é lei, a legislação que trata sobre esse assunto, a lei federal, já diz que pode haver internação voluntária quando a pessoa quer se internar e pode ter também a involuntária, quando ela é compulsória, que é aquela que é determinada por um juiz.

Acontece que a gente não tem hoje só uma Cracolândia, tem várias, o pessoal fala: "O que vai fazer aqui na Cracohab, na Cidade Líder?" O pessoal ali do centro da cidade, onde já voltaram a se reunir as centenas das pessoas devastadas pelo crack, quer uma ação combinada da assistência social, da saúde e também da Segurança Pública, porque também é uma questão de Segurança Pública, aquelas pessoas se agridem, se machucam, cometem furtos, assaltos, estupros, depredam, degradam o ambiente.

Hoje uma conhecida minha da Brasilândia me ligou desesperada porque ela foi assaltada pela terceira vez da fiação da sua casa por um nóia, como eles conhecem, e que estavam dispostos a dar uma surra nele. Eu falei: “não, pelo amor de Deus”. O problema é que tem que trabalhar todo mundo junto. Assistência Social, Saúde e Segurança Pública.

Seguem mais alguns links que mostram a atuação e a opinião de Soninha sobre o combate ao crack.

Soninha participa da "Caravana Arte Contra o Crack"

PPS debate o que funciona contra o crack

PPS debate o crack e os seus efeitos destrutivos

A ação do governo na cracolândia é adequada?

Atenciosamente,

Maurício Huertas
Secretário de Comunicação do PPS/SP
www.23pps.blogspot.com
www.pps-sp.org.br


Nota do Blog do PPS: Ao meio-dia de domingo, horas depois deste post, a matéria do UOL foi atualizada com a opinião de Soninha Francine sobre este gravíssimo problema da cracolândia.

Folha destaca candidato da Renovação Carismática

Reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo, sobre a participação da Igreja Católica na campanha eleitoral, destaca o candidato do PPS José Maria Trindade Brandão, ligado à Renovação Carismática.

Especialista em Administração Hospitalar, Sistema de Saúde e Governança Corporativa, José Maria é diretor financeiro da Associação Congregação de Santa Catarina, responsável pelo gerenciamento de dezenas de serviços de saúde na Zona Sul de São Paulo, como Unidades Básicas de Saúde (UBS) com o Programa Saúde da Família (PSF), Ambulatórios de Especialidades, Centros Odontológico de Especialidades, Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), Assistência Domiciliar (AD), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), Pronto-Socorros (PS), Serviços de Imagem e até Unidades de Saúde das Populações Indígenas (PSPI).

É a primeira eleição disputada por José Maria, e estes dois fatores são essenciais: o apoio da Igreja e a experiência na área de Saúde Pública.

Veja trecho da matéria da Folha de S. Paulo:

VOCAÇÃO POLÍTICA

Com o lema de que "espaços vazios devem ser ocupados, senão serão ocupados por outros", dom Fernando Figueiredo, 72, bispo da Diocese de Santo Amaro, abriu a Cúria para encontros de formação política para leigos da diocese, "dentro da doutrina social da igreja".

Durante o ano passado e no início de 2012, foram feitas reuniões com padres e professores ligados ao Ministério de Fé e Política da RCC (Renovação Carismática Católica), para despertar vocações em futuros candidatos.

Um deles, José Maria Brandão, 37, disputará a primeira eleição em busca de uma vaga na Câmara pelo PPS.

"O conselho diocesano pensou em alguns nomes e chegou ao meu", diz Brandão, que é coordenador do Ministério de Pregação da Renovação Carismática em Santo Amaro.

"Não temos um partido determinado, jamais", diz dom Fernando, sobre os candidatos lançados por uma espécie de centro de formação de políticos católicos, que, afirma, teria representantes em "15 a 20" legendas.

Ele defende que os padres sejam livres para apoiar candidatos a prefeito e vereador, mas recomenda que abram espaço a todos os políticos que quiserem falar nas paróquias. "Apresentamos critérios cristãos, mas determinar quem seria o candidato é violentar a liberdade do outro."

sábado, 11 de agosto de 2012

A imprensa é cega, burra ou mal intencionada?

Conte comigo: 1, 2, 4, 5... Triste papel do velho "Estadão"

"No primeiro mês da disputa pela Prefeitura de São Paulo, os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas(...)". Começa assim a matéria deste sábado do jornal O Estado de S. Paulo sobre a campanha paulistana. Relata a "chuva de promessas" de Serra, Russomanno, Haddad e Chalita.

Mas espera lá!!! É MENTIRA!!! Como assim "os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas"??? Que pesquisas???

Tanto o Ibope quanto o Datafolha apontam Soninha em 3º lugar, em todas as sondagens realizadas até o momento.

Diga-se de passagem, a pesquisa do Ibope foi contratada oficialmente pelo próprio Estadão e aponta a candidata do PPS isolada na terceira colocação, com 7%, portanto à frente de Haddad (6%) e Chalita (5%).

Como então pode se falar em "quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas" e omitir Soninha? Mesma omissão inexplicável e vergonhosa que ocorreu na cobertura, pelo jornal, do primeiro debate desta eleição, realizado na Band: o leitor do Estadão não foi nem sequer informado da participação de Soninha.

Sabe-se lá por qual motivação política ou editorial, o Estadão resolveu simplesmente ignorar em suas páginas a 3ª colocada em intenções de voto para a Prefeitura, mantendo a cobertura diária do 1º, do 2º, do 4º e do 5º colocados na sua própria pesquisa. Tem explicação? É um caso de miopia jornalística, burrice ou é mesmo pura sacanagem?

Leia também:

Os quatro principais candidatos... Oi? Quem disse?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Soninha: "Eu vi no PT a Revolução dos Bichos"

Empatada em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo fala sobre propostas para a cidade e critica o PT, "um partido que não só acoberta, mas defende desvios de conduta"


Entrevista à VEJA

Mesmo destoando – na maneira de falar, vestir-se e se comportar – da imagem convencional de candidatos à prefeitura, Soninha Francine (PPS) segue em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, empatada com os concorrentes Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB).

Embora admita que algumas mudanças pudessem ampliar o patrimônio eleitoral, ela rejeita concessões. “Não consigo ficar muito tempo falando devagar, de braço cruzado”, exemplifica. “Em poucos minutos estou querendo subir na mesa”.

Em entrevista ao site de VEJA, Soninha falou sobre propostas para a cidade, criticou o PT – que deixou em 2007, depois de descobrir que o partido “não só acobertava, mas defendia desvios de conduta” – e disse acreditar ser possível eleger-se, mesmo que só uma legenda, o PMN, esteja coligada ao PPS.

Ela afirma que não se constrange com a presença da deputada federal Jaqueline Roriz (DF), flagrada recebendo propina, entre os quadros do partido. “Se o PMN me proibisse de falar sobre isso, não entraria nem na aliança”, garante. “Se dependesse de mim ela teria perdido o mandato”.


Como a senhora avalia esse começo de campanha?

Comparando com a campanha de 2008, temos tido mais tempo para falar para pequenos grupos e diferentes categorias profissionais. São pequenas sabatinas. Eu adoro isso. Agora, nas mídias de massa, o tempo é muito desigual. A ordem dos candidatos conforme as pesquisas de intenção de voto foi ignorada. Desde o começo, três candidatos têm muito mais destaque do que os outros: o José Serra (PSDB), o Fernando Haddad (PT) e o Gabriel Chalita (PMDB). O Russomano está em segundo lugar e eu em terceiro há bastante tempo, mas isso não é levado em consideração.

O que a senhora tem que falta aos demais candidatos?

A soma de experiências e a vivência que tenho da cidade. Fui vereadora e subprefeita, experiência que, de muitas formas, pode ser mais difícil que a do prefeito, porque os problemas chegam mais perto e, ao mesmo tempo, você tem menos poder para resolvê-los. Nem o José Serra, tendo sido prefeito, imagina alguns detalhes da máquina pública da ponta: como obter licença de funcionamento, como algumas coisas são arcaicas, como os órgão da prefeitura batem cabeça. Também uso a cidade como cidadã, ando de ônibus, de metrô, caminho pelas calçadas.

Alguns dos seus concorrentes destacam as vantagens do “novo”. Isso é uma qualidade?

Uma boa pergunta é saber se essas pessoas são realmente novas. Ser uma novidade nas eleições municipais não significa necessariamente renovação. Quem adotou o novo como slogan de campanha foi o Fernando Haddad, mas ele vem com a bênção do presidente dos últimos oito anos e num processo de escolha de candidato que não foi rejuvenescedor. Ao contrário, foi até caudilhista.

O que a senhora acha que fez de mais importante na Câmara Municipal, na subprefeitura e na Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco)?

Como vereadora, minha maior vitória foi ter resistido a pressões, porque existe uma intimidação grande para cima de quem é voto contrário. Mesmo com represália e falta de apoio, consegui aprovar projetos legais, como o que obriga a prefeitura a comprar cada vez mais material reciclado ou o que determina que seja publicado o nome de todos os servidores públicos. Como subprefeita, consegui melhorar a relação com os funcionários e a comunicação com a população. Na Sutaco, criamos duas lojas, o que aumentou a receita de 2.000 reais por mês para 20.000 reais, retomamos os cursos de artesanatos e investimos na qualificação de funcionários.

Segundo o último Datafolha, 19% dos eleitores rejeitam a sua candidatura. A que a senhora atribui esse índice?

A basicamente três coisas. Primeiro, a rejeição de quem foi meu eleitor e não aprova o fato de eu ter saído do PT e ido para a oposição. Depois, existem aqueles que não me conhecem e falam “Soninha? De onde vem essa criança?” As pessoas não me dão 44 anos. E tem as pessoas que me conhecem muito superficialmente e falam “Soninha? Sei, aquela da capa da maconha (em 2001, a foto de Soninha apareceu na capa de uma revista ao lado da frase “eu fumo maconha”), aquela da bicicleta”. Esse primeiro grupo dos refratários eu não vou conquistar mesmo, mas aqueles que me conhecem superficialmente, percebo que quando escutam minhas propostas por 20 minutos mudam de ideia a meu respeito.

A senhora tem um perfil que difere dos padrões habituais de candidatos, principalmente na maneira de falar e de se vestir. Algum tipo de mudança poderia ampliar seu eleitorado?

Se me arrumasse melhor, falasse mais devagar e gesticulasse menos, as pessoas talvez perdessem um pouco a resistência. Mas eu não consigo ficar muito tempo falando devagar, de braço cruzado. Em pouco tempo estou querendo subir na mesa. Não consigo fazer nada que não acredite. A mudança poderia ser até vantajosa, mas não acho que deva fazer isso para conseguir ser prefeita.

É possível vencer a eleição com poucas verbas e uma coligação pequena?

Essa eleição especialmente. Em 2008, eu disputava com Geraldo Alckmin, Marta Suplicy, Paulo Maluf e Gilberto Kassab. Todos com muita história em disputa e o Kassab, que era o prefeito. Esse ano não. É uma disputa imprevisível. Acredito que o Serra vá para o segundo turno, mas, ao meu ver, ainda existe uma vaga em aberto. Eu, Gabriel Chalita e Fernando Haddad, que continuamos empatados, temos o mesmo desafio: desbancar o Russomano.

Num segundo turno, a senhora aceitaria o apoio do PP, de Paulo Maluf, que apoia o Fernando Haddad, ou do PR, de Valdemar da Costa Neto?

Duvido muito desse apoio, porque iria impor condições para esse apoio que eles dificilmente aceitariam. O apoio seria condicionado à defesa do meu programa de governo e não a nomear ciclano ou beltrano para determinada secretaria.

E se um deles exigisse ser fotografado ao seu lado?

Só se fosse uma foto com uma pessoa com quem eu não me envergonhasse de estar do lado. Uma foto com alguém que me constrange, mesmo que todas as outras condições tivessem sido aceitas, eu não seria capaz.

Por que tentar uma candidatura incerta no executivo se um cargo no Legislativo seria bem mais fácil?

O que me trouxe para a política foi a frustração de não conseguir mudar coisas que estavam fora do meu alcance. O Legislativo influi, mas não determina. Quando fui eleita vereadora, esperava chegar lá e convencer meus pares de que determinado projeto era bom, viável, relevante. E não é nada disso. É feito um acordo entre os líderes da bancada. No plenário, é comum um parlamentar olhar para o líder e perguntar: é para votar sim ou não?

Cinco anos depois de deixar o PT, como a senhora enxerga o partido?

O discurso do PT não condiz com a prática. As alianças políticas foram feitas com os piores tipos e critérios. Os aliados não se renderam ao programa de governo do PT. Eles disseram: quero esse ministério, a secretaria tal, quero indicar a diretoria de determinada estatal. Quando veio o mensalão, continuei defendendo o PT, porque acreditava que desvio de conduta poderia acontecer em qualquer lugar. A questão era corrigir. Quando vi que a direção do partido começou a acobertar, amenizar, quase defender os desvios, acabou para mim. É a Revolução dos Bichos! Um dos livros que mais me abalou na vida e eu vi acontecer.

O prefeito Gilberto Kassab deu nota 10 para a própria gestão. A senhora concorda?

Acho que ele foi bem em algumas áreas. O Kassab fez mais CEUs do que a gestão da Marta Suplicy. E não mudou o nome, mesmo sendo um projeto do PT. Na cultura e com relação ao meio ambiente também vejo avanços. Em outras áreas, entretanto, foi muito mal. Na questão dos transportes, da habitação, da saúde e com relação às subprefeituras, ele não passa de ano sem recuperação.

Se a senhora só pudesse realizar um único projeto, qual seria?

Incentivar e produzir moradias no centro para a classe de menor poder aquisitivo, criando condições para que as pessoas de renda mais baixa morem mais perto de onde trabalham. Isso não será feito em quatro anos, mas tem que começar agora. Com o IPTU progressivo, a prefeitura já tem mecanismos para desestimular imóveis ociosos no centro e evitar a especulação imobiliária. Com isso você diminui, inclusive, o problema da superlotação no transporte coletivo, porque menos pessoas precisarão se deslocar da periferia. Está mais do que na hora de a prefeitura oferecer moradia popular em locais mais bem equipados de transporte, lazer, cultura, esporte.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os quatro principais candidatos... Oi? Quem disse?

A reclamação anterior foi ignorada, mas a crítica é recorrente e o problema persiste. Assim, vamos insistir.

Na Folha de S. Paulo de hoje, o artigo de Rogerio Gentile lista “os quatro principais candidatos”: Serra, Russomanno, Chalita e Haddad. Oi? No meio desses quatro, queiram ou não, Datafolha e Ibope apontam Soninha em terceiro lugar, em todas as pesquisas. Qual critério, então, a Folha usa para definir “os principais candidatos”? Torcida? Simpatia pessoal? Poder econômico? Qualquer coisa, menos estatística e jornalismo.

A reportagem diária da campanha força a mão, outra vez, para provocar uma polarização que não existe nesta eleição, entre PT e PSDB, mas que os analistas de pesquisa, cientistas políticos e alguns jornalistas apostaram e precisam fazer acontecer a qualquer custo: repercutem até uma comparação de Serra com Hitler por apoiadores de Haddad. Tudo para tentar acirrar a claque de um e de outro, nessa relação simbiótica que só interessa a ambos.

Se já é difícil fazer uma campanha séria e propositiva com poucos recursos, enfrentando a máquina e padrinhos como Lula e Dilma de um lado, Alckmin e Kassab de outro, temos ainda que combater o tratamento parcial e preconceituoso da mídia. Complicado. Mas seguimos firmes, com “Um Sinal Verde para São Paulo”.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Soninha convida para bate-papo online na internet

A candidata à Prefeitura Soninha Francine, da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", convida para o 2º bate-papo na internet nesta quarta-feira, dia 8 de agosto, a partir das 19h30.

"Pergunta que eu respondo" resume a ideia deste bate-papo informal, que será transmitido ao vivo, com exibição em vídeo.

Acompanhe pelo twitter @SoninhaFrancine e mande suas perguntas, comentários ou sugestões pelo e-mail soninharesponde@soninha.com.br ou participe diretamente no twitter escrevendo #soninharesponde.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A aposta da Folha e os "menos de R$ 200 mil"

Soninha gasta 0,01% de Haddad e nem assim petista decola; Haddad gastou R$ 12,4 milhões e, na melhor das hipóteses, continua empatado com Soninha, que gastou R$ 1.150,00

Se não bastasse a foto diária da cobertura das eleições da Folha de S. Paulo ser de Fernando Haddad, talvez para colaborar no esforço do marketing petista de tornar seu candidato mais conhecido e justificar a aposta do jornal e de seus analistas, de que o segundo turno será polarizado entre PT e PSDB, “esquecem” de Soninha Francine (PPS) - que no Datafolha apareceu três vezes consecutivas empatada com Haddad e no primeiro Ibope está à frente - e quando “lembram” publicam coisa errada.

Na matéria “PT gasta em carros de som mais que toda verba de Serra”, afirma-se no subtítulo que “Partido investe R$ 2,8 milhões para difundir jingle de Fernando Haddad” e que “Tucano declara gasto total de R$ 1,5 milhão; Chalita, Soninha e Paulinho declaram menos de R$ 200 mil”.

No texto, o leitor fica sabendo que o “menos de R$ 200 mil” é assim distribuído: Gabriel Chalita (PMDB) disse ter gasto R$ 197 mil. Soninha Francine (PPS) declarou despesa de R$ 1.150, e Paulinho da Força (PDT), de R$ 7.000”.

Na falta de sensibilidade jornalística, ou no excesso de outros interesses, omitem ou manipulam fatos: Haddad gasta R$ 12,4 milhões e continua empatado com Soninha, que gastou R$ 1.150. Não é simplesmente “menos de R$ 200 mil”. É MENOS DE 2 MIL REAIS!!! Ou seja, Soninha gastou 0,01% do total de Haddad e nem assim o petista decola.

Sem Lula, sem Dilma, sem máquina, sem Maluf, sem nenhuma atenção da Folha e da grande mídia, a candidata da coligação “Um Sinal Verde para São Paulo” segue firme com seus 7% em terceiro lugar na disputa. Isso não é notícia?

Leia também:

Atrás no Ibope, Haddad arrecadou 60 vezes mais que Soninha

Daniel Monteiro: Os Deficientes Visuais e as Urnas

O advogado e candidato a vereador pelo PPS, Daniel Monteiro, participa do projeto "Os Deficientes Visuais e as Urnas", da Rádio Contraponto. A entrevista está disponível aqui na internet.

Cego congênito, Daniel Monteiro é bacharel em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), especialista em Direito Previdenciário pela Escola Paulista de Direito (EPD), consultor técnico da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e servidor da Advocacia-Geral da União (AGU).

Atua em movimentos sociais pelos direitos das pessoas com deficiência, organizações não-governamentais e movimentos relacionados aos direitos humanos.

Uma das prioridades de Daniel Monteiro é a acessibilidade do emprego (público ou privado). Neste sentido, participa nesta terça-feira, 7 de agosto, a convite da Organização Nacional de Cegos do Brasil, de audiência pública que trata da inobservância do princípio de isonomia, problema enfrentado pelos candidatos cegos e com baixa visão nos concursos públicos e vestibulares, em Brasília.

Voto Consciente: Candidatos do PPS participam

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ibope registra empate entre líderes e Soninha em 3º

A primeira pesquisa do Ibope realizada após as convenções partidárias que homologaram os 12 candidatos à Prefeitura de São Paulo, contratada pela Rede Globo e jornal O Estado de S. Paulo, aponta José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) empatados na liderança, com 26% e 25%, respectivamente, e Soninha Francine (PPS) isolada na terceira posição.

Com 7%, é a primeira vez que a candidata da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo" aparece sozinha em terceiro. Na pesquisa anterior do Ibope, a posição era ocupada por Netinho de Paula (PCdoB), que retirou a candidatura. Nos três últimos Datafolha, Soninha aparecia empatada com Fernando Haddad (PT) e ambos um pouco à frente de Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT).

Os resultados não levam em conta eventuais efeitos do debate da Band, realizado na quinta-feira à noite, porque as entrevistas foram feitas antes de ele ocorrer.

Veja aqui as informações da pesquisa Ibope e a matéria no SPTV.

Leia também:

Datafolha: Soninha segue em 3º na corrida à Prefeitura

O dia-a-dia da campanha de Soninha

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Soninha mostra preparo e conhecimento da cidade

No primeiro debate destas eleições municipais, a candidata Soninha Francine, da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", demonstrou preparo, conhecimento dos problemas da cidade e as melhores propostas em diversas áreas, como saúde, educação, transporte, moradia, atendimento ao idoso, meio ambiente, geração de emprego, segurança, combate ao crack etc.

Tanto pelos jornalistas que cobriram o evento quanto nas redes sociais, o desempenho de Soninha foi bastante elogiado. Além de ter soluções concretas e viáveis para vários problemas de São Paulo, a candidata do PPS fez críticas pertinentes às administrações municipal, estadual e federal, e confrontou seus adversários com questões claras e objetivas.

Para muitos, a melhor pergunta do debate na Band foi de Soninha para Russomanno (PRB): se ele faria aliança com Paulo Maluf (PP) - antigo aliado com quem tinha relação conflituosa antes de mudar de partido - em troca de mais tempo na TV, como fez Haddad (PT).

“Não trocaria de jeito nenhum. O que eu passei na mão desse cidadão, ninguém precisa passar. Esse senhor não terá espaço no meu governo. Eu preciso fazer aliança com gente que tem ética”, afirmou Russomanno, enquanto a plateia ria.

Nas considerações finais, Soninha destacou seu amor por São Paulo e a irritação pelos inúmeros problemas da cidade, daí a intenção de ser prefeita. Lembrou sua experiência como jornalista, voluntária, vereadora e subprefeita da Lapa.

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SONINHA FRANCINE, CANDIDATA DO PPS: Boa noite. Em primeiro lugar, eu gostaria de pedir que os ouvintes comuniquem, como for possível, os surdos: o PPS providenciou um intérprete de libras, que faz parte da Educalibras, que vai traduzir pela internet esse debate para essa que é a língua oficial brasileira.

Para saber o endereço que vai estar traduzindo em vídeo entra no meu Twitter agora, @soninhafrancine e vai ter o link para que os surdos possam desfrutar melhor dessa ocasião.

SISTEMA DE SAÚDE

Sobre a Saúde, eu, em setembro do ano passado, fui marcar uma consulta, na UBS, porque eu tinha um probleminha de pele. A consulta foi marcada para fevereiro do ano seguinte! Nesse meio tempo, o Hospital das Clínicas fez um mutirão de dermatologia, então eu fui lá em um dia, fiz a minha ficha, fui examinada da cabeça aos pés e já descobri que o problema de pele não era nada tão grave.

Então a gente tem uma emergência, muita gente esperando agora uma consulta, um raio‑x, um retorno para daqui a muitos meses... Se fizer imediatamente mutirões de saúde, a gente acaba com essa fila absurda.

Sem esquecer, é claro, de investir em instalações decentes em todas as unidades de saúde. Não pode ter um hospital de primeiro mundo e o outro meio capenga. Recursos humanos bem remunerados, bem preparados e comprometidos, e sempre em tudo participação popular, controle social e transparência.

TRANSPORTE PÚBLICO (Assista)

FERNANDO HADDAD: Vou dirigir a pergunta à Soninha. Candidata, a minha preocupação com o transporte público. Você sabe que o transporte público na cidade é um problema grave, os corredores de ônibus que estavam sendo construídos foram paralisados, nós deveríamos estar com 300 quilômetros de corredores de ônibus, temos os mesmos 126 quilômetros da época do final do nosso governo, 8 anos atrás. A parceria com o metrô também não vai tão bem, não há nenhum tatuzão hoje e desde 2010 escavando novos túneis na Cidade de São Paulo. Foi feito um pequeno trecho com outro método na Linha 5, mas não há sequer previsão de licitação da Linha 6 em Brasilândia que, para a minha surpresa, não inclui Pirituba, e pode colocar em risco a Expo2020 e o pavilhão de exposição. Além da bicicleta, integrá-la ao Bilhete Único como nós propomos. Qual é o seu plano para o transporte público da cidade de São Paulo?

SONINHA FRANCINE: Em primeiro lugar, eu concordo que os investimentos em ônibus nos últimos anos foram menores do que deveriam. A Prefeitura tem de investir muito em ônibus, só não é verdade que não fez nenhum quilômetro de corredor, porque terminaram aquele bendito daquele fura fila, que atravessou duas gestões sem ser concluído, mas há muito o que se fazer sim.

Tem que se fazer mais corredores de ônibus, tem que fazer funcionar direito os corredores que já existem, porque hoje eles são um congestionamento de ônibus andando a 10 km por hora, e o corredor pode funcionar perfeitamente como um metrô sobre rodas com veículos maiores, mais confortáveis, com intervalos regulares.

O pagamento da passagem pode ser feito já no ponto de ônibus, de modo que o embarque e desembarque seja mais rápido, então de fato precisa haver mais investimento em ônibus.

Mas fica difícil, candidato, a cidade dar conta do transporte coletivo como deveria, quando o próprio Governo Federal, corta a zero o IPI sobre a compra de automóveis, e diz para as pessoas “comprem carros”, “a nossa economia precisa que vocês comprem carros”.

E outro dia mesmo a Petrobras, que segura o preço da gasolina, aumentou o preço do diesel, que é o que abastece o transporte coletivo, que é o que abastece os caminhões que transportam mantimentos, que transportam tijolo, então o município tem que investir mais e melhor no seu sistema de ônibus principalmente, mas não vai dar conta de tantos carros que o Governo Federal quer botar na rua, incentivando as pessoas a se endividar aí por 4, 5 anos, que não podem passar sem um carro zero.

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha, um minuto para a sua tréplica.

SONINHA FRANCINE: A proposta é boa (bicicleta compartilhada integrada ao bilhete único), não tenho problema em reconhecer isso, mas só é possível também porque hoje a bicicleta já está muito mais integrada à vida da cidade, por conta de muita movimentação dos cicloativistas, de muita pressão da sociedade.

Em 2008, só eu praticamente falava de bicicleta e com a experiência de usuária, e a bicicleta de fato entrou na pauta, e foram feitos progressos, mas ainda falta muito.

A gente tem que planejar como é que vai ser a bicicleta na cidade, então não é só dizer “vou fazer 100 quilômetros de ciclovias”, para cada lugar tem que ter um plano cicloviário analisando como é que a rua, a avenida, para onde as pessoas vão, qual é a demanda que existe.

Eu não sou contra carro, eu vim de carro hoje e foi péssimo. As pessoas podem usar carro, só não pode haver o uso indevido, abusivo, compulsivo, e supérfluo. E a gente não pode dizer para as pessoas como a publicidade já diz e agora o Governo Federal também diz: “vocês tem que comprar carro e comprem já”. E aí a pessoa fica endividada 4, 5 anos e a cidade também tem o futuro comprometido com esse derramamento de carros nas vias urbanas.

EDUCAÇÃO

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Agora a palavra com a candidata Soninha para a sua pergunta. Vai dirigir a pergunta a quem?

SONINHA FRANCINE: Ao Giannazi. Gianazzi, você é professor, gosta muito de lembrar isso, foi diretor de escola, e a gente tem aqui ex‑secretário da Educação do Governo do Estado, um ex‑ministro da Educação, eles tiveram uma passagem bem extensa, especialmente por essa área, mas se você perguntar para qualquer pessoa quais são os maiores problemas do Brasil no momento vão falar de saúde e de educação também.

A Educação no Brasil inteiro continua sendo muito ruim, sem Educação esse país não vai chegar a lugar nenhum. Não adianta ter dinheiro, sem Educação, porque as pessoas se comportam muito mal no trânsito, sem responsabilidade nenhuma, não sabem respeitar umas às outras, abrem a janela do seu carro caro e jogam lixo pela janela.

Então, Giannazi, depois de tantos anos aí, dedicados à Educação, e você tem gente entrando na faculdade sem saber ler e escrever, onde foi que nós erramos? Ou não erramos?

SONINHA FRANCINE: (réplica) O fato, Gianazzi, é que temos muitos pais e mães desesperados, porque vêem os filhos passando de ano, chegando ao colegial, sem ter aprendido de verdade a ler e a escrever. Muita gente entrando na faculdade, faculdade que às vezes recebe recurso público por meio do Prouni, que aceita alunos que não sabem ler e escrever direito, quer dizer, é a verdadeira fábrica de diploma, com recurso público, porque o Ministério não supervisiona essas faculdades como deveria.

Então, constatado o problema, muito bem, o que a gente tem que fazer, como na área da Saúde, a gente tem que investir nas instalações, não pode ter escolas muito boas que parecem de primeiro mundo e outras escolas muito capengas. Tem que ter boa sala de aula, sala de professores, bibliotecas, tem que ter um banheiro decente com uma torneira de onde saia água e sabonete para as crianças aprenderem mesmo a lavar a mão.

Tem que ter muitos investimentos nos recursos humanos, professores bem selecionados, bem preparados, acompanhados ao longo da sua carreira e logicamente bem remunerados desde o começo e com a perspectiva de melhora também ao longo da sua carreira. E mais uma vez tem que ter a participação popular, o controle social, é assim testado e aprovado.

Numa escola em que a comunidade realmente se envolve e que o conselho de escola participa, os pais, os ex‑alunos, os professores, os funcionários da escola, às vezes tem um empresário querendo contribuir com a reforma do prédio, doar material. Quando isso acontece, quando a comunidade se une em torno da escola, e as outras condições são garantidas pelo Poder Público, a qualidade da Educação na escola é muito melhor.

COMBATE AO CRACK E À CRACOLÂNDIA

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha Francine tem um minuto e meio para o seu comentário.

SONINHA FRANCINE: Eu não tenho dúvida que o uso abusivo, compulsivo, de drogas, álcool, inclusive, cocaína, de qualquer substância, é um caso de saúde pública. Então a saúde precisa providenciar a estrutura necessária para receber todas as pessoas que estejam buscando um tratamento, e aquelas que a família quer encaminhar para o tratamento, porque as próprias pessoas não tem mais a menor condição de decidir por si mesmas, isso não é uma proposta, isso é lei, a legislação que trata sobre esse assunto, a lei federal, já diz que pode haver internação voluntária quando a pessoa quer se internar e pode ter também a involuntária, quando ela é compulsória, que é aquela que é determinada por um juiz.

Acontece que a gente não tem hoje só uma Cracolândia, tem várias, o pessoal fala: "O que vai fazer aqui na Cracohab, na Cidade Líder?" O pessoal ali do centro da cidade, onde já voltaram a se reunir as centenas das pessoas devastadas pelo crack, quer uma ação combinada da assistência social, da saúde e também da Segurança Pública, porque também é uma questão de Segurança Pública, aquelas pessoas se agridem, se machucam, cometem furtos, assaltos, estupros, depredam, degradam o ambiente.

Hoje uma conhecida minha da Brasilândia me ligou desesperada porque ela foi assaltada pela terceira vez da fiação da sua casa por um nóia, como eles conhecem, e que estavam dispostos a dar uma surra nele. Eu falei: “não, pelo amor de Deus”. O problema é que tem que trabalhar todo mundo junto. Assistência Social, Saúde e Segurança Pública.

TRÂNSITO E O LEGADO DA COPA

JOELMIR BETTING, JORNALISTA: Pergunta à candidata Soninha Francine e comentário do candidato Levy Fidelix. Soninha, o trânsito em São Paulo já virou um pé 45 em um sapato 38, já é considerado depois da violência a segunda maior subtração de qualidade de vida da população paulistana em todas as classes e em todos os endereços da cidade, mas a minha pergunta aqui é específica: qual seria o seu projeto de governo, em função até do calendário, para desenvolver uma mobilidade urbana específica para a Copa 2014 como legado para a cidade?

SONINHA FRANCINE: Bom, legado para a Copa do Mundo deveria já estar em curso, quer dizer, a gente está se preparando para um grande evento para o qual vão vir milhões de turistas de fora do Brasil, do próprio Brasil, circular entre as cidades sede, e a gente está muito atrasado no Brasil inteiro.

Desde 2007, o Brasil já teve certeza que seria a sede da Copa. Antes disso já poderia acreditar nisso porque era praticamente o único candidato da América do Sul. A gente continua com os aeroportos em estado lastimável, continua com rodoviárias muito ruins e com o sistema de transporte urbano mesmo com condições muito, sem a capacidade de atender adequadamente as pessoas que vivem na cidade, então o certo era estar tudo pronto agora, porque depois que você termina de fazer, o monotrilho, a estação de metrô, tem o tempo de teste da operação, para você afinar a segurança, os equipamentos, não tem nada pronto, e, Joelmir, não vai ficar pronto a tempo.

Então a gente precisa usar a inteligência, como já foi dito aqui várias vezes, para integrar da melhor maneira possível o sistema de transporte que a gente já tem - claro, o que vier a mais será muito bem vindo - mas a gente não pode ficar esperando que vai ficar tudo pronto de uma hora para a outra, para o ano que vem, na Copa das confederações, ou para daqui a dois anos na Copa do Mundo propriamente, vale para o cidadão desde já, e vai valer também para os turistas que vierem aqui, integrar melhor, tem que ter garagem para parar o automóvel perto da estação do metrô, por exemplo. Essas transferências hoje são muito ruins.

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha Francine tem agora um minuto para a sua tréplica.

SONINHA FRANCINE: Na área de mobilidade, as bicicletas naturalmente precisam ser mais bem integradas a esse sistema de locomoção pela cidade, volto a citar o problema do imposto que incide sobre os automóveis, que foi reduzido para zero, para dizer para as pessoas: “comprem carros, não dá para viver sem carros”.

E uma bicicleta elétrica, por exemplo, paga 35% de IPI quando seria uma solução muito desejável para a cidade, mas o problema para a Copa do mundo não é só problema de locomoção, vários outros investimentos poderiam ser feitos; a Prefeitura escolheu dar uma isenção de 40 milhões de reais para o Corinthians fazer seu estádio em Itaquera, teve votos favoráveis inclusive da oposição, mas contrário do PPS, que não concordou com esse recurso público dirigido para ali, e tem muitas coisas mal resolvidas, e até coisas básicas, por exemplo, como banheiro público. Os taxistas querem ter banheiros públicos, com toda a razão, os feirantes querem ter banheiros públicos, a cidade já tem pouco banheiro, agora vai ter que ter muito mais.

ALIANÇA COM MALUF

Pergunta sobre Maluf arranca risos da plateia

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Quem pergunta agora é a candidata Soninha Francine, a quem?

SONINHA FRANCINE: Já respondeu Russomano?

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Não, o Russomano ainda pode.

SONINHA FRANCINE:
É você! O assunto sempre muito sensível é das alianças eleitorais, a composição do governo e a conquista do apoio da maioria, a formação da base governista no parlamento. No nível do Governo Federal, o partido do Maluf já indica quem vai ocupar ali o Ministério das Cidades, que é superestratégico no mundo que é cada vez mais urbano. No Governo Estadual, também há uma indicação do partido do Maluf, quem é que dirige a Companhia de Habitação, e agora o Maluf deu apoio ao PT e a gente não sabe o que foi negociado. Você que já foi correligionário dele e saiu do partido, você convidaria o Maluf para o seu governo em troca de um minuto e meio de televisão?

SONINHA FRANCINE: (réplica) Fazer alianças não é problema nenhum, claro que vai fazer alianças com partido diferente do seu, que podem ter histórias diferentes, visões diferentes de governo, mas desde que essa aliança seja feita em torno de um compromisso com propostas para a cidade, com programa político, com compromissos éticos, com princípios, com valores.

E o que acaba acontecendo, na prática, é que há anos a gente sabe que as subprefeituras têm donos, aqui quem manda é Toninho, aqui quem manda é Carlinhos, e se queixa tanto de corrupção, tem que lidar com isso, com dono da subprefeitura que decide o que pode e não pode, o que vai andar rápido, o que vai andar mais devagar. Ministério tem dono, empresa pública tem dono.

Se a gente continuar repetindo o governo assim, essa parte é sua, e o seu partido vai votar a favor de tudo que eu mandar para a Câmara, a gente pode criar todos os órgãos do mundo, transparência e informatização, que vai continuar sofrendo com a corrupção com esses atalhos e obstáculos no caminho do cidadão honesto para tentar se beneficiar.

É perfeitamente possível montar, conquistar a maioria para os seus projetos na Câmara Municipal, sem cair nesse toma lá, dá cá, nessa troca. Eu comprei inúmeras brigas na Câmara Municipal sem abrir mão dos meus princípio e eu consegui aprovar projetos muito importantes para a cidade.

ATENÇÃO AO IDOSOS (Assista)

PAULINHO DA FORÇA: Em homenagem às mulheres eu vou perguntar à Soninha. Soninha, São Paulo tem hoje 1,370 milhão de aposentados ou idosos com mais de 60 anos; eu fui um dos fundadores do Sindicato Nacional dos Aposentados, porque os aposentados estavam organizados em pequenas associações e tinham um único patrão, que é o Governo Federal; fizemos toda uma luta durante esse período, o sindicato hoje tem mais de um milhão de aposentados, e tem outras associações de aposentados, conseguimos fazer uma política para o salário mínimo, para garantir aumento de 18 milhões de aposentados com aumento real de salário, e conseguimos também o aumento dos aposentados que ganham mais que o salário mínimo, aqui em São Paulo, um milhão e 370 mil, o que você como candidata pretende fazer para esses idosos que estão crescendo na Cidade de São Paulo, a quantidade de idosos que tem São Paulo?

SONINHA FRANCINE: Bom, Paulinho, pode começar falando dos aposentados do serviço público, que vivem muitos deles numa penúria, do serviço municipal inclusive, se aposentaram com valor até abaixo do que eles ganharam em função de gratificação, de bonificações, e que hoje é insuficiente para eles viverem.

Tem que olhar para o funcionalismo de modo geral, lá da base, do administrativo, que é quem marca consulta, quem recebe a população, quem executa as funções mais básicas, e tem que olhar para os aposentados, e os aposentados de modo geral tem que saber deles mesmos, os que querem desfrutar do seu merecidíssimo descanso, e querem ter a renda maior, sem precisar trabalhar mais para isso, e precisa ter a sua autonomia garantida, a possibilidade de circular pela cidade sem medo de tropeçar na calçada, pegar um ônibus sem ter medo de cair na freada brusca ou conseguir subir o degrau, então tem que pensar nos idosos de um modo geral.

E há também os aposentados com muita vontade de continuar trabalhando, não é nem porque precisam do complemento de renda, essas pessoas podem ser muito útil para a sociedade e para a cidade de modo geral, outros países reverenciam muito a experiência dos mais velhos e a gente de modo geral, despreza, num grande mutirão de educação para acabar com esse absurdo de ler e escrever, alguns professores aposentados adorariam alfabetizar essas pessoas...

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha tem mais um minuto para a sua tréplica.

SONINHA FRANCINE: Eu concordo que a Prefeitura tem de zelar pelas calçadas até porque o problema da calçada não é só o problema de piso, que o proprietário consiga resolver mesmo que ele queira. Nós temos um mobiliário urbano todo bagunçado nas calçadas, tem calçadas muito mais estreitas do que deveria ser, e não é só um problema para o idoso que pode tropeçar ou que tem que carregar a sacola de supermercado no braço, porque não tem como empurrar um carrinho, a calçada detonada é um problema para todo mundo.

Centro de convivência de idosos é muito bom, o centro de referência também, não é só um espaço de convivência, para ajudar os idosos a conhecer o seu direito, e obter aquilo que é de direito deles, fala muito das crianças que não tem quem cuidado, os idosos tem esse problema, uma pessoa que vive com uma pessoa idosa, tem que sair, e não pode deixar ela sozinha, a gente tem que ter uma política de cuidadores também e os abrigos, precisam ser fiscalizados, e precisam ter mais apoio da Prefeitura, que ficam dependendo de um donativo para continuar fazendo o seu trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: "EU AMO SÃO PAULO" (Assista)

FABIO PANNUNZIO, APRESENTADOR: Soninha Francine, tem um minuto.

SONINHA FRANCINE: Eu amo São Paulo, é o meu lugar no mundo, é onde eu vivo quero viver, São Paulo tem muitas coisas legais, mas por isso mesmo me irritam demais os defeitos de São Paulo, que tambémsão muitos, eu quero fazer alguma coisa para corrigir aquilo que causa sofrimento, o que é injusto, e mal feito, por isso eu fui repórter, apresentadora de televisão, fui voluntária em comunidades carentes, fui vereadora e com muita luta consegui aprovar projetos importantes, o que criou conselho de meio ambiente nas subprefeituas, o que obriga a Prefeitura a comprar material reciclado e a publicar o nome dos servidores na internet.

Fui subprefeita e com muitas dificuldade e muitas restrições, consegui tirar várias coisas dos papéis, ouvi muito os funcionários, ouvi muito as comunidades, pode consultar os lapeanos que eles vão dizer como a gestão foi transparente e participativa.

E agora eu quero mais, eu quero ser prefeita, vou explicar muito melhor as minhas propostas no Soninha.com.br. Meu número é 23, eu conto com vocês, vocês contem comigo.