sábado, 29 de setembro de 2007

Diário de S. Paulo: PPS de cara nova

Duas notas auto-explicativas publicadas na edição de hoje:

Arquivo da Folha: seis meses à espera de Soninha

As notinhas ao lado foram publicadas no Painel da Folha de S. Paulo em 28 de março deste ano. Eram os primeiros sinais do "namoro" do PPS com a vereadora Soninha, então no PT, e também da intenção de mudarmos radicalmente o nosso perfil na Câmara de São Paulo (com dois vereadores que em nenhum momento se mostraram verdadeiramente identificados com o partido, Myryam Athie e Edivaldo Estima). Deu certo.

Alexandre Youssef: cultura e diversidade

O ex-coordenador de Juventude da Prefeitura de São Paulo (gestão Marta Suplicy), Alexandre Youssef, que foi por dois anos chefe de gabinete da vereadora Soninha, também migrou do PT para o PPS.

Aos 32 anos, milita na política desde os tempos de estudante de Direito no Mackenzie, onde fundou o grupo "Paratodos", que revolucionou a forma de se fazer política naquela universidade, criando a avaliação docente.

Atua junto a movimentos sociais e populares, como o hip-hop e o rock alternativo, com forte representação na periferia e na chamada "cultura do lado B".

Conheceu Soninha quando ela apresentava o programa "RG", na TV Cultura. Partiu dele, aliás, a sugestão para que ela concorresse pela primeira vez à Câmara, em 2004. Atualmente dedica-se a projetos culturais como o Overmundo e o Studio SP, dos quais é sócio, e assina uma coluna mensal na revista "Trip".

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Juventude do PPS/SP protesta contra fisiologismo

A Juventude do PPS/SP fez no início da tarde de hoje uma manifestação contra o toma-lá-dá-cá do governo Lula, envolvendo no momento as indicações de peemedebistas para a diretoria da Petrobras (uma chantagem para garantir a prorrogação da CPMF).

Veja abaixo texto do panfleto que foi distribuído na frente da Bolsa de Valores:

QUEREM SE APODERAR DO NOSSO PATRIMÔNIO

QUEREM TOMAR DE ASSALTO A PETROBRAS


Se não bastassem todos os escândalos do governo Lula - mensalão, correios, sanguessugas, dossiê dos aloprados, apagão aéreo, caso Renan etc. - a sociedade agora assiste indignada a esbórnia em que o presidente da República do PT transformou o preenchimento de cargos em estatais, empresas públicas e até ministérios.

O que seria aceitável em um governo de coalizão sério e com critérios, dividindo entre os partidos aliados a responsabilidade de administrar o país, tornou-se uma vergonhosa distribuição do butim a apaniguados, um modus operandi de fazer inveja à Cosa Nostra.

É um crime contra o país, cometido pelo PT e por outros partidos da base de sustentação.

Acorda Brasil! O patrimônio de todos os brasileiros está sendo enxovalhado com a nomeação de desqualificados, seja no preparo técnico, seja na formação moral.

A cidadania tem que reagir contra essa ação mafiosa que se apoderou do governo federal.

Agora é a Petrobras que corre enorme risco em sua gestão. Há pouco tempo vimos o Banco do Brasil ser envolvido indevidamente na lama lulo-petista por conta de dirigentes políticos irresponsáveis que se envolveram com mensalão, valerioduto e outros esquemas criminosos.

O PPS convoca os acionistas da Petrobras e todo o povo brasileiro para impedir a ação impune destes assaltantes dos cofres públicos.

XÔ corruptos e fisiológicos!

Soninha fala sobre a saída do PT e a vinda ao PPS

Os textos a seguir são de Soninha Francine e estão publicados também em seu blog:

Um amigo meu divide o mundo em “flaubertianos” e “balzaquianos”. Os que trabalham o texto esmiuçadamente, testando cada palavra, burilando a sentença até cansar, e os que escrevem de chofre. Chegamos à conclusão que eu sou os dois: na maioria das vezes, escrevo como se estivesse falando. Mas se tenho tempo para fazer algo mais elaborado, acabo rabiscando e reorganizando tudo dezenas de vezes.

Anteontem à noite, fiz à mão, no intervalo do jogo do São Paulo, o esboço da carta de despedida do PT. De uma vez só. No dia seguinte de manhã, comecei a passar para o computador. Entre quatrocentos compromissos, demorei quase o dia todo só para conseguir terminar de digitar. Aí comecei a reler e corrigir. E fiz a bobagem (estou brincando!) de democratizar o texto. Democracia dá um trabalho... Concordei com boa parte dos palpites e fui querendo explicar melhor, reformular, deixar algumas coisas para depois.

Resultado: terminei hoje de manhã. Está publicado logo abaixo deste post (dei a última mexida). Milhões de coisas ficaram para depois; ainda tenho muito que escrever...

***

Na minha ida para o PPS, gostaria de levar um monte de gente comigo, mas uma boa parte da minha turma no PT (digo “minha turma” porque nunca fui de corrente nenhuma, mas sempre há pessoas que são mais próximas, com mais afinidade) vai continuar na briga lá dentro, agora focada no PED (Processo de Eleição Direta da direção do partido). Mas pelo menos um me acompanha: o Alexandre Youssef, que foi Coordenador de Juventude na gestão da Marta, que foi quem disse “você não pensa em se candidatar vereadora?” justamente na hora em que eu estava pensando e deu o impulso que eu precisava, que foi meu chefe de gabinete por dois anos, está indo também. Re-animado para a batalha.

Mensagem de Soninha sobre a mudança de partido

São Paulo, 27 de novembro de 2007.

Mensagem ao Partido

O título me ocorreu espontaneamente; não resisti à tentação de usá-lo... (É o nome da tese que assinei, ou seja, que eu apoiei no Congresso do PT).

Pensei em escrever apenas “venho por meio desta solicitar minha desfiliação do Partido dos Trabalhadores”. Mas seria formal demais, frio demais para uma relação de 26 anos.

Não, eu não tenho a pretensão de me gabar de ter sido uma das fundadoras do PT (eu tinha 14 anos!). Apenas me identifiquei com o partido desde que ele foi fundado, e sempre me considerei petista e militante. Sem aquela participação “orgânica” que para muitos é a única que vale, mas indo muito além do mero voto na eleição. Pegava material para distribuir, participava das campanhas, entrava em discussões e debates, públicos ou familiares. Essa militância não-orgânica que, acredito, ajudou o partido a crescer em reconhecimento e prestígio na sociedade.

Mas agora estou saindo, e se não quero fazer nada muito frio, também não acho que deva ser “quente”, cheio de carga emocional, ódio e ressentimento.

Nos últimos meses foi assim: alguns me aconselhavam, exortavam, imploravam para que saísse do PT, cheios de fúria – uma parte deles dizendo “eu também era petista, e o partido me traiu”; outra parte, “sempre odiei esse partido”. Havia também os que suplicavam para que eu não saísse: “não acredite no que dizem da gente, é tudo mentira!” -- ou, coincidindo com que eu decidi fazer, “fica, vamos brigar aqui dentro”.

Que nenhum outro partido desperte tantas emoções pró e contra é um fenômeno que não vale a pena discutir agora.

Pois bem: sem drama, sem ódio, resolvi sair do PT. Já andava desanimada demais, sem disposição para continuar brigando dentro dele, por ele.

Em qualquer relacionamento temos problemas, crises, conflitos, divergências. Eles não precisam determinar a separação. Mas, se ao fim de algum tempo, houver mais divergências que afinidades, mais distância que proximidade, chega-se a um ponto em que não faz sentido “segurar” a relação.

Não saio do PT por causa dos erros graves cometidos por integrantes do partido; o desafio de toda instituição é identificar, punir e criar mecanismos para evitar desvios, deturpações, ilicitudes. Nenhuma está imune a isso. Saio porque acho que algumas de nossas inclinações, hoje, são muito diferentes. Onde o partido já foi até intransigente, ficou muito concessivo. Onde eu acho que é o caso de negociar, o PT se recusa. Quem conviveu comigo nesse tempo de mandato sabe das nossas divergências -- naturais, inevitáveis, mas talvez predominantes hoje em dia.

Não vou, de um dia para o outro, renegar o que defendi, só porque saí do partido – se eu nunca deixei de criticá-lo quando estava dentro... Não era defensora fanática, não serei detratora do mesmo tipo. Não sou fanática!

Era muito provável que eu saísse do PT para não entrar em partido nenhum. Já tinha decidido que não seria candidata a um novo mandato na Câmara Municipal. Por desistir da política? Não, para me dedicar ao serviço público em outro lugar, sem planos de disputar novo mandato eletivo e sem procurar outra legenda. Sempre disse que partido perfeito não existe; seria bobagem deixar o PT com a esperança de encontrar um lugar sem problemas, desconfortos, atritos.

O PPS mostrou interesse em ter em seus quadros alguém “independente” - o tipo de “problema” que eles querem ter, pelo que entendi. Não se apresentou como o céu, o olimpo, a terra pura, mas uma instituição que quer se qualificar, aperfeiçoar, se tornar sempre mais consistente. E que ofereceu a oportunidade empolgante de disputar no ano que vem a prefeitura de São Paulo; a chance de entabular um debate rico, baseado em visões da cidade, diretrizes, propostas, reconhecendo honestamente boas experiências aqui ou em outros lugares do Brasil e do mundo, estabelecendo um compromisso com algumas metas e não promessas fabulosas.

Continuarei com respeito, admiração e afinidades com muitos petistas... Não torço para que o PT "se dê mal"; enquanto a democracia se basear nesse modelo com partidos (pressinto que em algumas décadas teremos outros modos de organização, mas isso é lucubração para outra hora), ela continuará precisando de bons partidos, para que tenhamos o debate, façamos o bom combate. Espero, agora, que se cumpra a profecia de um colega (do PC do B!): “Vai ser bom pra cidade”.

Atenciosamente,

Soninha Francine

Charge do Jornal da Tarde: Sabrina e Soninha

Soninha e Sabrina: o assunto do momento

Guardadas as devidas proporções e respeitadas as inúmeras diferenças (quem disse que a democracia só se faz com iguais?), tanto a filiação de Soninha Francine (pré-candidata à Prefeitura de São Paulo) quanto a de Sabrina Sato (que declarou a sua intenção de ser vereadora) viraram o assunto do momento.

Notícia em todos os jornais, enquetes no rádio, entrevistas na TV, polêmica na Internet, manchete dos sites de fofocas, bate-boca inflamado nas rodas de amigos... A primeira intenção do PPS já foi atingida: o debate político voltou à tona.

Contra ou a favor, todos têm uma opinião. Ame ou odeie. Mas reaja. Opine. Atue. Solte o verbo. É bíblico: "Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca".

Política não se faz com unanimidade, mas da construção de maiorias e da representação das minorias. Viva o debate político! É sinal de que estamos vivos!

Diário de S. Paulo: Soninha disputará Prefeitura

Folha de S. Paulo: as novas estrelas do PPS

Clique na imagem para ampliar:

Diário de S. Paulo: pegue um, leve dois

Se por um lado ganha a filiação de Soninha, por outro o PPS deve perder Myryam Athie e Edivaldo Estima, os dois nomes de sua atual bancada. Ambos ensaiam deixar o partido há tempos.

(Jornal Diário de São Paulo, coluna Diário Paulista)

Desinformação do DCI: ex-vereadora (??????)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Soninha vai concorrer à Prefeitura de SP pelo PPS

A vereadora Soninha Francine confirmou na tarde desta quinta-feira, 27, a transferência para o PPS e o projeto de se candidatar à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2008.

Ela prepara carta de desfiliação ao PT, que deve ser entregue ainda nesta quinta, e uma nota oficial que publicará em seu site.

O namoro entre o PPS e Soninha começou há duas semanas, quando o presidente da sigla, Roberto Freire, convidou a vereadora para uma reunião. Ele fez um convite formal de filiação e abriu a possibilidade da disputa municipal. "Eu avisei. Se eles foram loucos de me convidar, eu posso ser louca de aceitar", afirmou a apresentadora do canal ESPN-Brasil na quarta-feira.

Apesar de ter sido eleita para a Câmara Municipal pelo PT, Soninha diz ter se desiludido com o partido após as primeiras crises do governo Lula. Mas garantiu que não vai sair "atirando". "Nunca fui fanática defensora, não serei fanática detratora."

Ela avaliou seu momento político como "uma fase Triângulo das Bermudas", por não saber a que bancada se reportar, por exemplo, para retirar um projeto de lei da pauta do dia.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início de agosto, a corrida para prefeito em 2008 é liderada pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), seguido da ministra Marta Suplicy (PT). O prefeito Gilberto Kassab (DEM) aparece tecnicamente empatado com Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB) em terceiro.

"Praticamente não tenho chances", admitiu Soninha na quarta. "Mas a disputa municipal tem importância independentemente de vencer ou não." Segundo ela, nenhuma sondagem eleitoral foi encomendada pelo PPS antes do convite.

Se for eleita, Soninha será a terceira prefeita mulher da história de São Paulo, depois de Luiza Erundina (entre 1989 e 1992) e Marta Suplicy (2001 a 2004).

(Lucas Pretti, do estadao.com.br)

Especulações: a quem interessa Soninha prefeita?

Nem bem se confirmou a filiação de Soninha ao PPS, parte da mídia já começa a especular "a quem interessaria" a sua possível candidatura à Prefeitura de São Paulo. Esperamos que interesse à cidade e à maioria dos paulistanos.

Mas tem gente que enxerga, nesta opção, pólvora suficiente para explodir uma crise interna no PT. Outros aproveitam para jogar mais lenha na fogueira das vaidades do PSDB (como se petistas e tucanos já não tivessem combustível suficiente ou precisassem de uma mãozinha de fora para riscar o fósforo).

O que as pessoas vão entender, neste processo, é que Soninha tem uma visão crítica de seus possíveis adversários em 2008 (tanto Geraldo Alckmin quanto Marta Suplicy), até porque, se não tivesse, ou não sairia do PT ou embarcaria direto no ninho tucano.

Porém, ter visão crítica não significa ser anti-PT ou anti-PSDB. Ao contrário. "O que eu criticava, vou seguir criticando. Mas não tenho problema em reconhecer o que Marta, Serra e Kassab fizeram de bom para a Cidade”, afirma Soninha.

Recapitulando: o PPS aliou-se ao PSDB e ao DEM (então PFL) para eleger Serra prefeito de São Paulo em 2004 (derrotando a petista Marta Suplicy) e governador do Estado em 2006 (sucedendo Alckmin, a quem apoiamos na disputa contra Lula).

Com isso, o PPS integra hoje os governos municipal (gestão Serra/Kassab) e estadual (participou da coligação que elegeu Serra, mas já pertencia à base de sustentação das administrações de Alckmin e, antes, de Mário Covas).

Dentro deste contexto político-partidário é que está inserida a pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo da vereadora Soninha. Uma alternativa para qualificar o debate sobre a cidade, resgatar princípios e ideais que parecem fora de moda na política, construir um programa de governo verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistanos e reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.

Dor-de-cotovelo petista

A Folha de S. Paulo traz duas notas sobre Soninha no Painel, a sua coluna política, de hoje:

Na boa? A vereadora Soninha disse a um dirigente do PT paulistano que ingressará hoje no PPS, partido pelo qual pretende ser candidata a prefeita, sem criticar os ex-correligionários. Petistas, porém, acham que esse acordo de paz não tem como durar.

Tiroteio

"Soninha deixa a oposição aos tucanos para entrar num partido que é linha auxiliar do Serra".

Do vereador João Antonio (foto), secretário-geral do PT paulista, sobre a troca de legenda de sua colega de Câmara Soninha, que vai para o PPS.


Resposta do Blog do PPS/SP: Dizer que o PPS faz parte da base de apoio do governador José Serra não é crítica, mas elogio, ao contrário do que pensa o vereador e secretário-geral do PT/SP, João Antonio (ou do que pensam por ele). Entre ser tachado de "linha auxiliar" do tucano ou de mensaleiros, sanguessugas, renanzistas e até da máfia russa (salve o Corinthians!), preferimos a primeira opção. É compreensível, portanto, a dor-de-cotovelo petista.

Editor do DCI vê simpatia de Serra por Soninha

Para o jornalista Luiz Antonio Magalhães, editor de Política do jornal DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços) e editor-assistente do Observatório da Imprensa, cargos que ocupa desde 2000 - antes, foi redator na Folha de S. Paulo (1994-95), editor e diretor-adjunto do semanário Correio da Cidadania (1995-2000) - a candidatura de Soninha poderia ser um "Plano B" para o governador José Serra. Veja:

Serra já tem plano B para a prefeitura

A se confirmar hoje a ida de Soninha para o PPS, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) poderá ter dois cavalos na eleição para a prefeitura da capital no ano que vem – Gilberto Kassab pelo DEM e Soninha pelo PPS.

Na pior das hipóteses, se Geraldo Alckmin impuser ao governador a sua candidatura, Serra poderá perfeitamente trabalhar nos bastidores apenas por Soninha.

Pode parecer estranho para o eleitorado petista da vereadora, mas a verdade é que há muito tempo ela namora com o governo Serra, apesar de suas negativas.

Do ponto de vista do governador, a candidatura de Soninha serviria também para tirar votos de qualquer dos nomes cotados para a disputa no campo da esquerda. Dividindo o lado de lá, digamos assim, fica mais fácil garantir uma vitória de Kassab apenas com os votos dos paulistanos mais conservadores, até mesmo em uma eleição com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin.

Como se vê, a candidata Soninha pode ter mil e uma utilidades...

Jornal da Tarde: Casa nova e discurso de candidata

Veja reprodução da matéria de hoje do Jornal da Tarde:

Uma das puxadoras de voto do PT na eleição de 2004, a vereadora Soninha dá adeus ao partido hoje. Como o JT antecipou dia 11, ela aceitou convite do PPS e deve disputar a Prefeitura da Capital. Migrando para uma legenda que apóia o PSDB no governo estadual e o fez também no municipal na gestão José Serra, ela antevê polêmica na eleição de 2008.

“O Alckmin não é meu candidato”, afirmou, referindo-se a um cenário de segundo turno com a presença do ex-governador tucano, que tem dado sinais claros de que vai entrar na disputa.

“Eu absolutamente não concordo com o consenso paulistano de que ele (Alckmin) foi um bom governador. A educação e a saúde pioraram. Ele concorreu a presidente se vangloriando de 12 anos de governo e, nesse período, o metrô se expandiu a passo de tartaruga”, afirmou a vereadora.

“Além disso, discordo frontalmente de figuras de ponta do governo dele, como o Chalita (Gabriel, ex-secretário de Educação) e Saulo (de Castro, ex-titular da Segurança Pública)”.

As declarações devem apimentar a disputa interna tucana entre alas de Alckmin e Serra, que defende apoio à reeleição de Gilberto Kassab (DEM).

Soninha diz que sua candidatura “praticamente não tem chances”. “Mas a disputa tem importância independente de vencer ou não.”

Questionada se poderia influir na disputa tucana, ela alega achar pouco provável. “Não acredito que mude a decisão de o Alckmin ser candidato. Não tenho esse peso”.

Ela, porém, afirmou que a troca de partidos não a fará mudar de opinião. “Não era uma fanática defensora do PT nem serei uma ex-petista amargurada se sair. Não pretendo fazer campanha atirando contra o PT. O que eu criticava, vou seguir criticando. Mas não tenho problema em reconhecer o que Marta (Suplicy), Serra e Kassab fizeram de bom para a Cidade”.

Ela diz ainda ter recebido do PPS a garantia de que admite opiniões divergentes.

Ao comentar como será uma eventual campanha contra a ex-prefeita e atual ministra do Turismo Marta Suplicy - que, apesar de negar candidatura, deve ser pressionada a disputar pelo partido -, Soninha diz não haver constrangimento.

“A ‘separação’ já ocorreu. Tive momento difícil com ela em 2006, quando disse que meu candidato ao governo era o Aloizio (Mercadante). Ela ficou pessoalmente chateada. A relação já não era a mesma.”

Bandeira: mobilidade urbana

A vereadora disse que, confirmada sua candidatura, deve eleger a mobilidade urbana como bandeira.

“O modo como as pessoas se deslocam na Cidade influi na renda e qualidade de vida”, diz.

“Fala-se em melhorar o transporte, mas é preciso visão mais abrangente. A questão das bicicletas é séria, além de melhorar a qualidade de vida, pode gerar economia no final do mês.”

Ela alega ainda esperar ataques na campanha. “Nem fechei questão sobre o assunto e já sou criticada. Espero golpes baixos, como me chamarem de maconheira (em 2001, ela foi demitida da TV Cultura após aparecer na capa de uma revista admitindo ter fumado maconha). Mas é inevitável; no próprio PT já sofria ataques, me chamavam de mensaleira.”

Direção do PPS prestigia filiação de Clóvis Araújo

A filiação do delegado Clóvis Araújo foi prestigiada pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire, pelo vice-líder da bancada na Câmara, deputado federal Arnaldo Jardim (foto).

Delegado Titular do Núcleo de Investigações Avançadas do DENARC (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), o Dr. Clóvis Araújo é policial há 25 anos. “Em meio à sucessão de escândalos que envergonham a todos nós, quero fazer uso de toda a minha experiência como delegado para demonstrar que é possível se fazer política com seriedade, ética e compromisso público”.

Também marcaram presença os delegados Antonio Chaves Martins Fontes e Luiz Carlos Carmo, o desembargador Mariano Siqueira Neto, o procurador de Justiça Paulo Álvaro Fontes e o tenente-coronel Olavo Castilho, além do presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes.

“Tenho como referências partidárias o presidente nacional Roberto Freire e do deputado federal Arnaldo Jardim, lideranças que servem de inspiração e que muito me incentivaram a tomar a decisão de ingressar na vida política”, destacou o delegado.

“Continuarei servindo à população, mas agora com a possibilidade de ajudar mais pessoas, elaborando políticas públicas que possam trazer benefícios para todos aqueles que vivem, moram e constroem as riquezas desta metrópole chamada São Paulo”.

O deputado Arnaldo Jardim comemorou a filiação de mais um importante quadro político no PPS paulistano. “Trata-se de uma importante liderança, que conhece muito sobre segurança pública, e que fortalecerá o partido na capital. Acredito que o Dr. Clóvis tem todas as possibilidades de repetir na seara política o sucesso que conquistou na Polícia Civil. Fruto de muito trabalho, ética e compromisso público”.

Juventude do PPS/SP terá jornal próprio

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo, Chiquinho Pereira, e o presidente da JPS (Juventude Popular Socialista)de São Paulo, Eduardo Mennucci, estiveram reunidos para tratar de assuntos deste órgão de cooperação do partido e retomada do "trabalho de base".

“Precisamos utilizar os meios de comunicação para chegar ao jovem e o Jornal da Juventude é um sonho se tornando realidade", diz Eduardo Mennucci. "Ter o Chiquinho como parceiro é uma grande vitória para a JPS."

O Jornal da Juventude contará com a tiragem inicial de 5.000 exemplares. “Nós como partido não podemos esquecer o trabalho de base, principalmente a base sindical, acredito que a JPS tem um amplo campo a preencher com as novas ações a serem desenvolvidas”, afirma Chiquinho Pereira.

O próximo desafio da JPS é o desenvolvimento de um site com recurso de cadastramento on-line de filiados.

“O nosso trabalho é diário , também estive reunido em São Bernardo do Campo com o deputado estadual Alex Manente, que é membro da JPS e exemplo para qualquer jovem, e tem como bandeira a defesa das políticas públicas de juventude", comenta Menucci. "Ele se colocou a disposição para ajudar a JPS no que for preciso; este tipo de comportamento é o diferencial da juventude do PPS."

José Lemes Soares: entusiasmo e idealismo

Filiou-se ao PPS nesta quarta-feira o jovem José Lemes Soares, de 20 anos, cheio de entusiasmo e idealismo. Entre seus projetos atuais está a realização de um documentário em parceria com o filipino Daniel Razon, entrevistando líderes mundiais como Nelson Mandela e percorrendo oito países (quatro desenvolvidos e quatro subdesenvolvidos) para fazer um panorama da juventude no mundo.

De sólida família do interior de São Paulo, filho de empresários do setor de transportes, Lemes Soares entende que é o seu momento de iniciar um trabalho comunitário, social e político.

Diplomado em cursos de Economia, Administração e Ciências Políticas pela Gordonstoun, tradicional escola escocesa por onde passaram, entre outros, os príncipes Charles, Philip e Edward, ele pretende inovar em projetos para a cidade de São Paulo e políticas públicas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Deu no blog do Tutty Vasques:

Corintiano já tem pra quem torcer

Soninha Francine pode ser a primeira mulher que entende de futebol na prefeitura de São Paulo.

Erundina e Marta, como se sabe, passaram pelo cargo sem aprender sequer o que é impedimento.

É grande a torcida para que a jornalista e vereadora aceite o convite do PPS para sair candidata do partido à sucessão de Kassab.

Ela ficou de dar resposta nesta quinta-feira.

Possível filiação de Soninha repercute na mídia

Todos os portais de notícias da Internet publicaram hoje a possível filiação ao PPS e pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo da vereadora Soninha Francine, apresentadora de TV, comentarista esportiva e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Rádios como a CBN, a Globo e a Jovem Pan debateram o assunto com os ouvintes. Soninha comunica à imprensa amanhã a sua decisão.

Veja abaixo matéria da Agência Estado:

Soninha decide nesta 5ª se vai para o PPS e disputa Prefeitura

SÃO PAULO - A um ano das eleições municipais de 2008, a vereadora Soninha Francine sonha em ser a terceira prefeita mulher da história de São Paulo. Mas não pelo PT, o partido que a elegeu vereadora. Reunião marcada para esta quinta-feira, 27, pode confirmar a transferência para o PPS e uma possível candidatura no ano que vem.

"Eu avisei. Se eles foram loucos de me convidar, eu posso ser louca de aceitar", afirmou Soninha. Uma coisa já é certa: a apresentadora do canal ESPN-Brasil decidiu não concorrer novamente a um cargo na Câmara Municipal.

"Vereador gasta muita energia para pouca influência nos resultados, e a Câmara se acostumou a trabalhar de uma forma em que não há disputa de idéias."

O namoro entre o PPS e Soninha começou há duas semanas, quando o presidente da sigla, Roberto Freire, convidou a vereadora para uma reunião. Ele fez um convite formal de filiação e abriu a possibilidade da disputa municipal.

Soninha diz já estar "mais de 50%" decidida a mudar de partido.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início de agosto, a corrida para prefeito em 2008 é liderada pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), seguido da ministra Marta Suplicy (PT). O prefeito Gilberto Kassab (DEM) aparece tecnicamente empatado com Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB) em terceiro.

"Praticamente não tenho chances", admite Soninha. "Mas a disputa municipal tem importância independentemente de vencer ou não."

Segundo ela, nenhuma sondagem eleitoral foi encomendada pelo PPS antes do convite. Se uma eventual candidatura se efetivasse, Soninha poderia ser a terceira mulher no principal cargo executivo paulistano, depois de Luiza Erundina (entre 1989 e 1992) e Marta Suplicy (2001 a 2004).

Em comum com as antecessoras, Soninha diz ter a "visão de mundo" e "preocupação com a felicidade do ser humano" de Erundina, além da "postura corajosa e arriscada" de Marta.

"Mas tenho milhões de divergências com a ministra. Muitas, muitas", enfatiza.

Erundina e Marta foram prefeitas pelo PT. Essa pode ser uma das diferenças de Soninha

Sabrina Sato, do Pânico na TV, anuncia candidatura

A integrante do grupo "Pânico" Sabrina Sato, sucesso da rádio Jovem Pan e da Rede TV!, anunciou hoje ao vivo, durante o programa de rádio, que aceitará o convite do PPS para ser candidata a vereadora de São Paulo.

Famosos pela irreverência, os humoristas saudaram a iniciativa. Com forte apelo popular e inserção no segmento da juventude, a turma do Pânico entende que pode retribuir de forma séria a grande aceitação e identificação do público.

Neste momento em que a política e os políticos estão desacreditados, a participação de Sabrina Sato servirá para atrair a atenção de jovens até então alienados para a discussão de temas importantes para a cidade.

Clique na foto para ampliar a matéria de hoje do Jornal da Tarde.

Folha trata da possível filiação de Soninha

"Soninha deve sair do PT e disputar prefeitura pelo PPS", é o título da matéria de Catia Seabra, na Folha de S. Paulo de hoje. Leia:

Decidida a não concorrer à reeleição, a vereadora Soninha Francine deverá deixar o PT para disputar a prefeitura de São Paulo pelo PPS. Após uma rodada de reuniões com o comando do PPS, Soninha dará sua resposta amanhã ao presidente nacional do partido, Roberto Freire, mas não esconde o entusiasmo com a idéia. Para ela, é uma "hipótese fascinante".

"Se for uma hipótese para eles, acho sensacional. É um pouco maluco, extravagante. Mas é o tipo de coisa capaz de me animar", afirmou ela, comparando a possibilidade ao sonho de dirigir um filme.

"Passei a vida colecionando idéias de roteiro. Passei vários anos, especialmente os últimos, pensando o que eu faria se fosse prefeita."

Semana passada, Soninha avisou ao PPS que não quer concorrer à Câmara Municipal. Daí a proposta de disputar a prefeitura.

"Ela está na ante-sala da filiação", disse Freire.

Para integrantes do PPS, a candidatura de Soninha pode debilitar a do PT. Amiga do governador José Serra, ela se diz "desiludida" com o PT, "no sentido exato de não ter muita ilusão".

Ciro Gomes: boca no trombone ou na botija?

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) só pensa "naquilo". Ávido pela Presidência da República, está em constante e interminável campanha. Presidenciável desde 1998 (com uma pausa estratégica em 2006), essa é a sua verdadeira obsessão.

A edição atual da revista Carta Capital traz matéria e entrevista com Ciro Gomes, que sonha com a benção lulista para ser o candidato governista à sucessão presidencial. Ciro, como de costume, solta o verbo.

“A imprensa brasileira, atualmente, é um desastre. A mídia faz a novelização escandalosa da política, mas é uma imprensa nepotista, com os grandes grupos nas mãos de seis famílias, apesar do esforço de guerra para parecer isenta. Mas, ainda assim, é melhor tê-la, mesmo com todos os defeitos”, enfatiza.

Apontado pelo entrevistador como dono de uma relação conflituosa com a imprensa, Ciro diz estar mais tranqüilo: “Eu sou muito franco, e isso nem sempre é compreendido. Não tenho assessor de imprensa por não achar necessário. O que eu tinha, usava para me proteger da imprensa, mas eu estava era atrapalhando a carreira dele”.

Ao longo da entrevista, Ciro elogia o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG) e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), considera a hipótese de acabar com o Senado um absurdo, fala das origens e perfis comuns entre PT e PSDB, “mas vivem em conflito”. E ganha bastante espaço para criticar Fernando Henrique Cardoso, “o presidente que mais mal fez ao Brasil em todos os tempos”.

São esses os passatempos preferidos de Ciro, não necessariamente nesta ordem: sonhar com o brinquedinho que pode herdar do amiguinho Lula, soltar frases de efeito (com a sutileza de um elefante em loja de cristais) e destilar seu ódio contra o segmento paulista do PSDB (FHC e Serra, principalmente).

Ciro e o típico comportamento de biruta

A julgar pelo comportamento de biruta (não de hospício, mas de aeroporto, que muda com a direção do vento), pode se supor o que seria um governo de Ciro Gomes, lastreado por Roberto Jefferson, Paulinho da Força Sindical, César Maia, Mangabeira Unger et caterva.

Uma coisa é certa: ele iria protagonizar momentos impagáveis. Como em 2002. Perguntado sobre a importância da atriz Patrícia Pillar na campanha, Ciro respondeu: "Minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental."

Não foi só isso. No primeiro debate entre os presidenciáveis, na TV Bandeirantes, Ciro mentiu ao dizer: "Eu estudei na escola pública todos os anos da minha vida". A imprensa descobriu que ele cursou o ensino médio numa tradicional escola particular de Sobral, no interior do Ceará.

Mas, afinal, quais eram as propostas do presidenciável Ciro Gomes? O que levou o PPS a tê-lo duas vezes como candidato, em 1998 e 2002?

Vejamos, por exemplo, o que ele dizia de programas como o Bolsa-Escola (principal carro-chefe para a reeleição de Lula, readaptado e ampliado para o Bolsa-Família):

"O que dá inserção social é escola pública emancipadora. Não é bolsa isso, bolsa aquilo. Isto tudo é para enganar as pessoas. Claro que a gente até compreende que para certos estratos da população agudamente pobres, às vezes, aquilo pode ser a diferença entre ter comida e não ter comida na mesa. Isso é uma política social compensatória que é do neoliberalismo", afirmava Ciro em entrevista reproduzida em seu site oficial de campanha.

O programa de governo do candidato pregava que "não basta regular a economia, nem compensar suas desigualdades com políticas compensatórias, como renda-mínima e bolsa-escola, financiadas com as pequenas sobras de um Estado empobrecido".

E prosseguia: "O novo motor do desenvolvimento brasileiro - um desenvolvimento que beneficie dezenas de milhões de brasileiros, não apenas pequeno número de graúdos e apaniguados - será a descentralização do acesso aos recursos e às oportunidades da produção, a começar pelo crédito, o conhecimento e a tecnologia, em favor de uma multidão de empreendedores emergentes e potenciais".

A página de Ciro reproduzia ainda artigo do guru Mangabeira Unger, no qual o professor de Harvard tentava desqualificar o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, criticando justamente as políticas compensatórias.

"À rejeição do candidato (Lula) acrescenta-se a banalização de seu projeto, norteado por políticas sociais compensatórias (Bolsa-Escola, Renda Mínima) que o governo (de FHC) não teve dificuldade em adotar como suas", pregava Mangabeira, cinco anos antes de se tornar ministro lulista.

Depois reclamam que o povo não acredita na palavra dos políticos.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

PPS inova em comunicação e transparência

O PPS inova ao transmitir pela primeira vez ao vivo, via internet, com possibilidade de interação via chat de qualquer internauta, uma reunião de trabalho da sua Comissão Executiva Nacional. A transmissão teve início às 10h da manhã de hoje - e, em conjunto com outros mecanismos (sites nacional, estaduais, municipais, blogs, Orkut, Youtube etc.), torna mais transparente todas as ações partidárias. Veja mais detalhes no site nacional.

Novo factóide no Rio: R$ 4.560 para aluno aprovado

Que o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (DEM), adora ser notícia com seus factóides, todo mundo já sabe.

Faz acordo de paz com Garotinho, exige guarda civil com um mínimo de 20 dentes na boca, firma convênio oficial com o Cacique Cobra Coral para não chover durante o Pan, plagia livro milenar chinês para justificar sua administração...

O que mais poderia vir da mente fértil de César Maia?

Pois não é que veio mais uma bomba? "Rio pagará até R$ 4.560 a aluno que se formar com nota boa", é a manchete dos principais jornais do dia.

Alunos de escolas municipais cariocas ganharão um incentivo polêmico para permanecer em sala de aula. Decreto municipal, em vigor a partir desta segunda-feira (24), determina o pagamento de dois a doze salários-mínimos (R$ 380 a R$ 4.560) para estudantes aprovados nos três últimos anos do ensino fundamental (as antigas 6ª, 7ª e 8ª séries) com conceito global “MB” (muito bom).

Para cada ano aprovado com conceito global “MB”, o aluno tem direito a dois salários mínimos. Se o conceito for alcançado em todas as disciplinas do período escolar, o bônus é dobrado. Estudantes graduados com bônus máximo (“MB” em todas as disciplinas nos três anos) ganham um diploma de “Mérito-Máximo-Escolar”, além dos 12 salários-mínimos.

O dinheiro só será recebido se os beneficiados concluírem o ensino fundamental nas escolas municipais. Caso o conceito global “MB” não seja alcançado no último ano, o aluno terá o bônus acumulado reduzido à metade.

Os benefícios prometidos pela Prefeitura se estendem após a conclusão do ensino fundamental. Alunos com “Mérito-Escolar” serão acompanhados pelos órgãos municipais até os 18 anos, e quando estiverem no curso superior ou profissional, terão preferência em estágios na Prefeitura, ainda segundo o decreto municipal.

As novidades não foram bem recebidas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Em nota, o Sepe diz que “o prefeito está tentando, na verdade, impor a ferro e fogo a aprovação automática, comprando a consciência da comunidade escolar com a bonificação”.

É, sem dúvida, um método revolucionário de ensino: fazer o aluno passar de ano em troca de dinheiro.

Faz sentido. Num país que premia com bolsa-esmola quem vive na miséria, transformar os jovens estudantes em mercenários parece bastante coerente. Qualidade de ensino? Reforma curricular? Infra-estrutura adequada? Salários decentes para os professores? Integração da família? Que nada! Chega de atravessadores, vamos logo cuidar do produto final!

Enfim, a escola ensinará pragmaticamente aos alunos que o valor do dinheiro é o que prevalece na sociedade moderna. Educadores-patrões controlando estudantes-operários, num método tirano e opressor. E assim caminha a humanidade.

Para César Maia ouvir e refletir

É inevitável que venha à lembrança o vídeo do Pink Floyd ("Another Brick In The Wall"). Assista.

"Nós não precisamos de educação / Nós não precisamos de controle de pensamento / Sem sarcasmo sombrio na sala de aula / Professores deixem as crianças em paz / Hey professores! Deixem as crianças em paz!"

Histórias de pescador: caiu na rede, é peixe

Os dicionários nos ensinam que "degringolar" significa cair com precipitação, tombar, rolar, arruinar-se ou permanecer em situação de ruína, de decadência, desandar, decair.

Estaria o governo Lula degringolando? Ou "degregolando". Desculpe, o trocadilho é fraco, eu sei. Mais fraco ainda, porém, é o ministro Altemir Gregolin (quem?), da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca. O "ministro do peixe", que caiu na rede ontem à noite. Rede nacional de TV, para ser mais exato. Inacreditável.

Como bem disse o jornalista Ricardo Noblat: "Banalizaram as falas oficiais em cadeia nacional de televisão". Lamentável. Degringolou de vez, com o Gregolin.

Mas, então, qual seria o grande motivo para justificar uma convocação extraordinária em rede nacional de televisão? Resposta: a Semana do Peixe. Como? Isso: coma! Coma peixe! O ministro do peixe entrou em cadeia (cadeia? ops!) para dizer o que o governo do molusco vem fazendo pelos nossos peixes e pescadores. E convidou os brasileiros a comerem mais peixes. Só. Deplorável. Ridículo. Risível.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A Grande Família: versão paulistana em 2008

No último episódio da série global "A Grande Família", o malandro carioca Agostinho Carrara (Pedro Cardoso) aprontou mais uma daquelas, convidando em "segredo", ao mesmo tempo, todos os amigos para serem futuros padrinhos de sua filha e, assim, faturar algum desde já.

As eleições paulistanas parecem ter importado o modus operandi de Agostinho Carrara. Noticia-se que o prefeiturável favorito, o tucano Geraldo Alckmin, já convidou para "padrinhos" (ou, no caso, apadrinhou como possíveis candidatos a vice) uma série infindável de políticos, sem nenhum critério muito objetivo.

Alguém do PMDB de Quércia (Alda Marco Antonio, talvez); um dos três pré-candidatos do "bloquinho" PSB, PDT e PCdoB (Erundina, Paulinho da Força ou Aldo Rebelo, tanto faz); o "dono" do PTB paulista (Campos Machado); um nome tucano para apresentar chapa pura do PSDB (Walter Feldman e Andrea Matarazzo são sempre citados); um nome do DEM para manter a aliança (Guilherme Afif Domingos ou o próprio Gilberto Kassab são as opções); ou até do PPS (com a filiação de Lars Grael, é uma hipótese plausível).

Mas assim como na série da TV, é certo que nessa "grande família" eleitoral tudo acabe em uma grande confusão. Tem gente demais sonhando com o convite, mas na hora de definir a quem caberá a honra de tão nobre papel, voará pena de tucano para todo lado.

Por falar em Nobre, com a licença de Dudu, vai ter gente cantarolando: "Esta família é muito unida, e também muito ouriçada,/ Brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão./ Pirraça pai, pirraça mãe, pirraça filha / Eu também sou da família, também quero pirraçar,/ Catuca pai, catuca mãe, catuca filha,/ Eu também sou da família, também quero catucar."

Mais música, frases soltas e política de rabo preso

"Nas favelas, no Senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação". Reveja aqui a Legião Urbana cantando "Que país é este?".

"Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou / São trezentos picaretas com anel de doutor / Eles ficaram ofendidos com a afirmação / Que reflete na verdade o sentimento da nação / É lobby, é conchavo, é propina e jeton / Variações do mesmo tema sem sair do tom / Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei / Uma cidade que fabrica sua própria lei". Agora é a vez de relembrar dos Paralamas do Sucesso cantando "Luís Inácio (300 picaretas)".

"Até quando voce vai ficar usando rédea / Rindo da própria tragédia? / Até quando voce vai ficar usando rédea / Pobre, rico ou classe média? / Até quando voce vai levar cascudo mudo? / Muda, muda essa postura / Até quando voce vai ficando mudo? / Muda que o medo é um modo de fazer censura". Essa aqui é do Gabriel, o Pensador: "Até quando?".

"Sou classe média / Papagaio de todo telejornal / Eu acredito / Na imparcialidade da revista semanal". Essa também é muito boa. Ouça.

Pra terminar, um pensamento do inigualável Barão de Itararé: "O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato".

Se resistiu até aqui, relembre o caso do mensalão.

domingo, 23 de setembro de 2007

O trânsito de São Paulo tem jeito?

Até no Dia Mundial Sem Carro, em pleno sábado, São Paulo parou nos congestionamentos. Com o forte calor, o alto nível de ozônio deixou duas regiões em estado de atenção: Ibirapuera e USP.

O trânsito na região da rua 25 de Março estava complicado. Vias principais como a Consolação e a marginal Tietê também ficaram intransitáveis. À tarde, a rua Oscar Freire e a avenida Doutor Arnaldo enfrentaram congestionamentos.

O problema se repetiu nas avenidas Rebouças e Pacaembu, na zona oeste, e Rubem Berta, na zona sul. Nas vias Amaral Gurgel e São João, no centro, o trânsito assustou as pessoas. Com o Minhocão fechado, eram a única alternativa para quem foi surpreendido (geralmente o Elevado Costa e Silva fecha apenas à noite, a partir das 21h30, e aos domingos).

O Dia Sem Carro, definitivamente, não pegou.

É uma pena, porque o importante não é o simples ato de deixar o carro em casa, mas discutir o transporte alternativo e medidas de combate ao trânsito caótico e à poluição.

Em São Paulo, por exeplo, já está provado que a maioria da população não colabora voluntariamente. Medidas como a restrição do tráfego de caminhões em determinados horários deverão ser obrigatórias para reverter a situação calamitosa.

Mais metáforas de futebol: o São Caetano vem aí...

Falar de política por meio de metáforas futebolísticas não é nossa prática, mas com a licença presumida do presidente Lula, vamos usar do mesmo expediente.

Só um pouquinho, porque nos parece o meio mais adequado para retratar com fidelidade (mas sem expor demais a tática e a escalação do time, antes do jogo) como o PPS pode entrar em campo nas eleições municipais de 2008.

"Podemos disputar a prefeitura meio como o São Caetano na Copa João Havelange. Quer dizer, jogar bonito, sem dar bola para o fato de o jogo ser em casa ou na casa do adversário, sem dar botinada, com uma equipe modesta mas de qualidade, reunindo veteranos e revelações, atraindo torcedores até então desiludidos com seus próprios times e o futebol de modo geral, com chance praticamente nula de ganhar o campeonato mas podendo tirar pontos dos grandes e, quem sabe, melhorar a qualidade do espetáculo."

Para quem não lembra ou não está familiarizado com o assunto, a Copa João Havelange foi o nome adotado para a edição de 2000 do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Impossibilitada pela Justiça de organizar o campeonato, a CBF passou a responsabilidade ao Clube dos 13. Mas, como este não pôde aplicar os critérios de acesso e descenso do ano anterior, acabou gerando o maior Campeonato Brasileiro de todos os tempos, reunindo 116 clubes de três divisões em um único torneio, porém dividido em quatro módulos na sua primeira fase.

O campeão foi o Vasco, time controlado pelo cartola Eurico Miranda, que conseguiu o seu quarto título nacional, repetindo os feitos de 1974, 1989 e 1997.

O vice-campeão, surpreendentemente, foi o São Caetano, o "Azulão", que tinha sido fundado havia pouco mais de 10 anos e que começou a disputa no Módulo Amarelo (correspondente à Série B), mas que chegou à final eliminando equipes tradicionais como Fluminense, Palmeiras e Grêmio.

Essa metáfora não é minha. É, digamos, do próprio "São Caetano". No que depender da torcida de quem admira um bom futebol, só falta entrar em campo, dar muita pedalada e marcar o gol. O jogo decisivo acontece neste domingo. Depois comentamos mais.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Se vira nos 30: o que é o PPS em meio minuto

Clique aqui para ver uma inserção de 30 segundos do PPS na TV.

Medalhista olímpico Lars Grael é novo filiado do PPS

O velejador e ex-secretário de Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo (2003-2006) Lars Grael é o mais novo filiado do partido (na foto entre os presidentes do PPS nacional Roberto Freire, estadual Davi Zaia e municipal Carlos Fernandes).

Paulistano de 43 anos, casado com Renata Pellicano Grael, tem três filhos: Trine, Nicholas e Sofia. Foi idealizador e fundador do Projeto Grael, hoje Instituto Rumo Náutico, no Rio, que daria origem ao Projeto Navegar, no âmbito federal, e ao Navega São Paulo, na administração paulista, atendendo mais de 40 mil jovens.

"Estou me filiando por absoluta afinidade ideológica e pela postura do PPS de ter o esporte entre as suas prioridades de políticas públicas", afirmou Lars Grael. "Vamos promover uma cruzada nacional para que outros esportistas possam reforçar estas propostas."

Entre os nomes mencionados por Lars Grael para integrarem um grupo de formulação de políticas públicas do esporte estão ídolos como a cestinha Magic Paula (basquete), o ex-nadador Gustavo Borges, o ex-goleiro do Corinthians Ronaldo, a ex-nadadora e vereadora do Rio de Janeiro Patricia Amorim e a comentarista, colunista esportiva e vereadora paulistana Soninha Francine.

Reveja aqui a entrevista exclusiva concedida por Lars Grael ao Blog do PPS/SP em junho deste ano, ressaltando as suas afinidades com o partido, e aqui o primeiro contato que promovemos entre ele e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, em maio.

Rosana Chiavassa: luta em defesa do consumidor

Está se filiando ao PPS a advogada Rosana Chiavassa, primeira mulher candidata à presidência da OAB/SP (em 2003, após 70 anos de existência da Ordem dos Advogados do Brasil), formada pela Universidade de São Paulo (turma de 1984), uma das fundadoras da OAB/Mulher e ex-conselheira federal da Ordem.

Rosana Chiavassa é especialista na defesa do consumidor, principalmente em ações contra planos de saúde. Pré-candidata a vereadora em 2008, pode ocupar este espaço de valorização dos direitos dos cidadãos (e cidadãs, com ênfase à mulher) no Legislativo paulistano.

Em 1993, conseguiu, junto com a advogada Vilma Pastro, a primeira liminar no Brasil que obrigou um plano de saúde a atender um portador do vírus HIV. Obteve ainda uma das primeiras sentenças judiciais concedendo também indenização por danos morais a um consumidor que teve atendimento médico-hospitalar recusado por seu plano de saúde, quando, até então, somente os custos do tratamento (danos materiais) eram reconhecidos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sábado, 22 de setembro: Dia Mundial sem Carro

Sábado, 22 de setembro, marca a chegada da Primavera, o Dia do Rio Tietê e o Dia Mundial Sem Carro. Implantado pela primeira vez na França, em 1997, é realizado em São Paulo desde 2005, sob a coordenação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Neste ano, ganha o apoio das 350 entidades que integram o Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade. Para os organizadores, é um marco na busca por uma cidade mais justa, mais humana, mais saudável, mais democrática. E sustentável.

O objetivo é ampliar o debate e a participação da população sobre novas perspectivas para São Paulo, lembrando que somos todos pedestres e cidadãos com direito à mobilidade. A estratégia faz parte de um dos quatro eixos temáticos do Movimento, que é a Educação Cidadã.

Um automóvel para cada dois habitantes. Esse é o número assombroso de carros que circulam (ou melhor, que ficam presos nos congestionamentos) em São Paulo. Os cinco milhões de veículos colocam a cidade no posto de segunda maior frota do mundo - a primeira é atribuída à capital japonesa, Tóquio.

Mas, se por muito tempo os números da indústria automobilística foram comemorados como sinônimos de desenvolvimento local e progresso, hoje é consenso de que vivemos em um sistema caótico de transporte e convivência no espaço público da cidade.

Também chama a atenção outro dado preocupante: 40% da poluição do ar é produzida pelos transportes. O que leva o paulistano a perder até um ano e meio de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Isso sem falar nos acidentes de trânsito, considerados a principal causa de morte não-natural no País. Somente em 2006, segundo a CET, 1.487 pessoas morreram nas ruas da cidade. E a situação piora vertiginosamente, já que, a cada dia, cerca de 500 novos veículos entram em circulação.

Virada Esportiva também acontece neste sábado

Inspirada no conceito da Virada Cultural, a cidade de São Paulo realiza o mais ousado evento esportivo de sua história. A idéia surgiu no ano passado, durante a gestão de Heraldo Corrêa (PPS) à frente da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. Serão mais de 400 eventos esportivos em 230 locais diferentes, a partir das 14h de sábado, dia 22 de setembro, por 24 horas ininterruptas. Veja mais.

Neto de Salomão Malina se filia ao PPS/SP

O advogado e estudante de jornalismo Mario Malina se filiou nesta quarta-feira ao PPS e deve ser candidato a vereador em São Paulo. Ele é neto de Salomão Malina, o último secretário-geral do PCB e presidente de honra do PPS até a sua morte, em 2002.

Descendente de imigrantes poloneses que vieram para o Brasil no início do século passado, Salomão Malina entrou para o PCB no início dos anos 40, disposto a lutar contra o fascismo. Por causa da militância comunista, passou dois anos e meio na cadeia e 35 na clandestinidade.

Malina teve oito filhos: Léo, Mateus, Maurício, Luiz Carlos, Jaques e André, do primeiro casamento; e Pedro e Léa, do segundo. Deixou 16 netos, entre eles Mario Malina - que morou por 13 anos no Rio Grande do Sul e trabalhou com outro comunista histórico, o jornalista e ex-preso político João Aveline.

"Grande parte da minha infância e adolescência passei ao lado do meu avô, seguindo seus passos, indo a almoços de confraternização, congressos do partido, passeatas, carreatas, sendo cumprimentado e respeitado por todos", escreveu Mario Malina no livro "O Último Secretário - A luta de Salomão Malina". "Confesso que tenho saudade e me emociono quando lembro dessa época."

Novas filiações

A universitária e produtora de eventos Janaína Fernandes Costa, aluna de Direito da Uninove e atuante no movimento acadêmico, é outra potencial candidata a vereadora que se filiou ontem ao PPS. Recém-integrada à Juventude do partido, terá a sua primeira experiência eleitoral em 2008.

Outro novo filiado e possível candidato nas próximas eleições é Antonio Aparecido Cardoso, o Toninho da Cooperativa. Responsável pela Unitransp - Cooperativa União Intermodal de Transportadores Autônomos de São Paulo, tem atuação destacada no cooperativismo e no transporte da zona sul da cidade.

O PPS/SP segue promovendo a filiação de potenciais candidatos, de acordo com a legislação eleitoral, já que o prazo para novos filiados que pretendam disputar as eleições de 2008 se encerra no próximo dia 5 de outubro (um ano antes do pleito municipal).

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Precisava o PT para afundar também o Corinthians?

Receita para afundar o Corinthians: junte uma direção corrupta e incompetente, adicione dinheiro da máfia russa e receba uma mãozinha do PT. Pronto. A foto acima é reveladora: o empresário falido Renato Duprat, o ditador-vitalício Alberto Dualib, o corinthiano Luiz Inácio e o deputado petista Vicente Cândido, flagrado em escuta telefônica resolvendo pendências do clube com a Receita Federal e lobista da entrada no Brasil do magnata russo Boris Berezovski, acusado de uma série de crimes como lavagem de dinheiro, financiamento de guerrilhas, fraude e até assassinato.

"O Boris vai entrar no Brasil na mesma condição que hoje vive na Inglaterra. Ele é um exilado político. O governo entendeu que é importante ter uma pessoa como ele aqui, já que o Boris quer investir, inclusive onde existe um estrangulamento econômico, como o setor aéreo", afirmava Cândido, candidamente, torcedor corintiano e conselheiro do clube pelas mãos de Dualib.

Nós, que somos do tempo em que estrelas no Corinthians eram só os craques, dispensamos esta mãozinha do PT. Política não se faz dentro do clube. Lá é lugar de futebol. Não precisamos de Lulas e Renans no Corinthians. Triste fim para o berço da "Democracia Corinthiana", movimento espetacular que conquistou o bi-campeonato paulista de 1982-83 para o Corinthians e contribuiu para discutir a abertura política do país na época das Diretas-Já.

O ex-goleiro e eterno ídolo Ronaldo Soares Giovanelli, este sim uma estrela legítima do Corinthians, recém-filiado ao PPS, é outro que segue indignado com a situação deixada pela gestão Dualib.

Ele defende, como todo corinthiano de coração (e de cara limpa) o afastamento de toda a diretoria responsável pelo agravamento da crise corinthiana. Trocamos as páginas esportivas pelas policiais. É uma vergonha! (diria o outro Boris, não o russo)

Desde o início Ronaldo se opôs à parceria com o fundo de investimentos MSI, a sigla de fachada para lavar no Corinthians o dinheiro da máfia russa. Vozes como a de Ronaldo e a do jornalista (corinthiano assumido) Juca Kfouri não foram ouvidas. Valia tudo pelo dinheiro. O PT entrou de cabeça no negócio. Deu no que deu.

Espaaaaaalmaaaaaaaaaaaa Ronaldooooooooooooo

Depois da estrela, o eleitor escolhe novo símbolo

Repercutiram bem as novas inserções publicitárias do PPS na TV, que foram ao ar ontem e serão repetidas amanhã (dia 20), na terça-feira (dia 25) e no próximo dia 2 de outubro.

Retrata a situação de boa parte do eleitorado, que um dia acreditou naquele partido que tem uma estrela como símbolo e hoje, após sucessivos escândalos que comprovam a corrupção e a ineficiência do governo, entende que só resta um objeto para simbolizar a sua descrença e indignação: o nariz de palhaço.

As inserções do PPS trazem ainda o presidente Roberto Freire, o secretário-geral Rubens Bueno, o deputado Raul Jungmann e a juíza Denise Frossard, que foi candidada a governadora do Rio nas últimas eleições, sob o tema “Oposição diferente, partido decente”.

A necessária regulamentação dos bingos

Enquanto o deputado federal Claudio Magrão (PPS-SP) defendia, em Brasília, a regulamentação dos bingos como forma de combater a corrupção e manter os mais de 300 mil empregos diretos e indiretos gerados pelas casas de jogos em todo o país, aqui em São Paulo o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, recebia Bilu Vilella, suplente de vereadora e presidente do Sindicato das Empresas de Bingo do Estado.

Já está mais do que na hora de resolver este impasse e acabar com a hipocrisia. É a política do avestruz: o governo coloca a cabeça dentro do buraco (se já não estiver de corpo inteiro lá) e finge que não é com ele o problema. Tudo em função dos escândalos do PT com os bicheiros no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, e depois com o episódio de Waldomiro Diniz.

Aí vale o falacioso argumento de que os jogos de azar são proibidos no Brasil, o que justificaria o fechamento dos bingos. Claro, claro, de fato o jogo é proibido desde o governo Dutra (1946).

Uma senhorinha da terceira idade não pode passar a tarde no bingo, mas pode acreditar que ficará milionária na Mega-Sena (com propaganda estatal).

Obviamente, é necessário rigor na fiscalização, principalmente para que o crime organizado não se apodere das casas de bingo. Mas será que a proibição pura e simples dos bingos cumpre esse papel? Ora, o jogo do bicho também é ilegal, mas está aí em cada esquina.

"Mas o bingo vicia", dizem os mais puritanos. Ah! Claro! A "indústria" do jogo é prejudicial. Não representa nada para o país em termos de turismo, geração de emprego e renda. Benéficas mesmo são as indústrias do tabaco, do álcool... Ora, ora.