Nem bem se confirmou a filiação de Soninha ao PPS, parte da mídia já começa a especular "a quem interessaria" a sua possível candidatura à Prefeitura de São Paulo. Esperamos que interesse à cidade e à maioria dos paulistanos.
Mas tem gente que enxerga, nesta opção, pólvora suficiente para explodir uma crise interna no PT. Outros aproveitam para jogar mais lenha na fogueira das vaidades do PSDB (como se petistas e tucanos já não tivessem combustível suficiente ou precisassem de uma mãozinha de fora para riscar o fósforo).
O que as pessoas vão entender, neste processo, é que Soninha tem uma visão crítica de seus possíveis adversários em 2008 (tanto Geraldo Alckmin quanto Marta Suplicy), até porque, se não tivesse, ou não sairia do PT ou embarcaria direto no ninho tucano.
Porém, ter visão crítica não significa ser anti-PT ou anti-PSDB. Ao contrário. "O que eu criticava, vou seguir criticando. Mas não tenho problema em reconhecer o que Marta, Serra e Kassab fizeram de bom para a Cidade”, afirma Soninha.
Recapitulando: o PPS aliou-se ao PSDB e ao DEM (então PFL) para eleger Serra prefeito de São Paulo em 2004 (derrotando a petista Marta Suplicy) e governador do Estado em 2006 (sucedendo Alckmin, a quem apoiamos na disputa contra Lula).
Com isso, o PPS integra hoje os governos municipal (gestão Serra/Kassab) e estadual (participou da coligação que elegeu Serra, mas já pertencia à base de sustentação das administrações de Alckmin e, antes, de Mário Covas).
Dentro deste contexto político-partidário é que está inserida a pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo da vereadora Soninha. Uma alternativa para qualificar o debate sobre a cidade, resgatar princípios e ideais que parecem fora de moda na política, construir um programa de governo verdadeiramente identificado com os cidadãos paulistanos e reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.