No último episódio da série global "A Grande Família", o malandro carioca Agostinho Carrara (Pedro Cardoso) aprontou mais uma daquelas, convidando em "segredo", ao mesmo tempo, todos os amigos para serem futuros padrinhos de sua filha e, assim, faturar algum desde já.
As eleições paulistanas parecem ter importado o modus operandi de Agostinho Carrara. Noticia-se que o prefeiturável favorito, o tucano Geraldo Alckmin, já convidou para "padrinhos" (ou, no caso, apadrinhou como possíveis candidatos a vice) uma série infindável de políticos, sem nenhum critério muito objetivo.
Alguém do PMDB de Quércia (Alda Marco Antonio, talvez); um dos três pré-candidatos do "bloquinho" PSB, PDT e PCdoB (Erundina, Paulinho da Força ou Aldo Rebelo, tanto faz); o "dono" do PTB paulista (Campos Machado); um nome tucano para apresentar chapa pura do PSDB (Walter Feldman e Andrea Matarazzo são sempre citados); um nome do DEM para manter a aliança (Guilherme Afif Domingos ou o próprio Gilberto Kassab são as opções); ou até do PPS (com a filiação de Lars Grael, é uma hipótese plausível).
Mas assim como na série da TV, é certo que nessa "grande família" eleitoral tudo acabe em uma grande confusão. Tem gente demais sonhando com o convite, mas na hora de definir a quem caberá a honra de tão nobre papel, voará pena de tucano para todo lado.
Por falar em Nobre, com a licença de Dudu, vai ter gente cantarolando: "Esta família é muito unida, e também muito ouriçada,/ Brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão./ Pirraça pai, pirraça mãe, pirraça filha / Eu também sou da família, também quero pirraçar,/ Catuca pai, catuca mãe, catuca filha,/ Eu também sou da família, também quero catucar."