Todos os portais de notícias da Internet publicaram hoje a possível filiação ao PPS e pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo da vereadora Soninha Francine, apresentadora de TV, comentarista esportiva e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Rádios como a CBN, a Globo e a Jovem Pan debateram o assunto com os ouvintes. Soninha comunica à imprensa amanhã a sua decisão.
Veja abaixo matéria da Agência Estado:
Soninha decide nesta 5ª se vai para o PPS e disputa Prefeitura
SÃO PAULO - A um ano das eleições municipais de 2008, a vereadora Soninha Francine sonha em ser a terceira prefeita mulher da história de São Paulo. Mas não pelo PT, o partido que a elegeu vereadora. Reunião marcada para esta quinta-feira, 27, pode confirmar a transferência para o PPS e uma possível candidatura no ano que vem.
"Eu avisei. Se eles foram loucos de me convidar, eu posso ser louca de aceitar", afirmou Soninha. Uma coisa já é certa: a apresentadora do canal ESPN-Brasil decidiu não concorrer novamente a um cargo na Câmara Municipal.
"Vereador gasta muita energia para pouca influência nos resultados, e a Câmara se acostumou a trabalhar de uma forma em que não há disputa de idéias."
O namoro entre o PPS e Soninha começou há duas semanas, quando o presidente da sigla, Roberto Freire, convidou a vereadora para uma reunião. Ele fez um convite formal de filiação e abriu a possibilidade da disputa municipal.
Soninha diz já estar "mais de 50%" decidida a mudar de partido.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início de agosto, a corrida para prefeito em 2008 é liderada pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), seguido da ministra Marta Suplicy (PT). O prefeito Gilberto Kassab (DEM) aparece tecnicamente empatado com Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB) em terceiro.
"Praticamente não tenho chances", admite Soninha. "Mas a disputa municipal tem importância independentemente de vencer ou não."
Segundo ela, nenhuma sondagem eleitoral foi encomendada pelo PPS antes do convite. Se uma eventual candidatura se efetivasse, Soninha poderia ser a terceira mulher no principal cargo executivo paulistano, depois de Luiza Erundina (entre 1989 e 1992) e Marta Suplicy (2001 a 2004).
Em comum com as antecessoras, Soninha diz ter a "visão de mundo" e "preocupação com a felicidade do ser humano" de Erundina, além da "postura corajosa e arriscada" de Marta.
"Mas tenho milhões de divergências com a ministra. Muitas, muitas", enfatiza.
Erundina e Marta foram prefeitas pelo PT. Essa pode ser uma das diferenças de Soninha