terça-feira, 31 de outubro de 2017

O pós-PT e o fim da esquerda jurássica

Começou a disputa pelo espólio petista, que deverá se intensificar na medida em que as condenações judiciais, somadas à idade avançada de Luiz Inácio Lula da Silva, vão tirá-lo definitivamente do cenário eleitoral brasileiro. E, ainda que a militância esteja empenhada em seguir seu guru e instintivamente preservar a espécie, não haverá narrativa de golpe que pare em pé diante do julgamento inapelável da maioria da população, muito mais austera e intransigente que qualquer promotor ou juiz da Operação Lava Jato.

Talvez esse afastamento involuntário das urnas leve à extinção de uma esquerda jurássica monopolizada por Lula e pelo PT, possibilitando inclusive que o inventário dessas últimas décadas reposicione as coisas no seu devido lugar, dado que Lula nunca foi de fato um esquerdista, mas somente um populista que se apossou de bandeiras da esquerda, na falta de representação mais apropriada e competente, desde a sua origem sindical e principalmente após se tornar o maior líder de um partido que reunia em sua base trabalhadores, intelectuais, artistas e movimentos comunitários ligados à igreja católica.

Como bem definiu o comunista Luís Carlos Prestes no final da década de 1980: "O PT não tem propriamente ideologia. O PT é um partido burguês como qualquer outro partido, porque no Brasil ninguém nasce comunista. Todos nós nascemos sob a influência da ideologia burguesa. Não se muda de ideologia, e nem o Lula, que é o chefe, mudou... A ideologia dele é a ideologia da burguesia, porque todos nós nascemos filiados a essa ideologia da burguesia. Só se ele estudasse o marxismo é que ele poderia então mudar de ideologia."

E concluiu, categórico: "Toda a minha crítica ao Lula é no sentido de levá-lo a estudar o marxismo, a ciência do proletariado, mas ele vê na minha crítica um ataque a ele, quando não há ataque nenhum. Eu penso que ele é um operário talentoso - de grande talento, mesmo - que organizou massas em torno do nome dele. Isso já é um motivo de admiração. Mas está muito longe ainda de ter uma ideologia do proletariado."

Perdoe desenterrar Prestes, em pleno centenário da Revolução Russa, depois de quase três décadas de sua morte e às vésperas dos 120 anos do seu nascimento, que será celebrado em 2018. Mas falar sobre a esquerda no Brasil sem recorrer à opinião abalizada do maior e mais emblemático nome do comunismo neste país seria praticamente um insulto à história e à realidade dos fatos. Recorra-se então a Prestes para compreender que Lula e o PT acabaram se tornando ícones de uma esquerda de fachada, cosmética, ornamental, pragmática, pouco assentada nos verdadeiros princípios teóricos do socialismo e do comunismo, muito mais próxima das práticas da social-democracia, mas que na transição fraudulenta entre o que pregava em 20 anos na oposição e o que executou em 13 anos no governo acabaria por enxovalhar definitivamente o rótulo de esquerda no Brasil.

Quem, afinal, disputa hoje a herança lulista? Políticos na faixa dos 60, 70 anos, como Jaques Wagner, Chico Alencar, Eduardo Jorge, Marina Silva, Cristovam Buarque, Fernando Gabeira, Roberto FreireCiro Gomes? Ou, ainda, quem será a nova geração que despontará na esquerda brasileira? No PT, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Fernando Haddad? No PSOL, Marcelo Freixo, Luciana Genro, Jean Wyllys? Coletivos como a Mídia Ninja? Movimentos como o MTST de Guilherme Boulos?

Ora, esse Boulos, por exemplo, o novo queridinho dos artistas globais metidos à esquerdistas, é simplesmente um invasor da propriedade alheia, depredador do patrimônio público e privado, usurpador da ordem constitucional estabelecida. Burguesinho bem nascido, estudioso das teorias fossilizadas de esquerda pré-histórica e marqueteiro de um incompreensível "poder popular", que pode surgir agora do âmbar como candidato salvador das viúvas de Lula pelo PSOL ou pelo próprio PT.

Ainda que devamos repeitá-lo pessoalmente, o que ele representa como figura pública? Quem o conhece minimamente das manifestações e ocupações em São Paulo, principalmente em áreas de mananciais (como o Parque dos Búfalos, invadido na gestão cúmplice e omissa do prefeito moderninho Fernando Haddad), com seu exército de soldados manipulados e alistados na base de pontos ganhos por tarefa cumprida, não pode crer que essa excrescência é o que se apresenta como futuro da esquerda no Brasil.

Feito o estrago, como nunca antes na história deste país, resta aos ideólogos de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna e solidária, em tese definidos como esquerdistas (essencialmente os democratas, não extremistas), reunirem seus remanescentes e se juntarem ao chamado centro democrático e até mesmo à direita mais liberal, ou entregarem de vez os pontos para os retrógrados e conservadores da direita radical, intolerante, sectária, preconceituosa, intransigente, totalitária e saudosa da ditadura militar.

Estamos em uma encruzilhada histórica. As conquistas democráticas, a salvaguarda constitucional dos nossos direitos, o aconchego das nossas liberdades, a infalibilidade das instituições republicanas, a vitalidade e o bem-estar do nosso povo estão sob violenta ameaça, à esquerda e à direita, por uma horda de irresponsáveis, inconsequentes, levianos, desajuizados, inescrupulosos e insanos. Precisamos nos unir pelo Brasil!

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

Memória: Programa Político do PPS em 1994



Vale pelo bom humor. Vale como registro histórico. Vale para relembrar figuras importantes da trajetória de 25 anos do PPS, alguns que já não estão entre nós. Vale para rever lideranças que ainda hoje fazem o dia-a-dia do partido e da política.

Nomes como Roberto Freire, Sergio Arouca, Augusto Carvalho, Marcelo Cerqueira, João Herrmann, Davi Zaia, Juarez Amorim, Arnaldo Jordy, Sérgio Grando, Lucia Souto, Beth Wagner, Byron Sarinho, Fernando Sant´anna, Regis Cavalcante, Lauro Hageman, Carlos Alberto Torres, Bete Mendes, Bemvindo Sequeira, entre outros

Este programa político do PPS é de março de 1994, no momento em que estava sendo lançado o Plano Real (com a URV, Unidade Real de Valor), bem antes, portanto, do lançamento efetivo da nova moeda (apenas em 1º de julho de 1994 haveria a troca do Cruzeiro Real pelo Real) e dos seus primeiros efeitos na estabilização da economia. Assista.

sábado, 28 de outubro de 2017

PPS de São Paulo recebe Geraldo Alckmin e João Doria, elege novo diretório presidido por Arnaldo Jardim e prega unidade do centro democrático para 2018



Com a presença do governador Geraldo Alckmin, do prefeito João Doria, do vice-governador Marcio França, do presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Anibal, e do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, entre outros deputados, prefeitos, vereadores, secretários municipais e representantes de mais de 150 cidades, o PPS de São Paulo realizou neste sábado, 28 de outubro, o seu Congresso Estadual de 2017. Assista.

O secretário estadual da Agricultura e deputado federal licenciado Arnaldo Jardim foi aclamado presidente do PPS paulista, sucedendo o deputado estadual Davi Zaia e o federal Alex Manente, que ocuparam a presidência nos últimos anos. O prefeito regional da Lapa e presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, é o novo secretário-geral no estado. A tesouraria será responsabilidade de Alex Manente. Para a 1ª vice-presidência foi eleita a deputada federal Pollyana Gama; para a 2ª vice, o deputado estadual Fernando Cury. Completam a Executiva Estadual como membros titulares o deputado estadual Davi Zaia, a vereadora Soninha Francine, a vice-prefeita de Araçatuba, Edna Flor, e o deputado estadual Roberto Morais. O mandato da direção é de quatro anos.

A tese aprovada por unanimidade pelo recém-eleito Diretório Estadual do PPS de São Paulo é intitulada "A Hora de Construir", que se posiciona objetivamente pelo diálogo dos vários partidos e movimentos do campo democrático no sentido de "construir consensos e evitar a polarização, triste cenário que as últimas pesquisas sugerem para as eleições de 2018". Em resumo, o partido defende, nas palavras do seu novo presidente estadual Arnaldo Jardim, que "a hora agora é de construtores; basta de gladiadores".

Com esse espírito de unidade que reuniu no Congresso do PPS os dois potenciais candidatos do PSDB à Presidência da República, o prefeito João Doria afirmou categoricamente que, ao contrário do que a mídia especula ultimamente, não existe nenhuma possibilidade de não caminhar juntamente com Geraldo Alckmin e com os tucanos nas eleições de 2018. "É o meu compromisso", afirmou o mandatário paulistano.

Os deputados federais Pollyana Gama, Alex Manente e Roberto Freire foram muito aplaudidos por representarem o voto emblemático da bancada do PPS em apoio à investigação das denúncias contra o presidente Michel Temer e seus ministros. A deputada Pollyana ressaltou a importância que o partido vê no combate à corrupção e também no estimulo à participação das mulheres na política.

Aliás, o fato de o PPS ser um partido marcado pela ética e pelo histórico de lutas democráticas foi destacado em todas as falas: Alckmin, João Doria, Marcio França e José Anibal fizeram questão de frisar essa característica de um partido íntegro, republicano e ficha limpa. A presença do presidente de honra do PPS paulista, o jornalista Moacir Longo, vereador cassado pela ditadura, também foi bastante simbólica.

"Não bastasse a descrença da população na política e nos políticos, diariamente temos contato com notícias que atingem o governo federal, já cambaleante, arrastando-se impotente diante da necessidade premente de reformas, um governo cada vez mais refém de uma política velha, atrasada e condenada consensualmente pela imprensa e pela opinião pública", descreve o documento aprovado.

E conclui: "Cumpre assim ao PPS, portanto, a honrosa missão de defender a boa política, que somente pode se construir pela cultura do debate e pela atualização dos temas e canais de interlocução do partido com a sociedade, sobretudo pela transformação do nosso agir político, que deverá recolocar sempre a nossa recusa intransigente ao fisiologismo e à corrupção, e o nosso compromisso com a política reformadora e com a continuidade do regime constitucional. É nosso dever, então, neste momento, chamar à responsabilidade todos os que têm compromisso com a estabilidade democrática do país."

Clique nos links a seguir para assistir algumas das principais manifestações durante o Congresso do PPS/SP: Claudio Fonseca, Soninha Francine, Pollyana Gama, Davi Zaia, Roberto Freire, Marcio França, Arnaldo Jardim, Carlos Fernandes, João Doria, Geraldo Alckmin e a leitura dos nomes eleitos para o diretório, para a executiva estadual e os delegados paulistas para o Congresso Nacional do PPS.

Leia mais: 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Barroso x Gilmar: UFC verbal no Supremo Tribunal



Os dois devem estar certos :-)

Assista.

Sábado, 28/10: Congresso Estadual do PPS/SP

O Congresso Estadual do PPS de São Paulo acontece no sábado, 28 de outubro, das 9h às 14h, no Centro Empresarial E-Business Park (Rua Werner Siemens, 111, Lapa).

Além de fazer um balanço das atividades do partido, debater o atual momento político e econômico do Brasil e projetar as estratégias para as eleições de 2018, será eleito o novo Diretório Estadual e o presidente do PPS paulista para os próximos quatro anos.

É mais uma etapa preparatória para o Congresso Nacional do PPS, que está previsto também para São Paulo nos dias 8, 9 e 10 de dezembro.

Portanto, também os delegados paulistas para o Congresso Nacional serão eleitos neste Congresso Estadual.

Reveja aqui como foi o Congresso do PPS paulistano, realizado no dia 24 de setembro, e conheça o documento político aprovado na ocasião.

Veja aqui o manual, o regimento, a regra para escolha dos delegados e todos os documentos congressuais do PPS.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Impedir a investigação de Temer é temer a verdade!

Quando a maioria dos deputados vota para impedir que sejam investigadas as inúmeras denúncias contra o Presidente da República e seus ministros, todas elas amparadas em depoimentos, delações e provas colhidas pela Operação Lava Jato, é por TEMER a verdade!

Pois então não reclamem da população que vaza do centro democrático para os extremos da política, seja com Lula ou com Bolsonaro. Para o cidadão comum, trocou-se seis por meia dúzia. Saiu uma quadrilha e entrou outra. Pior, porque o povo foi para as ruas pelo impeachment e contra a corrupção. E o que se vê agora é uma defesa temerária de corruptos.

Queremos, sim, concluir a transição pós-PT, garantir a estabilidade econômica, retomar o crescimento e remodelar o Estado, reformando, modernizando e tornando mais eficiente a máquina pública. Mas não a qualquer preço. Não livrando a cara de bandidos. Não enterrando o importante trabalho saneador da política.

O que se vê acontecer para garantir a maioria pró-Temer é uma vergonha! Passa longe dos mais elementares princípios democráticos e republicanos que devem nortear qualquer governo. É um mercadão de parlamentares, com a compra e venda de votos em troca da liberação de emendas, ocupação de cargos e troca de favores. Medidas como o decreto do trabalho escravo ou a anistia para multas do Ibama são a pá de cal em qualquer esperança de dias melhores com esta corja que se apoderou da Presidência.

Não somos omissos, nem cúmplices. Não temos bandidos de estimação. Não vamos nos calar! #ForaCorruptos #VERGONHA

#ProgramaDiferente comemora 100 anos do Chacrinha


Alô, atenção, o #ProgramaDiferente registra o centenário de nascimento de um dos maiores comunicadores da história do Brasil: Chacrinha. O velho guerreiro Abelardo Barbosa nasceu em 30 de setembro de 1917 e fez sucesso por mais de 40 anos no rádio e na televisão. Em 2018, 30 anos depois de ter mandado "aquele abraço" e ido "balançar a pança"do lado de lá, será tema de samba enredo no carnaval do Rio de Janeiro. Quem não se comunica, se trumbica! Assista!

Aqui você relembra momentos que ficaram na memória afetiva de todo o Brasil, as frases marcantes, os calouros, os jurados, as chacretes, as marchinhas, os cantores e os grupos musicais mais populares do país no palco do "Cassino do Chacrinha", que alegrava as tardes de sábado na TV.

Você conhece ainda cenas pouco vistas do filme "Na Onda do Iê-iê-iê", onde Chacrinha encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na extinta TV Excelsior, em 1965. Revê uma homenagem inesquecível na impressionante e apaixonada interpretação do ator Stepan Nercessian, e o depoimento de artistas e admiradores famosos. Roda, roda, roda e avisa...

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Lava Jato e Mãos Limpas: o efeito e as consequências das operações no Brasil e Itália contra a corrupção



Aqui você assiste ao programa Roda Viva que foi ao ar nesta segunda-feira, 23 de outubro, com o jornalista Gianni Barbacetto, que recentemente participou do Seminário Internacional da FAP e junto com Marco Travaglio e Peter Gomez escreveu o livro Operação Mãos Limpas, no período em que os três eram repórteres do jornal Il Fatto QuotidianoVeja como foi o programa.

Eles acompanharam todos os passos da operação que, a princípio, desmantelou os esquemas de desvio de dinheiro público para partidos políticos e contas bancárias pessoais na Itália. Entretanto, em uma segunda etapa, a ação foi enfraquecida pelos próprios políticos envolvidos, que aprovaram uma série de leis para dificultar as investigações.

Na bancada, o apresentador Augusto Nunes recebeu também Rodrigo Chemim, procurador do Ministério Público do estado do Paraná e autor do livro Mãos Limpas e Lava Jato – A Corrupção se Olha no Espelho; Marcelo Godoy, repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo; Thiago Uberreich, repórter da rádio Jovem Pan; Mario Cesar Carvalho, repórter especial do jornal Folha de S.Paulo; e Marcos de Vasconcellos, chefe de redação do site Consultor Jurídico.

Abaixo, a íntegra do Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato, que reuniu o juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, dois dos principais nomes da Operação Lava Jato, e os magistrados italianos Gherardo Colombo e Percamillo Davigo, da Mãos Limpas, na manhã desta terça-feira, 24 de outubro, em São Paulo. O #ProgramaDiferente acompanhou ao vivo. Assista na íntegra (a partir de 24:30).

Conheça as novas regras para as eleições de 2018



Depois de meses de intensa discussão no Congresso Nacional, a anunciada reforma política não passou de um "puxadinho" com pequenas mudanças nas regras eleitorais para 2018. As principais novidades foram a criação de um fundo bilionário com dinheiro público para financiar as campanhas e a cláusula de desempenho eleitoral com um resultado mínimo para que os partidos tenham direito ao tempo de propaganda na TV e à verba do fundo partidário. Assista.

Veja abaixo quais são as principais regras das eleições de 2018:

Data da eleição

Domingo, 7 de outubro de 2018, é o dia em que votaremos para Presidente, dois Senadores, Governador, Deputado Federal e Deputado Estadual. Nos casos em que houver necessidade de 2º turno (seja nos estados, para Governador, ou nacionalmente, para Presidente da República), a votação será realizada no dia 28 de outubro.

Tempo de campanha

Oficialmente, a duração da campanha eleitoral será de 45 dias.

Período de propaganda eleitoral no rádio e na TV

O período de propaganda gratuita em cadeia de rádio e televisão será de 35 dias.

Horário eleitoral no segundo turno

Havendo segundo turno, as emissoras de rádio e televisão têm que veicular dois blocos diários de 10 minutos para cada eleição.

Propaganda 'cinematográfica'

Nas propagandas eleitorais, não poderão ser usados efeitos especiais, montagens, trucagens, computação gráfica, edições e desenhos animados.

Carros de som

Os carros de som e minitrios só poderão ser usados em carreatas, caminhadas e passeatas ou durante reuniões ou comícios, observado o limite de 80 decibéis, medido a 7 metros de distância do veículo. Está proibido o uso de qualquer tipo de veículo, inclusive carroça e bicicleta, no dia das eleições.

Cabos eleitorais

Podem ser contratados como cabos eleitorais um número limite de trabalhadores de até 1% do eleitorado por candidato nos municípios de até 30 mil eleitores. Nos demais, é permitido um cabo eleitoral a mais para cada grupo de mil eleitores que exceder os 30 mil.

Adesivos em automóveis 

Só com adesivos comuns de até 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximo do para-brisa traseiro. “Envelopamentos” estão proibidos.

Propaganda em vias públicas

Permitidas bandeiras e mesas para distribuição de material, desde que não atrapalhem o trânsito e os pedestres. Bonecos e outdoors eletrônicos estão vetados.

Horários de comícios

Comícios de encerramento de campanhas podem ir até as 2h da madrugada. Nos demais dias, das 8h à meia-noite. Nas eleições anteriores, os comícios de encerramento de campanha também deviam acabar à meia-noite.

Participação nas eleições

O partido terá que estar com seu estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até seis meses antes do pleito, bem como o candidato regularmente filiado neste período (que vence em 7 de abril de 2018).

Domicílio eleitoral

O candidato deverá informar o domicílio eleitoral pelo menos seis meses antes das eleições.

Multas eleitorais

As multas podem ser parceladas em até 60 meses, mas desde que a parcela não ultrapasse 5% da renda mensal no caso de pessoa física ou 2% do faturamento de pessoa jurídica. Se passar, o prazo poderá ser ampliado.

Os partidos políticos também poderão parcelar multas eleitorais por 60 meses, mas o valor da parcela não pode passar do limite de 2% do repasse mensal do Fundo Partidário. Nos 90 dias após a publicação da lei, qualquer devedor terá direito a 90% de desconto sobre o valor se pagar à vista.

Cláusula de barreira

Haverá uma cláusula de desempenho nas urnas para a legenda ter acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV. As regras começam a valer em 2018 e ficarão mais rigorosas gradativamente até 2030.

Candidatura avulsa

Fica vedado o registro de candidatura avulsa, ou seja, de candidato sem filiação partidária. O registro da chapa de candidatos ou das coligações é feito pelos partidos.

Arrecadação prévia

Os candidatos poderão começar a arrecadar recursos para a campanha, antecipadamente, no 15 de maio de 2018, por meio de financiamento coletivo ("vaquinhas") na internet. A liberação dos recursos, porém, fica condicionada ao registro da candidatura. A arrecadação prévia não irá configurar propaganda antecipada.

Limite para doações

Pessoas físicas podem fazer doações até o limite de 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior à eleição. O candidato poderá financiar na integralidade a sua própria campanha.

Recibo para doador na 'vaquinha' online

Será obrigatória a emissão de recibo para o doador relativo a cada doação feita em site de financiamento coletivo, conhecido como “vaquinha”.

Participação em debate

As emissoras de rádio ou televisão que fizerem debates entre candidatos serão obrigadas a convidar os candidatos dos partidos com mais de cinco deputados na Câmara.

Propaganda na internet

Partidos e candidatos poderão contratar o impulsionamento de conteúdos (uso de ferramentas para ter maior alcance nas redes sociais). Está proibido o impulsionamento feito por eleitores e apoiadores.

Gastos nas campanhas

Presidente da República: haverá um teto de R$ 70 milhões em gastos na campanha (se houver segundo turno, o limite será de R$ 35 milhões);

Governador: o teto será definido de acordo com o número de eleitores de cada unidade da federação apurado no dia 31 de maio, e poderá variar de R$ 2,8 milhões a R$ 21 milhões;

Senador: o teto será definido de acordo com o número de eleitores de cada unidade da federação apurado no dia 31 de maio, e poderá variar de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões

Deputados federais: haverá um teto de R$ 2,5 milhões;

Deputados estaduais: o teto será de R$ 1 milhão.

Propaganda do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem que realizar campanha em todo ano eleitoral destinada a incentivar a participação feminina. A campanha também terá que incentivar a participação eleitoral dos jovens e da comunidade negra.

Substituição de candidatos

Fica limitada a substituição de candidatos. O pedido de troca deve ser apresentado até 20 dias antes do pleito (excetuado caso de morte). A foto do candidato será substituída na urna eletrônica.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Veja 10 temas do Seminário Internacional "1917: O Ano que Abalou o Mundo" no #ProgramaDiferente

A TVFAP.net exibe a íntegra das conferências, palestras e debates do Seminário Internacional "1917: O Ano que Abalou o Mundo", uma promoção do Sesc de São Paulo e da Boitempo Editorial para registrar o centenário da Revolução Russa em 2017.

Há discussões e reflexões sobre temas variados, como a presença da mulher na revolução, a questão do nacionalismo, a arte revolucionária, a vida e obra de Trotski e Lenin, dentre outros. Clique nos links abaixo e assista no #ProgramaDiferente a íntegra dos 10 assuntos debatidos.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL "1917: O ANO QUE ABALOU O MUNDO"  

Do socialismo soviético ao novo capitalismo russo
Debate com José Paulo Netto, Lenina Pomeranz e Luis Fernandes. Mediação de Fernando García.

A revolução das mulheres
Palestra de Wendy Goldman, comentário de Djamila Ribeiro e Maria Lygia Quartim de Moraes. Mediação de Tory Oliveira.

A vida de Trotski
Conferência de Esteban Volkov com comentários de Valerio Aracary e Osvaldo Coggiola.

Lenin: Vida e obra de um líder revolucionário
Palestra de Tamás Krausz, comentários de Sofia Manzano e Wilson Barbosa. Mediação de Diana Assunção.

Diálogos com o pensamento teórico de Lenin
Conferência de Tariq Ali, comentários de Vladimir Safatle e Virgínia Fontes. Mediação de Fernanda Mena.

A revolução russa e a questão nacional
Conferência de Michael Löwy, comentários de Isabel Loureiro e Ruy Braga. Mediação de Juliana Borges.

Estado, economia e política na sociedade soviética
Conferência de Antônio Negri, comentários de Alysson Leandro Mascaro e Leda Paulani. Mediação de Maria Cristina Fernandes.

A União Soviética e o Brasil
Conferência de Anita Prestes, comentários de Luiz Bernardo Pericás e Antonio Carlos Mazzeo. Mediação de Renato Rovai.

Arte e revolução
Debate com Miguel Vedda, Walnice Nogueira e Emicida. Mediação de Tata Amaral.

A ideia do comum: teoria e história de um ideal
Palestra de Pierre Dardot e Christian Laval, comentário de Christian Dunker. Mediação de Laura Carvalho.

sábado, 21 de outubro de 2017

Exposição "Histórias da Sexualidade" no MASP



Começou no Museu de Arte de São Paulo (MASP) a exposição “Histórias da Sexualidade”, reunindo mais de 300 obras que contam a trajetória da sexualidade na vida humana por meio da arte: desenhos, pinturas, esculturas e fotografias. O #ProgramaDiferente recomenda. Assista.

O visitante percorre a exposição através de núcleos temáticos: Corpos nus, Totemismos, Religiosidades, Performances de Gênero, Jogos Sexuais, Linguagens, Voyeurismos, Políticas do Corpo e Ativismos. Entre os artistas com obras expostas estão Pablo Picasso, Edgard Degas, Maria Auxiliadora da Silva, Paul Gauguin, Suzanne ValadonAdriana Varejão, Anita Malfatti, Édouard Manet, Toulouse-Lautrec e Victor Meirelles.

Neste momento em que a sexualidade na arte provoca polêmicas e discussões exacerbadas, o MASP vetou a entrada para menores de 18 anos. Segundo a curadora Lilia Moritz Schwarcz, é a primeira vez em 70 anos que a presença de menores, mesmo que acompanhados dos pais ou responsáveis, será vetada em uma exposição. O filósofo Luiz Felipe Pondé também comenta o assunto.

Histórias da Sexualidade 
De 20 de outubro de 2017 a 14 de fevereiro de 2018 
Terça a domingo das 10 às 18h; quinta das 10 às 20h
MASP (Avenida Paulista 1578) 
Preço: R$ 30,00 (inteira) 
Classificação: 18 anos.

Veja também:

Arte e Cultura: Os 70 anos do MASP no #ProgramaDiferente


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O PPS, o incrível Huck e outras histórias

Senta que lá vem textão. Tenho por hábito ser mais jornalista que político, o que certamente é um erro estratégico na visão dos cartorários e burocratas partidários, gente que não costuma ter a verdade como matéria-prima. Mas é necessário um choque de informação para sairmos da catatonia e voltarmos com os dois pés à realidade - bem menos dourada do que podem fazer supor os devaneios de nossos líderes e dos áulicos de plantão, estes que vivem de pequenos estelionatos e da desonestidade intelectual entre um congresso e outro do PPS.

Primeiro, e mais importante, não existe a mais remota possibilidade de Luciano Huck se filiar ao PPS (antes houvesse!). Portanto, todas as discussões internas desencadeadas por essa nota plantada e distorcida não terão o mínimo respaldo no mundo real. Se Huck se filiasse e disputasse a eleição, tenham certeza, não seria pelo PPS. Nem nunca houve essa possibilidade. A hipótese de candidatura - por outro partido - buscaria sim o apoio do PPS, que pode ainda receber a filiação de alguns nomes desses novos movimentos da sociedade que tem como bandeira a renovação da política. (E que sejam bem-vindos!)

Agora (ops!), fazer crer que Huck em algum momento cogitou se filiar ao PPS é mais falso que nota de R$ 3. História de pescadores de águas turvas e suas táticas diversionistas. Chega a ser risível que a nota plantada na imprensa (deixando as impressões digitais do autor) afirme que "desde setembro" o partido conversa com representantes de movimentos como o Agora ou a RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade).

Ora, meus caros, estes diálogos (não por oportunismo, como neste momento, mas por afinidade) são uma construção política muuuuuuuito mais antiga, trabalhada e consistente. Tocada a partir de São Paulo (mas não só aqui) por mim, por Carlos Fernandes, por Davi Zaia e pelo próprio Roberto Freire (quando não tem sua ação atravancada por um séquito de impostores). Portanto, não percam tempo com lorotas eleitoreiras e balões de ensaio. Vamos nos ater aos fatos.

O Agora, por exemplo, citado nominalmente como recente interlocutor do PPS para as eleições de 2018. Quem são seus representantes? Veja aqui.

Entre seus idealizadores e fundadores, nomes como Alexandre Youssef, que, para quem não conhece, foi simplesmente o incentivador da entrada de Soninha Francine na política, com quem ela trabalhou durante todo o seu primeiro mandato como vereadora eleita pelo PT (2005-2008), tendo sido seu chefe de gabinete na Câmara e também coordenado a sua primeira campanha à Prefeitura pelo PPS, em 2008, para onde Soninha veio no ano anterior, ou seja, há exatos 10 anos - dessa vez por "culpa" do autor deste texto que você lê agora. Então, reitere-se, isso não é de agora (e perdoe a redundância e o duplo trocadilho involuntário com a denominação do movimento).

Mas tem mais, muito mais: Daniela Castro, outra que trabalhou com Soninha e com quem temos contato no PPS pelo menos desde 2007. É atual secretária adjunta de Esportes do prefeito João Doria. André Palhano, idealizador da Virada Sustentável, amigo jornalista, parceiro na RAPS (onde estamos juntos desde a primeira turma de líderes selecionados em 2013) e no #ProgramaDiferente, que cobre e exibe com exclusividade suas Rodas de Conversa. Humberto Laudares, fundador também da Onda Azul, movimento dissidente do PSDB, outro amigo e que é próximo do PPS há anos (Adão Cândido, Bruno Soller, Carlos Fernandes e Roberto Freire hão de lembrar de um dos almoços que tivemos com ele; além de também ser colaborador do #ProgramaDiferente).

Segue a lista: Leandro Machado, Monica Sodré, Ademar Bueno, André Previato, todos amigos, parceiros de RAPS e colaboradores do mandato de Ricardo Young como vereador pelo PPS, de 2013 a 2016. Aliás, este assunto daria um capítulo à parte. A própria vinda de Ricardo Young para o PPS, em 2011, é a concretização desta aproximação do PPS (e da FAP) com os movimentos vivos da sociedade, à esquerda e à direita (vide o MBL, com o qual também fomos os primeiros a estabelecer uma relação institucional, desde as manifestações iniciais pelo impeachment, em 2014, quando ninguém botava fé nos "moleques metidos a liberais"; e aí, outra vez, méritos para Carlos Fernandes, Davi Zaia e Roberto Freire pela visão ampla, moderna e suprapartidária).

Digo mais: além de Soninha Francine, Ricardo Young e de movimentos como Agora, RAPS, Vem Pra Rua e MBL, foi dentro destes princípios de renovação e reformulação da política que trouxemos Claudio Fonseca (nosso vereador paulistano desde 2008), Lars Grael, Ronaldo Giovanelli, Luisa Mell, Mauricio Brusadin (alguns não permaneceram porque nem sempre os partidos lidam bem com o novo)...

E, outro capítulo à parte, até Marina Silva (bem antes da aproximação dela com Eduardo Campos, na saída do seu grupo "sonhático" do PV após as eleições de 2010), que não veio naquela oportunidade (quando não por acaso lançamos a #Rede23, antes portanto de existir a Rede Sustentabilidade) porque o PPS também vive de tempos em tempos de ilusões e frustrações (fusão I, fusão II, fusão III, candidatura presidencial de José Serra pelo PPS etc.), que criam barreiras para as mudanças que vislumbramos há tempos (aliás, em tese, desde que o PPS foi fundado, há 25 anos, como partido-movimento). 

OK, mas qual é a utilidade, afinal, desse textão repleto de nomes e de fatos de um passado recente, trazido agora a público?

Por um lado, mostrar que estamos vacinados dessas histórias para boi dormir. Separar o joio do trigo. Os fatos dos factóides. Esvaziar os balões de ensaio e mostrar que a boa política se faz verdadeiramente do trabalho árduo e cotidiano. Nenhuma solução mágica cai no colo do gênio de plantão. E quem vender essas saídas mirabolantes estará mentindo.

Segundo, respeitar a história e a trajetória de um partido que não pode e não deve se igualar a essas legendas que aparecem na bacia das almas à caça de um candidato - qualquer um - para chamar de seu! Temos lideranças respeitáveis: nem é necessário nominar para não pecar pelo esquecimento, mas que simbolicamente podemos exemplificar na figura ímpar do senador Cristovam Buarque, de um prefeito como Luciano Rezende, dos dirigentes já citados neste texto e dos homens e mulheres que compõem a nossa pequena mas digna e valente bancada federal. Também, e sobretudo, de todos os nossos militantes anônimos que formam a base do partido, as mulheres, a juventude, os núcleos setoriais, os candidatos em seus municípios, cada um de nós que atua incansavelmente nas ruas e nas redes.

Merecemos respeito. Merecemos ter vez e voz. Os congressos partidários existem para isso. Vamos fazer valer os nossos direitos. Não pensem que vão nos manipular. Não pensem que podem nos calar. A vontade da maioria (com a óbvia consideração pelas minorias) vai prevalecer. A democracia que defendemos publicamente precisa ser praticada internamente e refletir a nossa consciência cidadã. Os princípios republicanos devem ser a nossa principal referência partidária. E serão, tenham certeza! Por um novo PPS, diferente, vivo, ético, dinâmico, justo, sustentável, transparente, moderno, (re)conectado com a sociedade e protagonista da boa política. Por um Brasil melhor, sempre!

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lições de jornalismo e histórias memoráveis de Goulart de Andrade, Fausto Silva, Osmar Santos, Oscar Schmidt, Senna e Pelé no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente acompanhou com exclusividade o lançamento do livro "Lições de Jornalismo", do jornalista Odir Cunha, e relembra algumas boas histórias do autor com personalidades do mundo esportivo, como Ayrton Senna, Oscar Schmidt e Pelé, além dos jornalistas e apresentadores Osmar Santos e Fausto Silva. Você ainda revê o mestre da reportagem Goulart de Andrade em ação. Assista.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Câmara terá primeira audiência do Orçamento 2018

A primeira audiência pública para discutir o Orçamento da cidade de São Paulo para 2018 (PL 686/2017) e também o Plano Plurianual 2018-2021 – PPA acontece nesta quarta-feira, 18 de outubro, a partir das 10h, no Salão Nobre da Câmara Municipal. A previsão orçamentária para o próximo ano é de aproximadamente R$ 56 bilhões.

O Executivo encaminhou os dois projetos para o Legislativo no dia 30 de setembro. A Comissão de Finanças e Orçamento já definiu como relator o vereador Ricardo Nunes (PMDB). “Vamos melhorar, e muito, o Orçamento das Prefeituras Regionais, por exemplo. Evidentemente há muitas outras questões para levantar. Então tem um trabalho longo pela frente, mas a gente vai conseguir com a ajuda dos membros desta Comissão, dos demais vereadores e da população”, afirmou.

Vamos acompanhar. É um debate essencial para o bom andamento da gestão, a execução de políticas públicas e o cumprimento das metas do prefeito João Doria (PSDB).

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Estamos vacinados contra os males da política?

Falo por mim, mas tenho certeza que muitos vão se identificar: Eu não fui às ruas reivindicar o impeachment para ter outro presidente corrupto dirigindo o país, para trocar seis por meia dúzia, com deputados comprados para impedir que o Supremo dê prosseguimento às necessárias investigações sobre a série de denúncias, delações e sobre todos os indícios de ilegalidades cometidas por essa corja política (que estava no poder com o PT, antes do PT e permanece agora), definida pelo Ministério Público como "quadrilhão" comandado por Michel Temer.

Não brigamos para tirar Dilma Rousseff da Presidência e colocar no lugar um escroque do mesmo nível. Se é verdade que temos responsabilidade e compromisso com a "transição", também é indiscutível que não devemos ser cúmplices de bandidos, seja por ação ou por omissão (nossa e dos nossos representantes). Precisamos investigar todas as suspeitas que pairam sobre o atual presidente e seus ministros. Não podemos defender solução diferente daquela que sempre advogamos para o afastamento de dois presidentes anteriormente, tanto Fernando Collor quanto Dilma Rousseff.

Se Michel Temer for culpado, que seja punido - mas, para tanto, é necessário que se investigue sem as amarras que o voto comprado na Câmara dos Deputados tenta impor aos desígnios republicanos e constitucionais. Qualquer argumento contrário às investigações é vergonhoso e descabido, até porque reproduz ipsis litteris a defesa derrotada de Lula e Dilma no episódio do impeachment; ou seja, se aceitarmos que "o país não pode parar" ou que "a recuperação da economia será prejudicada" pela ação da Justiça, estaremos legitimando a narrativa do golpe e, aí sim, rasgando a Constituição ao escolher um corrupto favorito, como os petistas já fizeram com o seu guru.

Portanto, seja no caso das denúncias contra o presidente Michel Temer, seja nos destinos de Aécio Neves no Senado Federal, não há como adotar posições dúbias, covardes ou vacilantes. O preço dessas decisões será cobrado logo adiante e custará muito mais caro ao país que os bilhões desviados pelos dutos da corrupção. O futuro da Nação está em jogo - e isso não é mera peça retórica nem marketing eleitoral. A população não tolera mais os desmandos da política, a ingerência entre os poderes, os acertos e as trapaças de bastidores.

Devemos enfrentar este momento crítico - impedindo que sirva como caldo de cultura para saídas antirrepublicanas - e encarar sem medo problemas emergentes como a falência do sistema político-partidário e a carência de lideranças preparadas para conduzir o Brasil com mãos firmes, ética e bom senso no estrito cumprimento à lei e à ordem, respeitando-se a vontade da maioria sem atropelar os direitos das minorias.

O pós-PT que pregamos deve significar verdadeiramente um avanço para novos patamares políticos, democráticos e institucionais, jamais um retrocesso para o que existe de mais retrógrado, fisiológico e corporativista da Velha República oligárquica e patrimonialista. Não é à toa que ressurgem das sombras algumas vozes pregando a intervenção militar e começam a cair as máscaras dos defensores de soluções fascistas, truculentas e autoritárias para a gravíssima crise que vivemos.

O Brasil pode até sair mais forte de todo esse processo de depuração. Só depende de nós. Que as dores do crescimento nos tornem mais maduros e que estes vícios, malefícios, disfunções e achaques sirvam para criar anticorpos na defesa do Estado Democrático de Direito. Basta de paliativos. O diagnóstico de todos os males já temos. Precisamos de coragem e vontade para buscar a cura! Quem se habilita?

Maurício Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Os 70 anos do MASP no #ProgramaDiferente



Neste momento em que o debate sobre as artes, a liberdade de expressão e o papel dos museus está em pauta após uma sequência de exposições polêmicas e controvertidas, o #ProgramaDiferente desta semana é um especial sobre os 70 anos do MASP, verdadeiro cartão postal paulistano.

O Museu de Arte de São Paulo foi fundado em 1947, no centro velho da cidade, por iniciativa de Assis Chateaubriand. Transferido depois, em 1968, para o emblemático prédio da Avenida Paulista, um projeto genial da arquiteta Lina Bo Bardi. Desde então, o MASP faz parte da história da arte e da cultura do Brasil e do mundo. Assista.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Parto agendado na rede pública? Narguilé proibido para menores? Terapia floral na UBS? Nota fiscal no banco? Moradia popular para casais homoafetivos?

Deu no Câmara Man: Nesta semana que é mais curta em função do feriadão de 12 de outubro, a pauta da sessão extraordinária segue com os projetos de vereadores em 2ª votação que foram adiados da semana passada, na tentativa de acordo para sanção do Executivo. Tem várias propostas inusitadas que podem virar lei (ou sofrerem veto do prefeito João Doria). Mas, como ninguém é de ferro, o trabalho no plenário retorna apenas na próxima semana.

O PL 212/2015, do vereador Alessandro Guedes (PT), dispõe sobre a "livre escolha do direito da gestante em agendar o parto". Soa um tanto quanto demagógico ao estabelecer que as gestantes podem escolher e agendar com dois meses de antecedência o parto. Ora, como isso é possível? Como reservar a data de um parto normal? E como garantir que o hospital escolhido terá vaga nesta data que nem se sabe ao certo quando será? Complicado. Tanto que o projeto foi apresentado ainda na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e não avançou.

Outro projeto de Alessandro Guedes (PT), o PL 41 /2017, desta vez em parceria com Rinaldi Digilio (PRB), Alfredinho (PT) e Gilberto Nascimento (PSC), dispõe sobe a "proibição da comercialização do cachimbo de água egípcio conhecido como narguilé aos menores de dezoito anos de idade". A proibição vale para o aparelho em si e para suas essências, o fumo, o tabaco, o carvão vegetal e qualquer acessório (registre-se: grafado como "assessório" no PL).

Há outras propostas polêmicas: a exigência de emissão de nota fiscal nas agências bancárias, em serviços como abertura de conta corrente, solicitação de cartão, cheque especial etc. Trata-se do PL 286/2017, do vereador Atilio Francisco (PRB).

Mais polêmica: Terapia floral nas unidades do Sistema Único de Saúde. Apesar de contar com muitos adeptos, essa prática alternativa não é reconhecida pela medicina tradicional. Já dissemos também que parece um tanto extravagante numa situação em que as filas para exames e atendimento médico duram meses. Este é o PL 382 /2013, do vereador Aurelio Nomura (PSDB).

Outra polêmica à vista, com grita geral da bancada evangélica: o PL 261/2014 iguala o direito das pessoas que mantenham união estável homoafetiva aos demais casais heterossexuais, considerando-as como entidade familiar para inscrição nos programas de habitação popular. É uma iniciativa de Aurélio Nomura (PSDB), Sâmia Bomfim (PSOL), Toninho Vespoli (PSOL) e do ex-vereador Floriano Pesaro (PSDB).

O PL 190 /2017, da vereadora Sandra Tadeu (DEM), "regulamenta no município de São Paulo o funcionamento dos portões e cancelas automáticas". Na prática, proíbe que portões de edifícios e residências se projetem "para fora da linha do imóvel, ocasionando perigo aos munícipes que transitam por aquele local". Os que já descumprem a lei, devem se adequar com sensores eletrônicos, sinais sonoros ou luminosos que alertem a presença de pessoas e automóveis, bloqueando a abertura do portão. É fácil isso numa cidade do tamanho de São Paulo?

Outros projetos que chamam atenção na pauta da semana:

PL 546 /2017, do vereador Eduardo Tuma (PSDB), altera o art. 1 da lei n° 9.479, de 8 de junho de 1982, aumentando para 90 anos a concessão administrativa da área municipal situada na Avenida Marquês de São Vicente, aonde funciona o centro de treinamento do São Paulo Futebol Clube.

PL 289 /2014, do vereador Eliseu Gabriel (PSB) dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de “bituqueiras” nos passeios públicos utilizados como área de fumantes no âmbito do município de São Paulo, e dá outras providências.

PL 365 /2017, dos vereadores Fernando Holiday (DEM) e Natalini (PV) estabelece como ilícito administrativo a coação exercida por guardadores de carros (“flanelinhas”).

PL 549 /2017 , do vereador Reginaldo Tripoli (PV) - Altera dispositivos da lei n° 13.131, de 18 de maio de 2001, para determinar a utilização de microchips nos cães e gatos, e dá outras providências.

PL 48 /2017 , dos vereadores Rodrigo Goulart (PSD) e Edir sales (PSD) - Dispõe sobre a disponibilização de espaço reservado para adoção de animais domésticos, nos estabelecimentos que especifica, e dá outras providências.

PL 208 /2015 , do vereador Toninho Paiva (PV) - Altera o § 2º do art. 9º da Lei nº 10.365, de 22 de setembro de 1.987, acrescido pela Lei nº 16.137, de 16 de março de 2.015, e dá outras providências. (Ref. ao corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no Município de São Paulo).

PL 213 /2017 , do vereador Zé Turin (PHS) - Acresce §§ 1º e 2º ao art. 2º, da lei nº 12.490, de 3 de outubro de 1997, que instituiu o programa de restrição ao trânsito de veículos automotores no Município de São Paulo, e dá outras providências. (Ref. Cadastro de veículos prestadores de serviços de interesse público isentos do rodízio (serviço funerário, água, luz, telefone, gás, coleta de lixo, correio, etc).

Na política muda-se tudo para não mudar nada!

Quem acompanha o noticiário político diário já deve ter dado um nó em seus neurônios! Quando você vai dormir, as regras que estão valendo são de um jeito; quando você acorda, já estão de outro. Isso vale principalmente para esse desarranjo eleitoral (que alguns chamam de "reforma") promovido a toque de caixa por deputados e senadores que fazem de tudo para não largar o osso do poder.

Cria-se um fundo público bilionário, obviamente beneficiando os maiores partidos; recria-se a cláusula de desempenho, desta vez, obviamente, prejudicando os pequenos partidos. O maior problema, entretanto, não é enfrentado. As novas regras não punem os maus políticos, nem aquelas legendas de aluguel que vendem seus preciosos minutos da propaganda na TV para os candidatos favoritos. Quem se dá mal nisso tudo são as siglas de conteúdo ideológico e que abrigam os políticos verdadeiramente interessados em fazer uma política diferenciada e voltada para o bem comum.

A quantidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo, as idas e vindas das reformas no Congresso, a enxurrada de escândalos, denúncias, delações, depoimentos - tudo muda o tempo todo no mundo, e cada vez mais rápido! Mas, ao contrário do que canta o Lulu Santos na música "Como Uma Onda", aqui parece que nada passa e, se é verdade que tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo, no fim das contas parece que tudo acaba mudando só para voltar exatamente ao que era antes, porque os políticos vivem fugindo da realidade e mentindo sem escrúpulos.

Tudo bem, vamos relativizar, afinal a ética e o bom senso ensinam a não generalizar. Mas, cá entre nós, quantos são os políticos que se distinguem pela ética e pelo bom senso? É a minoria da minoria! Dá para contar nos dedos! Político honesto é bicho em extinção! O que se vê no dia-a-dia do Congresso, das assembleias estaduais e câmaras municipais é de encher de vergonha quem busca um pouquinho de seriedade, vocação democrática, interesse público e espírito republicano nos representantes do povo.

As eleições de 2018 serão prioritárias para o redirecionamento do futuro do país. Estamos em uma encruzilhada histórica. Para onde desejamos caminhar? Retroceder, virar à esquerda, à direita ou seguir em frente e ao centro? Claro que essa simbologia é apenas uma simplificação de todo um contexto político, econômico, social e cultural muito mais complexo. Mas não deixa de ser representativo da realidade. Vamos acertar o passo?

A jovem democracia brasileira está em crise e não é de hoje, mas a ressaca pós-PT ajuda a aumentar a sensação de frustração e de fraude ideológica. A onda de conservadorismo é avassaladora. Num indo e vindo infinito ressurgem o ódio, a intolerância, a censura, o preconceito nas ruas e nas redes. Gritam por intervenção militar. Enxovalham as instituições. Depreciam o valor da luta pela redemocratização do país como se fosse um fato de menor importância. Que momento político triste este que vivemos... Precisamos reagir!

Maurício Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

3º round de Doria x Goldman no vale-tudo tucano



Está no 3º round o vale-tudo entre o prefeito paulistano João Doria e o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman. Até o momento, um atacou, sofreu um contragolpe duríssimo e reagiu novamente. Um é presidenciável, outro foi vice-governador de São Paulo. Os dois são tucanos, mas não se bicam desde as prévias à Prefeitura.

A pergunta que fica é: A quem interessa esse embate com golpes mais apropriados ao octógono do UFC do que ao ringue republicano da política? Isso faz bem à democracia? Ao que parece, por enquanto, só faz crescer os adversários Lula e Bolsonaro. Aonde isso vai parar? Que nos desculpem os mais sensíveis, mas o #ProgramaDiferente apresenta o insólito combate com o tom crítico de irreverência e deboche que ele merece. Assista.

De Obama a FHC: assista no #ProgramaDiferente



"Se uma sociedade é saudável, a política também será", afirmou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante o Fórum Cidadão Global, promovido pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira, 5 de outubro, em São Paulo, em sua primeira visita ao Brasil após deixar a Casa Branca. Ele também afirmou que os países não precisam ter políticos perfeitos para serem bem-sucedidos, mas precisam ter um sistema que identifique seus defeitos. A GloboNews transmitiu ao vivo a palestra, que você revê na íntegra aqui no #ProgramaDiferente, com tradução simultânea. Assista.

Veja também todas as palestras do recente Seminário Internacional "Desafios Políticos de um Mundo em Intensa Transformação", promoção conjunta da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e do ITV (Instituto Teotônio Vilela), com participações de Fernando Henrique Cardoso, Roberto Freire, Geraldo Alckmin, Cristovam Buarque e outros convidados especiais (a íntegra de todas as palestras está na playlist "Eventos", da TVFAP.net).

sábado, 7 de outubro de 2017

O filme "Polícia Federal – A Lei É Para Todos", sobre os bastidores da Operação Lava Jato, já é a maior bilheteria do cinema nacional em 2017



Polêmico, controvertido, atacado por parte da crítica especializada e odiado pelos simpatizantes do PT, de Lula e Dilma, o filme "Polícia Federal – A Lei É Para Todos" conquistou o posto de maior bilheteria do cinema nacional em 2017 até o momento, com quase 1,5 milhão de espectadores. Só por esses motivos o #ProgramaDiferente não poderia deixar de falar no longa que conta as origens da Operação Lava Jato, de março de 2014 até meados de março deste ano (e já foi anunciado que teremos continuação com o restante dessa história real, mesmo sem fazermos ideia de como tudo vai terminar).

O filme que tem no elenco Antônio CalloniFlávia AlessandraAry Fontoura Marcelo Serrado é seguido no ranking de público em 2017 por outros filmes como o infantil "Detetives do Prédio Azul" e o irreverente e adulto "Bingo", a ótima adaptação da biografia do ator Arlindo Barreto, intérprete do palhaço Bozo e que representará o Brasil no Oscar de 2018. Vale registrar que esses três filmes somados não chegam nem perto da bilheteria do campeão das telonas em 2016, "Minha Mãe É Uma Peça 2", que levou mais de 9 milhões de pessoas aos cinemas. Bom, mas isso é uma outra história.

O fato é que a Lava Jato está ajudando a mudar o Brasil. Nenhum outro assunto mobilizou tanto a imprensa nestes três anos. Nunca antes na história deste país, parodiando o poderoso chefão desta mafia à brasileira, houve maior investigação contra políticos e empresários corruptos. Nem a Operação Mãos Limpas, na Itália, flagrou tanto dinheiro público desviado.

Dessa história nasceu o livro de Ana Maria Santos e Carlos Graieb, publicado pela Record, do editor Carlos Andreazza, e que posteriormente daria origem ao filme do diretor Marcelo Antunez, conhecido até então por dirigir comédias como "Um Suburbano Sortudo" e as sequências "Até que a Sorte nos Separe 3" e "Qualquer Gato Vira-Lata 2". Enfim, vale a pena conhecer esses bastidores da Lava Jato e debater se a lei é mesmo para todos... Assista.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Nuzman preso: mais um legado da #Rio2016 :-)



A prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, é um bom momento para relembrar o especial "Legado Olímpico" do #ProgramaDiferente, exibido pela TVFAP.net logo depois da #Rio2016. Com direito a festa de Lula, Dilma, Cabral e Nuzman, muito choro e até beijo emocionado.

Assista: https://youtu.be/LzijN-VyDog

Um ano de João Doria no #ProgramaDiferente



O tema do #ProgramaDiferente é "Um ano de João Doria" - e existe nesse título um duplo sentido. Um ano de João Doria pois faz exatamente um ano que o candidato tucano surpreendeu e foi eleito Prefeito de São Paulo no 1º turno, com mais de 53% dos votos válidos. E um ano de João Doria porque, sem dúvida, ele é o grande protagonista no palco da política neste ano de 2017, se credenciando, inclusive, para as eleições de 2018. Tem gente que ama, tem gente que odeia, mas ninguém fica indiferente. Assista.

Também está cada vez mais evidente o desejo de João Doria ser candidato a presidente da República, como demonstra tanto o apoio declarado do MBL (Movimento Brasil Livre) por meio de seus líderes Kim Kataguiri e Fernando Holiday em entrevistas exclusivas, quanto a renhida polarização com Lula; seja pela troca de farpas com outros presidenciáveis, como Ciro Gomes, ou pelo reforço na sua imagem de gestor e trabalhador, características destacadas no depoimento dos prefeitos regionais Carlos Fernandes e Paulo Mathias; além das já famosas ações midiáticas em todo o país. A campanha eleitoral está na rua!

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Terapia floral no SUS? Nota fiscal em banco? Chip no uniforme dos alunos? São algumas das leis que os vereadores paulistanos podem aprovar hoje

O Câmara Man alerta: Entre os projetos que aparecem na pauta da sessão extraordinária desta quarta-feira, 4 de outubro, alguns despertam especial atenção (na verdade todos devem ser observados com cuidado pelos cidadãos, afinal seguirão para a sanção ou veto do prefeito João Doria e podem se tornar leis; mas alguns são mais curiosos ou inusitados, ou precisam ter alguma explicação adicional).

Por exemplo: Exigência de nota fiscal nas agências bancárias, em serviços como abertura de conta corrente, solicitação de cartão, cheque especial etc. Outro: Terapia floral nas unidades do Sistema Único de Saúde. Parece um tanto extravagante numa situação em que as filas para exames e atendimento médico duram meses. Por fim: controle da presença dos alunos nas escolas por chip implantado no uniforme.

Veja abaixo alguns destes projetos inusitados:

PL 286 /2017 , do Vereador ATILIO FRANCISCO (PRB) Dispõe sobre obrigatoriedade da emissão de Nota Fiscal de Serviços pelas instituições financeiras relativa aos serviços prestados nas agências bancárias localizadas no município de São Paulo, e dá outras providências.

PL 382 /2013 , do Vereador AURÉLIO NOMURA (PSDB) Estabelece Diretrizes para o “Programa de Terapia Floral”, Prática Complementar ao Bem-Estar e a Saúde, no âmbito do município de São Paulo.

PL 78 /2017 , do Vereador CAMILO CRISTÓFARO (PSB) Acrescenta a alínea “j” ao art. 2º da lei nº 14.964, de 20 de julho de 2009, e dá outras providências. (Altera a lei que dispõe sobre a padronização do uniforme escolar na rede municipal de ensino para instalação de microchips eletrônicos).

PL 546 /2017 , do Vereador EDUARDO TUMA (PSDB) Altera o art. 1 da lei n° 9.479, de 8 de junho de 1982, e dá outras providências. (Ref. a concessão administrativa da área municipal situada na Avenida Marquês de São Vicente, aonnde funciona o centro de treinamento do São Paulo Futebol Clube, passa a ser de 90 anos).

PL 289 /2014 , do Vereador ELISEU GABRIEL (PSB) Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de “bituqueiras” nos passeios públicos utilizados como área de fumantes no âmbito do município de São Paulo, e dá outras providências.

PL 365 /2017 , do Vereador FERNANDO HOLIDAY (DEMOCRATAS), NATALINI (PV) Estabelece como ilícito administrativo a coação exercida por guardadores de carros (“flanelinhas”).

PL 223 /2017 , dos Vereadores JOÃO JORGE (PSDB), AURÉLIO NOMURA(PSDB), CLAUDINHO DE SOUZA(PSDB) E OUTROS SRS. VEREADORES Altera a lei 14.266 de 06 de fevereiro de 2007, que dispõe sobre o Sistema Cicloviário do Município de São Paulo, e dá outras providências.

PL 549 /2017 , do Vereador REGINALDO TRÍPOLI (PV) Altera dispositivos da lei n° 13.131, de 18 de maio de 2001, para determinar a utilização de microchips nos cães e gatos, e dá outras providências.

PL 48 /2017 , do Vereador RODRIGO GOULART (PSD), EDIR SALES (PSD) Dispõe sobre a disponibilização de espaço reservado para adoção de animais domésticos, nos estabelecimentos que especifica, e dá outras providências.

PL 123 /2017 , das Vereadoras SÂMIA BOMFIM (PSOL) E ISA PENNA (PSOL) Dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de noções básicas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas municipais do Município de São Paulo.

PL 190 /2017 , da Vereadora SANDRA TADEU (DEMOCRATAS) Regulamenta no município de São Paulo o funcionamento dos portões e cancelas automáticas e dá outras providências.

PL 208 /2015 , do Vereador TONINHO PAIVA (PR) Altera o § 2º do art. 9º da Lei nº 10.365, de 22 de setembro de 1.987, acrescido pela Lei nº 16.137, de 16 de março de 2.015, e dá outras providências. (Ref. ao corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no Município de São Paulo).

PL 213 /2017 , do Vereador ZÉ TURIN (PHS) Acresce §§ 1º e 2º ao art. 2º, da lei nº 12.490, de 3 de outubro de 1997, que instituiu o programa de restrição ao trânsito de veículos automotores no Município de São Paulo, e dá outras providências. (Ref. Cadastro de veículos prestadores de serviços de interesse público isentos do rodízio (serviço funerário, água, luz, telefone, gás, coleta de lixo, correio, etc).

PL 474 /2015 , do Vereador EDIR SALES (PSD), RODRIGO GOULART (PSD) E JOSÉ POLICE NETO (PSD) Altera a lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, com a finalidade de incluir no calendário oficial de eventos da cidade de são paulo a cãominhada, e dá outras providências.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Religião no #ProgramaDiferente: 2017 marca 500 anos da Reforma Protestante, 300 anos de Nossa Senhora Aparecida e 50 anos da Renovação Carismática



No próximo 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira do Brasil, comemoram-se 300 anos do encontro da imagem da santa por pescadores no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Depois, em dia 31 de outubro, completam-se 500 anos da data em que Martinho Lutero pregou na porta da Igreja do Castelo de Wittemberg, em 1517, o pergaminho com as 95 teses do protestantismo. E o ano de 2017 marca ainda outro fato importante do cristianismo: os 50 anos da Renovação Carismática Católica.

Conheça a história destes três acontecimentos religiosos no #ProgramaDiferente:

300 anos de Nossa Senhora Aparecida

500 anos da Reforma Protestante

50 anos da Renovação Carismática Católica




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Amor não tem gênero, idade, cor nem preconceito



Qual será a reação das pessoas ao assistirem a história do primeiro amor entre dois meninos? É isso que o #ProgramaDiferente descobre ao acompanhar o vídeo da Fine Brothers Entertainment sobre a animação "In a Heartbeat". Assista.

Sobre a polêmica da "arte" do homem nu no MAM

Sobre toda esta polêmica do artista nu no Museu de Arte Moderna e mais um Fla x Flu estabelecido nas redes sociais, como já virou moda:

Se eu acho que arte deve ser livre, sem censura e libertária, pode ser irreverente, provocativa, contestadora, até incômoda e que nos faça refletir? Sim.

Se eu acho que o nu pode estar contextualizado nesta arte (mesmo se for mera opinião subjetiva do artista), sendo ou não a intenção chocar e gerar reações contrárias? Sim.

Se eu acho que o artista pode questionar sem limites o poder e a ordem, desafiar as autoridades, contestar as regras estabelecidas? Sim.

Pode tratar de religião, sexualidade, família, política, etnia? Pode tudo.

Então obviamente pode colocar uma criança, desde que autorizada pelos pais, a tocar a “obra”, que se trata de um homem nu no meio de um museu? Não! 👎 Não me parece adequado nem sensato.

Nesse caso bastaria a contemplação. Ninguém precisou tocar a Mona Lisa ou o David de Michelangelo para aquilo ser reconhecido como arte e fazer história. Ah, mas e a liberdade do artista e do público??? Calma lá!!! Quer tocar a “obra”? Seja maior de idade e tenha discernimento.

Toda arte é livre! Como eu respondo ou reajo à arte é o “x” da questão. Sou livre mas não para sair por aí me exibindo pelado num ônibus, ou tocando outras pessoas. Quebrar regras não significa cometer um crime. Então o mínimo bom senso vale também para a arte, principalmente envolvendo uma criança.

Ter opinião que não agrade A ou B também não me faz dono da verdade, nem me enquadra como direitista ou esquerdista, liberal ou conservador, retrógrado ou progressista.

Penso simplesmente com a responsabilidade e o equilíbrio de um pai, e como entendo que deve ser a educação de uma criança e a relação civilizada em sociedade, com total liberdade mas respeitando as diferenças. É uma posição pessoal. Só isso.

Maurício Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP e apresentador do #ProgramaDiferente