sexta-feira, 28 de setembro de 2018

3, 2, 1... e Jair Bolsonaro: TCHIBUM! #EleNão

Faltando dez dias para a eleição, convenhamos que é muito difícil ver naufragar uma candidatura disparada em primeiro lugar e com tamanha intenção espontânea de voto. Mas que o staff do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) está se esforçando para fazer a campanha afundar, parece inegável!

O vice, os filhos, a ex-mulher, os dirigentes da sua legenda de aluguel, todos parecem adeptos do uso de armas com farta munição verborrágica, numa candidatura que está mais para "mico" do que para "mito", mas seguem disparando tiros nos pés.

A última do General Mourão, o homem-bomba instalado no posto de aspirante a vice-presidente, foi atacar o 13º salário e o adicional de férias dos trabalhadores, definidos por ele como "jabuticabas", ou "invenções de brasileiro" que, na opinião dele, deveriam ser erradicadas com uma reforma trabalhista. A bobagem dita foi tamanha que forçou o próprio Bolsonaro ir ao twitter para explicar que esses são direitos constitucionais, cláusulas pétreas, portanto atacar esses direitos, além de ofender quem trabalha, demonstra ignorância do vice.

Está difícil controlar os apoiadores do #EleNão. O vice já tinha se enrolado também ao comentar a suposta vocação para o crime de filhos criados por mães e avós. O filho reproduziu uma imagem de mau gosto, com uma indireta homofóbica, invertendo o contexto da crítica (que atacava Bolsonaro por ser apoiador de torturadores e acabou virando uma sugestão involuntária para torturar os próprios críticos). O "posto Ipiranga" da Economia sugere que os pobres paguem proporcionalmente tanto imposto quanto os ricos. A ex-mulher, que voltou a usar o sobrenome de casada e se lançou candidata a deputada na chapa do ex-marido, já fugiu do Brasil acusando Bolsonaro de ameaçá-la de morte. Eita!

Quem lembra da campanha à Prefeitura de São Paulo em 2012 sabe que o favoritismo do candidato Celso Russomanno se dissolveu (e ele perdeu a eleição para Fernando Haddad) depois de propor na TV que a tarifa de ônibus fosse cobrada por distância percorrida. Quer dizer, na prática o pobre da periferia pagaria muito mais caro pelo transporte para chegar em sua casa, distante do centro, do que os mais ricos ou moradores de bairros nobres e bem localizados.

As bobagens na campanha de Bolsonaro e o espírito antipetista arraigado na alma da maioria do eleitorado, que deixam evidente que Haddad não passa de um boneco de ventríloco do presidiário Lula, estão dando um fôlego extra às campanhas de Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes nesta reta final. Serão dez dias, com mais uma semana de propaganda eleitoral e dois debates entre os presidenciáveis (na Record e na Globo), com emoção garantida!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Neste final-de-semana tem #ViradaPolítica



Neste fim-de-semana acontece mais uma #ViradaPolítica em São Paulo. Esta quinta edição do evento é marcada pelo momento eleitoral, com uma polarização radicalizada e dominada pelo ódio, o que demonstra a necessidade de refrear essa escalada e construir um ambiente de paz na política brasileira, exigindo de todos nós o resgate da capacidade de celebrar as nossas diferenças e a nossa diversidade.

Assim, todos juntos, cidadão, movimentos e organizações atuamos em múltiplas frentes para resgatarmos toda a potência transformadora da política. Conheça a programação completa. Neste sábado, dia 29, a agenda é na Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista). No domingo, dia 30, as atividades prosseguem na rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445, em Pinheiros.

Reveja alguns bons momentos da quarta edição da #ViradaPolítica, realizada em 2017, que teve cobertura integral do #ProgramaDiferente. O tema, bastante oportuno, foi: "A Política é importante demais para ser deixada apenas nas mãos dos políticos". É isso! Assista.

Veja a reforma política proposta por Alckmin

Independente do que apontam as pesquisas, para desânimo de alguns, o PPS segue apoiando a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin e debate pontos importantes e necessários para o futuro do Brasil. Um exemplo é a urgente reforma política: diminuir a quantidade de partidos (atualmente são 35, sendo que 25 deles têm representação no Congresso Nacional), fim do voto obrigatório, aplicação de cláusula de desempenho e implantação de voto distrital misto são as principais propostas para fortalecer a democracia brasileira.

“Não conheço nenhuma reforma estrutural como as que eu pretendo fazer no Brasil. A primeira a ser feita é a política. Ninguém vai votar em partido político, vão votar nas pessoas. Essa é a mãe das reformas”, ressaltou o candidato tucano. “A reforma política é essencial. Defendo voto distrital misto. O vizinho fiscaliza, sabe onde você vive, acompanha e participa do mandato. Defendo o voto facultativo. Voto é direito, precisa conquistar.”

Voto facultativo

Atualmente, todos os eleitores entre 18 e 70 anos são obrigados a votar. A partir dessa idade, o voto passa a ser facultativo. Jovens entre 16 e 18 anos se enquadram na mesma regra. A proposta de Alckmin é estender o modelo facultativo para toda a população, assim como é feito em países com democracia madura ao redor do mundo.

“O voto é um direito das pessoas, não deve ser obrigatório. Defendo o voto facultativo. É direito, é preciso conquistá-lo. Mudança política vai melhorar o ambiente político”, considerou. O fim da obrigação de participação eleitoral tramitaria como Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com votação em cada Casa do Congresso em dois turnos, mais sanção presidencial.

Voto Distrital Misto

Modificar a política de votos do sistema brasileiro também é um ponto primordial defendido pelo candidato. Ele propõe a aplicação do voto distrital misto, dividindo o país em pequenos distritos, substituindo o sistema proporcional em lista aberta. Nesse modelo, é como se acontecessem duas votações simultâneas: uma no sistema majoritários e outra pela conjuntura proporcional. Assim, metade das cadeiras do parlamento seria eleita por cada uma.

Na majoritária, o eleitor votaria em um candidato de seu distrito e venceria quem obtivesse mais votos, assim como no pleito presidencial. Pelo proporcional, os votos computados são os de cada partido ou coligação, o chamado voto na sigla utilizado hoje. Ou seja, para conhecer quem ocuparia o cargo, seria preciso saber qual partido saiu vencedor do pleito e observar os candidatos dele que tiveram o mínimo de votos do quociente eleitoral (número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras disponíveis por estado).

A mudança também reduziria o número de partidos políticos, outro intenção do tucano. “Não é possível termos 35 partidos. Precisamos ter menos legendas. O sistema atual leva ao corporativismo. Se o Brasil tivesse voto distrital misto, não aconteceria nada disso. O povo é órfão todo dia no parlamento”, frisou o presidenciável.

Cláusula de desempenho

A norma determina que os partidos devem eleger um mínimo de parlamentares no Congresso Nacional para terem acesso a recursos como o fundo partidário e propaganda gratuita. Assim, o número de partidos políticos também apresentaria uma tendência de queda. 

“O Brasil precisa de uma cláusula de desempenho mais forte. Já foi votado na Câmara dos Deputados a proibição de coligação proporcional. Isso já vai reduzir o número de partidos políticos pela metade. Se tiver uma cláusula maior, vai reduzir ainda mais”, explicou.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Que Brasil teremos depois de 7 de outubro?



Aqui você assiste em primeira mão o #ProgramaDiferente que vai ao ar no próximo domingo, 30 de setembro, entrando na semana decisiva das eleições. Com um resumão da campanha neste 1º turno, que parece mesmo caminhar para a polarização entre Bolsonaro e Haddad, debatemos com leveza e ironia quais são os rumos possíveis para o Brasil.

Em que mãos vão estar os destinos de aproximadamente 210 milhões de brasileiros a partir de janeiro de 2019? O que pretendem os principais candidatos à Presidência da República? Como vai ser a relação do próximo presidente com o Congresso e com a sociedade? Assista e reflita bem antes de ir votar no dia 7 de outubro.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Ainda dá tempo de evitar um 2º turno entre Bolsonaro e Haddad. Só depende do nosso voto na urna!

Se é verdade o que indicam as pesquisas de intenção de voto neste momento, da tendência de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) chegarem ao 2º turno, então agora é a hora de redobrar os nossos esforços e oferecer todo o nosso empenho para não entregarmos o Brasil nas mãos destes extremistas nem de seus seguidores radicais, ambos com suas campanhas marcadas pelo ódio, pela intolerância e pelo revanchsmo.

O Brasil não merece esse trágico destino pelos próximos quatro anos! #ElesNão

O PPS recomenda o voto em Geraldo Alckmin, o candidato mais preparado, equilibrado, testado e aprovado na gestão do Estado de São Paulo, um legítimo democrata, governador por quatro mandatos, contra dois aventureiros irresponsáveis e despreparados, que podem fazer o país retroceder décadas se não fizermos valer a nossa voz e o nosso voto no dia 7 de outubro.

Por isso, vamos às urnas! Nesta reta final, precisamos intensificar a campanha nas ruas e nas redes, chamar o povo brasileiro à razão, mostrar que temos uma saída republicana para a crise política, econômica e social.

Por favor, não lutamos e nos manifestamos todo esse tempo apoiando a Operação Lava Jato, pedindo mudanças, a redemocratização do país e uma nova forma de fazer política para ter na Presidência da República alguém como Bolsonaro ou como um novo fantoche do Lula. Vamos refletir, agir e virar esse jogo enquanto é tempo! Não vamos desistir do Brasil!

Leia também:

O voto democrático em Geraldo Alckmin

domingo, 23 de setembro de 2018

Os 30 anos da Constituição Cidadã de 1988



Neste momento crítico do país, em que há uma sensação de ameaça iminente às conquistas democráticas e republicanas das últimas décadas, o #ProgramaDiferente desta semana é uma celebração pelos 30 anos da chamada Constituição Cidadã de 1988, a Carta Magna da República Federativa do Brasil. Aprovada em 22 de setembro e promulgada em 5 de outubro, merece ter a sua história resgatada neste ano de 2018, tão necessitado daquele espírito que marcou a redemocratização do país. Assista.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Vamos relembrar um pouquinho do Haddad prefeito?

Nem precisamos entrar no mérito se ele foi ou não foi o pior prefeito de São Paulo, como fazem aqueles que tomam como medida o pífio resultado eleitoral de 2016, ao ser derrotado por João Doria (PSDB) no 1º turno.

Decidimos poupá-lo desse juízo de valor, até porque a cidade já tinha resistido às nocivas administrações de Paulo Maluf e de Celso Pitta. Ele foi mais do mesmo.

De qualquer forma, vale relembrar algumas das nossas postagens sobre Fernando Haddad, todas bastante emblemáticas deste novo fantoche lulista, personagem recorrente aqui no Blog do PPS:

Haddad pode ser uma ilha de inocência no PT?

Prefeitura dá dinheiro público a entidade que ataca jornalistas

Crime eleitoral: Dilma faz campanha e propaganda irregular com Haddad



Abracadabra, simsalabim: ciclovias (des)apareçam!

Uau! Prefeito Haddad banca do próprio bolso QG anti-corrupção

Procuram-se bon$ argumento$ para elogiar Haddad

Pitta queria "Fura-Fila", Haddad vai ter "Dedo-Duro"

Tinha um poste (além do Haddad) no meio do caminho

Prefeitura Haddad trabalhando: é o padrão Mr. Magoo

Marca de Haddad: a préÇa é inimiga da perfeiSSão

Os sinais da incomPTência da gestão Haddad

Haddad e a cidade-modelo da (i)mobilidade

Haddad e as bandeiras desbotadas e emboloradas

Irresponsabilidade de Haddad gera tumulto na Câmara

Haddad faz "cercadinho" para drogados... Vergonha!

Procura-se o prefeito de SP: Onde está Haddad???

Bomba-relógio de Haddad explode no colo de quem?

O toque de Midas (ao contrário) de Haddad

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Ciro Gomes xinga, agride e manda prender jornalista



Apontado pelas pesquisas eleitorais mais recentes como opção de "voto útil" para os brasileiros que não querem um 2º turno entre Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT), o presidenciável Ciro Gomes (PDT) é reincidente em cenas de truculência, revolta e desequilíbrio, que certamente o desqualificam não apenas para o cargo mas também para o papel que tenta assumir na campanha, de ser uma opção moderada e racional do chamado "centro democrático". Assista.

Neste sábado, 15 de setembro, chamou o jornalista Luiz Petri de "filho da puta" em Boa Vista (RR)  ao ser perguntado sobre a crise dos imigrantes venezuelanos que chegam ao Estado. O candidato respondia a perguntas de jornalistas quando foi questionado: “Ciro, o senhor reafirma o que disse sobre os brasileiros que tiveram aquela manifestação lá na fronteira, que chamou os brasileiros de canalhas, desumanos e grosseiros?”.

O presidenciável Ciro Gomes então respondeu, de maneira ríspida e exaltada, tentando associar a pergunta do jornalista a um adversário político, o senador Romero Jucá (MDB-RR): “Vá pra casa do Romero Jucá, seu filho da puta. Pode tirar esse daqui. Esse aqui é do Romero Jucá! Romero Jucá. Romero Jucá! Tira ele! Tira ele! Prende ele aí!”.

A pergunta não foi ofensiva e, ainda que fosse, não justificaria o xingamento, a agressão física e muito menos a ordem de prisão. O jornalista apenas repetia uma declaração de Ciro, que foi efetivamente dada em 20 de agosto, após evento da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) com presidenciáveis, em São Paulo. Na ocasião, o pedetista disse que considerava uma "desumanidade" e uma "canalhice" as agressões de brasileiros a venezuelanos em Pacaraima (RR), ocorrida dias antes. Lamentável.

Vera Magalhães avalia o "dia seguinte" se tivermos 2º turno entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro

Análise publicada na coluna da jornalista Vera Magalhães, no jornal "O Estado de S. Paulo".

Haverá um dia seguinte

Eleitores de Bolsonaro ou do PT estão contratando um encontro no segundo turno

Uma parcela do eleitorado brasileiro resolveu encarar as eleições como aquela última festa do ano, à qual você vai para beber todas, extravasar as tensões, dizer verdades na cara do colega que não suporta, sem pesar as consequências da ressaca. Mas assim como na firma ou na repartição, no País também haverá um dia seguinte à rave da democracia, e a depender do que o eleitorado fanfarrão fizer ele poderá ser mais ou menos penoso. Suave e divertido não será, isso já está mais do que claro.

Submetido a uma sequência de provações nas searas econômica – desemprego, desalento, falta de perspectiva –, política e ética, esse eleitor radical se retirou para os extremos. Uma parcela dele abraçou um candidato que vocifera contra a política mesmo vivendo dela há quase três décadas e nela colocando toda a família, que diz não entender nada de economia e promete vagamente cumprir um programa que é o oposto da sua vida parlamentar sem ter maioria mínima para mudar nem nome de praça.

Como Jair Bolsonaro fará isso? Não parece importar. Qual sua proposta para temas cruciais, como reforma da Previdência? Dane-se, o tal do Paulo Guedes (que a maioria de seus seguidores religiosos não saberia apontar num conjunto de três fotografias) resolve. Qual o compromisso deste candidato com as instituições e a democracia? Isso, então, é o que é mais relativizado pelos radicais que enxergam em Bolsonaro uma “saída” para “tudo que está aí”.

Do outro lado do salão do baile está o eleitor que viveu a ilusão da pujança dos governos Lula, foi perdendo tudo aos poucos e se esqueceu que houve Dilma Rousseff, também criada por ele, para levar o País à breca e à situação em que eles se encontram hoje.

Levados pelo messianismo mais antigo da política brasileira – o mesmíssimo, aliás, usado para criar o outro mito, à direita – sonham com um dom Sebastião que, para voltar, precisa sair da prisão, à qual foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro (dinheiro deles, os eleitores, não próprio).

O que Fernando Haddad, o preposto desse dom Sebastião encarcerado, fará com a economia? A proposta escrita é de volta sem escala ao dilmismo. Mas quem se importa? O que o candidato por procuração pretende do Judiciário e do Ministério Público? A proposta é de um “controle social”, a senha para intervenção política. Mas não parece sensibilizar quem está entrincheirado na ilusão da volta de um bem-estar ilusório. Os dois lados do salão do baile do pé na jaca da democracia achincalham a imprensa, flertam com a modificação da Constituição e com a relativização da democracia de forma irresponsável, com o beneplácito de seu eleitorado disposto a beber até o último gole.

Os eleitores-pistola, entrincheirados em Bolsonaro ou no PT, não percebem que estão contratando um encontro no fim da festa de arromba, diante da cada vez maior possibilidade de os dois candidatos – o seu e aquele que ele mais odeia – se enfrentarem no segundo turno. Mas só eles não sabem: os candidatos trabalham justamente por esse cenário de juízo final.

Nesse caso, o embate se assemelhará àquele entre Alien e Predador nos filmes-catástrofe de ação: destruição de tudo que há em volta, aniquilação do inimigo e capitulação dos exércitos rivais. E quem sonhou em eliminar o outro do mapa poderá justamente sagrá-lo vencedor, como em qualquer batalha sangrenta. O problema é que a ressaca, nesse caso, não se cura com analgésico. Leva ao menos quatro anos, atinge inclusive quem não decidiu enfiar o pé na jaca e fará, caso ocorra, com que muitos se deem conta de que política não deveria ser feita com a disposição de chutar o balde, mas com a consciência responsável de que sempre haverá um dia seguinte.

Mauricio Huertas: "Autismo político" do centro pode levar a 2º turno entre Haddad e Bolsonaro

FAP Entrevista: Mauricio Huertas

“Autismo político” do centro democrático brasileiro poderá custar uma derrota já no primeiro turno, avalia o jornalista Mauricio Huertas

Por Germano Martiniano

Nesta semana, Fernando Haddad foi oficialmente lançado pelo PT para substituir Lula na disputa presidencial. A pouco menos de um mês das eleições, a entrada do petista deixa uma questão: qual será a capacidade de transferência de votos de Lula para o atual candidato?

A última pesquisa publicada pelo Datafolha trouxe Bolsonaro na liderança, com 26% das intenções de voto; Ciro e Haddad com 13%, Marina com 9% e Alckmin com 8%. Esses dados deixaram os eleitores de Marina e Alckmin preocupados, uma vez que seus candidatos, considerados de centro, não decolam nas pesquisas.

Neste contexto, a série FAP Entrevista traz o jornalista, secretário de Comunicação do PPS/SP e também dirigente da Fundação Astrojildo Pereira, Mauricio Huertas, como o entrevistado desta semana. Questionado sobre as razões que levam as eleições se afunilarem em torno de candidatos extremistas, à direita ou à esquerda, Huertas foi enfático sobre o centro democrático. “A culpa é de líderes e partidos desgastados e dissociados do mundo real das ruas e das redes. O autismo político poderá nos custar uma derrota já no 1º turno.”

Leia aqui a íntegra da entrevista.

sábado, 15 de setembro de 2018

Fé cega, faca amolada e a eleição presidencial


"Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada" 
(Milton Nascimento)

Ao ler e ouvir nas redes e rodas democráticas tantas análises e projeções de 2º turno, especialmente sobre a importância do convencimento do “voto útil” em Alckmin pelos eleitores de Marina, Amoêdo, Meirelles e Álvaro, entre outros democratas, eu me forço a refletir.

A dúvida que fica é: Por que o eleitor não identifica em Alckmin a melhor opção? Por que a maioria enxerga uma realidade diferente de nós? Por que estamos sempre certos e os outros supostamente estão errados? Ou será que a “culpa” não é do eleitor que procura algo diferente?

Obviamente, nossa tarefa e desejo (para o bem do Brasil e da democracia) é não ter um 2º turno entre Bolsonaro e Haddad. O problema é ter acreditado um dia que a coligação frankenstein do Alckmin e seu tempo monopolizado de TV bastariam para convencer ou cativar um eleitor arredio.

A “culpa”, portanto, não é de quem vota em Amoêdo, Álvaro, Marina ou mesmo Ciro. A culpa é de líderes e partidos desgastados e dissociados do mundo real das ruas e das redes. O autismo político poderá nos custar uma derrota já no 1º turno.

Por outro lado, a sobrevida da liderança de Lula e o crescimento de Haddad se devem à narrativa da vitimização que colou. “Todos são corruptos, mas ele ao menos governou para os pobres, melhorou a vida das pessoas”. É a reedição do rouba mas faz, atrelada à cultura e tradição nacionais. Fora a fé cega no lulismo, que é uma religião.

Os "ismos" marcam a história mundial, mas às vezes este sufixo de origem grega indica muito mais uma doença do que propriamente uma ideologia ou um sistema político: nazismo, comunismo, getulismo, janismo, populismo, coronelismo, malufismo, lulismo, bolsonarismo... E o Brasil, com o seu ainda jovem democratismo e frágil republicanismo, corre um risco inominável de retroceder décadas no dia 7 de outubro.

Comemorar a facada em Bolsonaro, ou simplesmente fazer uso eleitoral deste atentado insano (para o bem ou para o mal), tanto como vibrar com a ruindade das entrevistas com os presidenciáveis no Jornal Nacional ou desejar a falência dos veículos de comunicação do tal PIG (o fictício partido da imprensa golpista) me parece um tanto fascista. Pior ainda quando vem atrelado à torcida por alguma facção criminosa. Parodiando o outro, vejo nisso 50 tons de fascismo. Variações à direita e à esquerda do radicalismo que o Brasil precisa se livrar. Mas sou meio antigo, devo ter perdido as últimas atualizações dos conceitos de democracia. Talvez só me reste rezar.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Faltam só 23 dias para você votar no PPS 23

Aqui você conhece todos os candidatos e candidatas do PPS de São Paulo, em ordem alfabética, com o nome que aparece na urna eletrônica e o respectivo número:


DEPUTADOS FEDERAIS

ALEX MANENTE - 2343

ARLINDO ARAÚJO - 2362

ARNALDO JARDIM - 2345

CARLOS JAPONÊS - 2363

DORA MARIANO - 2313

HILDA GUERREIRA - 2322

HUMBERTO LAUDARES - 2303

POLLYANA GAMA - 2351

ROBERTO FREIRE - 2323

WALLACE - 2333

YVES CARBINATTI - 2300


DEPUTADOS ESTADUAIS

ALESSANDRA BERRIEL - 23888

ANA CHANG - 23120

CLAUDIO PITERI - 23111

DAVI ZAIA - 23123

DRA MAYRA COSTA - 23500

EDNA FLOR - 23789

FERNANDO CURY - 23456

GUI MENDES - 23000

JULINHO FUZARI - 23423

JULIO COSTA - 23300

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Conheça tudo sobre o filme "O Paciente - O Caso Tancredo Neves" no #ProgramaDiferente



Estreia nesta quinta-feira, 13 de setembro, nos cinemas de todo o Brasil, o filme "O Paciente - O caso Tancredo Neves", thriller que narra o turbulento último mês de vida do ex-presidente Tancredo Neves, internado na véspera da sua posse, em março de 1985, e aponta os graves erros médicos cometidos. O #ProgramaDiferente apresenta o filme e as entrevistas com o diretor Sérgio Rezende, o historiador Luís Mir, autor da obra que inspirou o filme, e os atores que dão vida aos personagens deste momento histórico para a redemocratização do Brasil. Assista.

A eleição indireta de Tancredo Neves para a presidência da República em janeiro de 1985 devolvera aos brasileiros a esperança após 20 anos de ditadura e a frustração pela derrota na campanha das Diretas Já. O hábil político mineiro era, naquele momento, fiador de um ainda frágil e incipiente processo de transição dos militares que deixavam o poder. Por isso, o comprometimento de sua saúde na véspera da posse causou enorme comoção no país e foi cercado de mistérios e suspeitas, assim como ocorrera diante das surpreendentes mortes dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek durante a ditadura.

Com o veterano Othon Bastos no papel do presidente eleito, o filme é todo baseado no livro homônimo de 2010, escrito por Luís Mir, que disseca o caso a partir de uma pesquisa minuciosa dos prontuários médicos, bem como dos depoimentos de 42 pessoas que acompanharam tudo de perto. O autor cita, entre outros detalhes, a sutura mal feita na primeira das várias cirurgias a que foi submetido no período, que teria causado uma grande hemorragia interna, bem como a transferência temerária de Tancredo de Brasília para São Paulo.

O elenco conta ainda com Paulo Betti, Otávio Muller, Leonardo Medeiros, Emilio Dantas, Esther Góes e Lucas Drummond nos papeis dos médicos Henrique Pinotti, Renault Ribeiro, Francisco Pinheiro Rocha, do porta-voz da presidência Antônio Britto, da primeira-dama Risoleta Neves e do então jovem Aécio Neves, secretário e neto de Tancredo.

Segundo o relato do livro, escrito após 24 anos de pesquisa, as últimas palavras do ex-presidente antes de ser entubado e sedado foram: "Eu não merecia isso!". Nem nós, brasileiros. E vida que segue...

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Quem matou Marielle? O #ProgramaDiferente registra os longos e inaceitáveis seis meses deste crime sem solução no Dia Internacional da Democracia



Na passagem deste 15 de setembro, em que tradicionalmente é celebrado o Dia Internacional da Democracia, o #ProgramaDiferente registra os seis meses do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes. Afinal, quem melhor que Marielle para simbolizar a pauta da mulher negra, jovem, favelada, feminista, lésbica? Se pensavam em calar a voz de Marielle na bala, se deram mal. As causas que ela defendia ganharam muito mais repercussão e Marielle segue viva dentro de cada um de nós. Lamentável é que ainda não se tenha identificado e punido os autores deste crime abominável. Assista.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A tese dos pacificadores perderá a eleição?

Uma análise que talvez ajude a explicar um pouco do insucesso do poder de influência e das teses daqueles que defendem a pacificação e essencialmente os princípios democráticos e republicanos nestas eleições:

Marco Aurelio Ruediger: A ilusão na política

A eleição sorri para o dissenso, para os cansados do status quo. O brasileiro hoje está mais sensível para as distopias.

Dificilmente esta eleição favorecerá os políticos que pretendam insistir em encarnar teses de consenso ou “pacificação”, bem como os que nela se autovitimam. Esta eleição sorri para o dissenso, para os que sinalizam com a crítica, os cansados do status quo, os politicamente emergentes, os políticos com pele curtida e aperto de mão firme. Dois vetores forçam para esse caminho.

Primeiro, a polarização e a virulência do processo político brasileiro não são só uma questão de lideranças com teses radicalizadas. Há corresponsáveis, e não se circunscreve, portanto, apenas aos mais assertivos, mas aponta àqueles que hoje buscam se eximir de ações no passado, quando efetivamente hegemonizavam o quadro partidário nacional. Como se politica não tivesse memória e não resultasse de processos e decisões anteriores que sucessivamente deixam atores atados a determinados caminhos, fechando de vez outros.

Segundo, o quadro de resultantes de políticas públicas que se constituiu altera equações e tem autorias. Há hoje milhões de desempregados, a segurança pública e o sistema prisional explodem, temos um Estado ineficiente e distorcido, reformas econômicas são adiadas, corrupção e pressão politica corroem a confiança nas instituições. Tudo isso no caudal de anos de acirrada luta partidária.

Em 2014, tínhamos dois campos bem definidos na disputa eleitoral em torno dos quais gravitavam núcleos políticos subsidiários. Aberta a caixa de Pandora da Lava Jato e do impeachment, o processo de ruptura nas polaridades se intensificou. A partir daí, amplia-se a fragmentação internamente aos campos da esquerda e da direita.

A hegemonia binária de 2014 é desafiada nos dois polos. Agremiações e candidaturas insurgentes, que atreladas às redes sociais ganham espaço crescente, apontam para cenários diversos, não previsíveis, aumentando a insegurança do mercado. O cenário torna-se complexo em 2018.

No entanto, a partir de um atentado político, inaceitável e condenável, mas ainda assim um fato pivotal, imagina-se uma possibilidade. O discurso de pacificação concorre com outro, de vitimização. No fundo, ambos são uma tentativa de encobrimento de digitais nos vetores acima.

Mistura-se o ataque a candidatos, com maior radicalidade de propostas, em especial na direita, mas visando segmentos assertivos da esquerda também. Um sofisma, pois a radicalidade de propostas não leva necessariamente a um atentado, nem assertividade necessariamente a descontrole. De contrabando à tese da pacificação e vitimização, vem a tentativa de descompromisso dos grandes atores partidários com o acirramento do processo iniciado em 2014.

Dessa forma, limpas as impressões digitais, a política deveria voltar aos seus eixos binários, mais seguros e previsíveis. Enfim, uma visão idealizada e utópica a se seguir. Equivocam-se.

A história, como disse Marx, “se repete a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. Entramos na segunda fase. Ignorar os fatos é o maior dos erros em estratégia.

Medido nesta segunda-feira (10) o engajamento no Twitter aos discursos dos candidatos (do dia 6 ao dia 10), temos: Bolsonaro, +107%; Ciro, +18%; Haddad,+15%; Marina, +5%; e Alckmin, -8%.

Tendência passível de mudança, ainda que difícil. As redes reconstroem narrativas para além do marketing tradicional, numa eleição eivada de imponderáveis em tempo real.

O brasileiro hoje está mais sensível para as distopias. A maior farsa é ignorar os fatos.

Marco Aurelio Ruediger é chefe da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV-DAPP)

(Publicado na Folha de S. Paulo de terça-feira, 11 de setembro de 2018)

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

"AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar": veja no #ProgramaDiferente a exposição que fica até novembro no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo



O #ProgramaDiferente apresenta a exposição "AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar", que o Instituto Tomie Ohtake promove  com o objetivo de discutir este momento histórico em que uma parcela significativa da população parece desprezar as conquistas democráticas no Brasil, relembrando os custos da retirada de direitos constitucionais e republicanos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional Nº 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). Assista.

Conforme explica o curador Paulo Miyada, a exposição rememora a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser virtualmente criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.

Com entrada gratuita e em cartaz até 4 de novembro, a exposição propõe um percurso que passa por diversos estágios de restrição dos direitos democráticos e destaca múltiplas atitudes de contestação, grito e reflexão. Há também espaço para textos e documentos de contextualização, além de algumas obras comissionadas de artistas mais jovens, que conheceram o período por meio da história.

Segundo Miyada, uma das contribuições que a arte pode oferecer mesmo durante os anos mais sombrios da história humana é a sua capacidade de ampliar o campo do que pode ser dito e sentido frente aos limites e interdições da linguagem. “Com isso em mente, é possível considerar que esta mostra não é apenas um memorial de silenciamentos e perdas, mas também de reinvenções e resistências, com apelos que se endereçaram à sociedade de então e continuam em aberto para os cidadãos de hoje”, completa o curador.


INSTITUTO TOMIE OHTAKE

Terça a domingo, das 11h às 20h

Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo – SP 

Entrada pela Rua Coropés,88 - 
A 800m do metrô Faria Lima (linha amarela)

domingo, 9 de setembro de 2018

Conheça as batalhas de rimas no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana traz um pouco da história do rap, do break e do hip hop, e vai às ruas para mostrar como são as clássicas batalhas de rimas, tradicionais desde os anos 80 e que nunca saem de moda. Rappers e MCs duelam na rima e na improvisação. É a expressão nua e crua da juventude, na sua maioria negra, e da cultura da periferia. Assista.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

PPS repudia atentado contra Jair Bolsonaro

Repudiamos todas as formas de violência e manifestações de ódio: dos discursos intolerantes às agressões físicas.

O atentado contra o candidato Jair Bolsonaro fere a democracia e interfere na normalidade da eleição, que deve sempre respeitar a razão e o voto consciente do povo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Dia de obscurantismo na Câmara de São Paulo: o vídeo do pai indignado com a professora que afirmou que menino pode usar brinco, saia e pintar a unha



No dia em que discursos politizados repercutiram o incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, a maior polêmica da sessão da Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira, 4 de setembro, acabou sendo outra: um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais (compartilhado inclusive pelo presidenciável Jair Bolsonaro), com o pai de uma menina de quatro anos, supostamente indignado com a professora que teria afirmado na sala de aula que meninos podem usar brinco, saia e pintar as unhas.

Na presença do pai que divulgou o vídeo que viralizou nas redes sociais, a vereadora Rute Costa, líder da bancada do PSD na Câmara e de família tradicional evangélica, fez em plenário um pronunciamento indignado contra a professora (que é identificada no vídeo e vem sofrendo ameaças na internet) e denunciando aquilo que se convencionou chamar de ideologia de gênero.

A parlamentar é filha caçula do pastor José Wellington da Costa, que comanda mundialmente a Igreja Assembleia de Deus (Ministério Belém); irmã da ex-vereadora por três mandatos e candidata à reeleição como deputada estadual Marta Costa; do pastor José Wellington Júnior, vice-presidente das Assembleias de Deus; do pastor e deputado federal Paulo Freire; do pastor Samuel Freire, que preside a Igreja Assembleia de Deus em São Bernardo; e do pastor Joel Freire da Costa, missionário nos Estados Unidos.

Houve o contraponto do vereador Claudio Fonseca, que é professor, líder do PPS e presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem). O debate prosseguiu com a participação dos dois vereadores mais jovens da Câmara, ambos em primeiro mandado e com posições antagônicas: Fernando Holiday (DEM) e Sâmia Bomfim (PSOL). Encerrou-se com uma tréplica da vereadora Rute Costa e o desfecho tipicamente conservador do vereador Conte Lopes, ironicamente do partido denominado Progressistas (ex-PP).

Enfim, já que o assunto é Educação, reproduzimos aqui a definição do termo "obscurantismo" tirada do livro de um estudante do 1º grau:
"Obscurantismo significa estado de quem se encontra na escuridão, de quem vive na ignorância. É, a nível social, político e cultural, o sistema que nega a instrução e o conhecimento às pessoas com a consequente ausência de progresso intelectual ou material.
Os Estados totalitários e as grandes religiões na luta pelo poder recorreram, muitas vezes, a práticas obscurantistas, sacrificando os povos e o progresso civilizacional. São muitos os exemplos que a História nos oferece e que levaram a perseguições e outros crimes para preservar o estado de ignorância e facilitar o poder das instituições. O fanatismo religioso ao longo dos tempos, a Inquisição, as guerras étnicas, diversas ditaduras e muitas outras práticas totalitárias são exemplo do obscurantismo. 
A Idade Média, por exemplo, é definida por alguns historiadores como ´idade das trevas´, com o conhecimento detido pela Igreja. Os principais representantes do Renascimento afirmavam-se críticos do ´obscurantismo´medieval, numa atitude de contestação à influência da religião na cultura e no pensamento ocidental."
Para a sua própria avaliação e reflexão, o #ProgramaDiferente apresenta a íntegra do debate travado na Câmara Municipal de São Paulo sobre o polêmico vídeo do pai indignado com a professora que teria admitido em sala de aula a possibilidade de meninos usarem brinco, saia e pintarem as unhas. Até então, foi omitido o contexto. Pelo que se sabe, há o caso concreto de um menino sofrendo bullying na escola. Daí o questionamento e o problema colocado para as crianças. O que você faria? Assista.


Leia também:

Soninha Francine: “A professora disse o que? Disse onde??”

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Que rumos tomam a eleição após cinco dias de TV?



São cinco dias de propaganda oficial dos candidatos na TV e já dá para traçar um prognóstico do que virá pelo próximo mês adentro: o tucano Geraldo Alckmin, com tempo de sobra, tem espaço para falar bem dele e criticar os adversários. O ataque mais pesado, nesta reta inicial, é contra Jair Bolsonaro. A peça chave dessa primeira fase da campanha é a exposição do tratamento machista, misógino, boçal e truculento do presidenciável do PSL, na esperança de virar o voto bolsonarista e impedir o crescimento dele entre os indecisos. Assista.

A propaganda petista segue em crise de identidade: ainda apresenta Fernando Haddad como "vice" de uma chapa sem cabeça. Sobrevive às custas do fantasma de Lula, que assombra os adversários com uma intenção de voto elevadíssima apesar da prisão e da condenação na Justiça em segunda instância, que lhe custou a impugnação da candidatura. De resto, todo candidato petista bebe na fonte do seu santo milagreiro. Resta esperar o resultado desta fé cega.

Com bem menos tempo que Alckmin e Haddad, mais ainda assim uma imensidão se compararmos com os 7 segundos de Jair Bolsonaro, os candidatos Ciro Gomes e Marina Silva se esforçam na tentativa de quebrar as duas polarizações que dominam as eleições de 2018: primeiro, a tradicional, de PT x PSDB; e, em segundo, de Bolsonaro contra todos. Não é tarefa fácil. A candidata da Rede tem se saído bem ao demonstrar força e desmistificar a imagem de "mulher frágil" que os adversários tentavam atribuir a ela. O candidato do PDT, por sua vez, apela para propostas populistas como limpar o nome de todo brasileiro endividado. Vai que cola...

A próxima semana terá necessariamente um rearranjo estratégico: o PT vai ter que abandonar a dubiedade do discurso, apresentando objetivamente a nova chapa com Haddad presidente e Manuela vice, ainda que siga tratando Lula como uma entidade divina e multiplicadora de votos.

Por outro lado, Alckmin deve intensificar os ataques ao PT e reforçar a tentativa de desconstrução de Haddad. Tempo e informação para isso, não faltam. Resta descobrir o efeito da chamada "propaganda negativa", com críticas duras ao adversário, na intenção de voto do eleitorado. É uma aposta de risco. Às vezes, o tiro é certeiro; outras vezes, a bala ricocheteia e volta na direção de quem atira. Vamos aguardar para ver.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Brasil despreza e abandona seu povo e sua História

Tristes e lamentáveis as imagens do incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio. Sabe-se agora que sucessivos governos negligenciaram os pedidos de socorro para a conservação e a manutenção deste patrimônio histórico. Faltaram verbas, sobraram alertas. Ninguém deu atenção.

Faz lembrar que, às vésperas de mais um 7 de setembro, o Museu do Ipiranga segue fechado desde 2013 e, se tudo correr bem, será reaberto apenas em 2022. Dez anos sem o mais emblemático e conhecido museu paulista, que guarda a memória da nossa Independência. Uma geração inteira de estudantes foi privada de conhecer mais este símbolo nacional negligenciado.

Em 2015, o fogo também consumiu o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo. Nada acontece por acaso. Vivemos um momento de absoluto descaso, estupidez e falta de espírito público de políticos que se ocupam apenas da dilapidação do patrimônio público.

O Brasil não respeita o seu povo e a sua História. Governantes incompetentes e irresponsáveis cortam recursos de áreas que já são carentes, em vez de fechar os ralos por onde escoa dinheiro público em ilegalidades, privilégios e futilidades. Enquanto a Cultura e a Educação forem desprezadas neste país, não teremos constituído uma verdadeira Nação.


Veja também:

#LutoPeloMuseuNacional no #ProgramaDiferente