Vamos raciocinar juntos: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, começou uma peregrinação pela imprensa (de entrevista encomendada na Folha de S. Paulo à presença oportunista no Pânico da Jovem Pan) para se mostrar o último dos petistas honestos (o penúltimo seria Eduardo Suplicy, candidato a vereador e aposta derradeira do PT como puxador de votos em 2016). Mas será possível que cole mais essa propaganda enganosa no eleitorado paulistano?
Como pode alguém não-petista acreditar ainda nessa conversa mole do Haddad? Como pode ser uma ilha de inocência cercado de corruptos por todos os lados um gestor que entrega o transporte público e a liderança de governo para a família Tatto? Como pode ser a última bolacha do pacote um cara que teve João Santana, o presidiário, como guru e marqueteiro da sua eleição, na mesma cartilha mentirosa de promessas irrealizáveis que orientou Dilma Rousseff?
Do que Haddad pretende nos convencer? Que ele é apenas incompetente, mas é honesto? Que, apesar de ser um gestor medíocre, é um cara legal? Mas como pode ser legal um cara que deixa os movimentos sociais vinculados ao seu partido criminoso invadirem e ocuparem áreas de mananciais? Como pode o "inocentão" Haddad ter recebido recursos de campanha desviados do Petrolão, como indicam as delações na Justiça do caso que segue sob investigação na Lava Jato?
Quer dizer então que basta vir a público agora, às vésperas da campanha à reeleição, para tentar desesperadamente se descolar da catástrofe do (des)governo Dilma e do desmoronamento do PT, que todo eleitor de São Paulo vai cair como um patinho em mais um estelionato eleitoral e votar 13 outra vez? Fala sério, Haddad! Você acha mesmo que o paulistano é idiota? Ou que vai errar duas vezes seguidas reelegendo um mané como você?
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