Uma reportagem do Estadão deste domingo é um primor no quesito "especulação", sobre o qual temos tratado durante toda a semana no Blog do PPS/SP. É um apanhado geral de todas as fofocas e "informações" vazadas nos últimos dias.
Para citar apenas o que foi falado do PPS: quem lê a matéria passa a achar que Soninha "perdeu o apoio do partido" - que, por sua vez, é "representado" pelo atual secretário da Cultura, Carlos Augusto Calil. Nonsense total.
Para esclarecer, mais uma vez: o PPS já faz parte da gestão Serra/Kassab desde 2004. Ocupa espaços no governo com o deputado federal Dimas Ramalho, por exemplo, na Secretaria de Serviços, e o urbanista Marcos Gadelho na Subprefeitura da Casa Verde, assim como já ocupou a secretaria de Esportes, primeiro com Marquinho Tortorello e depois com Heraldo Corrêa.
Os três partidos da aliança que em 2004 elegeu Serra/Kassab (PSDB, DEM e PPS) lançaram candidatos próprios no primeiro turno e se reagruparam no segundo turno. O apoio à reeleição do prefeito se deu, portanto, pela continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado e por uma série de pontos do programa de governo de Soninha Francine que foram incorporados por Gilberto Kassab.
Se daí sair qualquer mudança no secretariado, esta é uma decisão única e exclusiva do prefeito. Jamais uma exigência do PPS, que obviamente tem em Soninha uma das suas principais lideranças - tanto que já lançou seu nome para a sucessão de Kassab em 2012.
Portanto, se o PPS acredita que Soninha pode ser uma boa prefeita, tem certeza também que seria uma boa secretária. Opinião, aliás, compartilhada pelo próprio Kassab, que elogiou Soninha (como sempre fez, durante a campanha, inclusive) e num ato falho a chamou de secretária. Esses são os fatos. O resto é especulação.