A reclamação anterior foi ignorada, mas a crítica é recorrente e o problema persiste. Assim, vamos insistir.
Na Folha de S. Paulo de hoje, o artigo de Rogerio Gentile lista “os quatro principais candidatos”: Serra, Russomanno, Chalita e Haddad. Oi? No meio desses quatro, queiram ou não, Datafolha e Ibope apontam Soninha em terceiro lugar, em todas as pesquisas. Qual critério, então, a Folha usa para definir “os principais candidatos”? Torcida? Simpatia pessoal? Poder econômico? Qualquer coisa, menos estatística e jornalismo.
A reportagem diária da campanha força a mão, outra vez, para provocar uma polarização que não existe nesta eleição, entre PT e PSDB, mas que os analistas de pesquisa, cientistas políticos e alguns jornalistas apostaram e precisam fazer acontecer a qualquer custo: repercutem até uma comparação de Serra com Hitler por apoiadores de Haddad. Tudo para tentar acirrar a claque de um e de outro, nessa relação simbiótica que só interessa a ambos.
Se já é difícil fazer uma campanha séria e propositiva com poucos recursos, enfrentando a máquina e padrinhos como Lula e Dilma de um lado, Alckmin e Kassab de outro, temos ainda que combater o tratamento parcial e preconceituoso da mídia. Complicado. Mas seguimos firmes, com “Um Sinal Verde para São Paulo”.