Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP) |
Já era pública e notória a incompetência de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo. Pois agora ficou patente também a sua irresponsabilidade para gerir a maior capital do país, com um inaceitável desvio de conduta que ultrapassa a simples inaptidão e imperícia.
O que o prefeito fez nesta semana para driblar o protesto dos trabalhadores sem-teto foi de uma sordidez sem tamanho. O nosso Pilatos de plantão no Palácio do Anhangabaú lavou as mãos e jogou um problema que era exclusivo dele - insolúvel pela sua incapacidade, estupidez e despreparo - no colo dos vereadores paulistanos.
Avesso ao decoro do cargo e às mínimas regras democráticas e republicanas, principalmente a independência entre os poderes e as prerrogativas de cada um, fez demagogia barata com o povo e uma chantagem vexatória com o Legislativo.
Ao prometer que o Executivo vai atender a reivindicação do movimento pró-moradia se os vereadores aprovarem rapidamente o novo Plano Diretor, Haddad faz o povo de bobo e usa manifestantes que em tese lutam por uma causa justa como massa de manobra para pressionar a sua própria base de sustentação. Uma vergonha!
E qual a resposta da Câmara Municipal? Praticamente nula, com a maioria cooptada se dobrando passivamente a um prefeito chantagista e a reação praticamente isolada dos vereadores Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV), que cobram um mínimo de decência e honestidade do Executivo.
Mais uma vez, é o falso "novo" do PT - cuja máscara anunciada pela propaganda eleitoral enganosa já caiu nos primeiros meses de governo - agindo como um político velhaco, com métodos arcaicos e abomináveis. Na contramão da sustentabilidade, o prefeito conseguiu a proeza de opor as demandas sociais às ambientais, como se ambas tivessem soluções inconciliáveis.
De uma só tacada, o prefeito desmoralizou (mais?) a Câmara, instituiu a chantagem como instrumento de pressão política, legitimou a invasão de terras para furar a fila da habitação, estimulou que novas áreas de preservação ambiental sejam invadidas e patrocinou o ressurgimento da indústria da especulação imobiliária e das ocupações irregulares em áreas de mananciais, muito em voga em décadas passadas.
Esse mega-acampamento denominado Nova Palestina, no Jardim Ângela, terreno particular de 1 milhão de metros quadrados ocupado por 8 mil famílias em área de mata atlântica nativa e vizinha à represa Guarapiranga, virou um grande caça-níqueis. Destinado pela gestão anterior para implantação de um parque, seria desapropriado por um valor "x". Transformado em Zona Especial de Interesse Social, e loteado para habitação, sua desapropriação valerá "3x".
Quem vai lucrar com a ação desastrada de uns e a omissão criminosa de outros, não se sabe. Líquido e certo é que o prejuízo será nosso, de cada cidadão paulistano que sofre com a degradação urbana e os consequentes danos ambientais, problemas de abastecimento e a deterioração da saúde e da qualidade de vida em São Paulo. Resultado direto da incompetência e da irresponsabilidade deste prefeito fanfarrão.
O que o prefeito fez nesta semana para driblar o protesto dos trabalhadores sem-teto foi de uma sordidez sem tamanho. O nosso Pilatos de plantão no Palácio do Anhangabaú lavou as mãos e jogou um problema que era exclusivo dele - insolúvel pela sua incapacidade, estupidez e despreparo - no colo dos vereadores paulistanos.
Avesso ao decoro do cargo e às mínimas regras democráticas e republicanas, principalmente a independência entre os poderes e as prerrogativas de cada um, fez demagogia barata com o povo e uma chantagem vexatória com o Legislativo.
Ao prometer que o Executivo vai atender a reivindicação do movimento pró-moradia se os vereadores aprovarem rapidamente o novo Plano Diretor, Haddad faz o povo de bobo e usa manifestantes que em tese lutam por uma causa justa como massa de manobra para pressionar a sua própria base de sustentação. Uma vergonha!
E qual a resposta da Câmara Municipal? Praticamente nula, com a maioria cooptada se dobrando passivamente a um prefeito chantagista e a reação praticamente isolada dos vereadores Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV), que cobram um mínimo de decência e honestidade do Executivo.
Mais uma vez, é o falso "novo" do PT - cuja máscara anunciada pela propaganda eleitoral enganosa já caiu nos primeiros meses de governo - agindo como um político velhaco, com métodos arcaicos e abomináveis. Na contramão da sustentabilidade, o prefeito conseguiu a proeza de opor as demandas sociais às ambientais, como se ambas tivessem soluções inconciliáveis.
De uma só tacada, o prefeito desmoralizou (mais?) a Câmara, instituiu a chantagem como instrumento de pressão política, legitimou a invasão de terras para furar a fila da habitação, estimulou que novas áreas de preservação ambiental sejam invadidas e patrocinou o ressurgimento da indústria da especulação imobiliária e das ocupações irregulares em áreas de mananciais, muito em voga em décadas passadas.
Esse mega-acampamento denominado Nova Palestina, no Jardim Ângela, terreno particular de 1 milhão de metros quadrados ocupado por 8 mil famílias em área de mata atlântica nativa e vizinha à represa Guarapiranga, virou um grande caça-níqueis. Destinado pela gestão anterior para implantação de um parque, seria desapropriado por um valor "x". Transformado em Zona Especial de Interesse Social, e loteado para habitação, sua desapropriação valerá "3x".
Quem vai lucrar com a ação desastrada de uns e a omissão criminosa de outros, não se sabe. Líquido e certo é que o prejuízo será nosso, de cada cidadão paulistano que sofre com a degradação urbana e os consequentes danos ambientais, problemas de abastecimento e a deterioração da saúde e da qualidade de vida em São Paulo. Resultado direto da incompetência e da irresponsabilidade deste prefeito fanfarrão.