Se não bastasse todo o vasto currículo de ações devastadoras para a cidade em tão pouco tempo (15 meses de gestão), faz o que pode (e principalmente o que não pode, está aí a Justiça tendo que botar ordem na casa) para transformar a Prefeitura de São Paulo em um caça-níqueis com viés eleitoral.
O novo achaque é o aumento escorchante de até 173% (embora 171 fosse mais emblemático) do valor venal dos imóveis em São Paulo, verificado em bairros pobres da periferia (como Valo Velho, na zona sul, e Vila Ema, na zona leste). Isso porque não se tem ainda a informação dos valores reajustados em toda a cidade, pois a medida foi tomada na calada da noite, à revelia da Câmara Municipal e sem qualquer transparência e publicidade aos cidadãos.
Já que Haddad age sordidamente nos bastidores, como ratos e baratas que se escondem nas frestas escuras do prédio da Prefeitura, restará à oposição e ao Ministério Público tentar barrar na Justiça o aumento aplicado na tabela-base para o cálculo do ITBI, imposto pago por quem compra ou herda imóveis na cidade.
Foi assim também, com ações na Justiça, que a oposição derrubou o aumento abusivo (e ilegal) do IPTU neste ano, que tinha sido proposto por Haddad e aprovado com folga pela maioria cooPTada na Câmara Municipal. Dessa vez nem os vereadores foram consultados. Haddad deu um passo além no abuso, no descaso e na irresponsabilidade.
O vereador Ricardo Young (PPS) classifica o reajuste dos valores como uma
tentativa desesperada de aumentar a arrecadação.
É isso que estamos dizendo: à frente de um governo inaPTo para gerir a cidade, Haddad fez promessas de campanha que agora não pode cumprir. Garantiu que teria uma relação privilegiada com a presidente Dilma Roussef para renegociar a dívida do município e trazer recursos bilionários para novos investimentos. Deu com os burros n´água. E quem paga a conta de mais este engodo eleitoral do PT? Leia mais: Artigo: "Haddad, incompetente e irresponsável" Plano Diretor de Haddad: outra "calamiddad" do PT? PPS/SP se reúne e avalia (des)governo Haddad |