quarta-feira, 16 de abril de 2014

O zigue-zague do cambaleante Haddad na Prefeitura


Parece piada, mas esta é uma obra séria (se ainda for possível encará-la assim) da gestão do "prefeito-gênio" Fernando Haddad. Talvez seja bastante ilustrativa do momento errático das administrações do PT. Retrato instantâneo dessa gente incompetente, despreparada, desqualificada que toma conta da Prefeitura de São Paulo e da Presidência da República.

Já dissemos aqui: a oposição nem precisa se esforçar muito. O governo e a sua base cooPTada se encarregam por conta própria de cair em descrédito e mostrar à população o erro cometido nas eleições (e que não se repita em 2014, por favor!).

É mais uma faixa histórica para a coleção folclórica de Haddad: começou com as faixas de ônibus, passou para as faixas informativas de áreas alagáveis (na única ação anti-enchente deste genial gestor) e chegou agora à surreal faixa de trânsito em zigue-zague.

Enfim, para alguém como Haddad, que prova dia-a-dia que NÃO SABE DIRIGIR (a cidade, principalmente), já está de bom tamanho. Vergonhoso até para os padrões petistas!

Mas não é só isso. Além da incompetência e da irresponsabilidade na administração cotidiana municipal e federal, começam a pipocar novos escândalos políticos e financeiros: de um só jatinho até um aeroporto inteiro, o aPeTite do PT parece insaciável.

Primeiro foi o petista André Vargas, vice-presidente da Câmara dos Deputados, que renuncia ao mandato após ser flagrado de carona no avião do doleiro preso, envolvido com escândalos na Petrobras e no Ministério da Saúde. Não por acaso, é amigo do ex-ministro e pré-candidato do PT ao Governo de São Paulo, Alexandre Padilha.

Depois do jatinho, o próximo escândalo a estourar pode ser o da construção do tal aeroporto particular em Parelheiros, desejado por pessoas do PT e de partidos da base, mas vetado pela Justiça e pela maioria da população.

Mais um caso - que vem se tornando rotina na gestão Haddad - de intervenção privada em espaço de preservação ambiental reservada para a implantação de um parque. Vide a chantagem de Haddad contra a Câmara no caso da ocupação denominada Nova Palestina e da polêmica dos parques Augusta, Mooca e Vila Ema. É muita cara-de-pau dessa turma!

Repare também que entre os proprietários do aeroporto está André Skaf, filho do empresário Paulo Skaf, da Fiesp, só por coincidência o pré-candidato do PMDB (e "plano B" do PT de Dilma e Lula) ao Governo do Estado de São Paulo. Outro dono é herdeiro da empreiteira Camargo Corrêa, de onde casualmente partem generosas contribuições de campanhas eleitorais.

Para aumentar a "coincidência" (desafiadora das probabilidades do acaso, beirando o grau de um milagre), vereadores do PT e de partidos governistas como o PMDB estão jogando duro e pressionando a Prefeitura a incluir o aeroporto no Plano Diretor a ser aprovado. Quais serão os verdadeiros (e inconfessáveis) interesses em pauta?

Detalhe: como a maioria da população é contra o aeroporto, assim como também a Justiça já se manifestou pelo veto à obra, o PT precisou inventar um método para justificar o atropelo da lei e do bom senso. Primeiro, apelou para o já tradicional conflito de classes: "pobres" x "ricos", onde do lado dos "pobres" da zona sul de São Paulo estariam as famílias Skaf e Camargo Corrêa, e entre os "ricos" todos os moradores da região de Parelheiros, repleta de favelas, invasões e loteamentos. Duro de engolir, hein?

E, finalmente, para mostrar o que seria a maior prova do "apoio popular" ao aeroporto particular (chega a ser risível), o PT e os empresários justificam que a maioria dos membros do Conselho Participativo de Parelheiros, que em tese foi eleito para representar a população do bairro, querem a obra no lugar do parque. Ah, então tá!

Meu Deus, alguém ainda leva a sério essa gente do PT?