quinta-feira, 3 de abril de 2014

Agora nem com muito Viagra, hein, Padilha?

Depois da revelação de suspeitas gravíssimas contra o Ministério da Saúde, quando era comandado pelo então ministro Alexandre Padilha, velha novidade na linha de produção de postes sem luz de Lula, parece que nem com muito Viagra (que é o remédio envolvido no escândalo) a candidatura do PT ao Governo de São Paulo vai começar a subir.

É surpreendente a atração que petistas e partícipes dos seus governos têm por "malfeitos" (segundo o termo politicamente correto para proteger corruPTos, adotado pela cartilha de Lula e Dilma, aqueles que também pregam que "vale fazer o diabo para ganhar uma eleição").

O mais recente escândalo envolve o doleiro preso Alberto Youssef, que teria conseguido financiamento de R$ 31 milhões do Ministério da Saúde (na gestão Padilha) para o laboratório Labogen por meio de "contatos políticos", segundo depoimento à Polícia Federal de um dos sócios da empresa, Leonardo Meirelles.

Um destes contatos políticos é o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, aquele que já tentou constranger o ministro Joaquim Barbosa, e que agora foi flagrado pela Polícia Federal de "carona" no avião do doleiro preso e trocando mensagens sobre o favorecimento à Labogen. (Seria a "lei do retorno"?)

Na conversa, o deputado petista relata ao doleiro que a reunião com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha"foi boa demais". E conclui: "Ele garantiu que vai nos ajudar". Eeeepa!

A Labogen assinou em dezembro do ano passado um contrato com o Ministério da Saúde para produzir o citrato de sildenafila, o Viagra. O acordo previa pagamento de R$ 31 milhões em cinco anos. Ulalá!

Este mesmo laboratório - veja que coincidência - foi usado pelo doleiro Youssef para fazer remessas ilegais ou internalizar US$ 37 milhões (ou R$ 84 milhões) com a simulação de importações e exportações, segundo a PF.

E-mails apreendidos apontam ainda que o diretor de Produção Industrial e Inovação do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge Oliveira, teria orientado a Labogen a se associar com uma megaempresa, o laboratório EMS, que cuidaria sozinha da produção de 35 milhões de comprimidos ao ano. Hmmmm...

Segundo a Folha de S. Paulo, a suspeita da PF é que a Labogen foi usada apenas para pagar propina a servidores públicos por causa da diferença de porte entre as empresas. A Labogen tem folha de pagamento de R$ 28 mil. Já a EMS é o laboratório com o maior faturamento no país (R$ 5,8 bilhões em 2012). 

Interessante. Muito interessante. Eficácia comprovada dessa equipe do ministro Padilha, este que diariamente cava um espaço na imprensa para falar mal de alguma coisa no Governo do Estado, antecipando irregularmente a campanha eleitoral.

Sem motivo aparente, lembramos agora do bordão daquele personagem antigo do Jô Soares"Vai pra casa, Padilha!" 

Por que será, hein?

PT, saudações.


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