Mataram o ex-administrador da conhecida "Feirinha da Madrugada" paulistana, Geraldo de Souza Amorim. Ele foi baleado dentro de casa, no domingo (18/9), em uma fazenda na zona rural de Tatuí, no interior de São Paulo, onde costumava passar os fins de semana.
De acordo com a polícia, três homens teriam invadido o local e durante a fuga houve uma troca de tiros. Três suspeitos foram presos, dois no próprio domingo e um nesta segunda-feira (19).
Amorim havia pedido afastamento do cargo e registrado um boletim de ocorrência porque estava sofrendo ameaças sobre assuntos relacionados à feira. O ex-administrador ficou famoso por denunciar suposto esquema de propina, que, segundo ele, envolvia políticos do PR (Partido da República).
Investigação
Segundo noticiado pela imprensa, o empresário Geraldo de Souza Amorim acusou o deputado Milton Monti (PR-SP) de pedir propina para que ele pudesse continuar a comandar a feira. Amorim afirma ter relatado o problema ao presidente do PR, o deputado federal Valdemar Costa Neto, que, segundo o acusador, "preferiu não se envolver".
Um processo contra Costa Neto foi iniciado por representação do PSOL e do PPS. Os dois partidos pediram a investigação do possível envolvimento do deputado com essa suposta cobrança de propina de uma empresa que administrou a Feira da Madrugada, localizada em terreno da extinta Rede Ferroviária Federal, e também por irregularidades no Ministério dos Transportes.
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