Com leveza, bom humor e simplicidade, Marina Silva deu mais um show nesta quinta-feira, 11 de agosto, durante o Encontro Estadão & Cultura, ao palestrar sobre o polêmico Código Florestal e a "nova política" que tanto ela quanto nós estamos propondo e debatendo há um bom tempo. Veja aqui algumas das nossas propostas.
"Nossos sonhos não cabem nas suas urnas", menciona Marina sobre um dos lemas do fenômeno global que vem chacoalhando a juventude e assombrando os mais conservadores. A presidenciável, ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente é hoje, sem dúvida, o principal ícone brasileiro deste movimento revolucionário que transborda nas redes e nas ruas, em todo o mundo, de gente insatisfeita com a mesmice da política e dos políticos tradicionais.
A própria Marina, após obter quase 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010, abandonou o PV (como já havia se desligado do PT) na tentativa de trocar a política pragmática por uma política "sonhática", trocadilho feliz que usou para definir essa nova formatação que buscamos para atender a demanda de quem deseja participar dos rumos políticos mas não esconde a indignação e a verdadeira ojeriza ao atual sistema partidário.
A credibilidade transmitida por Marina Silva é digna de registro. Esta mulher exala honestidade, força e coerência, sem perder a doçura e a tranquilidade de quem não precisa provar o que não é.
"Já fui chamada de tanta coisa: de ´xiita´, de 'chaata'...", brinca com os próprios "defeitos" apontados por quem a critica talvez pelo tom professoral que imprime na fala (o que não deixa de ser uma fina ironia para quem se alfabetizou aos 16 anos no antigo Mobral) ou pelo "messianismo" que alguns enxergam nesta acreana evangélica nascida em um seringal há 53 anos.
Sinais da "nova política"
Enfim, quando o PPS se colocou publicamente aberto à Marina Silva e ao grupo de "marineiros" que a acompanham, deu um sinal concreto para a efetiva construção desta nova formatação política, marcada sobretudo pela transparência e pela ética - compromissos que deveriam ser princípios essenciais a todos que atuam na esfera pública, mas que acabam sendo o diferencial de qualidade, a exceção à regra.
É por essa "nova política" que buscamos incessantemente, com ética e transparência, que reforçamos outra vez, publicamente, o convite formulado. Leia aqui a proposta do pacto com Marina Silva e os "marineiros".
Sinais de ambos os lados foram dados. Pelo PPS, lideranças que já tentam implantar a partir de São Paulo esta "nova política" por uma cidade, um estado e um país sustentável, como a potencial candidata à prefeita Soninha Francine, o líder da bancada na Câmara Municipal, vereador Claudio Fonseca, o vice-líder na Câmara dos Deputados, deputado federal Arnaldo Jardim, o presidente do PPS em São Paulo, deputado estadual Davi Zaia, e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire.
Do movimento surgido da campanha de Marina Silva também há sinais de eventuais nomes que podem disputar a eleição municipal de 2012 e dar corpo às propostas desta "nova política", como o ex-presidente estadual do PV, Maurício Brusadin, e o ex-candidato ao Senado Ricardo Young, com um surpreendente resultado de 4 milhões de votos em 2010.
Sinais... Aí está um "insight", uma idéia interessante que resume bem o nosso atual momento: esperamos um sinal do grupo de Marina Silva, dela própria e de seus apoiadores, como João Paulo Capobianco, Fábio Feldmann, Guilherme Leal, Roberto Klabin, Maria Alice Setúbal, entre outros.
Sinais... São Paulo precisa de um "sinal verde" - tanto o verde do meio ambiente e da sustentabilidade do "sim" de Marina Silva ao PPS, que pode vir ou não (mas fizemos aqui a nossa parte), quanto do verde que dará passagem a esta "nova política", que em 2008 foi tão bem representada na campanha de Soninha Francine à Prefeitura e em 2010 na de Ricardo Young ao Senado.
Sinais... São Paulo precisa deste "sinal verde". Imagine o quanto a cidade não ganharia com a união do que propõe o PPS com o que defende o grupo de Marina Silva e de entidades como a Rede Nossa São Paulo e o Instituto Ethos, por exemplo, ou com a união de Soninha Francine e de Ricardo Young em uma mesma chapa para concorrer às eleições de 2012.
Sinais... Veja aqui: "Um Sinal Verde pra São Paulo"
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