segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Banca de apostas ou jornalismo?

Outra vez a Folha de S. Paulo publica que o “PPS fala em lançar Soninha, mas deve apoiar o PSDB”. Pior: faz essa afirmação sem conhecer a realidade do partido, sem consultar sua direção e sob o impróprio título “O Mercado das Alianças”.

Engraçado que em nota do Painel, intitulada “Dote”, o jornal se contradiz e afirma no mesmo dia que também está sendo sondado pelo PPS para ser candidato Ricardo Young (ex-PV), que “diz aos pretendentes que terá Marina Silva em seu palanque e, de quebra, herdará o suporte financeiro dos marineiros para a campanha municipal.”

Nem mercado, nem dote, nem banca de apostas. Vamos aos fatos.

Esclarecemos que o PPS, assim como em 2008, quando contrariou aposta idêntica desta mesma Folha, lançando a então vereadora Soninha Francine para a Prefeitura de São Paulo, vai repetir a dose em 2012. Teremos candidatura própria e sim, trabalhamos por uma chapa unindo Soninha e Ricardo Young.

Toda a ação do PPS é pública e transparente e está diariamente em nosso blog, site (www.pps-sp.org.br) e twitter @23pps.

Memória: Como foi a aposta furada de 2008?

Um exemplo clássico dessas "apostas furadas" do jornalismo à Mãe Dinah se deu em uma troca de e-mails com a jornalista Renata Lo Prete, editora do Painel, coluna política da Folha de S. Paulo.

A possível filiação de Zulaiê Cobra ao PPS foi assim noticiada pelo Painel, em 6 de julho de 2007:

"Vai sonhando. A ex-deputada tucana Zulaiê Cobra procura legenda para se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Já ouviu do PPS que, se a condição para entrar no partido for essa, nada feito."

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, desmentiu a nota: "Não é sonho, é realidade. Se é esse o desejo de Zulaiê tudo caminha bem, pois é de grande interesse do PPS ter candidatura própria à Prefeitura de São Paulo."

A tréplica de Renata Lo Prete, por e-mail: "Sinto, mas não me parece ser o caso de ´desmentido´. Entendo os motivos que levam Roberto Freire a garantir a Zulaiê Cobra que ´tudo caminha bem´ para que ela seja a candidata do PPS à prefeitura, mas o Painel faria papel de bobo se comprasse essa versão, pois o mundo inteiro sabe que o partido estará com o Alckmin em São Paulo no ano que vem."

"O mundo inteiro sabe...". E assim Soninha Francine foi candidata à Prefeitura de São Paulo em 2008, porque o PPS estava - e está - decidido a se firmar na cidade com uma proposta alternativa e viável para o eleitorado cansado da polarização imposta pelos grandes partidos. Acredite a Folha ou não.