sábado, 10 de agosto de 2019

Socorro! Os idiotas já dominam o mundo virtual!

Mais atuais do que nunca as frases do imortal Nelson Rodrigues sobre os idiotas que dominariam o mundo. Ao menos no mundo virtual, das redes e aplicativos digitais, os idiotas já assumiram o poder e perderam a vergonha de mostrar a cara.

A eleição de Jair Bolsonaro foi um marco para tirar os imbecis do armário. Repetir asneiras, destilar preconceitos, defender abominações políticas, sociais, culturais, comportamentais, religiosas, virou regra geral destes tristes tempos.

O bolsonarismo é tão doentio e totalitário que ataca até mesmo quem se declara de direita mas apenas se recusa a ser um idiota fanático e procura manter alguma sensatez e espírito crítico.

Casos emblemáticos são os dos direitistas e anti-petistas Reinaldo Azevedo, ou Marco Antonio Villa, ou Carlos Andreazza, ou Marcelo Madureira, ou Lobão, ou o MBL, entre outros perseguidos pela horda bolsonarista raivosa nas redes sociais.

Quando vocês, bolsonaristas, vão entender que podemos criticar igualmente os erros do PT e de Bolsonaro? Que criticar Bolsonaro não nos torna petistas (ou vice-versa, ao criticar Lula)? Que o mundo não se limita a esses dois pólos? Que podemos ser ao mesmo tempo contrários às ditaduras de direita e de esquerda? Que a censura ou a tortura como instrumentos políticos e ideológicos, ou ainda de controle do Estado, são aberrações inaceitáveis em uma sociedade civilizada? Apenas reflitam.

Não é possível desprezar a ciência, admitir a censura, defender a tortura, tolerar ditaduras ou idolatrar torturadores. Defendemos a democracia e as garantias constitucionais. Não daremos trégua a idiotas, doentes, ignorantes, desinformados ou mal intencionados. Idolatrar Ustra, por exemplo, repetindo o gesto de Bolsonaro, é repugnante. Basta!

Um palpite: Bolsonaro é mero fantoche mas mãos de quem tem objetivos antidemocráticos e de dominação ideológica. Ele só repete aquilo que sua mente limitada lhe permite. É o mesmo paspalho que se elegeu deputado há 30 anos. Mas agora o Brasil piorou, fazendo da piada assunto sério e legitimado pelo voto. O meme virou presidente. É o "mito" de fanáticos descerebrados que seguem repetindo asneiras e fake news.

Um ressalva: merecem respeito os eleitores de Bolsonaro ou do PT, como quaisquer outros. Por outro lado, merecem nosso total repúdio e desprezo os fanáticos, lunáticos e milicianos virtuais da direita ou da esquerda. A esses, combateremos com as armas constitucionais, bom senso, informação e caráter. Se precisar, a gente desenha, aí até adoradores e replicantes de Lula e Bolsonaro vão conseguir entender.