terça-feira, 20 de agosto de 2019

X-Tudo da Câmara Municipal de São Paulo reúne de velórios e cemitérios a piscinões anti-enchente

A Câmara Municipal de São Paulo começa a discutir a partir desta quarta-feira, 21 de agosto, mais uma etapa do programa de desestatização iniciado pelo então prefeito João Doria, hoje governador, e continuado pelo prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB.

No pacotão pautado em sessão extraordinário há uma mistura que reúne da concessão do Serviço Funerário, dos cemitérios e do crematório paulistano até parcerias público-privadas para a construção de piscinões anti-enchente.

Mas estão incluídos ainda pátios e terminais de ônibus, mercados municipais, os baixos de pontes e viadutos, entre outros serviços e equipamentos municipais que vão passar aos cuidados da iniciativa privada. Uma salada completa, que mistura alhos e bugalhos.

Há uma corrente - dentro da própria base governista - que pede o desmembramento de cada assunto em projetos de lei específicos, em vez desse chamado "X-Tudo", que pode inclusive ser mais facilmente contestado e barrado na Justiça.

A prioridade, no entendimento desses vereadores, deve ser mesmo a concessão do Serviço Funerário Municipal, órgão caro, arcaico e polêmico que detém o monopólio de todo o atendimento referente aos sepultamentos na cidade, abrangendo mais de 20 cemitérios, os velórios municipais e o crematório da Vila Alpina.