Há menos de um ano no cargo, o prefeito Fernando Haddad (PT) tem apenas 18% de aprovação entre os paulistanos, enquanto 39% dos eleitores julgam o seu governo ruim ou péssimo e 40% consideram a gestão regular.
Isso em pleno surto marqueteiro de Haddad, que posa de xerife caçador de corruptos e saiu por aí pintando milhares de quilômetros de faixas exclusivas para ônibus na capital, como se o povo fosse bobo e iludido por ações cosméticas em vez de mudanças estruturais.
Por outro lado, Haddad cumpre só agora a primeira promessa da campanha: a implantação do bilhete único mensal. E deu dois tiros incríveis no próprio pé: o aumento abusivo do IPTU, aprovado pelo rolo compressor da Câmara Municipal; e a ação da Corregedoria contra a máfia na Prefeitura, que acabou envolvendo seus próprios aliados.
O Datafolha ouviu 1.071 eleitores da capital na semana passada. Na comparação com seus antecessores, a situação de Haddad é semelhante a de Pitta em 1997 e Kassab em 2007, ambos com 15% de ótimo e bom ao final do primeiro ano de seus mandatos. Como se sabe, passados três anos nenhum dos dois se reelegeu.
O prefeito se vangloriava de ser mais um "poste" de Lula. Ou seja, assim como a presidente Dilma Roussef, era um nome pouco conhecido do eleitorado e foi tocado pelo Midas da política tupiniquim, o mitológico Lula, a quem se atribui, entre outros dons, o poder de eleger até um poste.
No caso, o PT já elegeu dois (Dilma e Haddad) e tinha pretensões de emplacar um terceiro poste em São Paulo: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pré-candidato ao Governo do Estado.
Assim como Haddad, vendido pelo marketing petista como o "homem novo" que São Paulo precisava e apresentando suas realizações como ministro da Educação para se eleger prefeito, o script de Padilha será apresentar seus feitos no Ministério da Saúde, especialmente o programa Mais Médicos.
Tudo, é claro, com a presença maciça (e criminosa eleitoralmente) da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, que já afirmaram (e provaram) que "vale fazer o diabo para ganhar uma eleição".
Resta saber até que ponto a frustração do eleitorado paulistano nessa experiência fracassada com o medíocre Haddad, e a repercussão amplificada que isso tem em todo o Estado e no país, vai interferir no resultado de Padilha e da própria Dilma nas eleições de 2014.
Cá entre nós, se o eleitor estiver ligado nos acontecimentos, for esperto e inteligente (como sempre acreditamos), não vai cair no mais novo golpe do marketing petista.
Já basta! Fora, PT!
Já basta! Fora, PT!
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