Com o plenário lotado por familiares de vereadores cassados e atuais parlamentares de diversos partidos, Moacir Longo emocionou o público e deu mais uma lição com o seu exemplo de vida e as suas palavras em defesa da Democracia, que deveriam nortear os rumos da chamada Casa do Povo: "Democracia não apenas Política, mas também Social".
A Câmara paulistana restituiu o mandato de 42 vereadores cassados por perseguição política de governos autoritários entre os anos de 1937 e 1969. Apenas dois foram localizados vivos e presidiram em conjunto a sessão solene: os comunistas Moacir Longo, ex-dirigente do PCB, então clandestino, eleito pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), e Armando Pastrelli, de 95 anos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), cujos direitos políticos foram cassados em 1947, no período de Getúlio Vargas. Assista.
Participaram da homenagem dirigentes de todas as instâncias do PPS: o presidente nacional, Roberto Freire; o estadual, Davi Zaia; o municipal, Carlos Fernandes; o deputado federal Arnaldo Jardim; o vereador Ricardo Young; a coordenadora da Juventude do PPS, Raquel Dias; entre outros dirigentes, militantes e amigos, como Ulrich Hoffmann, Francisco Almeida, Luciano Pinho, Chiquinho Pereira, Alberto Negri, Noemi Azevedo, Adimar Faria Lima, Dina Kinoshita e o ex-governador paulista Alberto Goldmann (PSDB).
“Aqueles que acreditam na democracia sabem
da importância desse ato. E se alguém não sabe, nós temos de explicar a sua importância para todos. Temos de rebater com veemência as pessoas que
dizem, quando a situação está ruim, que só uma força autoritária poderia
resolver a situação”, afirmou Gilberto Natalini (PV), vereador que foi preso
político no Doi-Codi, junto com Moacir Longo, e responsável por organizar o evento, em conjunto com a
presidência da Casa.
O vereador José Américo (PT), atual presidente da Câmara paulistana, disse sentir-se bastante honrado de estar presente em um momento tão especial. “Ninguém tem o direito de cassar mandato de políticos eleitos democraticamente, que é um ato de soberania popular”, afirmou.
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