Agora é o vereador do PCdoB Orlando Silva, recém-eleito deputado federal e ex-ministro de Lula e Dilma, quem comete a insanidade de fazer uma incitação ou apologia de ato criminoso.
No twitter, Orlando Silva diz ter "orgulho da União da Juventude Socialista, corajosa ao denunciar a Veja, vergonha nacional".
Vergonhosa, porém, é a atitude do parlamentar dito comunista. Do que ele se orgulha, afinal? De um ato que resultou na depredação do prédio da Editora Abril? Que tipo de moral e decoro pode ter um político que exalta a dilapidação do patrimônio público ou privado?
Denúncia e polêmica nas CPIs
Tudo isso acontece no momento em que a Câmara Municipal de São Paulo volta à berlinda. O Fantástico, da Rede Globo, mostra em reportagem exclusiva (com gravações de áudio e vídeo) que integrantes da CPI criada para fiscalizar a emissão de alvarás na cidade são acusados de extorsão.
Outra CPI, a da Sabesp, também vive as suas polêmicas. Além do tema por si só explosivo (a falta de água e problemas de racionamento), houve o flagrante involuntário de uma conversa privada do vereador Andrea Matarazzo (PSDB) com a presidente da Sabesp, Dilma Pena.
No diálogo, também registrado em áudio e vídeo, Matarazzo chama o colega Police Neto (PSD) de "vagabundo" e diz que a CPI não passa de "teatro", citando nominalmente outros integrantes, como Nabil Bonduki (PT) e Roberto Tripoli (PV).
O caso foi encaminhado à Corregedoria da Câmara para apuração e providências (em tese, pode culminar até num processo de cassação do vereador tucano). Porém, numa primeira manifestação sobre o caso, em plenário, a corregedora - vereadora Sandra Tadeu (DEM) - se dizia indignada com o "vazamento da conversa para a imprensa", e não propriamente com o ato que pode ensejar falta de decoro.
O fato é que o termo "vagabundo" e as referências pouco elogiosas à conduta de vereadores na CPI da Sabesp ocorreram em plenário, mas fora da sessão. Houve, recentemente, caso ainda mais grave, ocorrido durante reunião de comissões e testemunhado por jornalistas e pelo público na galeria, que não teve maiores consequências. Leia: "Vai tomar no cu", "vai se foder", "seu cuzão"... Baixaria? Nada disso, só um dia "normal" na Câmara.
Regularmente a Câmara de São Paulo se vê envolvida em polêmicas e denúncias. Já houve casos de vereadores cassados e até presos. Nas pesquisas de avaliação da imagem das instituições do poder público, o Legislativo paulistano normalmente aparece na última colocação.
Transparência na Câmara Municipal
Num contexto, inclusive, em que muda a própria empresa (fundação?) contratada para cuidar de toda a comunicação da Casa (do site à TV Câmara), pela bagatela de R$ 19,7 milhões por um ano!
Os vencedores da licitação são os mesmos que já operam na Câmara de Osasco e na Câmara de Guarulhos, domínios do PT na Grande São Paulo.
Então, é bom ficar de olho...
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