Maurício Reimberg
UOL Notícias
O Movimento Nossa São Paulo reuniu líderes partidários para um debate sobre a "democracia participativa" na capital paulista. O encontro ocorreu nesta segunda-feira à noite no Tusp (Teatro da Universidade de São Paulo).
Dois postulantes à prefeitura de São Paulo aproveitaram a oportunidade para teorizar sobre o tema. A vereadora Soninha Francine, candidata do PPS, e o deputado federal Ivan Valente, que deve ser homologado candidato do PSOL no próximo sábado, quando será realizada a convenção do partido, participaram do debate. O PT, o PSDB, o DEM e o PCdoB enviaram representantes.
A descentralização administrativa, o aperfeiçoamento da participação popular e a transparência na gestão pública foram os principais eixos abordados. Houve consenso num ponto estratégico. Todos os partidos ressaltaram a importância da aplicação da "Lei do Programa de Metas".
Aprovada pela Câmara Municipal em fevereiro deste ano, a lei determina que o prefeito tem que apresentar, até 90 dias após a posse, metas quantitativas por áreas e subprefeituras. O texto foi elaborado por entidades como o Instituto Ethos e o Nossa São Paulo.
Para Ivan Valente, o país ainda não está "acostumado" a fazer planejamento de metas. Ele afirma que há "medo" quando a agenda é incluir a participação popular na política. "Se não tiver o povo organizado para fiscalizar é difícil cumprir metas", disse.
Na opinião de Soninha, começar a encarar os problemas de São Paulo através do diagnóstico da situação atual é o "óbvio".
"Quem é contra fazer mais metrô? Ninguém é contra", disse. "Mas o metrô é muito caro. Consome um montante de recursos monumental. E é muito demorado".
Ela sugeriu medidas "operacionais" para enfrentar o problema do trânsito. "Corredor de ônibus também é operação", afirmou.
"O corredor do M'Boi Mirim (zona sul), por exemplo, tem que ter menos ônibus para ter mais fluidez", sugeriu a candidata.