quinta-feira, 19 de abril de 2007

A esquerda francesa na berlinda

Assim como as marcas feitas nos cartazes da presidenciável francesa Ségolène Royal nas ruas de Paris, parece estar manchada a credibilidade da esquerda (e da política em geral) daquele país. Só lhes resta "acordar" a juventude.

Segundo analistas políticos, a esperança é que o fantasma da extrema-direita, a revolta dos subúrbios, os protestos contra um novo modelo de contrato juvenil e ainda candidatos renovados aproximem novamente os jovens franceses - que se abstiveram nas eleições de 2002 - do processo eleitoral.

Tudo para vencer o trauma de 21 de abril 2002, quando o candidato de extrema-direita Jean-Marie Le Pen desbancou o socialista Lionel Jospin e se credenciou para o segundo turno contra o presidente Jacques Chirac, eleito pela primeira vez em 1995.

A candidata do Partido Socialista conta com isso nesta reta final da campanha para chegar ao segundo turno e enfrentar Nicolas Sarkozy, o candidato da UMP (partido de centro-direita, governista).

As últimas pesquisas para a eleição de domingo indicam o ex-ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, liderando com 29% contra 25% da socialista Ségolène Royal. Mais atrás estão o centrista François Bayrou, com 15%, e o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, 13%. Leia aqui tudo sobre a eleição francesa.