segunda-feira, 21 de maio de 2007

Qual será o tamanho do corte da Navalha?

Ainda é cedo para avaliar a profundidade no corte, mas é certo que a Operação Navalha da Polícia Federal vai fazer sangrar muita gente nos próximos dias.

A investigação sobre as fraudes da empreiteira baiana Gautama em nove estados envolve políticos de quase todos os partidos. A carceragem da PF não tem mais lugar para tantos presos.

Gravações exibidas ontem à noite pelo Fantástico comprometem o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau. Há indícios de como uma diretora da empreiteira combinou a entrega no ministério de R$ 100 mil.

Há também fitas em que são citados como beneficiários do esquema o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB).

No fim-de-semana, revelou-se que o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT), viajou num jatinho pago pela Gautama. Conversas telefônicas obtidas pela Folha de S. Paulo revelam pagamento de R$ 20 mil ao deputado Paulo Magalhães (DEM), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães.

Também aparece nas investigações o nome do ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM), cujo filho, João Alves Neto, está preso. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, diz que o governador tinha conhecimento da suposta atuação irregular do filho.

Há fortes indícios ainda contra Jackson Lago (PDT), atual governador do Maranhão e que tem dois sobrinhos presos, e José Reinaldo Tavares (PSB), ex-governador do Maranhão, que obteve liminar ontem após três dias na carceragem da PF, em Brasília.

E as investigações estão só começando...