O PPS integra e apóia o Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, lançado nesta terça-feira (15/5), com a participação de dezenas de organizações da sociedade civil a partir da constatação de que o atual processo político brasileiro tem abalado a já baixa credibilidade na atividade político-partidária, nas instituições públicas e na democracia (na foto, um dos idealizadores do Movimento, o empresário Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos).
Veja trechos do manifesto de lançamento do Movimento: "A cidade de São Paulo, a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, tem sofrido ao longo dos anos as conseqüências de um crescimento acelerado, desordenado e muitas vezes predatório, dentro do contexto de uma globalização econômica perturbadora."
"Os problemas sociais, o desemprego e o emprego precário, o trânsito congestionado e o transporte público deficitário, a qualidade ainda precária dos serviços de saúde e educação públicas, o déficit de creches, a poluição remanescente, o aumento de favelas e a moradia precária de muitos paulistanos, a exclusão e a desigualdade social, o desrespeito aos direitos humanos, a falta de civilidade e a ausência de cordialidade no relacionamento cotidiano entre os moradores da cidade, têm levado nossa juventude à violência e a nossa sociedade ao ceticismo e à desesperança de um futuro melhor, a atitudes individualistas e defensivas, ao medo, resultando em descrença nas políticas públicas e na democracia."
"Ao mesmo tempo São Paulo possui imensos recursos humanos, financeiros, econômicos, educacionais, tecnológicos, culturais e sociais. Graças à iniciativa e empenho de governos, instituições públicas e ao grande número de ações novas e contínuas de organizações da sociedade civil, empresas de responsabilidade social, terceiro setor e cidadãos conscientes, a cidade de hoje é, em alguns aspectos, melhor do que a de ontem."
"Todavia, em virtude da interrupção de alguns bons projetos urbanos, a desarticulação entre as ações da sociedade, a descontinuidade de políticas públicas, a falta de coordenação entre políticas governamentais e projetos da sociedade civil, além do desencontro entre problemas, carências, soluções e recursos, não estão permitindo que a cidade se desenvolva de forma sustentável, isto é, de forma a viabilizar no curto, médio e longo prazo, uma vida melhor para os seus habitantes."
"Para recuperar a confiança da população nos processos políticos e valorizar a democracia participativa e direta, promover o desenvolvimento sustentável e tornar São Paulo uma cidade que ofereça qualidade de vida a seus habitantes e às futuras gerações, é necessária uma ampla e nova mobilização da sociedade."
"Esta mobilização deverá ser capaz, por sua abrangência, representatividade, credibilidade, comprometimento e eficácia, de construir uma força política, social e econômica capaz de comprometer a sociedade e sucessivos governos com uma agenda e um conjunto de indicadores e metas, de curto, médio e longo prazos, articular e promover redes de ações e intervenções visando o desenvolvimento justo e sustentável da cidade de São Paulo." (leia mais)