Em artigo publicado neste domingo, intitulado "Os perigos da Onda" (Folha de S. Paulo), o jornalista Jânio de Freitas diz, entre outras coisas: "Nesse emaranhado que põe tudo e tantos diferentes no mesmo nível, os equívocos e a hipocrisia proliferam. Receber um brinde de Natal, por exemplo, de repente lança um parlamentar ou um ministro a meio dos corruptos matriculados. Mas ninguém faz patifaria por ter recebido uma agenda ou um brinde, faz por ser patife."
Jânio de Freitas traça ainda o seguinte paralelo: "Enquanto isso, nove deputados e um senador, governistas e oposicionistas, fazem um tour nos Estados Unidos, com as melhores mordomias, à custa da Bolsa de Mercadorias e Futuros - e isso não tem, para o jornalismo e outros setores, implicação antiética nem sequer equivalente a uma agenda ou qualquer brinde natalino."
E cita um a um: "Os deputados são Maurício Rands, PT-PE; José Carlos Aleluia, DEM-BA; Rodrigo Maia, DEM-RJ; Antonio Carlos Magalhães Neto, DEM-BA; Paulo Teixeira, PT-SP; Duarte Nogueira, PSDB-SP; Luiz Carlos Hauly, PSDB-PR; Colbert Martins, PMDB-BA, e Arnaldo Jardim, PPS-SP; o senador é Jonas Pinheiro, DEM-MT. Quando voltarem, todos estarão prontos a retomar sua pregação em defesa da democracia e da moralidade na vida pública."
Deputado Arnaldo Jardim
O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), vice-líder do PPS na Câmara, explica que a sua visita à Bolsa de Chicago tem como principal objetivo conhecer de perto como funciona a comercialização dos contratos de etanol e de créditos de carbono.
“Brasil e EUA respondem por 72% da produção mundial de etanol e formalizaram, em recente visita do Presidente Bush ao Brasil, acordo no qual ambos acertaram projetos comuns de pesquisa e desenvolvimento de etanol de celulose, o estabelecimento de padrões internacionais para a nova commodity, além da cooperação técnica para expansão do produto em terceiros mercados”, destaca Jardim.
Como desdobramento da visita, a BM&F anunciou que vai lançar contratos futuros de etanol no Brasil. O contrato futuro de etanol é um contrato de álcool anidro para exportação, cotado em dólares por metro cúbico, livre de impostos e tarifas.
“Essa iniciativa proporcionará um crescimento acelerado dos mercados futuros no Brasil, pois essa modalidade protege o produtor contra os riscos de produção, contratos, crédito e preço, este último provocado pela ação nos fundos de hedge”, ressalta o deputado Arnaldo Jardim.
“Nós, que nos preocupamos com os biocombustíveis, sabemos que contrato futuro é possibilidade de estabilidade de preço, previsibilidade na produção, segurança para quem produz e garantia ao consumidor de não haver oscilações bruscas de preço”.
Depois de Chicago, o deputado segue em comitiva para Washington, onde conhecerá o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o Congresso norte-americano e o Fundo Monetário Internacional (FMI).