Professores da rede pública de ensino e agitadores profissionais tentam invadir à força, armados de paus e pedras (até um poste de sinalização de trânsito foi arrancado), o prédio da Assembléia Legislativa de São Paulo, onde será votado o SPPREV (Sistema de Previdência dos Servidores Públicos), e são impedidos pela Polícia Militar, que se defende com escudos e gás de pimenta.
Professores da USP decidem entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação ocorre em meio ao impasse causado pela ocupação dos estudantes na reitoria da universidade.
Na pauta de reivindicações da categoria estão seis itens, entre eles reajuste salarial e mais verbas para a educação. De carona no protesto midiático dos universitários, os professores também criticam as medidas do governador José Serra (PSDB) para o ensino superior, que, segundo os manifestantes, tiram a "autonomia" das universidades. Eles pedem que não ocorra violência contra os alunos que ocupam a reitoria. Solidariedade ou hipocrisia?
Ocupação
Apesar da determinação da Justiça para que os estudantes desocupem a reitoria da USP, eles permanecem no prédio há 20 dias. A Polícia Militar poderá atuar na reintegração de posse. Os alunos que resistirem serão presos por desacato à autoridade.
Algumas reivindicações dos alunos da USP, que montaram barricadas com móveis e pneus (e, como relatou a imprensa, recebem das mães blusas de frio): café da manhã e almoço aos domingos; ônibus no campus aos finais de semana; e reestudo do prazo de júbilo. Não se fazem mais rebeldes como antigamente.
Professores e alunos, unidos, também reclamam da transparência exigida das universidades, como prestação de contas na Internet. Segundo eles, isso depõe contra a tal autonomia. Ora, em outros tempos, deporia contra eles próprios.
Corpos docente e discente em indecente corporativismo. Veja 1 e 2.