terça-feira, 17 de abril de 2007

Olga sensibiliza novas gerações

Se existe um fator positivo na transposição para o cinema (e consequentemente para a TV) da biografia de Olga Benário Prestes, escrita por Fernando Morais em 1985 e filmada por Jaime Monjardim em 2004, é levar ao grande público um capítulo importante da história da esquerda no Brasil.

Olga se tornou uma personagem lendária. Judia alemã, militante revolucionária, veio para o Brasil divulgar o ideário do comunismo. No país, casou-se com o líder do Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes. O presidente Vargas a entregou a Hitler, grávida de sete meses. No campo de concentração, foi morta na câmara de gás.

O filme transforma a história de Olga e Prestes numa lacrimosa e açucarada novela, apelando para todo tipo de clichê romântico do gênero. Mas, enfim, era mesmo esta a intenção do diretor Jaime Monjardim: atingir todas as classes sociais e popularizar a vida de Olga, por considerá-la uma bela história, desconhecida por muita gente.

“Quero que a empregada doméstica e o trabalhador mais humilde do campo consigam entender essa história de amor”, explicou Monjardim sobre a fórmula do filme.

A atriz Camila Morgado é Olga e Caco Ciocler, Luís Carlos Prestes. Fernanda Montenegro interpreta Dona Leocádia, mãe de Prestes, que luta para salvar a neta Anita Leocádia.

O filme adentrou a madrugada de hoje na Rede Globo. Que inspire a nossa juventude...