Para tolerar o prefeito Haddad, nem tomando uma...

Novos abrigos de ônibus ostentam marcas como Brahma e 51

Chama atenção a quantidade de propaganda autorizada de bebidas alcoólicas no mobiliário urbano da cidade de São Paulo.

Será mais um efeito da ruindade da gestão Haddad? Ou, para tolerar esse prefeito, nem tomando uma?

Parece um assunto de menor importância, mas é emblemático: quando se discutem os danos do álcool e das drogas na sociedade, acidentes com motoristas embriagados, o combate à violência e a liberação da venda de bebidas nos estádios por imposição da Fifa, os maiores (ou mais visíveis) anúncios oficializados na cidade são justamente de incentivo ao consumo do álcool.

Relógio em via pública

Ironizamos outro dia, mas é real: em vias como a Radial Leste, por exemplo, havia uma sequência insólita de publicidade nos relógios e termômetros da Prefeitura: a cerveja Devassa, a vodka Absolut e o anti-ressaca Engov.

Nos pontos de ônibus envidraçados da cidade também dominam marcas como a cerveja Brahma e a Cachaça 51.

Após cinco anos com a publicidade vetada nas ruas por conta da Lei da Cidade Limpa, medida acertada da gestão do prefeito Gilberto Kassab, a exploração da publicidade no mobiliário urbano cabe agora, por 25 anos, a uma sociedade entre a Odebrecht Transport, Rádio e Televisão Bandeirantes, APMR Investimentos e Participações, e Kalítera Engenharia.

Estão previstos 7.500 abrigos e 14.700 totens, com um investimento de mais de R$ 636 milhões. O faturamento das empresas é incalculável.

Haddad com patrocínio da Devassa no Carnaval

Porém, também é incalculável o dano que pode representar ao cidadão paulistano a massificação, oficializada pela Prefeitura, da mensagem de incentivo ao consumo do álcool. 

Ainda mais estranho para uma administração que se perde no enfrentamento do problema do uso de drogas, com ações que parecem feitas para inglês ver, literalmente.

Como o Programa "Braços Abertos", da Prefeitura, para o atendimento de viciados na chamada Cracolândia, que é uma sucessão de erros e trapalhadas.

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Agora, mais esse tropeço da gestão trôpega e cambaleante do prefeito Haddad, que, dizem as últimas notícias, de tão ruim nem o PT aguenta mais...

Será que este assunto não merece um debate mais sério e aprofundado?

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