segunda-feira, 5 de maio de 2014

Teatro de faz-de-conta do PT está próximo do fim


O ato teatral de lançamento da presidente Dilma Roussef à reeleição para despistar o "Volta, Lula", antecipado pela propaganda eleitoral (portanto, criminosa) em cadeia (ops!) oficial de rádio e TV, mais a piada que é a invenção de uma "agência de notícias" exclusiva do PT contra as "mentiras da mídia", além da resposta nada amistosa contra seus principais líderes justamente no Dia do Trabalhador são fatos concatenados que expõem que o fim está próximo.

Se é verdade que em 2002, como se convencionou dizer, "a esperança venceu o medo", agora o PT quer impor que o ódio vença a esperança. O que se vê nas ações do governo, no discurso raivoso de seus dirigentes, na reação da militância nas ruas e da milícia PTbull nas redes, é de causar horror.

Quando afirmou que "vale fazer o diabo para se eleger", Dilma não estava usando uma figura de linguagem. Bateu o desespero no PT com a onda de escândalos, a queda nas pesquisas e, principalmente, com a ameaça cada vez mais próxima de perder o poder.

O PT partiu para o ataque. E avisa isso, ainda que tente despistar quando o próprio Lula diz antecipadamente, buscando um antídoto ou salvo-conduto e fingindo bom humor, que "a imprensa vai dizer que ele partiu para o ataque", como se isso fosse uma invencionice. Mas é a pura verdade.

Embora falar em "verdades" e "mentiras" seja complicado em política... As verdades do marketing do PT não correspondem aos fatos que enxergamos nas ruas. Por outro lado, quem aponta essas contradições é tachado de mentiroso e perseguido pela maioria cooPTada e treinada.

E quem o PT ataca? Todo mundo que se declare não-petista: os partidos de oposição (e o "maior partido de oposição, que é a imprensa"), as "elites" (quem?) e a "direita" (oi?). O PT se diz lado do "povo" contra o resto. Mas quem é o povo? E quem é o resto?

Quando ainda insiste em se colocar à esquerda no espectro político-partidário e ideológico, o PT empurra equivocadamente todo opositor para a direita. Ainda que seja complicado rotular de esquerda um governo composto por Sarney, Collor, Maluf, RenanJader, Delfim, PMDB, PP, PR, PTB, PRB e quase toda a sopa de letrinhas fisiológicas. E que esquerda é esta, cúmplice de Chavez a Ahmadinejad, e à procura de um mártir?

Estão com o PT as bancadas mais retrógradas de evangélicos e ruralistas, banqueiros e mega-empresários com lucros recordes, doleiros, especuladores, mensaleiros e quem mais você lembrar que represente o lado mais abjeto, asqueroso e corruPTo da  história política. Enquanto o velho PT se deteriora, ex-petistas se somam à oposição.

Emblemático que o PT ataque ferozmente todas as instituições democráticas e republicanas que lhe foram úteis justamente para fazê-lo nascer e crescer: imprensa, Judiciário, Ministério Público... Mas não a sua totalidade, obviamente. Quem ainda lhe serve é bem recompensado. Daí as suas tropas apaniguadas, de juízes a shownarlistas, procuradores a "blogueiros amigos".

O "pós-PT" virá, certamente. Resta saber o que terá sobrado do país que será presidido por Aécio Neves ou Eduardo Campos e Marina Silva a partir de janeiro de 2015.

Leia também:

Tente entender este "samba do petista doido"

A esquizofrenia e o DNA golpista do PT

Haddad e as bandeiras desbotadas e emboloradas

Aécio Neves: "Ficção e realidade"