Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP) |
Temos assistido a um preocupante agravamento do quadro de autismo político do prefeito Fernando Haddad. A administração municipal vem perdendo contato com o mundo real. O PT, em meio a escândalos e trapalhadas, intensifica o "nós" x "eles" irresponsável e de cunho meramente eleitoral.
Como a preocupação maior é com o vale-tudo para manter o governo federal e fazer o diabo para conquistar o estadual, resta ao prefeito de São Paulo um papel coadjuvante. Mal avaliado pelo povo e isolado pelo partido, Haddad virou um estorvo para os aliados. É prisioneiro do próprio gabinete.
A solidão do poder tem feito mal a Haddad. Despreparado para o cargo, tropeça em atos cotidianos. Tirando os "blogueiros amigos", escandalosamente patrocinados pela Prefeitura e pelo governo Dilma por ordem de Lula, todo o resto da população é tratada como inimiga.
Professores e alunos das escolas municipais, motoristas e cobradores de ônibus, ambientalistas, movimentos pró-moradia, engenheiros e arquitetos são protagonistas de manifestações diárias na frente da Prefeitura de São Paulo. Ninguém é recebido pelo prefeito, a não ser quando lhe pareceu conveniente subir no carro de som do MTST para chantagear a Câmara Municipal.
Agora dois novos grupos se somam aos manifestantes diários, transformando o Anhangabaú e o Viaduto do Chá em "protestódromos" permanentes: os comerciários, que foram excluídos do decreto do feriado na abertura da Copa do Mundo, e a população de rua amparada pelo Padre Julio Lancelloti, expulsa à força dos baixos do viaduto Alcântara Machado, a mando do prefeito, para "limpar" o caminho até o Itaquerão.
Ao excluir os comerciários do feriadão de estréia da seleção em 12 de junho, Haddad tira da categoria o sagrado direito a horas extras, vale-refeição e um dia de folga. Por que isso? Pressão de empresários, patrocinadores e do senhorio da Fifa, que assume o seu poder absolutista durante a Copa. Devemos todos servi-los com obediência e resignação.
Resta saber se a maquiagem do trajeto até o palco de abertura da Copa e um único feriado, no dia da abertura do evento, vão bastar para dar uma sobrevida política a Haddad e evitar o caos anunciado na cidade. Parece difícil.
Imagine como ficará o trânsito nos demais jogos, em dias úteis, com o bloqueio de 2 quilômetros controlado pela Fifa em torno do estádio. A cidade vai parar, seja pelas manifestações ou como consequência das ações (e omissões) de um prefeito desqualificado. Pobre São Paulo.
Como a preocupação maior é com o vale-tudo para manter o governo federal e fazer o diabo para conquistar o estadual, resta ao prefeito de São Paulo um papel coadjuvante. Mal avaliado pelo povo e isolado pelo partido, Haddad virou um estorvo para os aliados. É prisioneiro do próprio gabinete.
A solidão do poder tem feito mal a Haddad. Despreparado para o cargo, tropeça em atos cotidianos. Tirando os "blogueiros amigos", escandalosamente patrocinados pela Prefeitura e pelo governo Dilma por ordem de Lula, todo o resto da população é tratada como inimiga.
Professores e alunos das escolas municipais, motoristas e cobradores de ônibus, ambientalistas, movimentos pró-moradia, engenheiros e arquitetos são protagonistas de manifestações diárias na frente da Prefeitura de São Paulo. Ninguém é recebido pelo prefeito, a não ser quando lhe pareceu conveniente subir no carro de som do MTST para chantagear a Câmara Municipal.
Agora dois novos grupos se somam aos manifestantes diários, transformando o Anhangabaú e o Viaduto do Chá em "protestódromos" permanentes: os comerciários, que foram excluídos do decreto do feriado na abertura da Copa do Mundo, e a população de rua amparada pelo Padre Julio Lancelloti, expulsa à força dos baixos do viaduto Alcântara Machado, a mando do prefeito, para "limpar" o caminho até o Itaquerão.
Ao excluir os comerciários do feriadão de estréia da seleção em 12 de junho, Haddad tira da categoria o sagrado direito a horas extras, vale-refeição e um dia de folga. Por que isso? Pressão de empresários, patrocinadores e do senhorio da Fifa, que assume o seu poder absolutista durante a Copa. Devemos todos servi-los com obediência e resignação.
Resta saber se a maquiagem do trajeto até o palco de abertura da Copa e um único feriado, no dia da abertura do evento, vão bastar para dar uma sobrevida política a Haddad e evitar o caos anunciado na cidade. Parece difícil.
Imagine como ficará o trânsito nos demais jogos, em dias úteis, com o bloqueio de 2 quilômetros controlado pela Fifa em torno do estádio. A cidade vai parar, seja pelas manifestações ou como consequência das ações (e omissões) de um prefeito desqualificado. Pobre São Paulo.
Carlos Fernandes é presidente municipal do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa (2010/2011)
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A insegurança da cidade e um prefeito inseguro
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