Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP) |
Nesta semana, assistimos ao resultado concreto daquilo que já prevíamos aqui em razão da irresponsabilidade do prefeito Fernando Haddad e da manipulação dos movimentos sem-teto na cidade, usados como massa de manobra para pressionar a Câmara Municipal a aprovar a toque de caixa o Plano Diretor que interessa ao PT.
Houve confrontos, tumulto e quebra-quebra graças à política rasteira do prefeito e à cumplicidade da sua base governista, no modus operandi tradicional petista, que incita o ódio, a violência e o conflito de classes, quando o verdadeiro pano de fundo é a incapacidade administrativa e o jogo de interesses inconfessáveis que financiam todo esse esquema corrompido.
O Diário de S. Paulo publicou um raio-x da situação habitacional do município: no ritmo atual, Haddad necessitaria de mais de 10 mandatos, ou aproximadamente 43 anos, para cumprir a meta prometida pela Prefeitura no setor de moradia.
Veja o tamanho do absurdo: ele conseguiria atender o compromisso de entregar 54 mil casas só lá pelo distante ano de 2056! Alguém aí disposto a esperar?
Segundo o jornal, foram concluídas até o momento apenas 711 unidades habitacionais, de acordo com dados oficiais da Secretaria da Habitação, quase nada, quando a quantidade para atingir a meta anunciada, a essa altura, já seria de 7.500 casas.
Houve confrontos, tumulto e quebra-quebra graças à política rasteira do prefeito e à cumplicidade da sua base governista, no modus operandi tradicional petista, que incita o ódio, a violência e o conflito de classes, quando o verdadeiro pano de fundo é a incapacidade administrativa e o jogo de interesses inconfessáveis que financiam todo esse esquema corrompido.
O Diário de S. Paulo publicou um raio-x da situação habitacional do município: no ritmo atual, Haddad necessitaria de mais de 10 mandatos, ou aproximadamente 43 anos, para cumprir a meta prometida pela Prefeitura no setor de moradia.
Veja o tamanho do absurdo: ele conseguiria atender o compromisso de entregar 54 mil casas só lá pelo distante ano de 2056! Alguém aí disposto a esperar?
Segundo o jornal, foram concluídas até o momento apenas 711 unidades habitacionais, de acordo com dados oficiais da Secretaria da Habitação, quase nada, quando a quantidade para atingir a meta anunciada, a essa altura, já seria de 7.500 casas.
Para ser mais exato, no Plano de Metas de Haddad, cujo cumprimento deveria ser fiscalizado pela Câmara, consta a promessa de entregar 54.348 unidades até o fim da gestão, em dezembro de 2016.
Até agora, nestes 15 meses na Prefeitura, o PT concluiu somente essas mencionadas 711 unidades, o que dá uma média de 3,4 por dia. Enquanto, para alcançar a meta dos quatro anos de mandato, seria necessário entregar em média 37 unidades diariamente.
Pior: as unidades entregues beneficiaram até hoje 1.513 famílias,
menos de 1% do prometido. A meta é de que 190 mil
famílias sejam beneficiadas.
A Prefeitura garante que ao menos 33 mil unidades estão em fase de projeto, enquanto 2 mil estão sendo licitadas e quantia idêntica já iniciaria em breve as obras. Difícil de acreditar. Até porque, se quisesse mesmo resolver o problema de moradia e atender as reivindicações dos movimentos, como tenta fazer crer ao chantagear os vereadores, Haddad já teria tirado a Secretaria da Habitação da cota do PP malufista. Afinal, foi este o pedido inicial.
O fato é que a gestão Haddad se mostra ineficiente como um todo, não chega a ser exclusividade da Habitação. A estagnação dos programas de moradia é só mais uma das graves consequências desta inoperância. Dizer que vai resolver o problema da moradia com a aprovação do Plano Diretor é balela, tática diversionista, embromação. É mentira!
Haddad não cumpre nenhuma das promessas: não aproxima casa do trabalho, não faz nada pela reurbanização e repovoamento do centro, não traz recursos externos, não resolve as ocupações de mananciais, não destina terrenos ociosos para moradia popular. Nem com programas bilionários do governo federal, como o "Minha Casa, Minha Vida", o prefeito consegue amenizar o déficit habitacional.
A casa do pobre, neste governo Haddad, é igual àquela da música do Vinícius de Moraes: "Era uma casa / Muito engraçada / Não tinha
teto / Não tinha nada / (...) Mas era feita / Com muito esmero / Na Rua dos Bobos / Número
Zero".
Mas o povo não é bobo. E zero é a nota que a maioria já atribui a essa gestão deplorável, que vai de mal a pior.
Carlos Fernandes é presidente municipal do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa (2010/2011)
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